Fanfic: Llevame Vondy | Tema: Rebelde

Música ----> En Dónde Estás – Christian Chavez.

-Alô... – disse Mai sonolenta quando atendeu o celular que estava na bolsa ao lado de sua cama.

-Mai, sou eu o Chris...estava dormindo?

-Hum...acho que sim – murmurou ao passar a mãos nos cabelos e se ajeitar na cama.

-Desculpa...eu não queria te incomodar.

-Não tudo bem...O que foi Chris, algum problema?

-Não, só queria ouvir a sua voz.

Aquilo fez Mai ficar literalmente sem palavras. Ela sabia que Chris a amava de verdade, mas ela ainda não tinha certeza se o amava com a mesma intensidade, apensar de saber que o queria também.

-Chris, eu queria dizer isso por telefone, mas – começou ao se por sentada na cama – Eu acho que te amo...
Agora foi Chris quem ficou em saber o que dizer.

-Chris, tá ai? – disse Mai preocupada. Devia ter ficado quieta, será que ele havia desmaiado do outro lado?

-Não, quero dizer to, to sim! É...Mai, quer dar uma volta?

-Uma volta? – estranhou risonha – Tá maluco? Agora são quase dez, eu não estou afim de sair Chris...

-Não, eu só queria também dizer que te amo, só que cara á cara.

No mesmo instante Mai ouviu alguém bater na porta da pequena casa.

-Hã...perai, tem alguém batendo na posta.

-Você vai atender? – perguntou Christian preocupado – E se for um ladrão?

-Chris, não é um ladrão – disse já de pé caminhando para a sala.

-Mai, não abre, chame a sua mãe, mas não abre.

-Chris, para de loucura – falou já com a mão na maçaneta – Tenho certeza que não é um ladrão...

Mas a voz morreu no meio do caminho quando, Mai abriu a porta e deu de cara com Chris parado do lado de fora.

-Podia ser um ladrão – disse se justificando.

-Seu bobo – falou Mai sorrindo quando saiu para fora e beijou Christian, que não esperava por aquela recepção tão calorosa e sem dúvida alguma apaixonada.

Mai quando viu Christian não soube exatamente o que sentiu, mas queria o beija-lo. Queria que aquele namoro desse certo e que durasse. Chris era um dos seus melhores amigos e no começo teve medo da amizade se afetada por causa do namoro relâmpago deles, mas ela descobriu que não. Que o namoro deles não era relâmpago como pensava, era verdadeiro e mais forte que ela mesma.

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Já se havia passado dez minutos desde que Dulce havia saído para tomar o tal do ar, e Ucker estava começando a ficar aborrecido com a demora. 

Como as coisas podiam ser tão vulneráveis pensou. Em um segundo o jantar estava uma maravilha, ele e Dulce estavam se entendendo, e no outro tudo virou de cabeça para o ar. Como uma única pessoa podia trazer tantos problemas? Pensou ao olhar para Belinda que ria das piadas mais bobas que avô de Dulce lhe contava.

-Christopher – chamou dona Alexandra ao ver o filho se levantar – aonde você vai?

-Atrás da Dulce – respondeu como se fosse o obvio.

-Mas ela só foi tomar um pouco de ar, daqui a pouco ela já volta, deixa de ser impaciente.

-Acontece que o ar que ela tomou já foi o suficiente para roubar o nosso também. Com licença.

-Se quiser eu lhe acompanho primo – disse Belinda já fazendo menção de se levantar.

-Para quê? Quer tomar um pouco de ar também? – disse impaciente.

-Pode ser...

-Aquieta ai menina – disse Dona Joana a avó de Ucker - deixa de ser oferecida.

Dulce estava no jardim sentada no banco junto a Pablo. Eles estavam conversando sobre a faculdade que ele estava cursando nos Estados Unidos e de como sentia falta do México. A conversa estava até divertida, pois eles também acabaram recordando das férias que eles haviam passado juntos no ano passado.

-Ai, Pablo é tão bom te ver - disse Dul ao apoiar a cabeça na mão, com o cotovelo apoiado no banco.

-Também é muito bom te ver – disse Pablo lhe sorrindo.

-Quando foi a ultima vez que nos vimos? – se perguntou tentando se recordar.

-Hum...no seu casamento? – disse Pablo meio frustrado.

-Ai me desculpa, perdão – disse Dul ao se dar conta do fora que havia dado – Eu...

-Tudo bem Dulce, eu não devia ter ido. Foi uma ação idiota.

-Você devia estar me odiando não é?

-É, foi meio que um choque estar namorando uma garota dois anos e uma semana depois dela terminar comigo, estar se casando com outro cara.

-Ah, mas eu também fiquei chocada, sabe ter que casar do nada, assim – disse estralando os dedos.

-Eu cheguei a pensar que você havia me traído com o Uckermann e se casado porque estava grávida, mas ai o Ucker me encontrou no shopping e vi que você ainda era virgem... – disse embaraçado.

