Fanfic: Llevame Vondy | Tema: Rebelde

Ucker passou o intervalo inteiro como Belinda, e ficou se perguntando como ele faria para não magoa-la quando tivesse que conversar com seu pai. Belinda podia ter seus defeitos, mas Ucker gostava da prima, mas ele não tinha outra saída, Dulce não gostava de Belinda e parecia que não mudaria de idéia tão cedo, e ele sabia que quando Dul coloca algo na cabeça, não havia Cristo que a tirasse.

Mas agora, sua decisão estava tomada, pois se encontrava parado na frente da porta do consultório de seu pai e não poderia voltar atrás.

Teria que fazer aquilo.

Victor que estava em sua sala concentrado em alguns papeis, apenas ouviu uma batida na porta e pediu para que entrasse.

-Pai? Posso falar com o senhor? – pediu Ucker.

-Ucker? Claro filho sentasse, no que posso ajudá-lo?

Ucker sorriu meio de canto antes de se sentar. Victor esperou.

-Pai, queria lhe pediu uma coisa.

Vendo que Ucker estava totalmente desconfortável com aquela conversa, resolveu perguntar.

-O que você quer conversar? – pediu Victor – Minha atenção é toda sua no momento.

Ucker respirou fundo, pois querendo ou não teria que fazer aquilo, ou Dulce e ele não se acertariam tão cedo.

-Quero que Maite volte a trabalhar comigo.

Ucker foi direto, não queria rodeios, pois sabia que seu pai não tinha muita paciência para aquilo, e se não fizesse daquela forma, sentia medo de voltar atrás.

Victor ficou surpreso alguns segundos, mas em seguida desconfiado. Por que aquilo?

-Ucker, por que está me pedindo isso? – perguntou Victor seriamente – Achei que Belinda estivesse se dando bem com você.

-E estou – afirmou – Mas ela o fato de me dar bem com a Belinda, não é o problema principal, o que acontece é que isso me traz problemas, com outra pessoa. Problemas nos quais estão afetando o meu casamento.

- A Dulce foi quem lhe pediu isso? – perguntou já sabendo a resposta.

-Foi. – Afirmou – A Dul não ligava antes, quero dizer fazia um esforço para tentava não ligar, mas depois do que aconteceu no almoço, às coisas meio que mudaram de forma para ela.

-Como sempre a mulheres – resmungou Victor – Ucker eu não posso fazer isso.

-Claro que pode você é o chefe.

-Eu sei, mas isso aqui não é um tabuleiro Christopher, onde você pode mexer as peças à hora que quer. Isso aqui é um hospital, e as mudanças são feitas conforme as necessidades do hospital e não pessoais.

-Ah, não pessoais? – perguntou Ucker – Então me explica como a Belinda foi parar na pediatria justamente comigo.

-É a área que ela quer seguir... – explicou.

- Isso não justifica, pois a Maite também.

-Christopher aonde você quer chegar? – perguntou Victor impaciente.

-Eu quero chegar na parte que a Maite, não tem uma tia que convença o marido, que por sinal é o chefe, para colocar a sobrinha preferida no setor que ela deseja, mesmo que tenha que tirar a filha da empregada do caminho.

-Ucker, eu não vou permitir que você fale assim da sua mãe.

-Essa é verdade não é? A Belinda só entrou no lugar da Maite, porque a minha mãe pediu.

Victor tentou argumentar, mas Ucker o cortou.

-Qual é pai, a Maite é perfeita no que se propões a fazer, ela nunca faria nada que pudesse tira-la do seu emprego, eu não encontro nenhuma outra justificativa para isso.

-Christopher. a Maite é uma das minhas melhores estagiarias, e Fernando está gostando muito de trabalhar com ela, e não tenho como colocar a Belinda com ele. E o que você espera que eu faça? Que a mande para o seu cargo anterior? Tudo bem, perfeito, mas então me diga coloco a Belinda aonde?

Ucker não sabia o que responder.

-Pois é foi o que eu pensei. Agora se não for pedir muito, espero que você chegue em sua casa e explique para sua esposa, que ela não é mais criança e que isso aqui é seu trabalho.

Ucker queria explodir, mas não podia. Estava preso em um beco sem saída.

-Mais alguma coisa? – perguntou Victor secamente.

Ucker olhou em volta do consultório para tentar clarear as idéias, e então olhou nos olhos do pai como se o desafiasse.

-Acho que sim – respondeu com veracidade.

-Como assim no mesmo lugar? – estranhou.

-Ué, ela continua na pediatria.

Dul não soube por que mas pressentiu que algo estava confuso.

-Bom, - começou Mai - sabe quando dizem que todo lado bom, também tem seu lado ruim? Resumindo, eu voltei para a pediatria, mas vou ter que trabalhar com a Belinda, mas isso é o de menos! O importante é que vou voltar a cuidar das crianças aqui do hospital!

É realmente algo estava confuso, ela havia pedido para Ucker, colocar Mai no setor anterior, mas e isso automaticamente faria Belinda vazar para outro setor?Então como ela poderia ainda estar na pediatria?

-Mai, me explica direito, isso quer dizer então, que agora será você, o Ucker e a Belinda tudo junto?

Se fosse assim menos mau – pensou Dul, já que Mai poderia vigiar a priminha por ela.

