Fanfic: Quase por acidente (Laliter) | Tema: Laliter, Quase anjos, Casi angeles

Capitulo 7 – 2º Temp.

Peter era o pai, e o que me consolava quase era capaz de me entristecer... Ele rejeitaria a mim se soubesse que fui tão imprudente? Ele me olharia com os mesmos olhos? Tantas perguntas, tantas dúvidas...

Depois de comer uma gororoba  que Jaime me tinha trazido, deitei outra fez, fatigada. O mundo parecia me arrastar para baixo sempre que ficava de pé. Enquanto tentava dormir, ouvi Luna e Jaime na sala. Sussurros, risinhos, declarações... Me senti enjoada. Será que aquela cobra era capaz de amar alguém? Será que meu irmão era capaz de amá-la, só por ser bonita? Ou as palavras eram apenas pra incrementar o ritual? Me senti enciumada. Era detestável que ela estivesse em todo lugar que eu estava, tentando barganhar os homens que eu amava. Meu irmão, que cuidou a vida inteira de mim, e Peter... Meu amor incondicional, e primo dela...

Talvez fosse egoísmo com relação a meu irmão, por que ele merecia ser feliz... Mas será que ao lado dela era possível? Me lembrei do dia em que nos conhecemos, nas gravações do Romeu e Julieta, de como ela secava Peter com o olhar, como me olhava desdenhosa, como se eu não fosse merecedora de sequer contracenar com ele. Tentei manter o queixo erguido, mas ela me fez sentir um inseto. Nunca entendi as pessoas que tinham prazer em menosprezar as outras... Mas que valia a opinião dela quando ele me amava como eu era? E depois, quem olharia pra Julieta quando o Romeu está de leg branca?

Meus pensamentos e minhas opiniões estavam cada vez mais confusas e contraditórias, não dava pra me decidir o que deveria pensar a respeito dela... Talvez meu santo não batesse com o dela... Ou talvez, meu santo quisesse matar o dela...


Naquele dia, tinha decidido a mudar meu visual fazer umas luzes no meu cabelo. Cheguei bem ansiosa À casa do Peter, será que ele aprovaria minha mudança? Garotos como ele deviam apreciar garotas mais naturais... Cruzei os dedos e fui, tentando me convencer que não era realmente importante.Quem abriu a porta foi a Tia Ale, que me recebeu com um largo sorriso de aprovação.

Mariana – oi tia! – Exclamei e nos cumprimentamos, então avistei Peter e... Uma garota. Meu coração vacilou e fiz força pro sorriso não sair do meu rosto. Nunca tinha visto aquela garota antes, será que ela e Peter...? Comporte-se, Mariana! Ele não te deve satisfações, pelo menos agora você vai poder responder pras meninas o que elas tanto questionam, não foi você que disse a ela que tinha certeza de que ele já estava comprometido? Então, aguente!
Ale - Que linda com esse cabelo! Bem melhor do que antes, não acha?
Peter - entra... – Peter me sorriu daquele jeito que só ele fazia. Aquele que sorriso que valia milhões. Sorri em resposta e o olhei... Até que a garota se colocou na frente, confesso que fiquei sem reação.
Luna - olá, eu sou Luna, muito prazer... – Era linda e isso me deixou triste... Seu tom não me convenceu nada, e eu não sabia se estava certa ou se tinha implicado com ela logo de cara.
Mariana - prazer, Mariana... – Peter me olhou com compreensão, como se visse em mim. Tinha medo do que veria, e então me salvou.
Peter - Luna essa será a minha Julieta... – Me senti mais confortável e agradecida, embora não soubesse o que ele e a garota eram... Ele tinha dito minha Julieta...
Luna - ela é mesmo lindinha... – O sorriso quase se apagou, mas levantei o queixo.
Mariana - obrigada... – Me aproximei do Peter instintivamente. Seja lá o que fosse, agora eu sabia que ele tinha falado de mim pra ela.
Peter - Mariana essa é a minha prima... – O sorriso saiu mais fácil desta vez, tão venenoso quanto o dela. - Então, Mariana, você trouxe todas as roupas? – Disse ele como se estivesse por fora da situação. Talvez estivesse afinal de contas.

Mariana - sim, está tudo aqui... – Apontei a mochila nas minhas costas. Subimos, e o andar arrogante da tal "Luna" me fez querer atirá-la pela janela. Enfeitamos a varanda, e ignorei o mais frio que pude cada olhar desdenhoso. Qual era o problema dela? O que eu fiz?! Quando Peter voltou sozinho pro quarto e encarou minha mochila com medo, me aproximei ansiosa pra ver sua reação, e tirei o leg.
Mariana - a sua roupa tá aqui... – Seus olhos se arregalaram, e prendi o riso como pude.
Peter- que? Um leg?
Mariana - que leg o que, isso é só uma calça colada! – menti, e caí no riso, sem ser capaz de me controlar.
Peter - branca?
Mariana - eu não tenho culpa, é assim que o senhor Romeu se veste! – Ri ainda mais, e me arrepiei em antecipação. Controlem-se hormoonios!!! Ordenei a mim mesma.
Luna - nossa senhora, que sedutor que vai ficar esse Romeu... Não é Lali? – Seu tom venenoso me fez ter ímpetos violentos, então fiz o que pude pra me controlar. Aquela garota me tirava do sério apenas por existir.
Mariana - com licença, onde eu posso me trocar, Peter?
Peter - no quarto da minha mãe, vem... – Ele me guiou, e a criatura não nos seguiu. Fiquei sem graça, depois de tudo. Como ele me via afinal?