Fanfic: Llevame Vondy | Tema: Rebelde

Depois de ver que Ucker já não estava por perto Dul se sentiu perdida, na sala havia muitas pessoas nas quais ela nunca havia visto antes, e todos tinham o olhar ameaçador dos Uckermanns. Tentando disfarçar o embaraço Dul sorriu gentilmente para uma senhora que lhe olhará, mas não devia ter feito já que a mesma se sentiu ofendida e virou o rosto. Sem graça Dul baixou a cabeça escondendo o constrangimento. Tentando ver pelo lado bom, que por sinal estava difícil, Dul se sentiu um pouco melhor ao se lembrar que Belinda até o momento não estava presente, encontrá-la naquele momento seria péssimo!

O que eu estou fazendo aqui?!

-Dulce? – chamou uma voz masculina familiar.

Ao ouvir o seu nome Dul ergueu a cabeça e sem nem mesmo percebeu sorriu. Nunca se sentirá tão bem por ver o sogro em sua frente.

-Oi, Victor tudo bem? – perguntou.

-Sim – respondeu simpaticamente – E como sempre, se encontra encantadora – Elogiou ao pegar a mão de Dul e beijá-la.

Dul se sentiu um pouco sem graça e sorriu de canto.

-Obrigada – agradeceu, ao voltar sua mão com gentileza ao seu lado do corpo.

-A onde esta o Christopher, para mim lhe dar um bronca por deixar a minha nora favorita sozinha nesse momento?

-Favorita? Por que, você tem outra? – Se assustou Dul, sabendo que Ucker era filho único!

-Não claro que não – achou graça o homem – é maneira de dizer.

-Ah, que susto, por um segundo achei que... Esquece, eu não achei nada – tentou se concertar nas palavras ao ver o olhar desconfiado de Victor.

-Mas então, pelo que posso ver minha adorável esposa roubou o Christopher de você não é mesmo?

-Mais ou menos, eu dei permissão.

-Essa Alexandra não muda nunca mesmo, mas mesmo assim ainda a amo.

Dul apenas sorriu, pois preferia guardar a sua opinião sobre aquilo para si mesma, e dizer que o sogro merecia coisa melhor, seria o mesmo que pedir para ficar sozinha naquela festa! E dispensar Victor naquele momento era o mesmo que cometer suicídio!

-Dulce, você ainda não conhece todos os Uckermanns não é mesmo? –---É, ainda não tive a honra de conhecer o clã Uckermann.

-Então eu lhe ofereço essa honra – disse ao lhe dar o braço para que o acompanhasse – Isso se você me permitir é claro.

-É, o Ucker teve um excelente professor com toda a certeza – disse risonha ao passar o braço sobre o do sogro.

-Christian o que aconteceu? – perguntou Mai ao entrar no apartamento apressada e encontrar Chris sentado no sofá com uma compressa de gelo na mão.

-Poncho o que você contou para ela? – quis saber ao ver o amigo entrar em seguida.

-Nada demais, apenas a verdade – se defendeu.

-Chris, o que houve? – perguntou Mai se sentando ao lado do namorando - Como você fez isso? – quis saber ao tocar com cuidado em seu braço.

-Nada, eu apenas a machuquei a mão.

-Ah serio? Não me diga – ironizou Poncho, sentando no braço do sofá.

Chris lhe mandou um olhar de perigo, mas Poncho deu de ombros.

-Isso nós estamos vendo Chris, mas como você fez isso?

-Não sei, na hora que eu fechei a porta. Estava distraído, sei lá, acabei batendo a porta na minha mão.

-Caramba cara, que azar – perguntou Poncho sabendo que aquilo era mentira.

-Mai... – Chris resolveu ignorar Poncho – Está tudo bem, eu só preciso deixar a minha mão parada um pouco que logo ela fica boa.

-Christian, para com isso! O que aconteceu na sua mão não é uma batidinha qualquer, a porta pode ter quebrado algum dedo seu, temos que tirar uma chapa.

-Já disse que não é preciso – insistiu irritado – Mudando um pouco de assunto, cadê a Any?

-A Any, preferiu ficar no ap Chris – informou Mai ao olhar com cumplicidade para Poncho – Ela não gosta de ver ninguém machucado, é a Any Chris. Ainda mais você.

