Fanfic: Amor ou ódio(adaptada de Harry Potter)

Era a última pessoa que Roberta queria ver naquele momento, até menos que Gastão. Diego estava parado na porta, como se estivesse vendo alguma assombração. De fato era uma assombração.

- Desculpa interromper o Santo Arango e a... – Diego fez de tudo para conter sua raiva, mas não conseguiu – e a Pardo galinha!

Diego lançou um olhar de desprezo a Roberta, como nos tempos, não muito distantes, em que humilhava os Pardos.

Roberta sentiu que levara um soco no estomago, pois agora Miguel também não parecia entender nada e ia a direção ao garoto, com a varinha nas mãos.

- Como você ousa falar com ela assim, seu imundo?

- Miguel não faça isso, por favor! – gritou ela ficando entre ele e Diego.

- Eu me recuso a duelar com você por essazinha aí. – disse ele fazendo cara de nojo.

Roberta fez certo esforço para conter Miguel, mas conseguiu, quando viu que o outro desaparecera de vista.

- Roberta, me explica o que aconteceu, por que eu não entendi nada. – disse o garoto voltando para dentro da sala.

- Mais uma daquelas implicações, só isso. – mentiu ela.

- Mas ele te insultou, o que ele...

- Miguel, acabou, ta!?

Roberta se surpreendera com seu tom de voz, assim como o garoto.

- Aonde você vai? – perguntou ele enquanto via a garota sair pela porta – A detenção, temos que limpar...

- Você ainda não percebeu que está tudo limpo? – disse ela apontando para a sala que de fato estava limpíssima.

Roberta saiu correndo, esperando alcançar Diego e lhe explicar tudo, que foi apenas um beijo, não significou nada. Queria muito encontrá-lo e dizer que queria ele, não Miguel.

Roberta correu por todo o castelo, tomando cuidado para ninguém a pegar ali, naquela hora, senão seria outra detenção.

Roberta já estava no último andar do castelo, num corredor que quase ninguém passava e avistou ali a cabeça castanha de Diego.

Hesitou por um momento, pensando que seria estuporada, ou coisa do tipo, mas foi a direção dele.

- Diego, eu... – começou ela enquanto observava o garoto que estava numa janela.

Roberta parou por um momento, como um pedido de permissão para se aproximar, como o garoto não respondeu nada, continuou.

- Eu só queria te pedir desculpas. Só queria te dizer que foi sem significado nenhum pra mim aquilo, e...

Roberta fitava o chão quando percebeu que Diego vinha em sua direção, estava ao lado dela. A garota se calou e olhou para Diego, esperando ele falar alguma coisa.

Roberta estava com os olhos muito cheios de água, tanto que a impediam de enxergar direito, quando o garoto começou a falar.

- Minhas teorias estavam corretas quanto ao que se referia a moral dos Pardos, você acabou de comprová-la. – disse ele em tom seco, observando uma por uma as lágrimas correndo pela face da garota.

Diego por um momento pensou em abraçá-la, dizer que estava tudo bem, que queria ficar com ela, mas deixou-se ser controlado pelo orgulho, típico de um Bustamante.

- Ainda bem que você não me beijou com essa boca suja, agora seria bom se você fosse dormir. – disse ele virando-lhe as costas.

Roberta sentiu sua mão escorregar pela veste a procura da varinha e a encontrou.

- Impedimenta. – disse ela com a varinha apontada para o garoto, que estava a meio metro dela.

Roberta estava certa de que estava sendo ouvida e parou bem em frente ao garoto. A menina ainda chorava, ate mais que antes, mas mesmo assim conseguiu falar meio aos soluços.

- Minhas teorias também estavam corretas e você acabou de confirmá-las. Você é um estúpido, que não sabe respeitar ninguém. Caso você não tenha percebido, eu não tenho nada com o Miguel, foi só uma coisa sem sentido. Mas, e daí? Você não tem nada a ver com uma galinha, não é mesmo?

Roberta deixou ser levada pelas pernas até o salão comunal, sem sequer pensar por onde estava indo.

Quando percebeu já estava no quarto, tirando as vestes e se jogando na cama, envolta de lágrimas.

***
Demorou um tempo até Diego se recuperar do feitiço que Roberta lhe fizera, mas quando o feitiço acabou completamente sentiu mais raiva ainda da garota.

Queria quebrar-lhe o pescoço se estivesse ali; primeiro por ter o feito de idiota, depois por ter o azarado.

Diego repassou mentalmente todas as palavras que Roberta o dissera, meio as lagrimas. Concentrou-se nas lágrimas e percebeu como era triste vê-la chorar, tinha vontade de esquecer tudo e perdoar a garota.

Foi para o salão comunal sonserino e subiu rapidamente as escadas, ignorando Sol que lhe perguntava onde tinha andado o dia todo.

Entrou no quarto e tentou dormir, mas só pensava em Roberta.