Fanfic: Amor ou ódio(adaptada de Harry Potter)

Era um dia como outro qualquer em Hogwarts, ou nem tão parecido assim.

Roberta saía da aula de Porções, na qual o Inspetor Gastão acabara de dar uma detenção por ela ter espirrado, sem querer, em cima da poção da saúde, que ele testara no fim desta aula.

Roberta deveria estar na sala dele no fim da tarde para cumprir algum trabalho chato.

Já estava na hora do almoço e a garota se dirigiu ao salão principal com cara emburrada, soltando palavrões mentalmente.

- Beta? O que houve... Beta? – gritou Lupita ao ver a amiga com cara de raiva.

- Gastão. Detenção. – disse a garota resumidamente sob os olhares de Miguel e Giovanni.

Miguel fitou a garota com certo interesse, até mais do que deveria transparecer, fazendo Roberta acreditar que estava realmente curada da “paixonite” infantil que sentira por ele, pois não se sentia nem um pouco encabulada com aquele olho verde preso ao seu colo.

Miguel olhava com extremo interesse o colo da garota, que estava à vista, emoldurado por um decote das vestes que a fazia ainda mais bonita. Seus cabelos estavam presos deixando livre todo o seu pescoço, para quem quisesse olhar.

A caçula Pardo havia crescido, e muito rápido, conforme pensara Poncho.

Roberta apenas bufou para Miguel, ignorando o interesse do garoto em descobrir quantas sardas havia ali. O menino, por sua vez, ficou vermelhíssimo, ao perceber que Roberta o ignorara.

A garota se levantou com bastante raiva de Miguel, que a seguia com o olhar até ver esta virar em direção do salão comunal.

“Abusado, agora fica me olhando”, pensava ela em devaneios, “Deveria ter feito isso antes, quem ele pensa que é?”.

Roberta passou pelo buraco do retrato da Mulher Gorda e foi para frente da lareira, no sofá velho em que costumava ficar.

Despejou toda a sua raiva no fogo que ardia, mas não foi o suficiente, apenas se levantou e foi andar sem rumo, pelo castelo.
Roberta passou pelo buraco do retrato da Mulher Gorda e foi para frente da lareira, no sofá velho em que costumava ficar.

Despejou toda a sua raiva no fogo que ardia, mas não foi o suficiente, apenas se levantou e foi andar sem rumo, pelo castelo.

Ela se lembrou da Sala Precisa, talvez se pensasse em alguma coisa boa poderia passar a tarde lá, matando as aulas desse período até o fim do dia, quando fosse a sala de Gastão.

Já estava em frente à porta quando pensou em um lugar extremamente calmo, em que pudesse relaxar, fazer alguma coisa de passatempo e ficar mais tranqüila.

Lá dentro encontravam-se sofás aconchegantes de todos os tamanhos e formatos. Havia muitas almofadas, todas em tons de azul e outras cores que passavam tranqüilidade. Havia também uma cama que parecia ser bem macia.

Do outro lado da sala havia um enorme armário em que se encontravam infinidades de revistas, jogos, doces, tudo que pudesse satisfazer uma criança.

O ambiente era perfumado por incenso, não como os da sala de Sibila, eram muito mais confortantes.

Roberta sentou-se na cama com algumas revistas na mão, que traziam na capa uma bruxa com cara simpática sorrindo e piscando, em outra, bruxos muito bonitos.

Como se livrar do estresse em três passos de mágica.
Aprenda a ser mais segura com essa poção.
Kevin Bret, o bruxo mais bonito do século.

- Como se livrar do estresse... – disse ela abrindo a revista que continha esse nome.

Roberta não encontrou nada muito interessante, na verdade achava todas aquelas revistas idiotices, rapidamente apareceram livros na cama, mas ela não estava com vontade de ler, então eles desapareceram rapidamente.

Roberta encostou a cabeça no travesseiro e pegou no sono.

Era um sonho muito tranqüilo, em que todos estavam muito felizes. Devia ser por causa da sala precisa. Em seu sonho ela estava com Miguel, estavam juntos e iriam se beijar, se não fosse o leve sono da moça, que não se sustentou ao ouvir a porta da sala se abrir.