-Gente por Deus, é apenas uma mão, nada mais.

-Cara você é muito cabeça dura! – resmungou Poncho.

-Christian,você não quer ir para o hospital não é? – perguntou Mai sem paciência. Ele afirmou – Tudo bem, mas eu te peço que vá por favor, se não for por você, que seja pelo menos por quem realmente se porta por isso. Faça pela Any, que com toda a certeza deve estar no quarto chorando.

-Mai... – chamou ao vê-la se levantar para ir embora.

-Você não é nenhuma criança Christian, sabe muito bem o que está fazendo.

Chris pensou em pedir para que ela ficasse, e o desculpasse, mas Poncho lhe deu um sinal para que não o fizesse, pois Mai irritada era perigoso.

Se o almoço estava uma chatice, para Dul isso agora não acontecia mais! Quando aceitou ser apresentada a família de Ucker por Victor Dul imaginou que conheceria a parte idosa e autoritária da família, e assim foi, mas não por muito tempo, já que depois de alguns minutos Dul foi apresentada a melhor parte do almoço. Bem, pelo menos assim pensaria as meninas solteiras da faculdade.

Victor a apresentou aos primos de 2° grau de Ucker que por sinal eram lindos! Um se chamava Willyan moreno, alto e com uma covinha na bochecha que Dul não deixou de notar. O outro também era alto só que loiro e se chamava Eduardo e o ultimo, mas não menos bonito, já que era também alto e olhos castanhos. E estar sentada em um sofá tomando champanhe nunca havia sido tão interessante, já que eles estavam em sua volta lhe dando todas as atenções, já que Victor se retirou para conversar com o primo.

-Dulce Maria... – começou Eduardo – Eu soube que meu primo havia se casado, mas nunca imaginei que fosse com alguém tão linda – elogiou com um sorriso que faria qualquer menina se jogar aos seus pés.

-Pois é – concordou Willyan – Ucker soube muito bem esconder o seu tesouro.

-Até eu o faria – disse Fernando – Não seria fácil ter uma Deusa em casa e ter de compartilhá-la com outros olhares, que poderiam roubá-la.

Se Dul deu uma risadinha ao sentir o rosto corar, e tomou um gole de seu champanhe para se acalmar um pouco.

Meu Deus será que todos dessa família tem um QI para a conquista!

-Mas então Dul... – falou Eduardo tirando Dul de seus pensamentos - Eu acho que nós não somos os primeiros a lhe dizer isso não é mesmo?

-O que? – perguntou confusa

O quanto que você é linda – completou Willyan.

-Na verdade... – cortou Ucker ao se aproximar – Eu lhe falo isso todos os dias.

-Amor... – falou Dul nervosa.

Ele vai me matar!

-Christopher, nem percebemos que você estava aqui – disse Fernando.

-Eu reparei – respondeu sem tirar os olhos raivosos dos de Dul – reparei que vocês já conheceram a minha esposa.

-Oh... – insinuou Will, alegre ao olhar para Dul, mas ao encontrar o olhar de Ucker preferiu guardar o sorriso – Com todo o respeito é claro.

Ucker tentou achar graça, mas não conseguiu.

-Mas eu acho que vou ter que os deixar sem a presença da minha linda mulher – disse ao estender a mão para que Dul se levantasse.

Dul sorriu sem graça para os rapazes ao se por ao lado de Ucker e o mesmo colocar seu braço em volta de sua cintura.

-Foi um prazer conhecê-los.

-Ah, isso você pode deixar, que o prazer foi todo nosso – disse Willyan sem pensar, mas logo se tocou quando Eduardo lhe deu uma cotovelada para que parasse antes que Ucker perdesse a cabeça.

-Com licença – pediu Ucker ao tocar no ombro de Dul para que se retirarem.

Assim que haviam deixado os primos de Ucker, Dul viu que ele não estava nada feliz, e ficou receosa, pois sabia que aquele mau humor se dava ao fato de encontrá-la na companhia de seus primos, que por sinal Dul reparou que eram bastante assanhadinhos.

Ucker foi se afastando com Dul dos demais convidados,ela não entendia nada, pois a única coisa que passava na sua cabeça, era a cena de Ucker a degolando.

