Fanfics Brasil - capitulo 20 Apaixonada Por Um Anjo d&c

Fanfic: Apaixonada Por Um Anjo d&c | Tema: Drama, Romance, Universo Alternativo


Capítulo: capitulo 20

261 visualizações Denunciar



 


Capítulo 15


(Coloque Shine A Light do McFLY, versão acústica, pra carregar)


Pdv Bella


 


– A gente podia ir ao cinema. – Alice propôs.


 


– Estou com preguiça. – respondi.


 


– Podíamos ir tomar sorvete.


 


– Está frio.


 


– Podíamos ir ao trabalho do Christopher?


 


– É longe.


 


– PODIAMOS MORRER?


 


– Estou preguiça disso também Alice.


 


– Você é muita chata sabia Dulce? – ela reclamou me batendo – Você não quer fazer nada desde sexta! O que aconteceu? Traiu meu irmão com o Adam ou algo assim? Você está demasiada estranha desde aquele dia.


 


– Como eu poderia trair seu irmão se nem sequer estou com ele Alice? Por que você não vai, sei lá, sair com seus amigos e me deixa aqui na minha monótona existência?


 


– Mas você é minha amiga e eu quero sair com você Dulce! Dá pra parar de ser chata só hoje e sair comigo ok? Estou num péssimo dia, e você não está ajudando em NADA!


 


– Ok, você venceu Alice. Aonde vamos? – perguntei me levantando e pegando meu casaco na mesa da cozinha.


 


– Andar pela cidade. Meu irmão deixou as chaves do carro aqui.


 


– Mas ele não foi de carro para o trabalho?


 


– Ele tem dois sua esperta.


 


– Ah. – Já deveria saber, mas, no entanto continuava me surpreendendo.


 


– Vamos, pega suas coisas animal. – mostrei a língua pra ela e peguei minha bolsa no quarto.


 


Alice estava mais chata do que o normal desde sábado de manhã. Não sei o que tinha dado nela, mas estava muito estressada e brigava com o irmão a todo o tempo. Provavelmente havia brigado com o namorado (sim, ela tinha um, só evitava comentar, pois Christopher tinha ciúmes do cara).


 


Quanto a mim, bem, fiquei exilada do resto do mundo durante o fim de semana. Não dirigi a palavra sequer a Christopher. Conversei com Adam pelo telefone algumas vezes, mas nada demais, apenas conversas casuais... Como antigamente.


 


Alice e eu percorremos boa parte da cidade enquanto ela tagarelava e aumentava o volume do rádio a cada música conhecida que ressonava. Eu apenas ouvia atentamente o que me interessava e ignorava as outras partes. Como sempre, calada.


 


Um fato que me esqueci de comentar foi à obsessão que a namorada de Christian – mais conhecida como Kimberly – começou a ter por mim desde o jantar sexta. Ligou no sábado e no domingo a me procurar e foi ao apartamento de Christopher no domingo. Parecia querer se aproximar de mim a qualquer jeito. Bem, Deus e eu sabemos que eu não costumo me aproximar das pessoas.


 


Ela era sim uma boa garota, mas era demasiada falante, demasiada feliz. Felicidade era algo que me irritava, principalmente quando em excesso. Ela era tão “pulante”, tão feliz... Lembrava-me um ompa-lompa. Sim, aqueles do filme “A fantástica fábrica de chocolate”. Era pequena e dançante como eles.


 


Ela era parecida com Alice. Aquele mesmo jeito de me encher o raio do saco quando eu só quero dormir – ou morrer -, aquele mesmo jeito irritante de olhar tudo pelo lado positivo. As duas poderiam se casar e se mudar para bem longe, talvez assim me deixassem em paz.


 


Não que eu não gostasse delas... Mas também não era como seu eu as amasse.


 


Alice parou então o carro em frente um prédio grande e fez sinal para um garoto parado na porta, que eu identifiquei como o manobrista. Eu desci do carro e ela entregou-lhe as chaves, recomendando um milhão de cuidados para com o carro.


 


– Onde diabos estamos Alice? – perguntei enquanto ela me conduzia para dentro do prédio e entravamos no elevador.


