Fanfic: Meu mundo é você! | Tema: Rebelde & Quase Anjos

Já era quase uma hora da tarde quando Vera uma das cuidadoras apareceu no quarto.

Vera: Dulce – chamou a garota que se aproximou da porta- se apronte o motorista vai leva-las

Dulce: Para onde?

Vera: O velório de seus pais- explicou- você e sua irmã têm roupas pretas? – perguntou acariciando os cabelos da garota

Dulce: sim eu trouxe de casa – esboçou um sorriso leve – eu vim preparada.

Vera: A  juíza que vai cuidar do seu caso deixou que vocês duas acompanhassem até o enterro antes de voltar para cá então se apresse e cuide de sua irmãzinha. Volto em 15 minutos para busca-las entendeu?

Dulce: Sim – assentiu com a cabeça e observou a senhora gorducha sair – Lali – chamou a garotinha que levantou da cama e se aproximou dela – vamos, temos que tomar banho e nos vestir.

Lali: Vamos embora daqui? – perguntou esperançosa.

Dulce: não princesa – sua voz se tornou embargada- vamos dar adeus ao papai e a mamãe. 

 “Meus pêsames” eram as palavras que Christopher já estava cansado de ouvir. Seus pais e sogros foram colocados em salas lado a lado para que pudessem acompanhar os dois velórios. As roupas que os corpos usavam os cobriam por inteiro deixando apenas os rostos cheios de maquiagem para serem vistos. Após pegar os laudos médicos que ele percebeu o quanto a acidente tinha sido feio. Sua mãe havia quebrado algumas costelas e um braço e a hemorragia acabou com ela. Fernando tinha tido traumatismo craneano, pois tinha sido lançado para fora do carro. Seu pai ainda sobreviveu uns minutos depois do acidente e chegou a conversar com um enfermeiro, porém depois de saber da morte da esposa ele havia ficado inquieto e seu estado só decaia, quando chegou ao hospital já não estava mais vivo. Já Blanca havia quebrado o pescoço e morrido na hora e por pouco seu caixão não estava fechado ela usava um vestido que tinha uma gola bem alta e o cheiro de formol podia se sentido ao se aproximar dela.

- Meus pêsames – disse uma mulher que Christopher desconhecia

Ucker: Obrigado – começou a olhar ao redor – cadê o Peter? – questionou os amigos.

Annie: Minha mãe o levou para tomar um sorvete – explicou – ele estava bem abatido

Ucker: é muita coisa para um garotinho de oito anos – respirou fundo – alguma noticia da Dulce e da Lali?

Poncho: Devem estar a caminho a juíza liberou a vinda delas.

Chris: Você já sabe como vai fazer para poder ficar com elas?

Ucker? A audiência vai acontecer no aniversário da Dulce e eu vou me oferecer para virar tutor de Lali – explicou – é complicado, mas há coisas a meu favor.

Annie: Descobriram algo sobre a tia delas?

Ucker: sim, várias coisas. Eu vou fazer o possível para dar um jeito.

Mai: Vai dar tudo certo e estaremos aqui para te apoiar – o abraçou de lado.

- Christopher - Alfonso o chamou

- vem aqui um minutinho – Ruth disse ao lado do marido.

Ele se aproximou de ambos e ouviu atento as instruções.

Alfonso: Um assistente do conselho tutelar vai estar aqui o tempo todo analisando você.

Ruth: Já liguei para Marichello pedindo que trouxesse seu irmão de volta.

Alfonso: É importante que vejam que você é responsável e que se da  bem com ele e com as meninas entendeu?

Ucker: Sim – respirou fundo – quando elas chegam?

Ruth: logo querido – acariciou a face do rapaz – tente controlar as emoções o que importa agora é que vejam que você pode conseguir cuidar dos outros – o encorajou.

Dulce: e então vamos fazer uma oração pelo papai, pela mamãe e pela tia Alexandra e o tio Victor – explicou a garotinha – para que eles saibam que estamos esperando vê-los bem no céu.

Lali: Eles viraram anjos? – questionou.

Dulce: Sim, anjinhos que vão cuidar da gente lá de cima agora – seus olhos estavam marejados então ela respirou fundo, precisava ser forte – e estarão sempre com a gente no nosso coração.

A assistente social acompanhava tudo pelo retrovisor e já fazia anotações. Logo o carro estacionou e todas desceram. Dulce deu a mão para Lali que foi andando ao lado da irmã mais velha. A assistente social ia logo atrás com sua prancheta. Ela adentraram o recinto e logo podiam ver dois caixões próximos de madeira polida e varias coroas de flores ao redor.  Algumas pessoas iam as reconhecendo e dizendo “ meus pêsames” enquanto as duas se aproximavam dos caixões. Logo Dulce reconheceu a sogra. Os cabelos loiros de Alexandra ainda eram bonitos, mas podia perceber que a vida não fazia mais parte deles. Victor estava ao seu lado e seu rosto estava sério. “Juntos até a morte” pensou. As lágrimas já rolavam em seu rosto e Lali observava tudo um pouco assustada. Logo ela benzeu seu corpo e se direcionou a irmãzinha dizendo “agora temos que orar por eles”. Lali apenas assentiu com a cabeça e juntou as mãozinhas iniciando sua oração.

- Dulce querida – Oliva se aproximou após ver a garota benzer o corpo novamente

Dulce: Olá madrinha – limpou a lágrima dos olhos

Oliva: Eu sinto muito meninas – disse já chorosa – sinto muito mesmo – se aproximou das duas e as abraçou.

Ficaram em silencio por um tempo apenas naquele abraço até que Dulce respirou fundo e resolveu se pronunciar.

Dulce: Onde está todo mundo? –se referiu aos amigos.

Oliva: Estão na sala ao lado junto de seus pais – explicou

A garota então pegou a mão da irmãzinha e foi em direção à outra sala. Seu choro era quieto, mas podia sentir o gosto salgado das lagrimas pelo seu rosto. Lali também chorava e podiam-se ouvir seus soluços. A assistente social acompanhava cada passo das duas. Dois caixões de madeira polida estavam no  centro da sala como na outa. Os amigos notaram a presença das duas, mas apenas observavam sem se aproximar para que as duas pudessem se despedir dos pais. Ambas encaram os caixões cheio de flores em volta.

- Oh – Dulce disse ao ver o corpo da mãe inchado e mais lágrimas caiam no rosto da menina – minha mãezinha – acariciou a testa do corpo.

As pessoas apenas observavam as duas garotas.

Dulce: paizinho – de um beijo na bochecha do corpo e o sentiu gelado- Meu paizinho – repetia entre soluços.

Lali: Dul – chamou baixinho entre soluços e a irmã a encarou – agora é a hora de orar para os dois?

Dul: é sim – assentiu respirando fundo.

Dulce então pegou a irmã no colo e a abraçou enquanto rezava, ela precisava ser forte por ela, pelas duas. Todos observavam a cena em silêncio.

Olá leitores. Depois de tanto tempo (anos) estou de volta. Eu acabei optando por reescrever apenas 17 capítulos e o resto acabei deletando. A história irá tomar o mesmo rumo, porém de um jeito mais sério. Eu espero que vocês comentem e que haja muita interação entre a gente. Esse capítulo foi um pouco complicado para mim pois eu queria que vocês sentisse a emoção dos personagens. Andei mudando tantas coisas nesse tempo que eu voltei. A sinopse é nova, mas ainda não sei se está boa, podem me dar uma opinião?

E bom esse é o novo banner. Espero vê-los aqui sempre. Nada de leitores fantasma por favor! Dessa vez vou escrever até o fim.

Um beijo a todos!