Fanfic: O αmor de um Sheik- (αdαptαdα) Vondy- TERMINADA-

Fernando não podia estar falando sério. Não podia pensar em arrastá-la para casa...
Ela pegou a bolsa e seguiu até o carro. As mãos tremiam ao volante. Casar com alguém sem conhecer? Casar com um figurão de Baraka só porque o pai queria?
Com um olho no trânsito e outro no celular, ela digitou o número de Fernando.
- Está falando sério? - perguntou, assim que ele atendeu. - Nunca morei em Baraka. Não visito há sete anos...
- Ainda assim é daqui. Tenho sido paciente. Deixei que concluísse os estudos nos Estados Unidos, mas você já terminou e é hora de voltar.
- Baraka não é minha casa! - Ela reduziu a marcha e parou o carro, para entrar na rodovia, rumo ao estádio de futebol americano.
- Você nasceu em Atiq, passou sua infância aqui.
- Até meus quatro anos. - Sim, ela podia ter nascido na cidade costeira de Atiq, mas era inglesa, não baraquense!
Detestava a viagem à casa do pai, no verão. A visita anual se tornou cada vez mais tensa quando entrou na adolescência. Cada ano representava menos liberdade, chances menores de ser ela mesma. Em vez disso, o pai estava decidido a moldá-la na perfeita mulher de Baraka: bela, talentosa, calada...
- Jamais voltarei - disse ela, em inglês, depois mudando para o árabe. - Prefiro morrer!
Por um longo tempo Fernando não disse nada, depois a voz saiu fria.
- Tenha cuidado com o que deseja. - E desligou. Novamente.
Fernando Saviñon ficaria muito chateado em saber como a filha passava seu tempo livre.
O sheik Christopher Uckerman olhava as belas moças correndo pelo túnel escuro do estádio, rumo ao campo, para a exibição do intervalo. A música saía pelos alto-falantes e Christopher olhava seus braços e pernas esguias, shortinhos brancos, botas até o joelho, a dança em evolução. Chutes altos. Quadris rebolando, ombros balançando, seios idem.

O olhar do sheik varreu as fileiras de lindas jovens até chegar à morena da fileira de trás, com seus longos e sensuais cabelos. Dulce Saviñon. Filha de Fernando.
Os lábios de Christopher se comprimiram. O que Fernando faria se soubesse que a filha balançava muito mais que os seus pompons, diante de sessenta mil pessoas? Dulce Saviñon estava seriamente encrencada.
Era final de setembro, pensou Dulce, mas parecia ser o dia mais quente de verão. No meio da grama, sob o sol texano, a cabeça da moça girava enquanto dançava. Estava passando mal.
Seu pai tinha dinheiro. Muitos contatos. Era braço direito do Sultão. Se a quisesse em casa, teria.
Com o peito apertado, Dulce tentava se concentrar na dança, porém não conseguia esquecer a voz do pai. Erguendo o rosto, deixou que os raios dourados lhe banhassem e tentou deter o mal-estar que pulsava em seu cérebro.
Horas após o jogo, Dulce estava debruçada sobre a grade de uma cobertura, segurando um copo de vinho que não bebia. Não quisera vir à festa, não estava num clima sociável, mas um dos donos do time a convidara, pois um convidado importante estava na cidade e esperava vê-la na festa dedicada a ele.
O dono do time - também seu patrão - raramente lhe pedia algo. Portanto, Dulce foi, contrariada.
Estava na varanda, abençoadamente escura, olhando as luzes de Dallas, tentando relaxar. Mas a ameaça do pai irrompia em seus pensamentos.
Aonde poderia ir afinal? Seu pai servia o Sultão de Baraka há quatorze anos - quase todo o reinado. Tinha poder, contatos, riqueza. Intimidava os que cruzavam seu caminho. Quem a ajudaria, sabendo que seu pai era Fernando Saviñon?
Não deveria ter vindo. A música era pesada e alta demais. As pessoas, diferentes demais. A noite estava quente demais.
Apertando o copo, ela respirou fundo, repetidamente. Calma, pense, calma. Nada de mal irá acontecer. Está tudo bem.

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Gente esse é o ultimo de hoje, espero que tenham gostado comentem muito que amanha eu posto muito!!!!!!