 


– Em um lugarzinho que eu gosto de chamar de trabalho do Dougie... Ou estúdio do Crossworld. É, dá na mesma. – eu olhei para ela com raiva e ela soltou uma gargalhada de puro prazer... Prazer por me ver com raiva. Sim, essa era Alice.


 


– Eu disse que não queria ir vir aqui. – suspirei.


 


O elevador parou e ela saiu saltitante. Cumprimentou algumas pessoas e eu a segui até uma sala no final do corredor.


 


A sala era o estúdio dos garotos. Logo ao entrar os vimos sentados conversando enquanto Kim e um homem discutiam sobre como seria melhor certa música: Acústica ou mais eletronizada.


 


– Bom dia! – Alice disse aos dois.


 


– Bom dia Alice! – Kim se levantou e abraçou-a – Bom dia Dulce! – Ela veio até mim e me deu um de seus abraços esmagadores.


 


– Bom dia Kimberly.


 


– Que coisa, já pedi pra chamar-me por Kim!


 


– Tudo bem, vou passar a chamar-lhe por Kim, lhe prometo...


 


– Ash, esse é o Jamie, ele trabalha aqui com os meninos – Alice indicou-me o homem sentado ao lado de onde estava Kim.


 


– Prazer! – ele disse sorrindo.


 


– É um prazer conhece-lo também Jamie. – eu sorri de volta.


 


– Os garotos estão gravando? – Alice perguntou, ocupando uma cadeira ao lado dele.


 


– Não, estão compondo. Christopher e Adam estão empenhados em um novo projeto... É uma ótima música.


 


– Podemos ouvir?


 


– Claro. – Jamie apertou um dos botões do painel e retirou seus fones de ouvido, assim como Kim.


 


Olhei para dentro da sala onde os garotos estavam e vi Christopher e Adam sentados lado a lado, cada um com seu respectivo instrumento no colo e Adam escrevia algo em um bloco. Christian e Carlisle estavam próximos a eles, ajudando-os.


 


“Tell me are you feeling Strong


(Me diga se você se sente forte)


Strong enough to love someone
(Forte o suficiente para amar alguém)
And make it through the hardest storm…
(E fazer isso através da mais dura tempestade)”



Adam cantou o trecho e anotou algo novamente. Sua voz era calma e aconchegante.


 


 “And bad weather” – Christian cantou do outro lado e Adam anotou rapidamente.


 


– Boa Adam. Ok, estamos quase lá. Mais alguma ideia Christopher? – refletiu por um momento e logo após cantou baixinho.


 


“Will you pull me from the flames
(Você irá me puxar das chamas)
Hold me till I feel no pain
(Me abraçar até que eu não sinta dor)


And give me a shelter from the rain
(E me abrigue da chuva)
Forever
(Para sempre)”


 


– Você é genial dude. Já temos um refrão, agora só precisamos juntar tudo e por uma melodia certa.


 


– Podíamos começar com acordes mais baixos nos primeiros versos, uma explosão de bateria no refrão... – Carlisle propôs – Quando ouço essa música, tenho uma vontade louca de dançar, sabem? Acho que podíamos por uma voz de fundo, ou uma batida, algo dançante.


 


– Vamos testar isso, parece ser uma boa. O primeiro verso é seu Adam, eu fico com o segundo e faço o fundo. O refrão é de todos. – Christopher propôs.


 


– Ok, vamos. – Adam disse.


 


(coloque a música pra tocar)


 


“Tell me are you feeling Strong
(Diga-me se você se sente forte)


Strong enough to love someone
(Forte o suficiente para amar alguém)


And make it through the hardest storm
(E faze-lo através da mais forte tempestade)
And bad weather
(E tempo ruim)

Will you pull me from the flames 
(Você me puxará das chamas)
Hold me till I feel no pain
(Me abraçará até que eu não sinta dor)
And give me a shelter from the rain
(E me abrigue da chuva)
Forever


(Para sempre)

Where can I find her?
(Onde eu posso encontrá-la?)

She took the light and left me in the dark
(Ela tirou a luz a me deixou no escuro)
yeah
She left me with a broken heart, yeah
(Ela me deixou com um coração partido, yeah)
Now I’m on my own
(Agora eu estou na minha)
If anybody sees her
(Se alguém a vir)

(eh, eh, eh) Shine a Light on her
(eh, eh, eh) (Brilhar uma luz nela)


(eh, eh, eh) Shine a Light on her


(eh, eh, eh) (Brilhar uma luz nela)


(eh, eh, eh) Shine a Light on her


(eh, eh, eh) (Brilhar uma luz nela)


(eh, eh) If anybody sees her
(eh, eh) (Se alguém a vir)”



– Eles são ótimos. – Comentei.


