Fanfic: Llevame Vondy | Tema: Rebelde

Dul chegou apressada na clinica, fazia algum tempo que ela não havia estado no local, por isso ficou um pouco perdida, já que a mesma havia sofrido algumas reformas.

-Moça – disse ao se aproximar do balcão – A onde eu poderia achar o Uckermann filho?

-O Dr. Uckermann filho? Quem gostaria?

- Você é nova aqui não é? – perguntou Dul simpaticamente, a mesma afirmou - Eu sou Dulce Maria, a esposa dele.

- Você é a Sra. Uckermann? – disse surpresa – Uau, eu sempre ouço falarem da senhora, você realmente é muito bonita sabia?

-Ah, obrigada – respondeu Dul achando graça da mudança de comportamento da moça.

-Bom, o Dr.Uckermann estava no consultório, mas eu acho que nessa hora – disse olhando para o relógio do computador – Ele deve estar na copa.

-Onde fica? – perguntou Dul sem graça – É que faz um tempinho que eu não venho aqui.

-Tudo bem, fica a neste corredor – indicou – virando a direta, depois a esquerda, subindo a escadinha terceira porta a direta.

- Obrigada – agradeceu Dul gentilmente, mas muito confusa com a explicação da recepcionista.

Enquanto Dulce ia indo pelo caminho que a recepcionista havia lhe orientado uma enfermeira passa por ela e quando se afastou a mediu da cabeça aos pés. E seguiu seu caminho até a recepção.

-Marta...

-Oi... – respondeu a recepcionista sem parar de teclar no computador.

-Quem é essa morena, que esta indo para o andar superior?

-Que morena? – perguntou esticando o pescoço.

Logo viu que se tratava de Dulce.

-Ah, adivinha, a esposa do Dr. Uckermann filho.

-O que?! – perguntou não acreditando – A filha do Dr.Saviñón?

-A própria.

-Hum...bonitona né?

-É filha tem gente que tem sorte, rica, bonita e casada com o futuro médico mais gato que conheço.

-A vida é muito injusta mesmo, uns com muito e outros com nada – se conformou a enfermeira ao pegar suas pastas as analisar na recepção.

Ucker estava realmente na copa se servindo de uma outra xícara de café. Ele estava de costas para a porta quando a mesma fora aberta e ele nem percebeu. Só se deu conta de que não estava mais sozinho quando sentiu alguém lhe tampando os olhos.

-Adivinha quem é? – perguntou uma voz feminina

-Adivinhar? – quis saber Ucker.

-Humrum, eu juro que se você acertar eu te dou um beijo.

-Hum...agora sim comecei a gostar da brincadeira – disse sorrindo.

-Ta bom, então que é? – perguntou mais uma vez.

-Deixa-me pensar...

Ucker sabia quem era, mas achou melhor fazer um mistério antes de responder.

-A Graziela do setor do almoxarifado?

-Que?! – se espantou a voz femenina ao se afastar de Ucker e o virar pelo braço.

-Ah, Dul é você?! – perguntou Ucker se fazendo de surpreso.

- Não, é a Grazi do almoxarifado – respondeu seca ao cruzar os braços.

-Meu amor, que surpresa você aqui. Veio me visitar? – disse todo sorridente.

Ucker segurou a mão de Dul para que ela se aproximasse mais dele, e lhe beija-se nos lábios.

-Eai o que você esta fazendo? – perguntou quando posou sua mão na boca dele.

- Ué, indo te beijar? – respondeu em dúvida.

-Ai que lindo – disse Dul acariciando os cabelos dele - Mas você não acertou se esqueceu? – respondeu se afastando de Ucker.

-Dul por que você não gosta da minha mãe?

Dul engoliu em seco aquela pergunta, pois não esperava que Ucker fosse tão direto num assunto tão delicado.

-Ucker não é que eu não goste da sua mãe...

-Não, tudo bem não precisa mentir – a cortou chateado.

Ucker se virou para pegar mais café e Dul se sentiu péssima por Ucker, ela não gostava de Alexandra, mas não queria Ucker divido entre elas.

-Meu amor... – disse Dul tocando com cuidado no ombro ele – Me perdoa – pediu olhando-o nos olhos quando se voltou para ela – Eu não odeio a Alexandra, eu nunca poderia sentir isso.

-Dulce...

-É serio, eu não tenho como odiar a Alexandra, mesmo ela sendo na maior parte das vezes chata, arrogante, metida, irônica...

-Dulce – cortou Ucker mais uma vez.

-Não, não, não – disse segurando o rosto dele ao vê-lo se virar – Mas é como eu disse, eu não posso odiar ela, porque foi ela trouxe ao mundo, ao meu mundo – corrigiu – Você – concluiu ao encostar a testa na dele lhe segurando os rosto com ambas as mãos.

