Fanfic: Llevame Vondy | Tema: Rebelde

No dia seguinte Any e Mai fizeram um acordo de não deixarem nada abalar o dia delas. Na faculdade Mai se sentou próximo de Belinda e foi muito simpática com a mesma que parecia estranhar a atitude de Mai.

Já Any na hora do intervalo mapeou todo o seu esquema de serviço, estudou um pouco mais sobre a moda que estaria entrando na próxima estação e se organizou psicologicamente. Poncho estava certo, ela era forte e iria resolver todos os seus problemas como uma garota adulta e sem ter que pedir socorro a seus pais, como sempre fazia.

A manhã passou muito rápida e logo cada um pegou o seu caminho, Mai deu carona para Bel e a orientou sobre o que poderia fazer no setor de pediatria, mesmo não gostando e nem indo nem um pouco com a cara da menina Mai não queria que ela fizesse as coisas erradas.

Poncho mais uma vez havia levado Any para o estagio, mas antes dela sair do carro, Poncho a fez prometer que não iria desistir e que iria ligar para ele se precisasse falar com alguém. Ela prometeu e disse que ele era o melhor namorado do mundo, mesmo que ela fosse meio tontinha, mas ele disse que aquilo também não era verdade. Lógico que ele estava se referindo à “tontinha”.

Ao entrar no ateliê Any não espero que a cumprimenta-se ela mesmo que o fez, dando boa tarde a todos que passava por ela, mesmo que algumas pessoas se virassem e fingissem que não ouviram.

Assim que Any chegou em sua mesa colocou sua bolsa em uma gaveta e a sacola que carregava no chão, não deu nem dois segundos e tudo que havia sobre a mesma ela jogou dentro de uma caixa de arquivos e começou a tirar da pequena sacola seus próprios acessórios de serviço, tudo em cor de rosa fofo. Ela poderia estar amadurecendo, mas não iria abandonar a suas coisas fofas e sua maneira organização.

Dulce estava em sua sala de estar lendo uma revista sobre pop-art quando o telefone tocou foi correndo atender, porque estava esperando Ucker ligar, mas não era ele quem estava no outro lado da linha.

-Dulce? – perguntou a voz feminina do outro lado.

-Sim sou eu, quem gostaria? – perguntou não reconhecendo aquela voz.

- Como assim? Não sabe quem está falando?

Dul parou um pouco para pensar de quem seria aquela voz, mas só teve duas conclusões: 1ª era de fato de uma mulher e 2ª não muito jovem.

-Não, me desculpe, mas eu deveria?

-Claro que sim, pois quem lhe fala é sua sogra Alexandra.Quanto tempo não é norinha?

Dul quase infarto naquele estante. O que a Alexandra queria? Pensou, desde que se casará com Ucker ela nunca havia ligado e nem dado sinal de que estava viva, pelo menos não para Dul.

-Oi Alexandra, tudo bom? Como a senhora esta? – Dul tentou ser simpática.

-Não muito bem desde quase 5 meses atras.

Novidade -Pensou Dul.

Parai! Faz cinco meses que eu e o Ucker estamos casados!Que descarada.

-Sinto muito Alexandra, no que posso ajudar? O Ucker não está.

-Eu sei que ele não está graças a Deus o meu bebe tem um emprego. No qual está indo muito bem.

Dul soltou um riso fraco para não cometer o erro de falar mal da sogra pelo outro lado da linha.

-Pois é... Mas para que a senhora ligou mesmo?

- Eu ainda não falei sobre o motivo da ligação.

-Não? Desculpa-me.

- Tudo bem, eu sei como você é avoada.

E a senhora é uma bruxa.

-Dulcinha...

Dul odiava aquele apelido e Alexandra sabia disso!

- Então minha fofa, eu só liguei para convidar você e o Ucker para virem aqui em casa neste domingo.

- Domingo? 

- É por quê? Vocês já têm outro compromisso?

-Bom...

Dul estava preste a dizer que sim, que infelizmente não poderiam ir porque já haviam marcado com um amigo, mas...

-Que estranho eu falei com o meu filho antes de te ligar e ele me disse que não havia nenhum.

- Bom...era o que eu iria dizer nenhum, mas a senhora acabou de dizer que já falou com o Ucker, estou certa?

-Sim, obviamente, no domingo.

-Domingo?

Dul afastou o telefone do rosto para soltar uma risada de indignação muda, a Alexandra havia contado para Ucker no domingo e hoje era terça!

Mai estava no vestiário do hospital arrumando as suas coisas em seu armário depois de ter escovado os dentes, quando Belinda entrou no local e encostou-se ao armário ao lado de Mai.

- Mai, podemos conversar?

Mai se voltou para Belinda.

-Sim, claro. Aconteceu alguma coisa?

-Não, quer dizer sim – respondeu desanimada.

-O tem como eu te ajudar?

-Acho que não, porque estou assim por sua causa.

Maite ficou ainda mais confusa com aquilo, porque Belinda estaria mal por causa dela? Não deveria ser ao contrario?

- Bel, não te entendo.

-Eu só queria que você soubesse que quando o meu tio me chamou para trabalhar aqui, na área pediátrica, eu não imaginava que você também exercia sua função na mesma e muito menos que ele havia me chamado para ficar no seu lugar.

-Bel...

-Não, por favor, deixe eu terminar, se eu soubesse juro que não teria aceitado.

-Belinda, não tem problema hoje eu estou em uma área que eu é nova para mim, mas também é como a pediatria já que eu só fico com as crianças desse setor e...

-Mai, por favor, se você quiser eu peço para que me mudem de área e você volte a ter o seu cargo.

Mai ficou boquiaberta com o que Belinda havia lhe proposto. Aquilo só poderia ser uma piada pensou a morena e de péssimo gosto. Mas se fora verdade, era de se pensar, concluiu Mai.

-Não, obrigada eu não poderia aceitar.

-Você é como uma filha para ele.

Mai assentiu e sorriu de canto, mas não deixou de se sentir sem graça com a forma que Belinda tocou no assunto.

-Bom Mai, eu vou indo porque o Ucker já deve ter tomado o cafezinho dele – disse divertida.

-Tudo bem Bel, eu já também já vou só tenho que fechar o meu armário.

Belinda sorriu e acenou antes de deixar o vestiário.

Mai se sentiu aliviada por estar sozinha outra vez. Belinda tinha uma certa razão pelo cuidado que Dr.. Victor tinha por ela, realmente ele lhe tratava como uma filha desde que nascerá. Sem que seus pais pedissem, o mesmo se prontificou em pagar a escola particular para que tivesse uma boa educação e nunca deixou lhe faltar nada, mesmo que ela fosse apenas à filha dos empregados do casarão dos Uckermann.

- É... – concluiu Mai ao fechar o armário – Essa menina não dá um ponto sem nó – disse ao arrumar o jaleco e sair do vestiário.