Fanfic: Llevame Vondy | Tema: Rebelde

Madrugada de terça-feira. 1 semana depois...

Chovia, chovia muito e Dulce estava em seu quarto dormindo em seu sono profundo...

O barulho dos trovões não a incomodava. Ela sonhava...

Em seu sonho Dulce corria, e ria a beira de um rio. Ela estava sendo seguida, mas aquilo não era ruim, ela gostava e olhava sempre para trás para saber quem se ele a alcançaria.

Era Ucker que vinha em direção de Dulce, rindo assim como ela.

Quando ele lhe alcançou Ucker a posicionou em seus braços e ela lhe sorriu com ternura.

-Será para sempre... – murmurou Ucker ao encontar a testa sobre a dela.

-Nosso sempre... – respondeu Dulce tocando em seu face com os olhos cerrados – Beija-me – pediu Dulce lhe oferecendo os lábios – beija-me como nunca me beijou antes.

Ucker a aproximou ainda mais dele, a envolvendo com seus braços fortemente.

Ela sentia sua respiração sobre s dele. Aquele hálito quente que a deixava embriagada de desejo. Ela entre abriu os lábios afirmando seu convite.

Ucker descia seu rosto sobre o de Dulce, mas no momento que seus lábios estavam prestes a se tocarem, o tempo mudou, o sol que brilhava sobre eles foi coberto pelas nuvens negras e tomado pela forte tempestade.

Ucker foi puxado dos braços de Dulce com a força do vento que o arrastou para o rio.

-Christopher não! – gritou em desespero quando caiu ao chão.

-Dulce! – gritou Ucker de volta quando estava sendo se afogando no rio tenebroso.

Ele estava sendo levado pela correnteza e Dulce se desesperou, pois sabia que ele cairia do penhasco e morreria nas pedras.

-Christopher! – gritou Dulce tentando se por de pé com dificuldade.

Ela correu pela beira do rio acompanhando-o. Não sabia o que fazer! Só havia um jeito de não vê-lo morrer.

Ela se jogou no rio atrás dele. Mas assim que Dulce se viu afogando. Ela olhou para a beira do rio e perdeu o ar que ainda lhe restava.

Ucker estava em terras firme, mas não sozinho, ao seu lado estava Belinda. Ambos lhe sorriam enquanto ela se afogava.

-Christopher me ajuda! – gritava com desespero.

-Pobre Dulce... – murmurou Belinda – Ele não vai lhe ajudar, porque assim como eu, ele quer lhe ver morta.

-Christopher! – berrou quando viu que estava indo para o penhasco.

-Adeus Dulce – disse Ucker ao tomar Belinda nos braços e lhe beijar intensamente.

Dulce naquele momento perdeu completamente suas forças e em segundos a correnteza a puxou para o fundo de uma só vez.

-Não! – gritou Dulce assustada ao se por sentada em sua cama.

-Dulce! - chamou Blanca quando entrou no quarto assustada seguida por Fernando.

Dulce ainda não havia se dado conta que não estava mais sonhando. Ela se tocava desesperada. Ela estava suando frio.

-Dulce meu amor... – disse Blanca se pondo ao lado de Dulce – acalma-se, por favor, por favor – pediu ao lhe abraçar.

-Ele está com ela... – murmurava nos braços da mãe, entre soluços – ele está com ela...

-Quem está com ela? – perguntou Fernando confuso.

-Christopher... Ele está com a Belinda...

-Dulce pelo amor de Deus! – explodiu Fernando – Ele não está com a Belinda! Pare de ficar me matando aos poucos por causa dele! Porque ele não está com a Belinda, ele não está com você e não está com ninguém!

-é, seu amor... – disse Blanca – foi apenas um pesadelo.

Dulce vendo olhar severo do pai, se encolheu na cama se abraçando.

-Por que mãe?

-Porque foi um erro! – gritou Fernando – Foi um erro ter feito esse acordo! Foi um erro ter te obrigado a casar com ele. Você tem que esquecer Dulce, porque ele já lhe esqueceu!

-Fernando! – gritou Blanca se voltando para o marido – Você não está vendo que nossa filha está sofrendo? Que isso é faz mal a ela? Ela ainda o ama, você querendo ou não. O casamento pode ter sido um acordo, mas o sentimento não.

-Que sentimento? Só se for exclusivamente por parte dela! Porque ele assim que assinou os papeis, foi embora do país que nem um covarde! Porque é isso o que ele é.

-Fernando... – murmurou Blanca, fazendo o marido se recordar que Dulce não sabia.

-O Christopher foi embora? – perguntou Dulce perdida – Ele saiu do México?

Fernando afirmou.

-Na mesma terça-feira.

-Ele foi embora á uma semana e só agora vocês me contam?

-E o que você faria? – perguntou irritado – Iria atrás dele? É isso? Iria se humilhar, pedir para que ele a amasse da mesma forma que você? Não Dulce, eu não permitiria isso.

-Mas isso teria que ser uma decisão minha! – gritou pondo a mão fechada sobre o peito – Eu deveria saber o que eu quero! Eu deveria decidir por mim mesma! Eu!

-Dói dizer isso filha... – falo Fernando com o peso na voz – Mas apesar da idade, você já me provou que ainda é muito imatura para tomar suas próprias decisões sozinhas.

Ouvir aquilo dou muito em Dulce, ainda mais quando viu sua mãe desviar o olhar, como se ele estivesse certo.

-Agora durma... – disse Fernando – porque sempre estaremos aqui.

-Descanse meu amor – disse Blanca beijando a testa de Dulce – Quando o sol brilhar, tenho certeza que a melhor decisão será a sua.

Dulce afirmou. E assim que se viu novamente no quarto escuro sozinha, se deitou na cama, trazendo as cobertas até o pescoço.

-Se foi...Ele me deixou e nem se despediu de mim...

Ucker havia ido embora, havia deixa-a. A dor que Dulce sentia dentro do seu peito parecia aumentar a cada momento que se lembrava dele. Dulce fecho os olhos para ver ser dor passava, mas como sempre era em vão.

Ela se sentia exausta como se o mundo lhe pesasse nas costas.

Céus, como o amava!

Já havia se passado três semanas que ele havia ido embora, e na próxima semana começariam as aulas novamente.

Dulce deitada em sua cama começou a pensar em tudo que poderia ter dado errado. E percebeu que a culpa também era sua, por sua imaturidade havia deixado o ciúmes e a mágoa do passado estar presente em seu casamento e o ter feito chegar ao fim.

Ela começou a observar o seu quarto e os objetos que o decorava e se deu conta de que ainda estava presa ao passado, aquilo não se parecia com um quarto de uma mulher que um dia foi casada, em suas estantes haviam bichinhos de pelúcia e seu quarto era todo lilás, não aquilo estava errado!

Então em sua mente veio a lembrança de ter vindo correndo para a casa dos pais, em vez de ter encarado os seus problemas de frente.

A verdade sempre esteve estampada ali, na sua cara!

Buscando a força dentro de si, Dul se levantou de sua cama e se pós de pé ao secar as lágrimas, ficar ali chorando não resolveria sua vida em nada. Teria que mudar as coisas, teria que aprender a ser mais adulta e dona de si. Se ele quis ir embora, que fosse feliz, pois ela também seria.