Fanfic: Quase por acidente (Laliter) | Tema: Laliter, Quase anjos, Casi angeles

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Capitulo 57

Peter – eu estou aqui por que sou um idiota, mãe... – Disse quase num sussurro, e pro meu desespero meus olhos se marearam. Ela tocou meu rosto e me fez olhar pra ela outra vez.
Ale – Meu filho pare de pensar essas coisas sobre si mesmo... Você sabe que não é um garoto idiota, você é um menino maravilhoso... – Sorri com amargura.
Peter – A Lali não pensa assim...
Ale – O que ela disse com você?
Peter – nada... Não olha nem pra minha cara... Desde que... – Respirei fundo, engolindo seco. Encarei o nada, tentando dessa forma manter meu rosto enxuto. – Ela voltou com... Pablo... – O Nó se formou em minha garganta outra vez, e um gosto amargo tomou conta de minha boca.
Ale – Eu não acredito... Eu não acredito que aquela menina tão boazinha tenha voltado com aquele marginalzinho! Não... Não posso acreditar que Blanca permitiu que a filha dela andasse com esse tipo de pessoa! Pensei que aquela mulher tinha mudado! – Ela se apoiou no sofá com o punho fechado, visivelmente frustrada, e eu não entendi nada.
Peter – mas voltou... Hoje os vi... – Ela me olhou por alguns instantes, depois se aproximou, me abraçando. Minha mãe era uma das poucas mulheres que me abraçava, sem que precisasse me curvar muito pra isso. Correspondi o abraço, precisava dele mais do que qualquer palavra.
Ale – sinto muito meu amor... Sei que adora aquela garota... – Disse ela meigamente, passando a mão por meus cabelos.
Peter – não foi o bastante, mãe... – me corrigi - Eu não fui...
Ale – Shiii! Não fale mais essas coisas, eu o proíbo! Meu deus, o que o fez ficar assim? Por que pensa coisas tão tristes a seu respeito meu filho? É um garoto maravilhoso sim! É inteligente, bonito, meigo, carinhoso, atencioso... Muito talentoso... Tenho certeza que deixa as suas “coleguinhas” babando! E se essa menina Espósito não sabe ver isso, ela é uma tonta! – Que bom que, pelo menos uma das mulheres que eu amava pensava isso de mim, mas opinião de mãe não conta, afinal quantas mães achavam seus filhos desastrosos as coisas mais bonitas do mundo?

Peter – valeu... Agora deixa eu subir... Quero ficar só... – Ela me encarou, de modo severo outra vez.
Ale – dessa vez vou deixar passar, por que sei que está muito triste... Mas não vou permitir que fique faltando aulas, precisa encará-los por mais que doa!
Peter – eu sei... – Depois disso fui pro meu quarto. Fiquei lá a manhã toda, ignorando as chamadas do celular e mantive o computador desligado, pra não ver nada com relação a ela, precisava tira-la da cabeça! Precisava dar um basta nisso tudo! Precisava parar de viver de um amor platônico, por alguém que jamais poderia me amar! Precisava disso com urgência, senão eu ficaria louco. Depois de muito tempo pensando nisso, e no pior, em como fazer isso, acabei adormecendo. Acordei de tarde, com fome e com a cabeça doída. De primeiro pensei em ignorar isso, mas depois desci pra comer alguma coisa. Se eu tinha que dar a volta por cima, não morrer de inanição era um bom começo. Jamais poderia culpar Mariana por não me amar, me sentia traído, mas não haviam promessas entre nós. Precisava ocupar minha cabeça com qualquer coisa, precisava sair com pessoas novas e... E isso foi tudo o que consegui pensar, mas enquanto pensava em como esquecê-la, indiretamente estava pensando nela, e quer saber? Isso de esquecer é uma droga! Voltei pro meu quarto, tentei jogar videogame, mas eu não conseguia passar de nenhuma missão, não conseguia me concentrar! Tentei estudar pras provas que estavam por vir, mas as letras pareciam dançar no papel. Depois de muitas horas rolando de um lado pra outro, algumas frases soltas começaram a surgir na minha mente. Frases bem interessantes até, e eu não pude ignora-las. Peguei meu caderno e comecei a escrever, reescrever, mudar uma palavra ou outra, mudar as frases de lugar pra que soasse mais bonito, e depois de muito tempo ao violão tentando pôr a melodia, a música ficou pronta. Talvez minha composição mais rápida, e é claro que seria aperfeiçoada depois. Luna entrou no quarto, no momento em que guardava o violão.

Luna – que música bonita primo... Já até sei pra quem é... Ops... Não devia ter dito nada...
Peter – começou... – Respirei fundo e deitei na cama.
Luna – relaxa, não vim te encher... Olha o que eu trouxe? – Ela mostrou uma garrafa de uísque, que trazia nas costas.
Peter – que bonita garrafa... – Disse em ironia. Ela riu e sentou na cama.
Luna – Olha, eu já sei o que aconteceu, sei de tudo! E sei que deve estar muito mal! Mas não é algo pra se envergonhar, acho que já vi garotos em estado pior... – Ergui uma sobrancelha.
Peter – esse papel não combina com você, Luna, diz logo o que quer...
Luna – quero que me faça companhia esta noite...

Sera que rola Peter e Luna??

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