Fanfic: Quase por acidente (Laliter) | Tema: Laliter, Quase anjos, Casi angeles

 Um capitulo pra vocês suas liindas *-*

Capitulo 61

Peter – não, não tem problema! Eu só vim mesmo lembrar você, amanhã trago o DVD, e se quiser uma cópia, posso fazer também...
Mariana – tudo bem, obrigada... Eu não... Não tinha esquecido... – Gaguejou, e depois saiu, sendo puxada por Pablo. Por uns instantes pensei ter visto sofrimento em seus olhos, mas eu sabia que eu estava delirando. Permaneci no mesmo lugar por alguns minutos feito um idiota, digerindo a cena, Pablo, Mariana... Queria tanto poder perguntar o que ela tinha, mesmo que ela não merecesse que eu me preocupasse... Pelo menos estava acabando...

Nesse dia tive que ir à casa de Gastón pra acertar os últimos detalhes da nossa pesquisa de geografia, e foi um saco como sempre, por que ninguém queria fazer nada, com meu super poder de concentração, o barulho do vídeo game a ladainha de Nico e Gás o tempo todo, o trabalho acabou ficando uma porcaria! Mas pelo menos me manteve ocupado o suficiente para que me sentisse agradecido. Nico e Gás insistiram pra que eu ficasse, acho que eles gostavam de mortos-vivos por que eu já parecia um. Embora não quisesse tanto, preferi ficar e me distrair por mais tempo. Quando cheguei em casa já iam dar oito horas, e pra minha surpresa tinha um táxi parado de frente a minha casa. Luna entregou uma mala enorme ao homem que a colocou no porta-malas, e minha mãe saía trazendo mais uma.

Luna – Oi priminho, chegou bem a tempo de nos despedirmos... – Irônica, sempre.
Peter – você está mesmo indo embora? – falei incrédulo, mas não com o entusiasmo que estava sentindo por dentro.
Luna – Sim, vou voltar pra capital e passar um tempo com minha mãe, até que Jaime se resolva por aqui... – Disse entusiasmada. E eu não entendi exatamente.
Peter – Como assim?
Luna – Você sabe que ele mora lá e veio ficar uns tempos de "férias" com a família né? Ele ia voltar antes, inclusive tínhamos combinado de ir juntos, mas por causa dos problemas com a irmãzinha ele resolveu adiar... – Disse rolando os olhos.
Peter – e o que exatamente vai acontecer depois que ele for pra lá?

Luna– Isso ninguém sabe né? Mas agora eu preciso ir, está ficando tarde! – Ela me abraçou e me beijou na bochecha, e como eu estava feliz por saber que ela estava indo embora, correspondi. Ela fez o mesmo com minha mãe e depois entrou no carro.

Eu nem podia acreditar! Finalmente paz! Não pude deixar de comemorar assim que o carro saiu de nossas vistas, minha mãe me olhou repreensiva, mas não disse nada. Isso estava muito estranho, ah se tava. Mas eu também não disse nada. Jantei apesar de não ter fome, e depois disso tive mais uma muito longa noite. Depois de rolar na cama por horas e horas até pegar no sono, acordei como se não tivesse dormido nem um segundo. Parecia que um caminhão tinha estacionado em cima da minha cabeça. Acordei a força, com minha mãe aos gritos na porta do quarto, me chamando. Tive que correr pra chegar a tempo na escola, mas cheguei. Ainda ofegante pela corrida, sentei no meu novo lugar, e só ao avistar a professora entrando na sala lembrei-me do trabalho! Eu tinha esquecido de fazer uma cópia pra Mariana, como tinha prometido! Sorte que ainda tinha no computador, depois poderia gravá-lo de novo. Ela me olhou sorridente e acenou para que eu me aproximasse. Peguei o DVD e entreguei a ela.

Alana - Sentando, vamos, todos em seus lugares! – Voltei para o meu canto, e aos poucos a sala foi ficando em silêncio. Me recostei na cadeira enquanto a via colocar o DVD, e então me dei conta que ela pretendia exibir pra toda a sala. Gelei dos pés a cabeça, e corri até onde ela estava.
Peter – professora! A senhora não pode colocar isso pra eles assistirem! – Falei com o pânico transparecendo na minha voz.
Alana – por que? Não confia no trabalho de vocês? – Cocei a nuca, com as mãos suando.
Peter – sim, eu acho que nós fizemos tudo direito, mas isso vai ser ridículo! Eles vão zoar com a gente pelo resto da vida!

Alana – É óbvio que não! Que bobagem, Juan! Volte pro seu lugar que eu vou colocar o DVD! – Mal ela calou a boca e a Mariana entrou, com o rosto vermelho também, e se aproximou de nós ainda arfando.
Mariana – com licença professora... – Ela não me olhou diretamente, mas falou comigo. – Desculpe o atraso, por pouco não chego a tempo, o DVD está contigo?
Peter – eu já dei a ela, mas ela quer exibir pra sala toda... – Ela relanceou um olhar pra Pablo, depois pra professora.
Mariana – tudo bem, eu vou sentar... – Ela foi pro lugar dela, e eu, mordidamente fui pro meu. Não conseguia entender como a Mariana podia agir normalmente diante daquela tragédia! Eu já estava morrendo de vergonha, antecipadamente. Baixei a cabeça no meu lugar, queria me esconder.

Como já tinha visto o vídeo um milhão de vezes enquanto editada, já tinha decorado as musicas alegres e antigas, e mesmo as mais deprimentes, apenas tocadas no instrumento. Imaginei a música do começo, que era bem clássica, mas no lugar dela começou a tocar uma música Italiana. (Davvero – Sonohra.). Fiquei confuso, eu não tinha usado aquela música naquele vídeo... Relutante, levantei a cabeça pra conferir, e o que vi quase me fez desabar. Não, só podia ser um pesadelo! Eu não estava vendo aquilo, não podia ser! A professora olhou pra mim repreensiva, e ouvi alguns risinhos do meu lado. Encarei a porta de saída e depois o vídeo que passava no telão. Era o vídeo que eu tinha feito em homenagem a Mariana. O vídeo onde eu pediria ela em namoro, antes de tudo acontecer. Voltei a encarar a porta, só Deus sabe como queria fugir dalí. A Alana veio até mim, e disse de modo ríspido.
Alana – o que significa isso?!
Peter – eu... Eu não sei, eu... peguei o DVD do trabalho, eu jurava que esse era o DVD do trabalho, eu... Eu não sei como esse DVD veio parar na minha bolsa... – Gaguejei, e vi o mundo inteiro rodar enquanto encarava a sua expressão.

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