Fanfic: Llevame Vondy | Tema: Rebelde

Eram quase três horas da tarde quando Any chegou no edifício e chamou o elevador. Havia acabado de chegar da rua e feito algumas comprinhas enquanto esteve fora.

Ela precisa gastar, pois só assim poderia se acalmar, depois da confusão que havia ocorrido na festa da noite passada. Durante toda a noite se sentia mal e com um peso no peito, mas não sabia o porque, por isso quando acordou ás 8 horas da manhã e viu que não conseguiria mais dormir, decidiu se arrumar e dar uma volta na cidade.

Ao contrario da noite que havia chovido muito, o dia estava ensolarado e bonito. Ela entrou no elevador com as sacolas e quando a porta do elevador estava quase se fechando por completo, uma mão entrou no vão das duas e a porta foi aberta novamente. E viu Poncho entrando apressado no mesmo.

Any sentiu vontade de sair e esperar ele subir, mas sabia que aquilo era ridículo quando ele se pões ao seu lado, em silêncio sem nem ao menos lhe dar boa tarde.

-Any... 

Ao ouvir seu nome Any sentiu seu coração disparar.

-Oi – respondeu sem encara-lo.

-Só queria te agradecer pela carona que me deu hoje – disse em encará-la também.

- Tudo bem, e bom, eu também tenho que lhe agradecer por ter ficado do meu lado àquela hora.

-Tudo bem, só não entendi porque você havia ficado chateada depois que saímos da cozinha, aconteceu alguma coisa?

-Não, - respondeu sem graça.

Any preferiu ficar calada, ao confessa a Poncho que havia ficado naquele estado depois de ouvir Maite defendendo-a de Belinda.

-Ah, aproposito – começou Poncho tirando-a de seus pensamentos.

-O que? – disse Any confusa ao encara-lo.

-Você estava certa, sobre a Belinda não perder tempo e o Ucker oportunidade.

-Poncho, aquilo foi uma idiotice que eu disse e me arrependo muito...

-Pois é, mas agora é tarde, porque a Mai acabou de me ligar me avisando que a Dulce pegou o Ucker e a Belinda se beijando na biblioteca ontem e para se vingar dele ela foi para a festa tentar trair o marido.

-Poncho, eu...

-Não tudo bem – interrompeu ele – E sabe qual é a parte que você vai achar mais divertida? É que a briga foi tão feia quando eles voltaram para casa, que eles vão se divorciar.

-Poncho, eu não queria isso, eu...

-Meu andar – disse ao ver a porta de abrindo – Até mais Any nos vemos por ai, ou pelos elevadores – disse ao dar um sorriso de canto ao sair deixando-a.

Any ficou petrificada dentro do elevador e nem viu a porta se fechando novamente e se abrindo quando chegou ao seu andar.

-A culpa é minha.... – murmurou ao sentir o peso da culpa pesando sobre ela.

Dul havia ido para a casa de sua mãe e subido direto para o seu antigo quarto.

Ela queria ficar sozinha e sem ter que falar com ninguém, mas por mais que quisesse não conseguiu fugir de sua mãe das perguntas de sua mãe e nem do olhar de preocupação da mesma quando viu sua mão machucada. Dul lhe contou em poucas palavras o que havia ocorrido e como havia se cortado. E pediu a sua mãe que não contasse a seu pai o que havia lhe passado, que ela mesma lhe falaria quando ele chegasse do trabalho e a visse em casa. Dona Blanca a respeitou e prometeu guardar silêncio, mesmo que aquilo para ela fosse absurdo.

Mesmo sem animo para nada Dul tomou um banho e colocou um pijama que havia em uma das gavetas que estavam quase vazias e sua mãe lhe fez um currativo na mão machucada e em seguida a deixou sozinha no quarto para que dormisse um pouco.

Katarina uma das criadas da casa havia lhe levado um bandeja com comida, mas Dul nem chegou a tocar, estava completamente sem fome. Só queria ficar sozinha e tentar não pensar nele.

Música----> – Que Hay Detrás RBD .

Quando estava quase pegando no sono ouviu uma batida na porta de seu quarto, mas preferiu ficar em silêncio, assim pensariam que ela estava dormindo e não a incomodariam mais.

Dul estava deitada de costas para a porta e fechou os olhos ao ouvir o barulho da porta se abrindo. Devia ter trancado pensou aborrecida.

-Dul...você está acordada?

Dulce abriu os olhos surpresa ao ouvir aquela voz doce atrás de si, só podia estar alucinando.

-Dulce? – chamou a voz outra vez.

É, não estava alucinando, realmente Anahi estava dentro do seu quarto lhe chamando.

Any já estava desistindo e se voltou para ir embora, quando viu Dulce se virar na cama encontrando o seu olhar.

-Any? – disse Dul com receio ao se sentar na cama – O que...

Any ao ver o rosto de Dul inchado e abatido, sentiu uma dor profunda dentro de si. Ela não queria ver a amiga naquele estado. Tudo o que havia dito foi por estar chateada com ela, mas nunca lhe quis o mal de verdade.

E sem se dar conta já estava chorando na frente de Dulce.

-Any...não – murmurou Dul sentindo a tristeza voltar ao ver a amiga chorando.

-Eu sinto muito – disse Any.

E sem que Dulce esperasse Any foi até ela e lhe abraçou fortemente. Dul retribuiu o abraço com a mesma intensidade e também começou a chorar.

-Dulce me perdoa, eu não queria...

-Tudo bem Any... Eu também sinto muito.