Os olhos de ambos brilhavam, Dul sorriu ao sentir as mãos de Ucker deslizar por sua cintura.

-Posso te beijar agora? – perguntou Ucker sem desviar o olhar do dela.

-Eu, não sou a Grazi – respondeu Dul divertida – Mas eu ia adorar ser, só por um minuto – respondeu ao aproximar os lábios do dele e lhe beijar de leve.

Ucker a abraçou mais forte e levou uma das mãos até o pequeno rosto de Dul. O beijo era calmo, doce, mas muito apaixonado, eles estavam se levando pelo momento, quando a porta da copa fora aberta e alguém entrou, no mesmo instante eles se separaram e se voltaram para o desconhecido, ou desconhecida.

-Se eu estiver atrapalhando posso voltar mais tarde – disse Belinda sem graça.

Dulce e Ucker se olharam sem saber o que dizer, e depois se voltaram para a garota parada na entrada.

-Não, tudo bem – disse Dul – Eu já estava de saída.

-Tava? – perguntou Ucker ao olhar para Dul.
- Olha desculpa, eu não sabia que vocês estavam aqui, quer dizer que o Ucker, não a Dulce, não você. É...depois eu volto – disse Bel abrindo a porta para sair.

-Belinda, não precisa sair eu já vou – disse mais uma vez Dul.

Belinda se voltou para o casal mais uma vez e aparentou que não estava se sentido muito bem.

-Ucker... – começou Dul se voltando para o marido – Agora são quase seis horas, e eu vou dar um oi para o meu pai...

-Hoje eu saio as seis e trinta, nós podemos jantar fora – disse Ucker.

-É, é isso, que eu ia perguntar.

-Então se você puder esperar melhor.

-Eu espe...

-Ele não vai pode – cortou Belinda.

Na mesma hora Dul e Ucker se voltaram para a intrusa curiosos. Quem era ela para dizer o que ele poderia ou não fazer?

-Quero dizer – tentou se corrigir Bel -É que eu vim, justamente para isso, vim avisar que nós vamos ter plantão hoje.

-Na terça? – perguntou Ucker desconfiado.

-É, foi de ultima hora – confirmou sem graça.

-Então tá – se conformou Dul desanimada – Amor, eu já vou indo – disse ao dar um beijo de despedida em Ucker.

Dul se voltou para a porta, mas Belinda não saiu de seu lugar, lhe bloqueando a passagem. Dul não entendeu, ou fingiu não entender o motivo, apenas sorriu, e em seguida Bel lhe deu passagem.

-Dul? – chamou Ucker quando ela já estavam fora da copa.

-Oi – Dul se voltou para o marido.

- te amo – disse.

-Também – respondeu sem esconder a alegria que sentia.

Belinda sentir uma inveja que nunca havia sentido antes, sentiu seu coração se apertar e uma raiva subir dentro de si.

Quando Dul se foi Bel se voltou para Ucker pasma, ele ficou a encarando, pois sabia que ela ia dizer alguma coisa, na qual ele não estava nada afim de ouvir.

-Eu não sabia que a copa era lugar de amasso – falou Belinda ironicamente.

Ucker riu.

-Priminha, - começou Ucker ao se aproximar de Belinda - Por em vez de se você se preocupar com isso, você não se preocupa em qual mentira você inventar amanhã, de ultima hora? – perguntou ao se dirigir para a saída da copa.

-Aonde você vai? – quis saber Bel irritada.

-Embora – respondeu naturalmente. 

-Você não pode ir embora?Falta meia hora!

-Você dá conta sozinha – disse ao dar uma piscadela para a prima antes de deixá-la sozinha na copa.

Dul estava próxima a recepção com seu pai onde conversavam.

-Ai, não acredito que vocês vão viajar esse fim de semana! – exclamou Dul animada.

-Pois é, temos que comemorar os nossos 21 anos de casados – informou Fernando sorrindo.

-Ai pai fico tão feliz por você e pela mamãe! – disse lhe dando um abraço.

-Ta bom, e o que lhe trouxe até aqui? Você morre de medo de hospital.

-Não é de hospital! – se defendeu – É de agulha.

Fernando não resisti e ri da forma que a filha falava.

-Pai não ri de mim – disse brincalhona – Na verdade eu vim aqui porque precisava falar com o Ucker.

-Não dava para esperar até ele ir para casa?

-Não.

-Deixa-me ver, almoço no domingo?

-Como você sabe? – quis saber Dul pasma

-A Alexandra convidou sua mãe e eu, mas nós não iremos devido à viagem.

Dul não conseguiu disfarçar o desgosto.

-Filha a Alexandra é uma boa pessoa, mas você tem que entende que você tirou o único filho dela.

