Fanfic: Amor ou ódio(adaptada de Harry Potter)
Bustamante, surpreso, virou-se e deu de cara com Miguel. Pouco atrás dele encontravam-se Vick, Lupita e Giovanni; os dois últimos eram, de longe, os mais felizes. O loiro fez menção de virar para trás, pois queria olhar nos olhos dela.
Queria ter certeza – embora sua esperança fosse pouca – que Roberta não tinha anda a ver com aquela armadilha. Porém, Miguel não permitiu, apenas segurou o braço dele com mais força e jogou a varinha do Comensal para Giovanni.
- Guarde. Agora vamos todos embora, pois temos muitas perguntas pra esse aqui.
Bustamante foi puxado por Miguel para fora da lanchonete, onde as pessoas olhavam sem entender nada para aquela cena incomum. Algumas cochichavam com as outras, outros somente olhavam, mas todos estavam prestando atenção.
- Bom trabalho, maninha – disse Giovanni com um tom de voz beirando a ironia.
Roberta não respondeu nada, até porque não estava entendendo. Como Miguel foi parar ali? Ela não podia acreditar que o amigo tinha feito aquela armadilha para o cara que ela amava. Até sentiria raiva se não estivesse anestesiada pela surpresa, assim como Diego, que tentava inutilmente acreditar que não tinha sido pego tão fácil.
A última frase de Roberta, dizendo que queria vê-lo mofar em Askaban não saía da sua cabeça. Não, ela não podia ter feito aquilo! “Isso deve ser um pesadelo, Bustamante. Acredite, nada disso está acontecendo”.
Roberta estava entre Lupita e Vick, que olhavam constantemente de rabo de olho pra ela. A frente encontrava-se Bustamante entre Miguel e Giovanni.Miguel até olhara para trás, mas Roberta olhava friamente para o chão, enquanto tudo se esclarecia e ela ia percebendo que Miguel tinha feito-a de boba.
O sentimento de culpa também surgiu no peito da Pardo, que se martirizava por Bustamante estar naquela situação. Enfim, caiu a ficha e ela pode perceber que, além de Miguel ter a usado, Bustamante deveria estar sentindo ódio dela. “Que idiota eu sou”, pensou ela antes de aparatar.
- Pra onde ela foi? – perguntou Miguel parando de chofre.
Lupita e Vick deram de ombros, apenas.
- Deve estar fugindo como uma covarde, aquela Pardo – disse Bustamante derrepente naquele tom cínico, sem demonstrar raiva alguma, apenas desprezo.
- Eu acho que você ainda não reparou que não tem uma varinha pra se defender, então, seria interessante você calar a boca, Bustamante – disse Miguel olhando para os lados, como se assim fosse achar Roberta.
- Eu não costumo calar a boca, Cicatriz... Não sou eu que deixo tudo passar e vivo só de aparências. – replicou Diego, cuspindo as palavras.
Miguel realmente se irritou com a provocação que só ele pode perceber, pois ninguém, além dele e Vick, sabiam que o casamento dele era só aparência. Vick decidiu chamar a atenção de Miguel para saírem dali logo e fossem para o Ministério, pois teriam muito trabalho pela frente.
Num passe de mágica, literalmente, eles já estavam no Ministério, em uma sala usada para interrogatório pelos aurores. Miguel jogou Diego em uma cadeira no centro da sala, onde a única fonte de luz da sala ia na cabeça do Comensal. Rapidamente a mão de Diego foi amarrada nos braços da cadeira por cordas enfeitiçadas, que lhe causavam certa angústia.
Miguel, junto com os outros aurores, desta vez incluindo os outros membros da Ordem, começou a interrogar Diego , que ainda acreditava estar em um dos seus sonhos.
Roberta estava no quarto da filha chorando, como sempre fazia – com grande freqüência – quando lembrava de Diego. Ela ainda não acreditava o quão estúpida tinha sido em ir até aquela lanchonete. Mais uma vez o amor dela por Diego só atrapalhava as coisas... Se ela pelo menos não tivesse falado com Miguel , se não fosse até lá...
Roberta estava com os olhos encharcados quando olhou para a janela e viu uma coruja bicando a janela. Era a mesma coruja que vira quando tinha saído pela manhã, há algumas horas atrás. Foi a direção da janela e a abriu, fazendo com que a coruja levantasse a perna par que ela pegasse a carta.
Estranho, não era de Diego , era de Miguel. Roberta se intrigou e abriu a carta, muito longa por sinal, em que Miguel explicava seu “plano milaborante” para pegar Diego. Ah, isso era demais pra Roberta ... Se ela pelo menos tivesse lido aquela porcaria antes, poderia ter evitado tudo o que tinha acontecido.
A carta continha informações detalhadas do que Roberta deveria fazer. Seria uma espécie de armadilha para Bustamante , em que ela seria a isca perfeita. Teria que conversar durante um tempo com ele e no fim mais alguns membros da Ordem apareceriam para salvar o dia.
“Espero que tenha entendido,Roberta. Se Bustamante for mesmo honesto, nos contará tudo.