Ainda meio sonolenta ela se sentou e observou uma figura linda entrar no quarto.

Será que a sala estava com defeito?

- Ah, não acredito, a Pardo pobretona aqui! – exclamou o garoto loiro que olhava para dentro da sala enquanto revirava os olhos.

- Pois é, eu estou aqui, então saia agora, Bustamante. – ordenou ela tentando se livrar do pensamento de que ele era realmente bonito.

Diego não respondeu e continuou a olhar para o lugar com certo interesse até observar que a garota estava sentada na cama. Linda e perfeita.

Na verdade Diego ainda não tinha reparado dessa forma na garota, agora podia perceber como ela era bonita.

Suas vestes, ligeiramente levantadas, revelavam um pedaço das coxas grossas que ela tinha. Seu colo parecia despertar o mesmo interesse que despertara em Miguel.

Roberta, por sua vez, parecia concentrada em observar como o garoto tinha braços perfeitos e peitos perfeitos. Ele estava sem camisa.

“Sem camisa nesse frio?”, pensou ela enquanto observava o quanto ele era perfeito.

Roberta desceu os olhos pela barriga até se deparar com a região perto do cós da calça. Sua barriga estava com um corte profundo.

Diego parecia realmente concentrado em contar as sardas da garota, a distancia, e nem reparou que a garota apertava os olhos, aparentemente de dor, ao olhar para sua barriga.

- O que foi isso? Precisa fazer um curativo nisso rápido. – disse ela lentamente, com cara de boba, ainda despertando do devaneio.

- Ah? O que? Isso não é da sua conta, ruiva. – disse ele pondo todo o tom pejorativo possível na ultima palavra.


“Acorda Roberta, como pode olhar desse jeito para esse garoto. Ele é um ogro, é um Bustamante, é só um Bustamante”.

“Seu idiota, não era para falar dessa maneira. Mas ela é só uma Pardo”, pensou ele sobre o que tinha falado.

- Você é um idiota, se não percebeu eu cheguei aqui primeiro, portanto retire-se. – disse ela consertando as vestes nas quais ele ainda estava concentrado – E pare de olhar assim para mim!

Diego ficou momentaneamente desconcertado, mas logo recuperou seu tom de ironia normal.

- Você anda com essas roupas por ai e não quer que olhem? Eu vou pedir pro meu pai para fazer uma doação para os Pardos. Dessa forma você vai poder comprar o resto das roupas.

- Quem disse que eu quero o ouro sujo da sua família das trevas?

- Como você ousa falar assim e... AI! – gritou ele assustando a garota, que pulou da cama em sua direção, vendo a cicatriz em sua barriga aumentar lentamente.

- Que foi? Você está bem?

- Sua lerda, faz alguma coisa!

- Abusado você não esta em condições de reclamar! Se depender de mim você vai morrer aqui de tanto sangrar.

- Isso dói muito. AAIIII!! – gritava ele com a voz anormalmente mais grossa e forte. – Faz alguma coisa!

- Um Bustamante pedindo ajuda a uma Pardo. Que esse dia fique gravado na história. – disse ela virando-lhe as costas.

Roberta sentou na cama observando a dor de Diego, mas se arrependeu ao perceber que ele poderia morrer se não fizesse alguma coisa.

- Meu Deus, isso está feio... – disse ela observando a cicatriz subir-lhe na direção do pescoço. – Que eu faço?

- Não a deixe chegar no pescoço. Rápido!

- Como? – disse a garota um pouco atrapalhada.

- Pegue sua varinha e finalize o encantamento.

Roberta enfiou as mãos na veste a procura da varinha, mas esta estava em cima da cama.

- Rápido, eu vou morrer! – disse ele com desespero nos olhos.

- Accio varinha! Finite encantante! – gritou ela em direção da barriga de Diego.

O garoto rapidamente se sentou num dos sofás de apenas um lugar daquela sala e fechou os olhos.

- Garoto! Acorda, você não morreu, né? Diego? – gritou ela sacudindo o garoto que continuava de olhos fechados.