Fanfic: Llevame Vondy | Tema: Rebelde

Derick havia levado Dulce para um uma área de lazer que havia próximo ao salão de jogos, mas por ser em uma parte alta, dava para se ter uma bela visão da praia. Assim podiam ver o lual mesmo que de longe, era como se estivessem em um camarote. A praia estava iluminada não apenas pelo brilho da lua, mas também pelas chamas das tochas fixas na areia, a música parecia vir de muito mais longe se fundindo com o barulho do mar.

Dulce estava sentada em um dos puffs brancos espalhados pelo chão, com alguns vasos de palmeiras em volta, e Derick recostava sua cabeça sobre suas penas, enquanto ela cariciava seus cabelos. Já havia se passado alguns minutos, que estavam lá e poucas palavras havia sido ditas, o silêncio entre eles parecia ser melhor.

-Então, - começou Derick meio sem jeito – quem era aquele cara, que a gente viu no hall? Por acaso, um ex-namorado?

Dulce olhou confusa, só então entendeu que ele falava de Ucker.

-Não – respondeu tranquilamente, ao ri– ele, não é meu ex-namorado, é apenas um amigo, na verdade um colega que eu não via há muito tempo...

-Hum...

Dulce tentou mostrar indiferença sobre o assunto, e ter dito que Ucker não era o seu ex-namorado não era de todo uma mentira, já que eles haviam pulado direito para o casamento, mas esse pequeno detalhe não era necessário comentar.

-Eu acho que ele tá afim de você.

-Não, não está – afirmou mais pra si mesma do que para ele.

-Sei lá, ele parecia surpreso quando te viu comigo – se lembrou Derick.

-Não tanto quanto eu já fui surpreendida – soltou Dulce sem querer com sarcasmo.

- Quê? – perguntou Derick que não entendeu

-Nada – respondeu Dulce com doçura, ao lhe dá um beijo, antes que ele falasse mais sobre o assunto.

-Nossa – murmurou Derick, quando ela se afastou.

Dulce percebeu que Derick estava desconfiado, sobre Ucker e ela, mas não queria dizer mais nada, então se esforçou ao máximo para transparecer tranqüila e lhe sorrir. Como resposta Derick também lhe sorriu , só que a diferença era que o dele era sincero, e lindo. O que fez com que Dulce se sentisse um pouco mal, por está respondendo da mesma forma. Derick, então se sentou ao lado de Dulce a observou, atento, em silêncio, o que fez Dulce sentir a face queimar, quando ele tocou em seu cabelo, próximo sua a orelha, lhe fazendo carinho.

-Vem cá pequena...

Foi como lhe chamou, quando envolveu Dulce em seus braços e a beijou com carinho. Dulce apenas retribuiu o beijo, mas sabia que nunca conseguiria beijá-lo da mesma forma que um dia beijou Ucker, mas tentaria viver aquele momento e aproveitar o máximo que lhe oferecia. 

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- Any! – chamou Poncho, ao ver que a loira não ia parar.

Confusa, e achando que estava delirando, Any se voltou pra trás e viu Poncho, vindo em sua direção.

-O que foi hein? – resmungou Any – O que você quer?

-Pra onde você está indo? – perguntou Poncho irritado.

- Não é da sua conta! – respondeu Any lhe dando as costas ao voltar a caminhar.

-Ei, ei, ei – disse ao segurar Any pelo cotovelo fazendo-a se voltar – Não tão de pressa assim. Pra onde você está indo?

- Eu vou procurar um homem! – confessou Any – Quero beijar alguém...

-Você bebeu por acaso? – perguntou sem pensar.

Any nem se deu ao trabalho de responder, porque era obvio.

-Escuta Poncho, - começou a loira – Dulce e eu, fizemos um pacto essa noite, na verdade noite passada, porque já virou o ano né! – disse rindo.

- Que pacto foi esse? – perguntou já desconfiado.

-Fazer o que der na telha – disse Any dando de ombro – O que vier à cabeça.

-AH ! Que pacto genial! – exclamou Poncho – e a idéia que veio na sua cabeça! – acusou – foi de beijar um homem?

-É – respondeu Any – então, vê se vai á luta, que eu to indo na frente!

Any deu um empurro no ombro de Poncho, para que pudesse passar, mas foi um erro, pois inesperadamente, Poncho a puxou pela mão, trazendo-a de volta pra si e curvando sobre seus braços a beijou.

Any viu que o cérebro havia parado, ao sentir os lábios dele sobre os seus, mas depois se deixou envolver com aquela caricia, e o enlaçou pelo pescoço, se entregando totalmente ao beijo.
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Ucker estava esperando o elevador, quando alguém se aproximou dele, e parou ao seu lado. E olhando com o canto dos olhos deu para perceber que era uma mulher.