Pense bem, é melhor ele ir a Askaban e livrar o mundo dessa guerra a ficar aqui te fazendo sofrer, só piorando a situação.
Atenciosamente,Miguel.”
Roberta não pode evitar e até podia ter certeza de que os vizinhos tinham escutado o grande palavrão que ela soltou. “Quem ele pensa que é pra tomar decisão por mim?”. Roberta já estava cansada de todos dizerem o que era bom pra ela.
Desde quando ela iria querer ver Bustamante em Askaban com a guerra terminada? Mesmo que aquele tormento nunca passasse, ela iria querer que Bustamante continuasse do lado dela, aparatando sem dar aviso prévio, fazendo-a sentir seu coração pular pela boca, fazendo-a sentir mulher! O que, convenhamos, Miguel não fazia nem de longe...
Não tinha mais medo de ser conhecida como a mulher do Comensal, não via mais nenhum problema em seu sobrenome ganhar a palavra Bustamante no final, não ligava mais pras conseqüências. Era tão difícil assim de compreender?!
- Mas, Miguel , você foi demais hoje! – disse alto Giovanni , bastante empolgado, por sinal.
A sala dos aurores tinha uma decoração diferente, pareciam estar... Merlim, eles estavam comemorando enquanto Roberta tentava acabar com a alegria deles. Estava determinada a livrar Bustamante agora mais do que nunca.
- Mas nada disso poderia acontecer se a Beta não estivesse lá. A Beta foi bastante importante nessa operação. – disse a morena empolgada como Giovanni, levantando a garrafa de cerveja amanteigada para ela, sendo seguida pelos outros.
- Vocês são idiotas. – disse Roberta mais para ela, quando virava as costas para a amiga e ia em direção da escada.
Era a escada que levava à prisão temporária, que ficava numa espécie de calabouço. Na certa Diego estaria ali, até aguardar a ordem oficial e ir para Askaban. “Rápido, Roberta!”, pensava ela enquanto ela descia a escada em forma de espiral até o lugar onde Diego deveria estar.
Finalmente, depois de cinco minutos, ela chegou ao calabouço. Sentiu um frio percorrer sua espinha, pois estava morrendo de medo, até que avistou a única cela ocupada, no final do corredor.
Na verdade, sabia que estava ocupada, pois a luz estava acesa, como pode perceber pela fresta da porta no chão. Bateu então à porta e viu os olhos de Diego por um buraco olhando para ela.
- Vai embora, sua covarde. – disse ele antes de virar de costas para a porta.
Roberta, com certeza, não iria esperar a boa vontade de Diego para conversar. Ela era aurora e podia muito bem tira-lo dali. Abriu a porta com um feitiço e chamou por ele, que não respondeu.
- Bustamante, você é surdo? Vamos logo embora aqui, por favor! – disse ela apreensiva olhando toda hora para o lado de fora da cela, que mais parecia uma solitária trouxa.
- Eu não vou embora só pra aliviar sua consciência, Pardo! Se você se arrependeu, dane-se, eu não estou nem aí pra você. – disse meio inseguro, de costas pra ela.
- Larga de ser teimoso, Diego. Agora não, ta bom?
- Diego, para de falar coisas idiotas, vamos logo, eu quero te tirar daqui.
- E me mandar direto pra Askaban pra me ver mofar lá? – perguntou ele sorrindo.
Roberta se cansou e o virou para poder olhar nos olhos dele.
- Você agora quer ler minha mente?
- Você não gosta quando eu faço isso.
- Eu não gosto quando você age como uma criança teimosa. – disse ela antes de segurar os ombros dele e aparatar.
Roberta pensou em um lugar onde pudessem conversar, mas, infelizmente, não achou nada decente. Na sua casa não daria certo, na de Bustamante.. Bom, nem sabia onde ele morava. Só sobrava aquele lugar, o único que só os dois conheciam. Aquela velha cabana onde terminaram.
Diego ficou calado quando Roberta soltou seu ombro, apenas ficou olhando o lugar que lhe trazia tanta lembrança, mas não demonstrou tanta surpresa quanto ela. Estava tudo intocado naquela sala onde fizeram amor pela primeira e última vez, até então.
A cortina continuava meio aberta, o sofá ainda estava perto da mesa, até as duas colheres estavam lá, intocáveis.
- Você pode me dizer o que a gente está fazendo nesse lugar? – perguntou o Comensal com um tom seco de voz.
Roberta não respondeu e andou em direção do sofá. Apenas abaixou a cabeça e começou a chorar, pensando em como Diego deveria estar irritado com ela, principalmente agora que estava chorando como uma criança.
Diego, a principio, fingiu não se importar com a fraqueza da mulher que estava ali, na frente dele, chorando convulsivamente; porém, ele não podia ficar totalmente indiferente a ela, até porque também estava sofrendo!
O Comensal se pôs à frente dela e a puxou para perto de si, fazendo seu ombro de refugio àqueles cabelos vermelhos que sentia tanta falta. Ele não precisava mais do que aquilo para ficar bem, só precisava dela.
