Fanfic: Amor ou ódio(adaptada de Harry Potter)

- Roberta, alo! Terra chamando!

- Desculpe-me Lupe, fala.

- Você está assim há meses, o que está acontecendo?

Roberta pensou em tudo que acontecera há seis meses, lembrou-se de Diego, de todas as humilhações e brigas entre os dois.

- Nada, só estou distraída por causa das provas, só isso. – mentiu a garota observando Miguel em frente à lareira da sala comunal.

- Pois não parece. Ainda tem alguma coisa a ver com ele? – disse Lupita se referindo a Miguel.

- Antes fosse, Lupita.

- Então é por que?

- Tudo bem, vou te falar.

Calmamente Roberta relatou todos os acontecimentos que se passaram entre ela e Diego; desde o quase beijo na sala precisa, até quando enfeitiçou o garoto no corredor, além do que acontecera entre ela e Miguel.

- Roberta, eu não sei o que falar.

- Deve ser um momento histórico. – disse a garota sorrindo da amiga que estava de boca aberta.

- Roberta...

- Esquece isso, Lupe. Já passou e foi melhor assim. Eu vou dar uma volta por aí, aproveitar que é sábado. – disse a garota se distanciando de Lupita.

Roberta passou pelo retrato da Mulher Gorda e foi em direção do campo de quadribol com sua vassoura. Se existia uma coisa que fazia Roberta se sentir melhor era o quadribol, a sensação de arremessar uma goles e fazer gols.

Está certo que o dia não era perfeito, acabara de chover e o campo estava todo molhado, mas mesmo assim estava bom.

Roberta estava dentro do campo, subiu na vassoura e do alto ficou treinando; arremessando a bolinha em direção ao gol, do outro lado do gramado.

Roberta estava indo perfeitamente bem, a não ser pelo fato de que acabara de arremessar a bola para o lado oposto do que pretendia. Realmente estava distraída.

- Bolinha, bolinha, cadê você? – disse a garota em um monólogo, cerrando os olhos para ver além das arquibancadas.

Roberta não encontrou a bolinha, mas sim a Diego, que estava sentado, aparentemente observando a garota há bastante tempo.

Roberta não sabia muito bem o que fazer, pois desde que azarara o garoto no corredor, ainda não tinha falado com ele; nem queria.

A menina já estava indo a direção oposta a do garoto quando ouviu a voz dele.

- Vai fugir pra sempre de mim? Vem aqui, não vou te azarar.

Roberta hesitou por um momento, mas foi; antes azarada que infantil. Aproximou-se da arquibancada onde ele estava sem descer da vassoura, há uma distancia segura dele.

- Ainda está com medo? – disse ele sério, deixando-a realmente com medo.

Roberta aproximou-se, pondo toda a coragem grifinorense para fora.

- Fala. – disse ela séria.

- Desça. – replicou ele se divertindo com a situação, vendo a garota descer da vassoura e ficar em pé um degrau acima dele.

- Você está brincando comigo? Por que se for pra começar a me xingar pode falar, senão...

- Como foi durante esses meses? – disse ele como se Roberta não tivesse falando nada.

Aquilo era realmente anormal. Um Bustamante perguntando a uma Pardo como tinha passado os meses; era o mesmo que cem milhões de coelhos da páscoa juntos cantando “atirei o pau no gato”, ou seja, inacreditável.

- Os melhore dos últimos quinze anos – mentiu ela querendo fazer-se de imponente.

- Esses seis meses não foram tão bons assim. – disse ele sincero, causando mais surpresa ainda nela.

- Bom, quanto a isso eu não posso fazer nada. Você quer dizer o que quer comigo?

- Mas o que aconteceu nesses meses pra ser tão bom? – continuou ele, ignorando a pergunta da menina.

Mas não deu tempo da menina responder, ela escorregou do degrau quando foi dar a volta para ir embora.

Diego rapidamente se levantou e foi ajudar a menina, que estava ralada no braço e no joelho.