Quando a porta do elevador entrou, ele esperou que a moça entrasse primeiro, mas quando foi apertar o número do andar, sua mão trombou com o da mesma, que por sinal era o mesmo.

-Desculpa – disse a moça ao recuar a mão.

-Não, sem problema – respondeu ainda sem encará-la.

-Eu fiquei esperando você me ligar– disse a moça sem rodeios.

Ucker ficou sem entender, então encarou a moça pela primeira vez, e viu que se tratava da morena que havia lhe dado um bilhete quando mais cedo estavam na piscina.

-Ah... – tentou falar Ucker, mas não sabia o que dizer.

-Tudo bem, não precisa se desculpar acontece. Priscila – se apresentou ao estender a mão.

-Christopher – cumprimentou ao segurar na mão da menina.

-Christopher... – repediu Priscila – nome bonito.

-Priscila também, assim como a dona – elogiou.

Priscila, de reservada não tinha nada notou Ucker quando viu que o elogio, não a surpreendeu, apenas a animou.

-Acho que chegamos – disse a morena quando a porta do elevador se abriu.

Ucker esperou que Priscila saísse primeiro, mas ela não se moveu do lugar, apenas cruzou os braços e encostada no vão do elevador ao lado do espelho ficou encarando-o.

- A porta vai fechar – avisou Ucker, indicando a saída.

Ela deu de ombros.

-É, já vi que não vai rolar – se conformou Priscila, ao andar em direção da saída.

Ucker viu que aquilo estava fácil de mais pra ele. O que mais queria no momento era ir pro quarto e dormir, e esquecer de vez o que havia acontecido naquela noite, mas já que era ano novo e a nova onda era partir pra outra porque não aproveitar? 

-Eu acho que já rolou – respondeu Ucker, quando a puxou de volta e a beijou.

Priscila de imediato correspondeu ao beijo de Ucker, e envolveu seus dedos sobre os cabelos, dele. O beijo não havia nada de calmo, Ucker excitado, encostou Priscila com brutalidade a parede do elevador próximo aos botões dos andares.

-O que é isso, meu pai – murmurou Priscila entre os beijos – Vamos pro meu quarto? – perguntou rosando as pernas sobre as de Ucker.

-Não, melhor irmos dá uma volta – respondeu ao pressionar o botão térreo, e a porta do elevador se fechar, enquanto ele deslizava a sua mão por debaixo da saia de Priscila, enquanto a beijava .

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-O que foi isso? – perguntou Any, quando Poncho se afastou.

-Um beijo – respondeu parecendo indiferente.

-Um beijo? Foi isso? Um beijo? – perguntou Any já sentindo a irritação lhe subir.

Poncho não respondeu, apenas a ignorou.

-Ai, esquece você é um idiota mesmo! – respondeu ao dar as costas para Poncho.

-Ah, qual é?! – exclamou Poncho ao vê Any partindo - Você queria beijar um cara né? Te ajudei – explicou num tom nada tranqüilo.

-E eu tenho que te agradecer por isso? – perguntou Any sarcástica, ao se voltar para ele.
Silêncio.

-Por que veio atrás de mim? – perguntou, mais afirmando do que em dúvida.

-Eu, não sei, queria falar com você – respondeu Poncho, já sentindo que Any estava preste a chorar.

-Eu não queria falar com você. Na verdade ainda não quero.

-Você nem sabe o que tenho pra te dizer...

-Eu sei e não quero ouvir, o passado não volta Poncho, esse beijo não devia ter acontecido, somos amigos.

-Any...

-Poncho, não diga mais nada, porque um de nós dois pode se magoar, e não quero ser essa pessoa.

-Eu não quero magoar você, nunca quis.

- Então esquecer isso – pediu.

-E se eu não quiser esquecer? – perguntou Poncho.

-Mas você tem que esquecer! – obrigou Any.

Poncho queria gritar, dizer que não, só que não pode. A amizade de Any era a única coisa que havia restado entre eles, e não podia perder isso.

- Eu to cansada – disse Any levando uma das mãos até a testa – Acho melhor eu ir dormir.

Poncho apenas assentiu, e pões as mãos no bolso da calça, porque se não o fizesse sabia que agarraria Any outra vez e ela não ia gostar nada da idéia.

-Ai, eu preciso da Mai! – resmungou Any.

Any não esperou resposta de Poncho, ao passar por ele e sair andando em direção da festa.

Onde ele estava com a cabeça quando a beijou? Onde?! Se perguntou, enquanto seguia o mesmo caminho que ela, porque querendo ou não, era lá que estava a festa! 
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