Fanfic: O αmor de um Sheik- (αdαptαdα) Vondy- TERMINADA-

- Você está... - a voz do Sheik Uckerman sumiu ao olhar para ela -...adorável.
Dulce corou, tomada de culpa. Ele se empenhara, enquanto ela claramente não o fizera. Mas ele perguntou se ela queria ir para Londres?
- Obrigada - respondeu ela, sorrindo, escondendo as dúvidas.
- Azul cai bem em você - comentou ele, tomando o lugar ao seu lado.
- Não estou vestindo azul - respondeu ela, olhando para as listras finas em cinza, na camisa. Depois, olhou o jeans e entendeu. - Ah, a Levi`s!
- Muito chique.
- Você disse à empregada para que eu me vestisse formalmente, não?
- Foi o que ela lhe disse?
- Não tenho certeza, com todo aquele "Sua-Majestade-saiu-aguarde-um-pouco".
Christopher enrugou a testa.
- Tenho um emprego, laeela.
- Eu também. Deveria estar em Dallas trabalhando, não em sua casa!
-As coisas mudaram, precisa se adaptar.
- Não quero me adaptar. Eu gosto da minha vida.
- Sendo animadora de torcida?
- Você sabe que trabalho para a Sanford. Sabe que tenho um cargo de confiança e que sou boa. - Ela estava a ponto de explodir. - Boa demais para largar tudo só porque você quer.
- Então, o que fez essa tarde? - perguntou ele.
- Nada.
- Não precisa ser nada. Pode alugar filmes, ver TV, papear com amigas...
- Isso tudo é vazio. Preciso de mais.
- Então, leia. Tenho uma vasta biblioteca e você pode pedir livros pela internet.
- Ler é o que faço à noite, antes de dormir. Não o que faço o dia todo. Sheik Uckerman, não fiz faculdade para interpretar uma princesa mimada.
- Está zangada por eu não ter lhe dado mais atenção?
Ela deu uma gargalhada, mesmo corando.
- Eu sequer o conheço! Você me diverte!
- Você fala com ousadia para uma garota de vinte e três anos.
- Mulher. - Seu corpo estalava de tensão. - Sou mulher e cresci com homens como você, Sr. Sheik. Ao contrário das modelos e atrizes que conhece, eu não preciso de sua fortuna, seus contatos.
- Minha amante está com a língua afiada hoje. O rosto de Dulce esquentou ainda mais.
- Não sou sua amante e sabemos disso.
Christopher franziu as sobrancelhas.
- Estou deixando passar algo, laeelal Você não está aqui, em minha casa? Não lhe ofereci minha total proteção?
Ela ficou desconcertada com essa palavra de carinho, laeela, que mais uma vez a queimava por dentro. Era um termo muito íntimo em Baraka e Christopher não parecia ser do tipo que flertasse de leve.
O Sheik Uckerman estava à vontade, vendo Dulce rija, morrendo de raiva.
Uma potranca nervosa, jovem e sensível, ele pensou.
Christopher tomou um gole de vinho, aguçando o paladar.
- Não precisa ter medo - ele a tranqüilizou. - Sempre a tratarei bem.
- Não estou com medo - respondeu ela, mesmo arregalando os olhos.
Não, não está com medo. Está aterrorizada. Sabia o que podia acontecer. Sabia tanto quanto ele que a tensão entre os dois era uma chama de longa data...
- Não precisa se preocupar comigo - acrescentou ela. - Estou bem.
- Hamdullah - respondeu ele. Graças a Deus. As lágrimas ameaçavam na garganta de Dulce. Até ontem, achava que não o veria mais e agora ali estava. Inacreditável, impossível. Só em olhá-lo tudo dentro dela explodia.
Hamdullah. A palavra ecoava em sua cabeça e a magoava. Ninguém a fazia se sentir tão tensa, tão desesperada por mais.
- E você? - prosseguiu ela. - Como está?
- Muito bem, Senhorita Saviñon, obrigado.
- É Espiñoza, Sheik Uckerman, não Saviñon. Nunca usei o nome de meu pai.
- Usou até os sete anos.
- Como sabe disso?
- Sei de muitas coisas.
Ela o encarou cuidadosamente. Seria possível ter se apaixonado pela imagem, não pelo homem?
- Respire - disse ele, sem deixar de olhá-la.
- Estou respirando.
Christopher se debruçou na mesa e estendeu o braço em sua direção, com a palma aberta.
- Dê-me a sua mão.
Dulce olhou a mão, larga, de linhas profundas, e lembrou da noite anterior, da forma como ele a tocara, na varanda. O toque de Christopher fora como uma descarga elétrica.
- Sua mão... - repetia ele, ordenando, delicadamente.
- Nunca!
O olhar dela subiu lentamente, do colarinho, passando pelo pescoço bronzeado, até os lábios, chegando aos olhos que tinham uma expressão de deboche e desafio, até desdém.
- Não é seguro - ela completou.
Por uma fração de segundo ele permaneceu calado, depois franziu os lábios.
- Talvez seja a coisa mais inteligente que já a ouvi dizer.

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Dedicado há: dulyuckerforever, te adoro amiga!!!!

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