Fanfic: Meu mundo é você! | Tema: Rebelde & Quase Anjos

Já eram seis horas da manhã e todas as famílias estavam reunidas na casa de Dulce. Os corpos estavam em transporte para passar por reconhecimento. Um caminhão havia perdido o controle e acertado dois carros era um total de cinco mortos e três feridos.

Marichello: Vocês precisam contar para as crianças – se referiu a Lali e Peter que tinham voltado a dormir.

Oliva: logo o conselho tutelar vai aparecer aqui para busca-los

Ucker: Mas eu já sou maior de idade e a Dulce já vai fazer 18.

Alfonso: Isso não significa nada por enquanto Christopher

Poncho: E por que não pai?

Alfonso: As meninas e até o seu irmão podem ser encaminhadas para um abrigo até que seja decidido o que vai acontecer com elas. Algum parente pode interferir e vai ficar responsável pelas duas e até mesmo pelo dinheiro, imóveis e automóveis até a Dulce poder assumir tudo.

Dulce: mas falta uma semana para eu fazer 18 anos.

Ruth: Nós sabemos querida.

Javier: mas não depende de nós e sim da lei

José Luís: a sua irmã tinha uma irmã certo?

Dulce: Sim –assentiu- mas elas não eram próximas.

Enrique: Apesar disso como ela é sua única parente de sangue viva é capaz da sua guarda e da sua irmã passarem automaticamente para ela.

Dulce: Não – negou com  a cabeça – eu não posso deixar que isso aconteça, minha mãe me disse que Clara não é uma boa pessoa e eu me lembro da filha dela no enterro do meu avô  Marian. Ela nem parecia se importar- olhou pela janela

Maite: Gente não querendo ser pessimista, mas vocês tem que falar com os seus irmãos. A única coisa que a justiça age rápido é sobre a tutela de menores.

Dul: Eu não  vou conseguir

Ucker: Você tem que ser forte por mim por ela e pelo Pitt. Você é a família dela agora Dul e eu tenho certeza que você e eu vamos conseguir junto – se levantou e lhe ofereceu a mão – vamos?

Dul: Vamos – concordou com a cabeça e pegou a mão dele e subiram juntos a escada adentrando o quarto de Lali onde ela e Pitt dormiam.

Ucker: Peter – cutucou o irmão carinhosamente que balbuciou algo inaudível – Lali – chamou a  menina com uma voz terna

Dul: Nós precisamos conversar com vocês – acariciou os cabelos da irmã – acordem – cutucou a garota

Lali: Oi Dul- Disse manhosa – Não posso dormir mais um pouquinho?

Dul: Infelizmente não pequenina nós precisamos conversar com vocês – sentou na cama e cutucou Peter – você também menininho.

Peter: okay – se sentou sonolento – posso voltar a dormir depois?

Ucker: infelizmente não cara, nós temos muito o que fazer?

Lali: o que aconteceu? – perguntou observando os olhos vermelhos de ambos – vocês estavam chorando?

Dul: Eu juro que não queria te dar essa noticia para vocês – disse já aos prantos – mas eu não tenho alternativa.

Ucker: eu digo – disse observando Dulce aos soluços – meninos vocês vão ter que ser forte. Aconteceu um acidente na noite passada e o carro dos nossos pais capotou e nenhum deles resistiu – observou  as lágrimas já nos olhos dos pequenos – nossos pais morreram.

Lali: Que? – berrou inconformada

Dul: eu não queria te dizer isso mana – abraçou a menina, mas sinto muito mana eles morreram

Peter: Christopher diz que isso é mentira- negou com as lágrimas escorrendo pelo rosto -  eu falei com a mamãe ontem, nós falamos lembra? – levantou agitado- eles disseram que iam voltar já – desceu as escadas rapidamente

Ucker: Pitt – correu atrás do irmão

Ele desceu as escadas e viu Cristhian segurando o garoto que se debatia

Peter: Me larga Christian! – se debatia sem parar – eu preciso ir para casa ver meus pais – o choro do garoto ecoava no cômodo em silencio – eu preciso!

Ucker eu sinto muito mano – se aproximou deles e o abraçou com força- eu preciso da sua ajuda nesse momento, preciso que você seja forte – limpou as lágrimas que escorriam pelo rosto do menino – precisamos apoiar as meninas também – explicou pensando em todas as responsabilidades que teriam de assumir. Entendeu? – o garoto apenas assentiu em silêncio

Lali e Dulce desceram as escadas abraçadas chorando.

Dulce: Precisamos que vocês dois sejam fortes – se sentou no sofá e colocou a irmã em seu colo acariciando o cabelo da menina – infelizmente eu e o Christopher não somos considerados grandes o suficiente para  cuidar de vocês.

Lali: como assim? – questionou preocupada

Ucker: Eles não acham que somos responsáveis o suficiente e isso é meio complicado

Peter: mas vocês sempre cuidam da gente – mirou o irmão choroso – o que vai acontecer?

Dulce: talvez a gente vai ter que passar um tempo fora de casa – explicou .

Lali: Não Dulce! – pediu chorosa – eu quero ficar aqui

Marichello: todos queremos que vocês fiquem aqui – interviu- mas não é a gente que decide minha querida- acariciou os cabelos das meninas

Ruth: Por isso que vocês precisam ser fortes agora

Poncho: e logo estaremos todos juntos novamente

Annie: Isso mesmo mas vocês precisam ajudar os irmãos de vocês
Peter: Como?

Ucker: precisamos que obedeçam e se comportem muito bem agora mais do que nunca. E que confiem na gente. Entenderam? – observou eles assentirem com a cabeça

O som da campainha soou e Oliva atendeu a porta

- Bom dia eu sou Leandra do conselho tutelar, posso entrar?- questionou uma mulher gorducha e baixinha de cabelos castanhos

Oliva: pode sim, já esperávamos sua visita – deu passagem para mulher que entrou e observou a sala cheia.

Leandra: Eu vim falar sobre três menores.

Enrique: Sabemos- assentiu – crianças por que não vamos tomar café da manhã

Lali: Não quero tio Enrique

Dulce: lembra o que conversamos agora sobre obedecer? – a garotinha assentiu - então querida essa é a hora de começar a obedecer – deu um beijo na testa da irmã- Vai lá tomar café

A garotinha levantou e acompanhou Enrique até a cozinha junto com Peter.

Enrique: vou voltar para a sala, vocês precisam de ajuda?

Peter: Não nós conseguimos nos virar sozinhos- disse abrindo a geladeira e pegando o leite

Enrique: Ok, qualquer coisa é só chamarem – avisou e saiu da cozinha deixando os dois sozinho

Peter: Lali?- a garota não respondeu – Lali? – ele chamou de novo

Lali: Diz de uma vez o que você quer Pitt –a menininha batia o pé no chão manhosa- Quer falar do acidente?

Peter: Bem é bom mais ou menos isso

Lali: Meus pais morreram nesse acidente não quero falar disso. Eu não quero que me separem da Dul. Decidi que vou fugir

Peter: Você não pode – negou com a cabeça
Lali: Não quero que me separem da minha irmã- disse chorando novamente

Peter: Eles não vão, você viu o que ele disseram temos que obedecer e confiar neles.

Lali: Você não sabe de nada. Eles acham que por que somos pequenos somos burros, mas eu não sou. Eles vão tirar a Dulce de mim. Vocês não sabe como é!- disse de forma ríspida – por isso eu vou fugir antes que eles me abandonem.

Peter: Meus pais também morreram Lali. Se você for eu morro também- disse olhando nos olhos da menina que o abraçou repentinamente.