 


– Sim, eles são. Esse novo CD vai ser o melhor de todos. – Kim disse.


 


– Gostei dessa música.


 


– Eles estão trabalhando nela há alguns dias. Christopher está muito empenhado em fazer dela perfeita... Posso imaginar por que.


 


– Por quê? - Perguntei curiosa.


 


– Ah não Dulce, vai dizer que enão percebeu? – Alice disse.


 


– Percebi o que?


 


– É a sua música Dulce Maria. Está explicito que é sobre você... – ela explicou.


 


– Sobre, mim? – gaguejei.


 


– Aham. – Kim respondeu.


 


Eu parei por um momento e analisei a letra da música. “Tell me are you feeling Strong, Strong enough to love someone”. Lembrei-me da conversa com Christopher sexta-feira.


 


“- É sobre ontem e eu... Ai droga, eu sinto muito Christopher. – Eu disse segurando as lágrimas.



– Sente pelo o que Dulce?



– Por ter de beijado ontem a noite. Eu realmente sinto muito e... – Ele começou a rir e eu fiquei sem terminar a frase.



– Não precisa se desculpar por isso, Dulce! Tecnicamente, fui eu que te beijou, e não me arrependo. – Nós dois já estávamos muito próximos, e eu fui para trás.



– Não Christopher, você não entende. O problema é que eu não podia ter retribuído daquele jeito, não quando eu... – respirei fundo – Não quando eu não posso ter nada com você. Eu não devia ter me deixado levar pelo beijo, foi errado Christopher. Eu sinto muito. – ele ficou em silêncio. – Eu queria poder ficar com você, mas não posso. Não quando é tão errado. De verdade, eu sinto muito Christopher.



– Você está errada.



– O quê?



– Está errada. Você pode. – Ele disse apenas.



– Eu ia foder com tudo. Você merece alguém melhor. – respondi de volta, me levantando e indo para o quarto, antes de sair da sala olhei pra ele de novo –– Sinto Muito. - Me virei e fui até meu quarto.



– Eu também. – ele sussurrou.”


 


Lembrei-me de quando tive o pesadelo com minha mãe, eu disse a Christopher, “Faz parar Christopher, por favor... Faz essa dor parar...” E cantei para mim mesma o verso da música “Hold me till I feel no pain”.


 


Que droga. A música parecia mesmo ser para mim.


 


– Jamie onde eu aperto para eles me ouvirem? – Alice perguntou.


 


– Aqui Alice. – ele apertou o botão para ela, que sorriu.


 


– E aí cambada? Como está indo o ensaio? – eles se viraram para ela e ela sorriu.


 


– Alice? O que você está fazendo aqui? – Dougie perguntou a ela assustado.


 


– Vim visitar meu irmãozinho no trabalho, não posso? – ela revirou os olhos – Vejam, eu trouxe a Dulce também.


 


– Oi garotos. – eu disse acenando.


 


– Oi Dulce! – eles responderam de volta.


 


– Vamos continuar o ensaio, desliga a porra do alto falante Alice. – Christopher disse irritado. Alice mostrou língua e desligou o áudio.


 


Sentei-me em um canto do estúdio e fiquei vendo-os ensaiar. Alice estava sentada no painel de som, usando fones de ouvido e ajudando Jamie e Kim.


 


Eu não conseguia evitar pensar naquela música. Não conseguia parar de pensar em mim e em Christopher. Será que eu era forte o suficiente para amá-lo? Forte o suficiente para enfrentar as dificuldades que nos cercavam, para dar uma nova chance a mim mesma?


 


O caso era que, quando eu estava com Christopher, eu me sentia bem. Não curada, mas como se nunca houvesse havido qualquer ferida. Ele conseguia resgatar o que havia de bom em mim. Havia uma parte de vibrava com a possiblidade de ele sentir o mesmo que eu. Era uma parte pequena, mas ainda sim, ela estava lá.


