Fanfic: O αmor de um Sheik- (αdαptαdα) Vondy- TERMINADA-

Christopher se aproximava, rapidamente, vestindo um cafetã branco, os cabelos negros cobertos por um pano também branco, as feições com uma fúria implacável. - Vou matar o homem que tocar no que é meu!
- Mas ela não é sua! - Rugiu Fernando, pego desprevenido. - Está prometida a Sidi Lillé. Ele pagou o preço da noiva...
- Então, devolva.
- Não posso.
Christopher tinha uma calma proporcional à fúria de Fernando.
- Não tem escolha. Eu já reivindiquei sua filha.
- Ela disse que nada aconteceu. Disse que você não a tocou.
Christopher nem se incomodou em responder. Só voltou-se para Dulce.
- Você foi ferida?
O coração dela bateu forte.
- Não.
Ele não ficou satisfeito.
- Foi maltratada de alguma forma?
O sheik estava procurando briga, pensou ela, com os músculos enfraquecidos de tanta adrenalina.
- Não.
Seu pai apontou o dedo para Christopher.
- Agora chega! Não há nada de sua conta aqui. Nem qualquer direito sobre minha filha. Sidi Lillé se casará amanhã.
- Pouco provável, Sidi Saviñon - respondeu Christopher, quase rindo. - Sua filha já está casada comigo.
O quê? Casada com Christopher Uckerman? O segundo homem mais importante de Baraka? Um dos homens mais ricos do mundo?
Ninguém em sua posição se casaria com alguém como ela. Quase engasgou, pensando na noite em Dallas, quando ele surgira na varanda da festa.
Seu pai achou a idéia ridícula.
- Não há como terem casado. Dulce teria dito.
- Não se eu lhe pedisse segredo... Venha me cumprimentar, esposa.
Ela jamais o vira vestido em trajes típicos de Baraka. Só com roupas sociais caras. Agora, com esses trajes, parecia mesmo um sheik poderoso.
- Ela não é sua esposa! - Fernando fez menção de agarrá-la, mas Christopher se colocou entre os dois.
- Para trás! - a voz de Christopher ecoou. Não permitiria Dulce ameaçada de forma alguma.
- Não pode tê-la, não irá acontecer.
- Tarde demais.
- Não. Prefiro vê-la mor...
- Cuidado... - interrompeu Christopher. - Toque em um fio de cabelo dela e verá. Desejará jamais ter nascido.
Fernando corou, a voz sufocada.
- Sou o consultor e confidente do Sultão!
- O Sultão abençoou nosso casamento, aprova nossa união.
O pai de Dulce empalideceu, o vermelho fogo deu lugar ao cinza.
- Sidi Lillé cortará sua garganta.
- Gostaria de vê-lo tentar algo. Fernando estava ficando sem argumentos.
- E quanto ao preço da noiva?
- Será pago.
- Para você será o dobro.
- Por que não triplicar, Saviñon? Por que não conseguir o máximo por sua única filha?
Dulce sentia dor, vergonha. Parecia um nada. Como algo barganhado no mercado...
O que precisava fazer agora era parar essa batalha terrível. Não podiam continuar assim. Seu pai era genioso, mas Christopher era mais forte e poderoso.
- Parem com isso! - gritou ela. - Por favor! O pai olhou para a filha com raiva.
- Diga-me que não se casou com ele.
- Esposa, venha para mim - ordenou Christopher.
- Dulce, filha...
- Laeela...
Com o coração disparado, ela olhou de um para o outro. Tinha de escolher. Escolher seu futuro, seu caminho. Que loucura!
- Dulce... - seu pai repetiu e ela o olhou como quem pede desculpas.
Escolhera. Foi até Christopher.
Estava morta de medo e ficou diante do sheik, de cabeça baixa.
- Olhe para mim - ordenou ele.
A moça não queria olhar, mas não pôde ignorar a autoridade em sua voz. O calor a tomou.
- Eu esperava uma saudação mais calorosa de minha esposa - disse ele.
Dulce percebeu o humor negro. Gostava de conflito. Seria perigoso contrariá-lo.
- Perdoe-me, marido.
Ela forçou a última palavra, seu tom não foi respeitoso.
- Nada de beijo para seu marido? - Christopher provocou.

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