Fanfic: Llevame Vondy | Tema: Rebelde

-Mas olha se não é o casal mais lindo que eu conheço – disse a avó de Ucker quando eles se aproximaram – Tenho tanto orgulho de vê-los juntos.

Dulce e Ucker se entreolharam e concluíram que estavam pensando a mesma coisa, a pobre senhora nem sonhava qual era a atual realidade do casal, então sorriram em cumplicidade.

-É, para a senhora ver – disse puxando a cadeira para que Dulce se sentasse – parece que foi ontem que nos obrigaram a nos casar.

-Besteira – disse a velha senhora – você deveria estar contente por temos lhe dado este presente, que por sinal é o diamante mais lindo dos Saviñón.

-É sem dúvidas – concordou dona Blanca encarando Ucker – O nosso mais precioso, e o qual nunca queremos ver magoado por estupidez de terceiros.

Todos na mesa concordaram por pensarem algo positivo, mas Dulce e principalmente Ucker sabiam que aquilo era uma direta para ele e uma que lhe acertou bem em cheio. Então ele apenas sorriu e se sentou ao lado de Dulce, que estava vermelha de vergonha pelo que a mãe havia lhe dito.

-Verdade Blanca – disse Alexandra ao encarar Dulce em sua frente, na mesa redonda – mas a sua filha também tem muita sorte de estar com o meu Ucker.

-É – disse Dul antes de sua mãe dar uma resposta a sogra – estou vendo que todo mundo aqui é sortudo! Família de sorte! – disse sorrindo a Alexandra que torceu o nariz.

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Durante toda à tarde depois de ter conversado com Any, Poncho não conseguiu pensar em outra coisa que não fosse às palavras que havia dito para ela no elevador.

Sem querer acabou dando a entender que Any, era responsável pela briga de Ucker e Dulce. Aquilo ficou na cabeça dele o dia todo.

Música---> Hasta que Llegués Tu – Anahi.

Ele estava em seu quarto deitado olhando para o teto, sem conseguir dormir. Então colocou uma camisa, uma bermuda e chinelo e resolveu dar uma volta no prédio para vê se assim o sono viria.

Ao chegar lá em baixo, andando pela área do local, avistou de longe uma mulher sentada em uma das espreguiçadeiras da piscina. Ela estava de costas para ele, por isso viu que seus cabelos preso em um coque frouxo eram loiros.

Não soube porque, mas foi até ela, ao chegar mais perto, notou que era Any quem estava ali.

A noite estava um pouco fria e Any, estava encolhida com os braços envolta das pernas, vestida com um short curto. A única coisa que a protegia do frio era a blusa branca de moletom. Pensou Poncho.

Ela estava pensativa, em outro mundo, ponderou.

-Também não conseguiu dormir? – perguntou quando parou ao lado de Any.

De primeira, Any levou um susto, mas logo que viu que era Poncho parado ao seu lado de pé voltou a ficar mais calma.

-Pois é, mas acho que não é só eu quem não está conseguindo dormir hoje.

Any vendo-o de pé se arrastou um pouco para o lado, dando espaço para que Poncho se sentasse, mas ele nem se moveu, por isso ela arqueou uma sobrancelha mostrando sua surpresa.

-Esquece – murmurou desapontada fazendo menção de se levantar.

-Não, foi mal... – disse ao se sentar ao lado dela – É que eu não esperava.

Poncho, realmente havia ficado surpreso por Any, não ter lhe tratado com grosseria, como o estava tratando nas ultimas semanas e ainda mais lhe dar espaço para se sentar ao seu lado, sendo que ela vivia fugindo dele.

Eles ficaram alguns instantes em silêncio, só olhando a água da piscina se movendo por causa da brisa suave da noite.

-Então ... – começou Any sem tirar os olhos da água – o que o fez perder o sono? Porque não consegue dormir?

Você!. Foi a primeira resposta que veio a cabeça de Poncho, mas ele não diria aquilo nem sobre tortura.

-Depois dos últimos acontecimentos, acho difícil alguém conseguir dormir.

-Verdade...Você acha que eles vão terminar? – perguntou Any pela primeira vez encarando Poncho naquela noite.

Poncho a olhou confuso. Ela estava lhe perguntando realmente aquilo?

-Quem Ucker e Dul? Não, eles se amam e brigam sempre, mão não vão terminar.

-É, - concordou Any – Mas a briga deles dessa vez foi feia.

-Any, todas são.

-Queria acreditar nisso – disse se encolhendo ainda mais – Queria ter a mesma certeza que você.

Poncho não soube, mas parecia que havia visto nos olhos de Any uma preocupação verdade, uma preocupação que o assustou, pois parecia ser sincera.

-Por que? – perguntou se referindo a mudança dela.

-Porque se eles terminarem... – disse sufocando as lágrimas – Eu não vou me perdoar. Eu vou ser a culpada Poncho!

-Não, claro que não Any – respondeu logo em seguida ao ver uma lágrima cair do rosto de Any.

-Sim, eu vou ser a culpada! Porque eu envenenei a Dulce contra o Ucker. Eu disse coisas que não queria dizer, mas disse Poncho... Eu fiquei tão cega de raiva de vocês, que falei e disse coisas que não devia!

-Any, eles não vão terminar. E se o fizerem a culpa não será sua.

-Mas se eu não tivesse...

-Eles não vão terminar – afirmou ao tocar no braço dela.

Any sentiu uma eletricidade passar por todo o seu corpo quando Poncho a tocou. Era um toque de carinho, de confiança. Ela o olhou nos olhos e viu que ele não queria que ela sofresse com aquilo, mas era inevitável, pois já estava sofrendo. Ela baixou o rosto tentando não mostrar o quanto ele a afetava.

Poncho pensou e sair dali e deixar Any, pois sabia que poderia cometer um erro estando tão próximo dela, mas ela era como um imã para ele, por isso a abraçou com força e deixou que ela se protegesse nele, nos braços dele. E pediu a Deus para que estivesse certo sobre Dul e Ucker, pois sabia que Any sofreria e muito com a separação deles.