 


Minha cabeça doía. Parecia que algo rasgava-a de dentro pra fora, sem dó. Eu tinha vontade de morder um tijolo ou arrancar minha cabeça fora.


 


Os analgésicos que a médica havia me dado já não faziam qualquer efeito sobre mim. Já faziam alguns dias que eu tinha essas dores terríveis e lapsos de memória, alucinações.


 


Começou no dia em que eu vi minha mãe no parque. No dia seguinte, comecei a ouvir a voz da minha avó, que havia morrido quando eu tinha dez anos de idade. Depois as dores começaram e eu percebi que era abstinência.


 


Meu maior medo era que eu perdesse minha sanidade novamente. Que as alucinações tomassem conta de mim e eu já não soubesse diferenciar o que era real e o que não era.


 


Após umas três horas de ensaio os garotos decidiram almoçar. Christian explicou que normalmente eles almoçam em um restaurante dentro do prédio, para evitar fãs loucas e paparazzi.


 


Mas depois de dez minutos de discussão, decidiram que almoçaríamos em uma pizzaria no final da rua. Alice havia ganhado a discussão, como sempre.


 


Ela tinha aquele jeito de sempre ganhar, e sempre ser a certa. Era uma sortuda.


 


– Duas pizzas grandes, uma de quatro queijos e uma de peperoni. – Carlisle pediu quando chegamos à pizzaria.


 


Ficamos conversando enquanto nossos pedidos não chegavam. Kim pediu uma garrafa grande de cerveja e fez todos, sem exceções, tomarem. Todos estavam animados e conversavam sobre sua viagem para América do sul, que seria em algumas semanas.


 


As pizzas chegaram e eu estava completamente sem fome. Depois de muita insistência por parte de todos, peguei um pedaço de pizza quatro queijos e comi devagar. Eu ainda estava no primeiro copo de cerveja, enquanto os demais já estavam na terceira garrafa.


 


Acabamos de comer e ficamos conversando descontraidamente na mesa por cerca de meia hora, até que os garotos decidiram que já era hora de voltar ao trabalho. Eu convenci Alice de que deveríamos ir para casa ao invés de incomodar mais os meninos, eles precisavam trabalhar... E eu precisava descansar.


 


– Eu e a Alice vamos para casa, além de já termos atrapalhado vocês o suficiente, eu estou com um baita de um sono... – Eu disse a Christopher.


 


– Teve uma noite ruim? – ele perguntou preocupado.


 


– Sim. Mas estou bem, só preciso de um cochilo e estarei renovada. – Eu sorri e ele pareceu desconfiado.


 


– Tem certeza? Você parece distante demais, seus olhos estão... Diferentes. Tem certeza de que está bem Dulce Maria?


 


– Sim, Christopher, eu tenho. Como eu disse, só preciso de um cochilo e estarei renovada. – eu menti – Obrigada por se preocupar. – Ele sorriu e mexeu no meu cabelo.


 


– Sempre me preocuparei. – Eu sorri e ele deu um beijo no topo da minha cabeça. – Não deixe que Alice se desvie do caminho... – nós rimos e ele se virou para voltar ao estúdio com os garotos e Kim.


 


– Até mais Dulce. – Christian disse me abraçando inesperadamente.


 


– Até qualquer dia Christian. – Carlisle e Kim também me abraçaram rapidamente e por último ficou Emm.


 


– Se cuida baixinha. – Ele me abraçou forte e beijou o topo da minha cabeça.


 


– Não sou tão baixinha assim Adam... Eu cresci ok? – Eu bati nele e ri.


 


– Pra mim continua a mesma baixinha de sempre... Até depois. – ele me deu um tapa no braço e saiu andando com o pessoal.


 


– Vamos Alice. – Ela assentiu, mas logo após o telefone dela tocou e ela saiu para atender dizendo que seria “apenas um minutinho”.


 


Escorei-me na parede da pizzaria enquanto ela conversava no telefone. Fiquei observando as pessoas que entravam e saiam, sem ter nada melhor a fazer. Uma garota que aparentava seus vinte e cinco anos saiu da pizzaria e ficou a me olhar.


 


Tinha os cabelos pintados de ruivo que lhe batiam até a cintura. Usava uma maquiagem exagerada e um vestido Jeans curto. Ela me encarou por um momento e caminhou até mim sorrindo.