- Desculpa – disse depois de muito tempo, com o rosto marcado pelas lágrimas.
- Não fala nada, Roberta. Se alguém aqui errou fui eu.
- Não! Se...
- Não vamos desperdiçar nosso tempo, ok? Para ser sincero, nós dois erramos, você não acha?
- Sim.
- Então está tudo bem...
- Mas não fui eu que fiz aquela armadilha. Eu não sabia que...
- Você esqueceu que eu...
- Mas a gente não manteve contato visual até agora... Não dava pra fazer Legilimencia.
- Eu sei... Eu simplesmente confio em você – disse com humildade, de um jeito que ela nunca tinha visto e que até ele se surpreendeu.
Fez-se silencio enquanto cada um tentava botar suas idéias no lugar.
- Promete que não vai me deixar? – perguntou Diego.
- Prometo. E você, promete?
- Claro que prometo!
Eles se abraçaram como nunca tinham se abraçado antes. Finalmente haviam se entendido, e, principalmente, entenderam o fato de que se pertenciam. Não deveria haver pessoas entre eles, pois eram um só; a não ser Mandinha, é claro.
- Robert, por que você aparatou aqui? – perguntou com interesse, de forma repentina.
De repente, Roberta se sentiu como a quatro anos atrás: indefesa, tímida e sem nenhuma ação; definitivamente, ainda era uma garota de dezesseis anos e agia como tal quando lembrava de sua primeira vez. Diego percebeu o tom de vermelho no rosto dela e decidiu instigá-la.
- Por que, Ruiva? – perguntou com um sorriso, que ela não pode perceber, pois desviara o olhar do dele.
- Porque... hã... Ah, você sabe...
- Eu sei? Não entendi.
- Porque aqui é um ótimo lugar pra conversar, Bustamante, só isso – respondeu, rápida.
- Só conversar?
Roberta não iria conseguir falar mesmo, então resolveu se aproximar do Comensal, que, de forma instintiva, a puxou para perto de si com força. A beijou com calma, aproveitando cada momento daquela aproximação, mas logo começou a fazer o que deveria ser feito, quando ela o interrompeu.
- Não existe um quarto nessa casa? – perguntou parando a mão dele que estava em suas coxas.
Diego a pegou no colo e adentrou por um corredor que dava numa porta pequena. Ele abriu e ela pode perceber um contraste.
O quarto era luxuoso. Num canto havia uma mesa com vários recortes de jornais, no outro uma porta que dava em um banheiro. Havia uma enorme cama de casal em frente uma janela, onde a cortina transparente revelava uma paisagem maravilhosa.
- Bem vinda ao meu esconderijo – disse ele antes de trancar a porta e se reaproximar dela, que já estava menos tímida e mais solta.
Fim do Capítulo
Autor(a): robertarevert
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Você me constróiMe coloca para baixo Provoca um sorriso Me faz brabo Você é a rainha da ludibriação Você sabe que é verdadeRoberta tinha em mente algumas perguntas para fazer a Diego quanto ao lugar, mas deixou pra lá; poderia descobrir depois.Ao lado da porta havia um pequeno armário onde Roberta teve que se ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 15
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dedecandy Postado em 06/02/2008 - 15:43:02
A web ta D+.....posta +++++...to curiosa pra sabe oq vai acontece
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Issa Postado em 17/11/2007 - 09:05:18
Aii q lindo!!!! Amei essa WN!!!!!! Tbm achei o final um pouco incompleto!!!
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robertarevert Postado em 16/11/2007 - 18:36:51
Então,esse foi o fim,eu também achei o fianl um pouco imconpleto,mas o que eu posso fazer a WN ñ é minha e a dona fez isso!!!Espero ve-las de novo em outras WN q eu fizer!!!
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Issa Postado em 12/11/2007 - 21:47:28
Vc vai postar o ultimo capitulo da WN, né!?! Mas posta logo, eu to morrendo d curiosidade!!
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Issa Postado em 11/11/2007 - 21:07:44
Sabe q eu sou apaixonada por essa WN??? Então posta +++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
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melrbd Postado em 05/11/2007 - 18:35:08
POSTA+++++++++++++++++++++++++++++++++++
TO MORRENDO DE CURIOSIDADE!!!! -
robertarevert Postado em 28/10/2007 - 23:25:51
ta!eu vou postar + 1 agora!!!
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bonequinha Postado em 28/10/2007 - 23:22:45
Ah então tá desculpada
Mais agora ve se nos compensa
postando mais uns tres capítulos
plissssssssssssssssssssssssssssss
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Beijos flor -
robertarevert Postado em 28/10/2007 - 22:57:01
Eu fico muito feliz q vcs estejam gostando da web e me desculpe por demorar a postar é q eu estou em semanas de prova!!!
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bonequinha Postado em 17/10/2007 - 13:37:46
Posta
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Vc demora muito a postar
Plisssssssssssssssssssss
posta maisssssssssssssss
beijosssssssssssssssssss
e vê se não demora a postar
beijossssssssssssssssssssss