Mais para frente Dul viu que eles estavam subindo as escadas indo para o andar superior. 

-Ucker, para onde você está me levando? – perguntou ao ser ver no enorme corredor da mansão.

Ucker não respondeu apenas sorriu de canto enquanto ele seguia para á ultima porta do corredor. Dul o olhou confusa, e ele lhe fez sinal para que ela entrasse.

Ao entrar Dul se surpreendeu. Estava o quarto de Ucker!

-Uau... – exclamou ao se dar conta do que se tratava.

-Gostou? – perguntou Ucker por trás de Dul.

-Eu não sabia que você gostava tanto de azul – ao ver a cor do quarto.

Ucker riu.

-Amor, - disse ao pegar na mão de Dul e a guiar para que sentasse ao seu lado na cama – O meu quarto é o meu lugar favorito,pois era aonde eu me escondia quando, queria ficar sozinho, tranqüilo.

-Christopher seus pais e toda a sua família estão lá embaixo – informou Dul desconfiada.

Ucker não agüentou soltou uma gargalhada ao se deitar na cama e depois se voltar para Dul.

-Qual é a graça? Eu estou falando serio! – disse Dul pasma.

-Amor, amor – falou Ucker ao segurar o rosto dela – Eu não te trouxe aqui para isso...

-Não? – perguntou vermelha.

-Não – negou achando graça por Dul ter corado – Eu te trouxe aqui para te mostrar uma coisa.

-Ah...o que? – perguntou ao olhar ao redor do quarto para disfarçar a vergonha.

-Espere aqui, eu vou buscar.

-Para de rir de mim! – pediu Dul ao ver que ele ria.

Ucker havia entrado em outra sala, deixando Dul sozinha. Ela observava o quarto curiosa, parecia um quarto de adolescente, com skates nos cantos, prancha de surf preso na parede, uma bola de futebol próxima a estante, mas ao se voltar para o outro lado Dul achou viu algo que não esperava, um retrato.

-----> Música El Mundo Detras - RBD.

Meio sem jeito ela se levantou indo em direção do objeto. No porta retrato em cima da penteadeira de madeira continha uma foto dela abraçada a Ucker no quanto, e ao lado dele Mai rindo com Any abraçadas e Poncho ao lado da loira seguida por Chris. Eles estavam felizes naquele dia. Ao pegar o retrato na mão Dul se lembrou que tinha 14 anos na época. Eles haviam ido para uma excursão do colégio naquele dia. Alguns meses antes da amizade de Dul e Ucker acabarem, antes da aposta.

-Dulce? – chamou Ucker ao voltar.

Dul na mesma hora colocou o retrato no lugar e se voltou para ele.

-Ta tudo bem? – perguntou vendo que ela estava assustada.

-Ta.Então o que é isso? – perguntou ao ver a pequena caixa de madeira que ele segurava.

-Ah...então, é o que eu queria te mostrar.

-Uma caixa? – perguntou ao se voltar a se sentar na cama – É bonita.

-Na verdade – se sentou ao lado dela – É o que tem dentro dela, é o que importa.

Dul sorriu. Ucker, parecia estar se divertindo, por isso resolveu abrir a caixa com um pouco de mistério, deixando Dul curiosa.

-Uau! - exclamou ao ver o seu conteúdo - Bolinha de godê!

-Sim, as mais incríveis do mundo!

-Ai amor que lindas – disse sem querer quebrar o brilho que viu nos olhos do marido – São tão...diferentes?

-Dul...são bolinhas de godê, e a maioria é do mesmo tipo – corrigiu Ucker – Mas não são as bolinhas que eu quero te mostrar – informou.

Dul não disse nada, mas se sentiu aliviada, pois bolinha de godê nunca foi seu brinquedo favorito.

-Não?

-Não, é o que tem dentro.

Dul não esperou Ucker beijá-la, pois ela o fez primeiro. Enquanto a beijava, sem perceberam acabaram deitando na cama.

-Ucker... – chamou entre o beijo.

-Que? – respondeu a segurando pela cintura.

-Quem já dormiu aqui? – perguntou sem parar de beija-lo.

-Você é a primeira – respondeu colando Dul em seu corpo.

-Hum...isso é bom.