 


– Dulce Maria Saviñón... Há quanto tempo! – ela me abraçou e eu continuei parada, sem me lembrar dela. – Não está me reconhecendo Dulce? – eu neguei – Sou eu, Jane! Lembra-se de mim, a Mel? Nós dividíamos o quarto...


 


As lembranças começaram e voltar e rapidamente eu sabia quem era ela.


 


– Não... Não pode ser você, não pode... – ela repetiu para si mesma e para Jane.


 


– Cara, eles não vão acreditar quando eu disser que te encontrei... Tem noção do que aconteceu depois que você fugiu! Sua irmã está morrendo de preocupação, e o Marcus... Achei que ele ia matar alguém! Por Deus Dulce, tem noção do estrago que causou lá?


 


– Fique longe de mim...


 


– Que isso Dulce! Você tem que voltar, vamos, posso te levar pra lá.


 


– FIQUE LONGE DE MIM! – Eu gritei empurrando e correndo o mais rápido que podia em direção ao estacionamento.


 


Ela não podia ter me achado. Ela ia me levar embora... Ia me tirar de Christopher. Eu corri até chegar no estacionamento e procurei o carro de Christopher. Agachei-me ao lado dele e comecei a chorar.


 


Não podia ser real. Ela não podia ter me achado.


 


Ouvi os passos abafados em minha direção e me encolhi mais, abraçando minhas pernas.


 


– Dulce, o que foi? – Alice disse e logo ouvi uma exclamação assustada – Ai meu Deus, o que aconteceu Dulce? Olha pra mim Dulce, me diz o que aconteceu?


 


– Ela quer me levar embora Alice, não deixa ela me levar, por favor... – eu disse entre soluços.


 


– Quem quer te levar Dulce? Pra onde? Me diga o que está acontecendo para eu poder te ajudar... – Ela tentou levantar meu rosto e viu minha feição de completo pânico.


 


– Jan! Ela quer me levar de volta... Você não entende? ELA QUE ME LEVAR DE VOLTA, por favor, Alice, não deixa ela me tirar de vocês... – Alice sentou-se ou meu lado e me abraçou.


 


– Ninguém vai te tirar de nós, eu te prometo. Não vou deixar ninguém te levar, eu te prometo Dulce... Respira fundo. Ninguém vai te levar.


 


– Você jura? – eu disse enxugando as lágrimas.


 


– Te juro. – Ela pegou minha mão e se levantou. – Agora vamos para casa, ok? – eu assenti e ela me levantou, abrindo a porta do carro.


 


Nós fomos todo o caminho em silêncio. Em pouco tempo eu parei de chorar e me acalmei. Alice não ligou o som e não disse qualquer palavra até virarmos a esquina do apartamento.


 


– Dulce... Quem é Jane? – ela perguntou-me, quebrando o silêncio existente no carro.


 


– A mulher ruiva que estava conversando comigo. – Alice fez uma careta e negou com a cabeça – Você não a viu?


 


– Não havia ninguém com você Dulce. Você estava sozinha e começou a gritar “Me deixe em paz!”. Logo após você correu.


 


– Ela estava lá Alice, eu tenho certeza. – eu disse escondendo o rosto nos braços, completamente em pânico, mais uma vez.


 


– Olha para mim Dulce. – Alice já havia estacionado o carro no nosso prédio e puxava cuidadosamente meu braço – Olha para mim Dulce, agora... Por favor.


 


Eu levantei a cabeça e olhei dentro dos olhos dela. Meus olhos estavam marejados e cobertos de medo.


 


– Oh, Dulce. – ela disse passando a mão pelos meus cabelos pretos e longos – Não havia ninguém lá...


 


– Ela estava lá, eu a vi Alice!


 


– Não há o que temer, eu juro que não havia ninguém lá. Eu te jurei que ninguém ia te levar embora, não jurei? – eu assenti – Pois então, você acha que eu mentiria? Claro que não. Acalma-se, por favor.


 


– Tudo bem. Só me leva para casa. – Sussurrei.


 


Ela assentiu e saímos do carro. Pegamos o elevador até o nosso andar e assim que adentramos no apartamento Alice correu para cozinha para pegar um copo de água para mim. Ela me sentou no sofá e me fez beber todo o copo.