-Ah, não – respondeu Mai, tirando o alivio de Dul – Na verdade essa era a outra parte ruim. O Ucker não está mais na pediatria, agora ele está com o seu pai no meu lugar.

Dul no mesmo instante sentiu uma dor no peito. Ela havia pedido para Ucker trocar Belinda por Mai, trazendo o cargo da amiga de volta e não se sacrificar por ela! Ucker havia se sacrificado por Mai, saído da pediatria e a culpada disto era si mesma!

-Dul? – chamou Mai – Você está me ouvindo? Dulce? Amiga está tudo bem?

Ucker se encontrava na copa, havia tomado uma decisão e não iria voltar atrás. Dulce queria que ele e Belinda não trabalhassem juntos e não teve outra escolha a não se trocar de cargo com Mai, que havia sido injustiçada. Tinha certeza que sua mãe estava envolvida.

Depois de ter conversado com o pai, pediu que o mesmo informasse as duas que ele não havia pedido nada e que sim foi uma decisão do próprio pai.

Ele queria que fosse assim e que as coisas ficariam melhores daquela forma. Ele não queria magoar Belinda e muito menos tentar fazer Mai achar que era culpada pelo ocorrido.

Ele estava de costas para a porta, tomando seu café, sua dor de cabeça ainda não havia passado, pelo contrario só piorará.

-Ucker? – chamou uma voz femenina, fazendo ele se voltar para a mesma.

Era Belinda que estava encostada no batente da porta.

-Você esta bem? – perguntou ao se aproximar.

-Sim, estou – respondeu Ucker embaraçado

-Não me parece...

– Só estou distraído, não te ouvi entrar.

-Tudo bem então – não quis insistir ao se por ao lado de Ucker.

Ucker sorriu meio de canto, não queria, mas se sentia incomodado por estar falando com Belinda, não fazia nem três horas e ele quase havia lhe puxado o tapete, quase havia a feito perder o emprego, e ver que ela se preocupava com ele o deixou se sentindo pior. Ela parecia tão frágil.

-Christopher... Mesmo que você tenha me dito que está bem, - pondo a mão sobre o ombro dele - não posso acreditar.

Ucker olhou para a mão de Belinda sobre o seu ombro e se sentiu ainda mais irritado consigo mesmo.

-Bel, não é nada – disse ao tirar a mão da prima do ombro com carinho – É só uma dor de cabeça.

-Quer que eu pegue algum remédio para você? – perguntou preocupada.

-Não, eu já tomei um de manhã, mas a dor não passa.

-Você disse de manhã, então seria bom tomar outro agora – sugeriu já se virando para buscá-lo, mas foi impedida quando ele segurou sua mão.

Aquele toque fez Belinda sentir uma onda de eletricidade passar por todo o seu corpo.

-Não, realmente não precisa. – afirmou Ucker - Deve ser apenas estresse.

-O estresse chamado Dulce Maria? – perguntou ao posar a mão livre sobre o rosto dele – É a Dul que te deixa preocupado? – perguntou se aproximando ainda mais.

-É, - disse nervoso com a proximidade de Bel - Mas, também, são outras coisas – respondeu ao dar a volta por ela ficando de costas para a mesma.

Bel vendo que Ucker se afastou revirou os olhos, então se apoiou no balcão.

-Quer me contar? – perguntou docemente.

-Não tão fácil, se fosse fácil, ela confiaria em mim quando digo que somos apenas amigos, mas ela é tão mimad...

-Tão o que? – perguntou Belinda.

-Nada, é coisa da minha cabeça – tentou se corrigir ao ver que quase havia dito o que não queria.

-Não tem problemas primo – disse segurando as mãos dele – Venha, me dê um abraço – disse sorrindo – Abrace a sua prima...

-Bel... – resmungou Ucker

-O que tem demais nisso? Ta com vergonha? – disse puxando-o pelo braço brincalhona – É apenas um abraço, um abraço de primos

-Só um em... – advertiu no mesmo tom.

-Ah, quer saber não quero mais – disse o empurrando de leve.

-Não? – perguntou se fazendo de ofendido.

Belinda se fazendo de magoada negou com a cabeça.

-Ah...isso é problema é seu priminha, porque eu quero! – disse risonho ao puxar Belinda pelos dois braços e a abraçar apertando-a e a erguendo do chão.

-Ucker me solta – pediu rindo - me põem no chão! 

- O que? – perguntou se fazendo de surdo.

-Me põem no chão! – insistiu com as mãos sobre os ombros dele.

-Não, to te ouvindo não...

-Por favor? – pediu ao olhar para ela fazendo cara de choro.

-Só porque você me pediu com essa carinha – disse ao descê-la.

Ucker depois que a pões no chão, Belinda manteve as mãos sobre o ombro dele e Ucker em sua cintura. Belinda sorria para Ucker, e ele retribuía.

-Obrigado, Bel. Muito obrigado por me entender.

Belinda estava no paraíso por estar tão próxima de Ucker e ia lhe agradecer por isso, mas uma voz que vinha da porta foi mais rápida.

-Que bom que você fica agradecido. 

Se ouviu Dulce dizer, fazendo Ucker e Belinda se separarem rapidamente ao se voltarem para ela.

- Por que eu. Não estou entendo nada.