Fanfic: Quase por acidente (Laliter) | Tema: Laliter, Quase anjos, Casi angeles

Dedicado a todas que comentaram.

Capitulo 65

Ela soltou as minhas mãos e nos abraçamos ao mesmo tempo.
Peter – Então fica, Lali!
Mariana – eu não posso meu amor... Se eu ficar, todo mundo vai sofrer... Meus pais, eu, você... – Ela estava certa. Eu estava sendo tão egoísta, que já podia sentir nojo. Me senti completamente derrotado, não sabia mais como argumentar, não conseguia encontrar uma solução onde ela pudesse sair beneficiada, sem que eu tivesse que perdê-la. – Não chora meu amor, por favor... – Disse ela soluçando, e só aí percebi que eu também estava soluçando, como uma criança.
Peter – quando? – Foi a única coisa que consegui dizer, em meio ao chororó. Ela se aninhou em meus braços, e respondeu com um pouco de dificuldade.
Mariana – domingo... – A apertei em meus braços, acariciando de leve suas costas. Cada dia a amava mais, cada dia a perdia mais. Eu não podia pedir que ela ficasse... Eu precisava ir com ela. Roubei um selinho demorado, matando um pouco da saudade de sua boca, e só depois eu disse.
Peter – você esperaria por mim?
Mariana – como?
Peter – Se eu pudesse ir pra lá e ficar com você... Você me esperaria? – Seus olhos se iluminaram.
Mariana – está falando sério? – E uma súbita apreensão a dominou. – Mas como você vai ficar por lá? E a escola? Não, Peter! Você não pode!
Peter – isso eu preciso ver com a Dona Alexandra, e bom, eu preciso tomar uma ducha e pensar bastante por que... Uau aconteceu muita coisa hoje! – Disse deslizando o polegar pela sua bochecha, e ela aquiesceu com a cabeça, sorrindo de lado.
Mariana – é claro que eu vou esperar por você... Quanto tempo for preciso! – E me abraçou novamente. A emoção era tão forte, que não sei o que eu faria se não estivéssemos numa praça, e se as pessoas já não estivessem olhando pra nossa cena de filme romântico. A enchi de beijos pelo rosto, até por fim tomar seus lábios, com saudade, uma mistura de alívio, surpresa, medo, apreensão, desejo... Nos beijamos até o fôlego faltar... Sempre ele! Ficamos o resto da manhã na praça, sonhando com o dia em que poderíamos ter paz. Namoramos, nos curtimos um pouco e até chegamos a esquecer os problemas, coisa que parecia quase impossível. Era sem dúvidas um momento difícil, mas estávamos juntos. Tive certeza mais do que nunca, que enquanto estivéssemos juntos, nada poderia dar errado.

Fui deixá-la em casa, mas assim que cheguei acabei ligando pra ela, e ficamos muito tempo no telefone, já sentia tanta saudade! Talvez mais do que antes... Depois que desliguei, fui ver com minha mãe. Disse pra Mariana que daria um jeito, não queria preocupá-la, mas a verdade é que eu não tinha tanta certeza assim se conseguiria.

Peter – mãe? – Ela estava lendo no sofá da sala, e olhou pra mim sem levantar a cabeça.
Ale – Diga... – Ainda distante, e eu ainda boiando. Sentei de frente pra ela, com as mãos e as pernas inquietas devido ao nervosismo.
Peter – precisamos conversar... – Ela aquiesceu.
Ale – Sim, já era hora mesmo... – Ela fechou o livro, colocando-o ao lado dela no sofá, tirou o óculos do rosto e voltou a me encarar. Estremeci.
Peter – A senhora quer me dizer alguma coisa também?
Ale – não, o único que precisa dizer alguma coisa aqui é você... – Estreitei os olhos e ela continuou. – Por que não me disse que estava fazendo aquele trabalho absurdo por causa duma recuperação em literatura? – Dona Alexandra era bastante exigente com relação aos estudos, mas exigia acima de tudo que eu não mentisse, nem escondesse nada dela. Eu sabia que se um dia ela soubesse, ficaria irritada... Mas não tanto assim...
Peter – bom, por que... Por que a senhora ficaria irritada e eu achei que seria melhor recuperar essa nota...
Ale – isso não justifica, escondeu isso de mim!
Peter – sinto muito... – Ótimo, as coisas estavam apenas piorando...
Ale – será que sente mesmo? Esses dias a única coisa que tem feito é choramingar pelos cantos por causa daquela menina!

Peter – eu gosto dela, a senhora sabe...
Ale – E ela gosta de você? – Era minha mãe, mas eu não deixaria que dissesse nada da Lali.
Peter – não acho que eu precise discutir sobre os sentimentos da Mariana com a senhora, isso tudo é muito complicado...
Ale – ah, os sentimentos dela são complicados? E os seus?! Não posso discutir sobre isso com você, mas preciso vê-lo nessa situação? – Eu já disse que minha mãe era surper-protetora?
Peter – os sentimentos dela não são complicados, a situação é! Está acontecendo muita coisa, e a verdade é que nem eu estou entendendo mais essa história! – Bufei. – Mas hoje nós conversamos e esclarecemos tudo...
Ale – esclareceram? Então já sabe que ela vai morar com o irmão não é? – estreitei os olhos.
Peter – A senhora sabe disso? Como?
Ale – Conversei com a mãe dela...
Peter – que? – Eu estava entendendo tudo menos ainda. Ela aquiesceu como se fosse a coisa mais normal do mundo. – E por que não me disse nada? Eu aqui sofrendo como um condenado!
Ale – pra você sair correndo atrás dela?
Peter – pensei que gostasse dela...
Ale – e gosto, é uma menina muito simpática, mas eu gosto mais do meu filho! E há muito tempo esta situação está fora de controle!
Peter – mãe eu... – Ela me interrompeu, com o tom de voz cada vez mais alto.
Ale – Mãe nada,Juan Pedro ! A vida dela e a sua não tem mais nada haver, ela está esperando um filho do ex-namorado, uma menina que tem quantos anos? 16?17?
Peter – Você não pode julgá-la... A senhora não conhece a história toda...
Ale – conheço o bastante dela! Você vai encontrar outra namoradinha, vai se apaixonar de novo, isso tudo é algo que passa! Eu sei que gosta dela, mas eu não posso apoiar isso! Deixe ela ir embora, ela precisa seguir a vida dela, por que agora ela tem outras responsabilidades pela frente! E você ainda é muito novo, não vou deixar que estrague sua vida cuidando do filho dos outros! – Senti um embrulho no estômago ouvindo tudo aquilo. O que eu ia dizer?

Posto o Penultimo capitulo se tiver no minino 2100 coments :)))