 


– Você precisa descansar. Vamos assistir TV, isso sempre me relaxa. – ela ligou a TV nervosa e deixou em um canal que reprisava um episódio antigo de Friends.


 


Deite-me no sofá e acabei cochilando nos 10 primeiros minutos do programa, talvez por estar frágil e cansada.


 


END Pdv Dulce


 


A garota dormia calmamente no sofá da sala, enquanto Alice assistia a um programa qualquer. Seu celular tocou inesperadamente, fazendo-a pular do sofá para atender.


 


– Alô?


 


“Alice? Sou eu, Jack.”


 


– O que foi Jack? – Ela disse com raiva. Não estava nem um pouco afim de ter outra discussão com o namorado.


 


“Eu estou aqui na Starbucks da esquina do seu apartamento... Não poderia dar um pulinho aqui?”


 


– Para fazer o que, exatamente?


 


“As pazes. Não quero ficar brigado com você” ele disse de uma forma doce e gentil.


 


– Te encontro em cinco minutos. – ela suspirou e desligou o telefone.


 


Ela pegou suas coisas e pouco antes de sair lembrou da amiga, que dormia no sofá da sala. Ela foi até Isabella e a acordou gentilmente.


 


– Dulce, vou ter que sair. Você fica bem sozinha? – ela sussurrou.


 


– Claro. – ela disse sonolenta.


 


– Qualquer coisa me liga, tudo bem? Eu juro que não vou demorar. – Ela deu um beijo na testa da amiga e saiu apressada do apartamento.


 


Dulce Maria esfregou os olhos e se levantou lentamente do sofá. Sua cabeça estava praticamente explodindo de tanta dor. Ela sabia que remédio nenhum faria a dor passar, então tentou se concentrar na televisão, que ainda estava ligada e exibia um filme qualquer.


 


Uma garota de cabelos pretos estava deitada em uma banheira, olhando fixo para o teto e segurando uma grande faca na mão. Ela deixou uma única lágrima cair e apertou a faca firme contra seu próprio pulso, cortando-o repetidas vezes.



“Eu sei que você gostaria de ser ela.”


 


Dulce desligou a TV rapidamente e se levantou do sofá.


 


“Não finja, Dulce Maria”


 


– Saia da minha cabeça. – Ela disse para o nada.


 


A voz soava profundamente familiar e parecia sussurrar coisas em seu ouvido.Dulce achou que estava enlouquecendo completamente. Ela apertou as mãos com força em seus ouvidos e rezou para que a voz cessasse.


 


“Está tentando fugir de mim? Isso é injusto. Estou apenas dizendo o que você já sabe...”



– SAI DA MINHA CABEÇA! - a garota pegou um jarro em cima da mesa de cabeceira e aperto com força contra sua própria cabeça, fazendo o jarro se quebrar em pedaço e machucando-se.


 


“Pare, não vê que só quero teu bem? Agora, responda-me, não querias fazer como a mulher do filme?”


 


– Não! Eu não quero me matar!


 


“É claro que quer. Não tente esconder de mim, eu sou você. Eu estou dentro da sua cabeça, sei cada detalhe da sua vida. Eu sei que você quer isso.”


 


– Eu não posso... Não posso fazer isso. - ela disse chorando.


 


“Você deve.”


 


Dulce andou desesperada até a cozinha e abriu freneticamente todas as gavetas da cozinha, suas mãos tremiam e suas lágrimas escorriam cada vez mais avidamente.


 


Ela estava em um confronto com sigo mesma. Ela já não sabia distinguir o que era real e o que não era. Não sabia o certo a fazer.


 


Ela pegou uma grande faca na terceira gaveta. Olhou para o seu reflexo nela e hesitou antes de voltar à sala. Ela podia ouvir novamente a voz em sua cabeça.


 


“Quase lá. Faça-o Dulce Maria.”


 


Dulce respirou fundo e pegou o telefone na mesa. Ela discou o número tão conhecido e aguardou enquanto ninguém atendia. Ela estava deitada no chão, sua camisa já molhada de lágrimas e em sua cabeça uma grande indecisão.


 


– Alô?


 


– Christopher? - ela disse com a voz entrecortada por soluços.


 


– Dulce? O que aconteceu? Você está bem?


 


– Eu sinto muito...