-Meus pais estão lá fora – informou ao ver que Dul se empolgava ao beijá-lo.

-Quer parar?

-Não, depois eu me desculpo – respondeu ao passar seu corpo por cima de Dul.
-CHRISTOPHER! – gritou Belinda ao entrar no quarto correndo, fazendo a atenção de Dul e Ucker se voltar para intrusa.

-Belinda?O que você esta fazendo aqui? – perguntou sem sair de cima de Dul.
-Vem, - disse ao puxá-lo pelo braço – Sua mãe está te esperando para iniciar o almoço!

-Bel, eu já vou – resmungou já de pé se vendo puxado.

-Não, nada disso o almoço é especial e quero você do meu lado! 

Dul não teve nem tempo de protestar, já que o marido estava sendo arrastado para fora, pela louca da prima.

-Essa menina, ta começando a me irritar – resmungou ao se ver sozinha no quarto.

-Já, vai começar o filme de terror – disse Dul ao se colocar de pé de frente para a porta do quarto ajeitando os cabelos antes de descer.

Como o quarto de Ucker era o ultimo do corredor Dul pode passar por todos os outros quartos, mesmo estando de portas fechadas. Mas por descuido e por causa da pressa Dul sem querer acabou arremessando o anel que estava em sua mão dentro da brecha aberta de um quarto.

-Ai meu Deus e agora?

Ela tinha que pegar o anel dela de dentro, era algo que valia muito para ela. Dul olhou pelo corredor e percebeu que estava sozinha naquele andar, com certeza todos estavam lá em abaixo, já que iria iniciar o “grande almoço!”

-Bom, eu pego e saiu correndo...- disse dando de ombros.

Com cautela Dul se aproximou da porta, querendo ter certeza que não havia ninguém a vigiando. Dul se agachou perto da porta e olhou por dentro do quarto, o anel estava estava em cima do tapete, de baixo da cama. Antes de entrar Dul verificou se estava realmente sozinha, ao ver que ninguém a veria mesmo, engatinhando entrou no quarto. Ao se aproximar da cama Dul esticou o braço para pegar o anel e assim que o fez se levantou para sair, mas teve um reflexo rápido.

-Hum...amei essas tulipas – elogiou as flores por relance ao sair do quarto.

Só quando fechou a porta por trás de si Dul caiu na real.

TULIPAS!

Ela abriu a porta mais uma vez, para ver se tinha certeza no que havia visto por relance, ou havia confundido das flores.

Mas ao entrar, viu que não estava errada. Em cima da penteadeira, havia um vaso enorme de tulipas azuis. E ao olhar perto da sacada em cima da mesa, no centro havia outro vaso de tulipas só que lilás e ao lado da cama em cima de um criado mudo havia mais tulipas!

No quarto continha no mínimo uns seis vasos de tulipas!!

Sem querer se precipitar Dul saiu do quarto, não queria tirar conclusões erradas,aquele quanto podia não ser de Alexandra e sim da avó de Ucker que também morava na mansão. A dúvida a estava matando.

Assim que se viu no corredor encontrou Sandra a empregada assanhada.

-Ei, moça – chamou Dul ao se aproximar da mulher.

-Pois não? – perguntou timidamente.

-É que eu estou meio perdida, faz tempo que eu não venho aqui e não me lembro qual é o quarto da Sra. Uckermann, ela me pediu para pegar um brinco para ela em seu quarto, mas eu estou com anseio de abrir a porta errada e, sabe... – inventou Dul.

-A Sra. Quer saber qual é o quarto da Sra. Uckermann?

-Isso.

-Ah, é aquela segunda porta a esquerda – indicou Sandra.

Dul se sentiu aliviada por Sandra indicar a outra porta, a de frente para o quarto com tulipas.

-Ah, obrigada, então aquele é o quarto de Alexandra?

-Ah...a Sra, quer saber qual é o quarto da Dona Alexandra? Eu pensava que fosse o da Sra. Uckermann a Dona Victoria, a mãe do senhor Victor, o quarto da Dona Alexandra é do da frente, o segundo da esquerda!

Dul riu nervoso e cruzou os braços ao olhar na direção da porta.

Alguém havia lhe declarado guerra, e Dul não gostava de perder nenhuma batalha.