Dulce queria que o chão se abrisse e ela entrasse dentro dele, pois ao lembrar daquilo, também se lembrou do dia que tentou seduzir o Ucker, com a ajuda da Any.

-Mas, então, porque você se casou, assim do nada?

-Família – respondeu Dulce – mas agora isso não importa...

-Você está feliz casada? Quero dizer é feliz com ele? No casamento?

Naquele segundo Dul se deu conta que nunca ninguém havia lhe feito aquela pergunta. E achou curioso o fato dela estar sendo perguntada por Pablo, a pessoa que mais deveria querer sua infelicidade depois do que havia feito com ele, mas ele se importava com ela, e isso a deixou feliz.

-Sou... – afirmou Dulce com sinceridade – temos as brigas e tudo, mas eu acho que sou, ou era, nem sei mais – disse desviando o olhar.

-Como assim era?

-Eu e o Christopher, brigamos hoje e bem...Ele pediu o divorcio.

-Mas estão aqui hoje, juntos – estranhou Pablo.

-É, que meu avô voltou de viajem e bem, ainda não havíamos contado para os nossas famílias sobre isso, só minha mãe sabe, mas...

-Você quer se separar dele?

-Eu deveria querer e muito, mas não quero. Eu amo o Christopher.

-Eu acho que eu sempre soube disso – confessou Pablo ao se aproximar mais de Dul no banco – Só não queria estar certo, devia ser porque eu te amava. Ou ainda amo.

Dulce engoliu em seco, pois não esperava nem por um milhão de ano ouvir aquilo.

-Meu Deus, o jantar – disse se pondo de pé rapidamente – Eles devem estar achando que me perdi aqui no meio desse jardim todo.

-Dulce, calma – disse Pablo a segurar a mão de Dulce impedindo dela partir.

-Eu não queria dizer isso...

-Mas disse – respondeu embaraçada – Pablo eu tenho que ir...

-Nesses dois anos, você nunca sentiu nada...

-Eu gostava de você, mas amar é uma palavra muito forte, é muito...

Dul nem soube o que aconteceu ou como aconteceu, só viu que a boca de Pablo estava colada na sua e que ele lhe segurava pela cintura, apertando o seu corpo sobre o dele. Ele tentava invadir a boca de Dulce, mas ela não respondia a ele, só que sem pensar direto Dulce abriu a boca para lhe falar, e isso foi a brecha que Pablo viu para beija-la de língua. Fazendo Dulce regalar os olhos de pânico.

-Dulce me perdoa... – disse se sentindo culpado quando ela o empurrou.

-Te perdoar? Eu não devia ter ficado aqui, falando com você. Eu devia ter voltando para a mesa no segundo que te vi aqui parado. Eu sou uma idiota mesmo!

Totalmente confusa e nervosa Dulce segurou a barra do vestido e deu as costas para Pablo, mas quando assim fez, encontrou Ucker parado em sua frente com as mãos nos bolso. Encarando Pablo atrás dela, e em seguida ela.

Música ---> Ingenua – Dulce Maria.

-Não... –negou Dulce ao olhar para Pablo e depois para Ucker novamente – Eu... não...

Dulce sentiu as pernas dançarem quando viu Ucker se virando.

-Christopher – disse correndo até ele e o fazendo se voltar para ela – eu não fiz isso, não o beijei para me vingar, eu...

-Eu vi o que aconteceu.

Para a surpresa de Dulce ele parecia calmo.

-Nos ainda nem nos separamos e você já estava tentando acertar a situação com o ex...

-Você está sendo injusto comigo – disse Dul sabendo aonde ele queria chegar.

-Não pelo contrario, eu acho que estou sendo muito justo, pois decidimos nos divorciar essa madrugada, então você é livre para ficar com quem quiser...

-Então é isso o que você realmente quer – disse Dul sentindo os olhos arder – Você tem certeza de que é isso o que você quer? – perguntou novamente.

-É isso o que eu quero – afirmou Ucker.

-Pois bem... Que bom, pois eu não vou deixá-lo voltar atrás agora. Porque é isso o que também quero.

Dulce esperou que ele lutasse por ela, mas ele não se moveu. Não fez nada. Vendo que aquela era à hora de se retirar Dulce se afastou dele aos poucos, deixando a mão cair para o lado do vestido.

-Com licença – pediu de cabeça baixa aos dois que estavam presente, antes de se retirar do local voltando para a mesa do jantar.

-Hum...Olha quem está vindo e não com uma cara muito boa por sinal – começou Belinda fazendo todos se voltarem para o seu olhar.

Dulce se aproximou da mesa e ficou parada atrás de sua cadeira e logo em seguida Ucker apareceu se pondo atrás dela.

-Então querida está respirando melhor? – perguntou Alexandra.

-Creio que sim, - disse Ucker – agora que ninguém o está tomando.