 


– Sente pelo o que? O que está acontecendo? - ele disse preocupado.


 


– Eu tentei, juro que tentei! Mas é mais forte que eu! Ela não para de mandar em mim! - ela passou a mão em seus cabelos, percebendo que estava sangrando, devido ao corte com o jarro.


 


– Por favor, me diz o que está acontecendo Dulce! Você está começando a me preocupar... - O garoto estava quase largando do telefone e correndo até o apartamento, para checar se ela estava bem.


 


– Eu tenho que te agradecer, Christopher. Você nunca desistiu de mim, mesmo quando até eu mesma tinha desistido. Mas agora eu... Não posso mais. Sinto muito.


 


– Não se atreva a fazer nada Dulce! Estou indo pra casa agora, por favor não faça nada.


 


– Eu sinto muito. - ela disse soluçando. - Eu te amo. - ela sussurrou, sem saber ao certo se ele tinha a ouvido.


 


Ela largou o telefone no chão, ainda escutando os gritos de Christopher, desesperados por saber o que estava se passando.


 


“Eu estava certa”


 


– Sim, você estava. Você ganhou. - Dulce apertou os olhos com força, deixando mais e mais lágrimas escorrerem por sua face.


 


Ela apertou a faca com força sobre o pulso esquerdo e a puxou. Pode ver sua pele cedendo lentamente e o sangue amarronzado escorrendo, logo o cheiro de ferrugem preencheu o ar ao seu redor. Sua mão tremia, com dificuldade, ela fez o mesmo no outro pulso.


 


Ela estava perdendo sangue muito rápido. Mas, por outro lado, ela não sentia dor. Era um prazer um imenso que atingiu a cada gota de sangue que ela sentia se esvair de seu corpo. Era como se ela houvesse finalmente conseguido, como se finalmente fosse dar tudo certo. Jogou a faca para um lado e tombou a cabeça para trás. Antes de adormecer ela ouviu uma voz sussurrar no seu ouvido baixinho, para que só ela escutasse.


 


“Eu ganhei.”


 


 


 


 


 



Comentem e desculpem pela demora bjss


 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): tatarbd

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

(Coloque She Falls Asleep - McFLY pra carregar) – Alô? - Christopher disse logo a atender ao telefone. – Christopher? - Ele pode perceber o tom de choro da voz de Dulce, o que o preocupou. – Dulce? O que aconteceu? Você está bem? - ele perguntou-a mais que depressa. She falls asleep and all she thinks about is you (Ela adormece e ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 402



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • Dulce María Postado em 05/05/2015 - 01:52:17

    Moça, to aqui desde 2012 haha, esperando um post novo... E vou continuar esperando.

  • pekena_lore.04 Postado em 27/01/2015 - 14:13:51

    continuaaaaa ja chorei litros com a sua web

  • isa_savinon Postado em 27/06/2014 - 13:42:44

    Pelo amor de Deus posta mais , vai por favor essa fanfic é muito linda , eu to apaixonada pela sua história se ainda tiver essa conta continue a sua fanfic pq ela é muito perfeita

  • rbdulcevondy Postado em 13/05/2014 - 01:46:35

    Pfvo, se vc ainda entra nessa conta, continua postando, essa é uma historia mto linda e eu to curiosa faz mto tempo. pfvooo

  • rbdeternos Postado em 01/05/2014 - 20:42:16

    AAAAAAAA posta maisss!!! pq parouuu morriiii continuaaa!!!!

  • mconde Postado em 25/01/2013 - 19:09:51

    Para, posta mais por favor. Na melhor parte você para de postar. Sua web é muito boa? E quem é essa Viviane? Nunca ninguém falou dela. Namorada? Que merda, não pode ser.....

  • b.f_linda Postado em 29/07/2012 - 22:31:27

    ssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss ssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss ssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss ssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss ssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss ssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss ssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss ssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss ssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss ssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss ssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss ssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss sssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss

  • geice Postado em 20/07/2012 - 17:24:46

    posta mais plissssssssssss sua web é show de bola

  • geice Postado em 20/07/2012 - 17:24:45

    posta mais plissssssssssss sua web é show de bola

  • geice Postado em 20/07/2012 - 17:24:43

    posta mais plissssssssssss sua web é show de bola


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais