Fanfic: Carpe Diem. - VONDY.

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Kent – Inglaterra, Dezembro de 1961.

   O colo dos peitos cansados, estufados por conta dos suspiros seguidos dados pelo caos que o atormentava sempre que sua filha se encontrava naquela situação.

Seus sapatos de couro asiático já lhe faziam calos por andar durante 2 horas de um lado para o outro a espera de obter alguma informação que lhe trouxesse alegria ou um simples detalhe de que a situação da moça pioraria.

   Sua mulher já havia mandado várias vezes às empregadas para que preparassem chás ou algum tipo de calmante para relaxar seu marido e os seus músculos que se encontravam em puros nervos, mas a mesma não poderia esconder seu estado de preocupação, pois estava chegando ao mesmo limite que o marido.

   Depois de um ato clichê de senta e levanta dos pais nos bancos acolchoados dos corredores da mansão, finalmente a porta do quarto ansiado se abriu saindo do mesmo um dos melhores médicos da pequena cidade de Kent e logo o casal foi ao seu encontro para saber o ocorrido.

― Dr. Winston, diga como ela está? ― a Sra. Selena indagou demonstrando desespero em sua voz.

― Diga! Como a nossa filha está? ― foi à vez do Sr. Albert indagar ao médico o segurando pelos ombros num bruto chacoalhar.

    Por pior que a situação parecesse o Dr. Winston um velho de cabelos grisalhos apenas teve a inocência de rir daquela cena e com pura vontade.

― Que diabos você está rindo? ― perguntou o Sr. Albert balançando mais  fortemente os ombros daquele velho.

    E o Doutor tratou logo de responder cessando aquele desespero dos pais inconformados.

― Sua filha é brilhante! Confiram com seus próprios olhos o estado da garota. ― falou abrindo finalmente passagem para que eles pudessem entrar no quarto e ver a filha deleitada, ou apenas pensara que estava deleite.

   Eles entraram no quarto e logo arregalaram os olhos ao ver sua filha sentada em frente à penteadeira pondo um pouco de blush para espantar sua palidez e depois completando com um delinear em seus olhos, ainda vestida em sua camisola com botões de madre pérola ― mesmo a garota odiando a camisola por ser muito recatada, gostava de coisas atraentes e chamativas ― que sua mãe havia posto após ao desmaio.

― Eu...Eu não compreendo! ― disse a Sra. Selena chegando junto à filha ― Você deveria estar deitada, garota.

― Deitada pra quê? ― olhou a mãe através do reflexo do espelho lhe dando um sorriso belo, ao rosto confuso da senhora ― Quantas vezes eu vou ter que lhes dizerem que eu ficarei bem mesmo não estando, e que sempre será um susto.

― Um susto? ― gritou o Sr. Albert que se mantinha firme para não pegá-la no colo e a jogar na cama cobrindo com uma manta seu corpo que há essa hora queimava de febre ― Você quer nos matar, é isso? Não entende que isso é sério! Resume-se a sua saúde.

― Entendo perfeitamente papai ― se virou em diagonal para encará-lo ― Mas estou cansada desses discursos preocupados, eu não me deixarei abater por um mínimo detalhe em minha vida, nem quero vendo vocês tristes por mim. Se lembrem, Carpe Diem! ― disse as meras palavras que para ela tinha um grande valor e com o mesmo sorriso estampado ao rosto, um sorriso terno que nunca mudaria a ser tão incentivador e viciante, que acalma a qualquer um que esteja em tempestade.