Todos ficaram confusos com aquela resposta, mas Dulce o lançou um olhar fuzilante. Só Belinda entendeu do que se tratava quando viu Pablo entrando no salão como se estivesse fugindo de alguém.

-Tentando relembrar o passado Dulce? – disse Belinda soltando o veneno.

-Pelo menos eu tenho um passado para relembrar, ao contrario de você que só imagina o futuro, e nunca poderá relembrar o que não se poder ter.

Belinda se sentiu tão sem graça quando todos na mesa a olharam sabendo do que todos sabiam do desejo dela de estar com Christopher.

-Mas bem, - disse Dulce chamando atenção de todos novamente para si – mas para que falarmos do passado, eu acho muito melhor falarmos do futuro, do nosso futuro – disse se referindo a todos na mesa.

-Dulce... – advertiu Ucker.

-O que? – disse encarando-o – Por que não aproveitar o momento? Aproveitar que a família está reunida. E dar a grande noticia? Pois bem, eu o Christopher, decidimos nos divorciar.

O pai de Dulce quase engasgou com o vinho que estava tomando, assim como o Sr. Alexandre que ficou branco como um papel e seus avôs que arregalaram os olhos e ficaram sem reação alguma. Já Dona Blanca, não estava surpresa, pois já sabia da noticia. Alexandra por sinal não disse nada e Belinda apenas sorriu.

-Mas, mas por que? – perguntou Dona Joana confusa e magoada.

-Adultério – respondeu Ucker – da minha parte.

-Como você foi capaz? – perguntou Fernando nervoso.

-Três vezes, sendo duas dela com a Belinda.

-Christopher... – murmurou Belinda embaraçada na tentativa de esconder o rosto em vão.

O que ele queria humilhá-la na frente de toda a família? Pensou Dul, mas agora seria diferente, ela não sairia por baixo, não daquela vez.

-Mas não foi só o Ucker que traiu,porque a cinco minutos atrás ele me flagrou aos beijos no jardim com o meu ex.

-Mas é uma sem vergonha – disse Alexandra se pondo de pé.

-Uma vergonha é o que o seu filho fez com a minha, e justo com a prima! – disse Blanca se pondo de pé também – Ela devia ter é vergonha de vim aqui e se sentar na mesma mesa que nós. E isso é culpa sua Alexandra, que a incentiva! – acusou Blanca.

-Victor! – exclamou a mesma pedindo por auxílio.

-Não me meta nisso Alexandra você quem buscou – disse o esposo sem sair da cadeira.

-Vamos nos acalmar pelo amor de Deus – pediu o avô de Dulce em seu tom autoritário – Estão todos olhando para nós, não duvido nada que já chamamos a atenção da imprensa presente.

Alexandra foi a primeira a se sentar, em seguida por Blanca.

-É isso o que vocês querem? – perguntou Rodolfo para Dulce e Christopher que se mantinham em pé.

-Engraçado eu fiz a mesma perguntar para o Christopher lá fora antes de entramos e sim, é o que queremos – disse encarando-o.

-Pois bem, então eu sou a favor de cancelar o contrato.

Todos os olhares no segundo seguinte foram para Dona Joana que teria que concordar e a herança ficaria com as duas família se ela concordasse com o desfeito do mesmo.

-Pelo amor de Deus, fala de uma vez mamãe – pediu Victor que já suava frio.

-Se é a vontade de todos, também sou a favor de cancelar o contrato, assim nenhuma família vai ter que declarar falência no dia seguinte.

Ucker e Dulce se encararam mais uma vez. E naquele momento descobriram que estavam livres um do outro, que agora nenhum deles ficaria com o peso da culpa de ter levado um lado da família a falência total, pois as duas pessoas capazes de desfazer o contrato eram os avôs e eles haviam concordado com o divorcio.

-Que tal fazermos um brinde? – disse Dul pegando uma taça de vinho de cima da mesa.

-Dulce já chega... – murmurou Fernando ainda vermelho por causa do engasgo.

-Não, eu concordo com a Dulce Maria – disse Ucker pegando a outra taça – Um brinde, o que iremos brindar? - perguntou se pondo de frente a Dulce que se virou para ele.

-Um brinde as traições – começou Dulce

- As atitudes sem pensar...

-As apostas – disse Ucker virando-se para a prima.

-As perguntas não feitas...

- Mas o mais importante, - disse Dul com uma coragem que estava longe de sentir - a nossa liberdade.

-Nossa liberdade – afirmou Ucker batendo a taça na de Dulce para em seguida levaram a taça até a boca sem desviarem o olhar e tomarem o liquido como se fosse o veneno mais prazeroso de suas vidas.

Todos na mesa estavam sem saber o que fazer. Ninguém dizia nada, estava nítido o ódio que Dulce e Ucker sentia um pelo outro. E mais uma vez a família se viu voltando no tempo, no tempo que os dois se odiavam mais que qualquer outra pessoa. O tempo que eles não queriam voltar a viver.