-Eu não tirei nada, foi aquela droga de contrato, mas isso é outra historia, ela nunca gostou de mim e não vai gostar mais ainda.

-Promete que vai se comportar?

-Eu não estava pensando em bagunçar na casa dela! – Fernando arqueou uma sobrancelha – Quer dizer não na frente dela.

-Dulce...

-Ai esta bem, eu prometo me comportar, ainda mais pelo Ucker, ele quer que eu me dê bem com a velha...

-Dulce.

-A sogra – corrigiu – E eu irei me esforçar.

-Eu tenho orgulho de você sabia? – perguntou o pai.

-É, eu causo isso nas pessoas – disse convencida.

-Nem casada você muda – disse Fernando ao abraçar Dul.

-Assim eu fico com ciúmes! – disse Ucker ao se aproximar.

Dul e Fernando se voltaram para um Ucker com a mochila nas costas e pronto para ir embora.

-Ué, você não teria plantão hoje? – perguntou Dul.

-Plantão com os estagiários de terça? – perguntou Fernando confuso.

-Foi de ultima hora – falou rapidamente Ucker – Na verdade a Belinda se confundiu um pouco com o dia, ela é nova esta meio perdida.

Dul reparou no olhar que Ucker e seu pai trocaram, mas não quis questionar.

-Então vamos? – perguntou Ucker.

-Ah, sim claro – respondeu saindo da desconfiança – Tchau pai te amo – disse lhe dando um beijo na bochecha.

-Também, eu já vou porque tenho uma reunião com o pessoal, depois nos vemos e não se esqueça de ir lá em casa antes de sua mãe e eu viajarmos ok?

-Prometo que vou.

Logo Fernando deixa Dul e Ucker sozinhos na recepção.

-Ucker, uma pergunta.

-Qual?

-A Belinda realmente se confundiu?

-Claro, ela é nova e... – Ucker ia pegar a chave do carro do bolso, mas não a encontrou.

-O que foi? – quis saber Dul.

-A minha chave não esta no bolso, eu acho que a deixei no armário.

-Então vai buscar homem! – disse Dul.

-Já volto, dois minutos!

Ucker saiu apresando deixando a mochila com Dul, ela por sua vez não havia engolido a historia da confusão de Belinda. Enquanto esperava Ucker observou que uma enfermeira estava indo até o balcão da recepção com uma prancheta, mas o que mais lhe chamou a atenção foi a conversa que elas tinham. A enfermeira foi embora e deixou a prancheta com a havia ficado com Marta.

Dul se aproximou da moça com um sorriso enorme no rosto.

-Oi, seu nome é Marta não é mesmo? – perguntou Dul se esforçando para ler no crachá disfarçadamente para da moça.

-Sim, sou eu senhora Uckermann, posso ajudá-la.

-Humrum, e não sabe o quanto – disse abrindo um sorriso ainda mais lindo.

Marta não pensou duas vezes em ajudar Dul e elas prometeram guarda segredo sobre aquilo, logo Ucker apareceu e se despediram.

Meia hora depois Belinda estava indo embora conversando com um grupo de colegas que havia feito, no meio da roda estava Mai.

-Dra. Peregrín- chamou Marta da recepção.

-Oi Marta o que foi? – quis saber Belinda irritada com a moça, vendo que todos estavam indo menos ela.

-É que a senhorita já esta indo embora e eu me esqueci de lhe avisar que hoje a senhorita tem plantão – informou a secretaria sem graça.

-Estagiários não tem plantão de terça – respondeu secamente

-Eu sei, mas como a senhora, digo senhorita se voluntariou...

-Eu não me voluntariei para nada!

Marta muito sem graça não disse nada apenas mostrou a prancheta que havia o nome de Belinda escalada.

-Sinto muito, mas não temos ninguém de ultima hora.

-Isso não é problema meu.

-Tudo bem, mas se a senhorita não ficar eu vou ter que passar essa decisão para o Dr. Uckermann e ele é muito...

-Ah esta bem! Dá logo essa porcaria! – disse puxando a prancheta da mão da moça para assinar a presença!

-Pronto esta aqui, assinei – disse ao se virar para ir guardar suas coisas novamente, mas Marta lhe chamou outra vez – O que foi agora?!

-É que deixaram esse bilhetinho para a senhorita.

Belinda já estava em seu limite, quando se aproximou do balcão e pegou o bilhete da mão de Marta.

Ao abrir teve uma surpresa ainda maior e seu ódio cresceu mais ainda:

“Um ótimo plantão BFF, te amo, beijos Dul!”

Belinda respirou fundo para não gritar enquanto amassava a o papel que estava em sua mão.

-Vai me pagar sua vadia – murmurou para si mesma –E muito caro.