Fanfic: - Lágrimαs de Fεlicidαdε` - Vondy

Prólogo

Um prédio velho, de cor gasta, janelas disproporcionais e lençois pendurados nas estreitas varandas. Foi isso que Christopher avistou quando o táxi parou em frente à sua futura residência.

A três meses atrás - logo depois do Ano Novo - Clarice Uckermann & Leandro Uckermann foram mortos ao chocarem seu carro com um caminhão em uma viajem para Wringrstiville. Christopher se viu totalmente sem saída, tendo como maior consequência a guarda da sua irmã de 5 anos, Alice. Depois de receber conselhos sábios de amigos, Ucker decide se mudar para Los Angeles - uma cidade com grande crescimento econômico -, afim de uma oportunidade de melhora de vida.

— Vem comigo pequena! - falou Christopher, segurando a garotinha no colo.
— Que lugar feio! - reclamou Alice, torcendo o nariz.
— Eu sei pequena - sorrindo - Mas é só por enquanto, até encontrarmos algo melhor, está bem? - falou deslocando-se para o traseiro do táxi, onde o motorista o esperava.
O pagamento foi feito, e o táxi arrancou estrada a frente, desaparecendo da vista de Christopher.
— Então, vamos entrar? - segurou a mala em uma das mãos e prosseguiu, entrando no pequeno e humilde prédio.

Ao subir as escadas espessas e sujas, Christopher constatou que aquele realmente deveria ser um local temporário, sua irmã não poderia viver em um ambiente daquele jeito,tão imundo.
Abriu a porta e colocou a pequena garotinha no chão, vendo-a vasculhar cada parte do apartamento. Fechou a porta e caminhou para o centro da sala, onde jogou a mala no chão e logo em seguida deitou o seu corpo no pequeno sofá.

— Só tem uma cama! - reclamou Alice, parada em frente a Ucker, com um bico enorme no rosto e os braços cruzados.
— Eu sei amor, mas é temporário. - com um tom de voz doce e um olhar cansado, Christopher tenta acalmar a menina, mas a tentativa é frustada.
— Eu num quelo ficar aqui, está tudo sujo, tudo, tudo. - Cristopher impede a continuação da fala da menina, tocando seu polegar nos lábios da mesma, fazendo-a fita-lo com atenção.
— Sente aqui. - pegou a menina e colocou em seu colo - O que foi que a mamãe sempre ensinou para nós?
— Que nunca devemos reclamar do que temos. - falou a menina, com uma expressão triste.
— Isso mesmo! Estamos passando por uma crise financeira e precisamos de um pouco de tempo, pode ser? - olhou atento para a pequenina que lhe olhava ainda emburrada.
— Está bem! - torçeu o nariz, dando-se por vencida.
— Muito bem! - levantando-se e jogou a menina em seu colo em somente um impulso  - Hora do banho e logo em seguida a hora de dormir, ok? - caminhando com a menina pelo apartamento, na direção do banheiro.
— Lê história hoje? - perguntou Alice

[...]

- Lê histolinha hoje? - perguntou o pequeno Bruno, deitado no colo de sua mãe, enquanto a mesma o mimava com canções e carinhos.
- Ainda tenho que fazer o jantar do seu pai querido. - murmurou Dulce, atenta ao relógio que marcava exatamente 40 minutos para a chegada de seu marido.

A exatamente 4 anos atrás, quando Dulce tinha seus meros 17 anos, que seu coração e corpo foi entregue à um jovem bancário que lhe jurou uma vida digna, com muito carinho e amor. No início tudo foi só alegria, mas as coisas mudaram quando Dulce sentiu que seu marido estava tendo-a como um objeto de uso. Com medo do que possa acontecer com ela e com sua filha, Dulce preferi permanecer calada e continuar vivendo ao lado de seu marido, pois segundo seus pensamentos, o mundo não lhe reserva mais nada.

- Boa Noite meu príncipe! - beijando o pequeno na testa.
- Você vai vim dormir hoje comigo? - levantou-se novamente, chamando a atenção da mãe, que já se posicionava para abandonar o quarto.
- Não querido! - com um sorriso forçado - Espero que não! - sussurrou
- Então tá, Boa Noite mamãe. - virou-se para o lado e acochegou-se debaixo da coberta, fechando os olhos.
- Durma com Deus meu anjinho. - falou por último, antes de sair.

Sem demorar muito, Dulce foi fazer a comida de Breno. Caminhou rapidamente até a cozinha e foi retirando da geladeira as pequenas vasilhas que guardavam a comida do almoço. Depois de despeja-las em panelas, Dul as coloca sobre o fogo aceso no pequeno fogão á gás, enquanto cantava à esperava que a comida ficasse pronta.

Dulce se distraiu cantando e acabou deixando que a panela do arroz queimasse, apressou-se e desligou o fogo rapidamente. Para seu espanto e preocupação a campanhia tocava desesperadamente. Caminhou aflita até a porta, limpando suas mãos no pequeno avental que estava amarrado em sua cintura e sentiu seu corpo congelar ao ver a rígida imagem de seu marido logo atrás da porta.

- Ficou surda? Estou à horas tocando essa droga de campanhia. - resmungou Breno, entrando na casa sem ao menos olhar dignamente para Dulce.
- Desculpe querido, me distraí fazendo o seu jantar. - desculpou-se Dulce, fechando a porta e adiantando-se até Breno.
- Que cheiro de queimado é esse? - falou cheirando o ar, parecendo um cachorro farejador vasculhando o lixo.
- Ah, é que queimei o leite do Bruno sem querer. - inventou, vendo Breno olhá-la com desconfiança e desprezo.
- Nem para esquentar um leite você presta. - resmungou, jogando-se no sofá e repousando as pernas na mesa de centro.

Dulce engoliu seco aquele comentário e sentiu uma fúria lhe subir à cabeça, mas após respirar fundo constata que não valia a pena brigar com ele por tamanha besteira - havia prometido que não dormeria com Bruno hoje, o que acontecia sempre que Breno e ela brigavam.

- Espere somente um minuto, já sirvo o seu jantar. - falou com um sorriso forçado, dirigindo-se para a cozinha, onde soltou um suspiro alíviado, seguido de algumas lágrimas que desceram sobre sua face.

O que Dulce mais queria é uma vida digna, ao lado de alguém que possa dá amor para ela e sua filha. Desde quando abandonou sua família para vim morar em Los angeles com Breno vive chorando aos quatros cantos, vivendo sob humilhações e momentos lamentáveis. Tudo que Dulce quer neste momento é que Deus olhe com amor para sua vida e ilumine seu caminho, só em pensar nisso...Dulce só pensa em lágrimas, só que dessa vez... lágrimas de felicidade.

Continua? :3

Feliz ANO NOVO PARA OCÊS!KK

Siim Ana, estava sendo postada... mas refiz para ver se vinha mais leitores. Mas terminarei ela aqui, até o final.