- Isso não é nada perto do que você fez pra salvar minha vida, mas deixa comigo. – disse ele realizando um feitiço simples para livrar a menina das feridas e da dor.

De repente Roberta ficou muda, está certo que lembrara muitas vezes do que tinha acontecido na sala precisa, mas ouvir aquilo da boca de Diego era muito melhor. Trazia-lhe lembranças boas, mesmo aquilo sendo o que lhe deixara triste desde o começo do semestre.

O garoto ajudou Roberta a se levantar e a sentou ao lado dele. Um longo minuto passou entre os dois, sem que estes pudessem dizer alguma coisa.

Roberta, emotiva por natureza, deixou uma leve lágrima rolar em seu rosto enquanto observava Diego, inexpressível, com o olhar fixo ao longe.

Como se aquela lágrima tivesse feito barulho - o que não fez - Diego voltou seu rosto para o da garota, que estava bastante perto a ele.

- Não chore. Isso me causa tristeza, sabia? – pediu ele enxugando com as mãos o rosto molhado de Roberta.

Definitivamente o que o menino falou não ajudara em nada à garota, pois sentiu como se estivessem lhe virando o estomago.

Diego acabara de dizer que sentia alguma coisa por ela, não diretamente, mas era isso que ele tinha falado. Além do mais, se chegava cada vez mais perto de Roberta.

- Pára, Diego. – disse a garota chorando cada vez mais ao sentir o rosto do garoto próximo ao seu.

- Roberta...

Mas não deu tempo de terminar, a garota subiu na vassoura e foi em direção ao vestiário, o primeiro lugar em que pensou.

Roberta abriu rapidamente a porta do lugar e foi em direção do banco mais próximo, que ficava entre dois armários.

Sentia vontade de bater com a cabeça em cada pedacinho daquele lugar, em vez disso o fez com o pé; o que lhe causou mais dor ainda.

- DROGA! – exclamou ela sem perceber que o loiro a observava da porta pacientemente.

- Não quebre seu pé agora, semana que vem tem sonserina versus grifinória, quero ver você me derrubar da vassoura. – disse ele enquanto se aproximava – o que eu não acho que vá acontecer, particularmente.

- O incrível Bustamante! – disse ela fazendo cara de tédio, sentando no banco enquanto segurava o pé machucado do chute.

- O incrível Bustamante! – disse ela fazendo cara de tédio, sentando no banco enquanto segurava o pé machucado do chute.

- Que bom que você reconhece, mas devo lhe dizer que você é bem melhor que eu.

Roberta apenas a olhou com a mesma cara de tédio.

- Eu vi você jogando a goles. Tem bastante força, alias você também azara os outros muito bem. – disse ele referindo-se ao feitiço Impedimenta.

- Gostou? Se quiser faço outra vez. – disse ela com cara de assassina.

- Não, obrigado. Desculpe-me Roberta. – disse ele juntando um assunto no outro, deixando Roberta confusa.

- Pelo que?

- Por eu ter te... Hm... Insultado.

- E você me desculpe por ter te azarado. – disse ela de cabeça baixa, assim como ele.

- Não! Alias, foi a melhor coisa que você fez, pois com a raiva que eu estava...

- Imagino... Diego, porque você veio atrás de mim mesmo depois do que você viu?

- Por que o Santo Arango me disse que vocês dois não tinham nada a ver.

- Ah, claro, vocês são muito amigos, e numa dessas conversas...

- Ele me procurou uma vez, a gente discutiu, mas ficou tudo bem...

- Entre vocês dois?

- Claro que não! Entre eu e você. Espero.

Roberta sorriu, o deixando sem ar, se levantou e deu as costas ao menino, logicamente indo embora.

- Por que você sempre me dá as costas? – disse ele a puxando pelo braço, a encostando a um dos vestiários.

- Porque eu sei que você sempre vem atrás. – disse ela com um sorriso maroto nos lábios.