Fanfic: Quase por acidente (Laliter) | Tema: Laliter, Quase anjos, Casi angeles

Capitulo 17 – 2º Temp

Ficamos horas no telefone, falando sobre meu novo assunto favorito: Juan Pedro Lanzani. Infelizmente minha mãe me mataria se soubesse e me vi obrigada a desligar. Depois do jantar, me vi terrivelmente entediada, e justo naquele dia que eu estava cheia de energia... Feliz. Embora eu odiasse fazer a lição, era melhor do que nada. Mas só naquele dia, claro, uma exceção. Foi muito mais difícil do que eu imaginava, por que não conseguia tirar da cabeça o que tinha acontecido. Ainda era difícil de acreditar... Ele gostava de mim! Aquele garoto lindo, gentil, cuidadoso, dedicado, fofo, cheio de manias esquisitas, mas extremamente fofo... Rolei na cama, fechando o caderno. Ainda era muito cedo, eu mal tinha terminado com o Pablo... Não que nesse momento eu estivesse preocupada com ele, mas sem dúvidas isso me assustava. Assustava-me pensar no que ele poderia fazer, comigo ou com o Peter... Joguei meu material na primeira gaveta do criado-mudo, e abracei meu travesseiro. Passei a noite assim, pensando nele, pensando se poderia dar certo com ele, depois do que eu tinha passado com Pablo... Ambos eram tão diferentes, e me dava medo... Justo no momento que eu terminei de escrever no meu diário, Alfonso entrou com aquela cara de vitória. Rolei os olhos ao pensar no motivo.
Jaime – Que cara é essa maninha?
Mariana – a de sempre... Eu é quem devia perguntar o porquê desse sorriso, mas eu já entendi que é por causa da arara magricela...
Jaime – ah, Lali, não enche! Não seja estraga prazer... – Ele puxou a cama debaixo, com certa dificuldade, e me limitei a cruzar as pernas, não iria ajudar.
Mariana – ela é quem enche ta? É uma víbora... – Ele me olhou cortante, enquanto se jogava na cama.
Jaime – e posso saber por quê?
Mariana – eu já falei por que! Ela é irritante, fica me perseguindo quando estou lá, fica fazendo piadinhas, dando em cima do Peter... Ela não se enxerga! – Ele se apoiou nos cotovelos, pra olhar pra mim.

Jaime – então o que te irrita é que ela seja a prima sexy do Peter? Bom, qualquer garoto em sã consciência ficaria com ela, se o seu "amiguinho" ainda não pegou, sinto muito, mas acho que ele é gay... – Joguei os travesseiros nele.
Mariana – Peter não é gay, e não precisa ficar com a sua magrelinha pra provar isso ok? – Fiquei em silêncio, tentando conter a raiva. – E ela não é sexy! – Ele desatou a rir, o que me deixou mais zangada.
Jaime – Mulheres são tão competitivas... Ela é linda e sexy, e você deveria admitir isso irmãzinha, e outra, você nem tem provas de que eles não se pegaram, nem de que ele é homem...
Mariana – não preciso te provar nada ta? Eu não entendo como você consegue falar tão tranquilamente que acha que seu novo caso pega o primo dela... – Ele balançou o dedo no ar.
Jaime – hã hã, vamos esclarecer as coisas... Eu disse que acho que eles já se pegaram, eu não disse que se pegam, que garota ficando comigo iria querer o bebezinho mimadinho da mamãe? E sim, eu falo normalmente por que não temos nada sério ué, você quer que eu morra de ciúmes pelo que ela já fez ou deixou de fazer? – Não, eu não entendia nem um pouco meu irmão.
Mariana – ta, Jaime Espósito, eu não quero mais falar disso! Se você não liga em sair com aquela víbora o problema é todo seu... – Me estiquei pra apagar o abajur.
Jaime – sabe o que eu acho? – Rolei os olhos, sem responder. – Eu acho que está com ciúmes...
Mariana – que ciúmes o que... – Dei as costas pra ele, encarando a parede.

Resultado da minha noite sem dormir: Acordei tarde... Conseqüência: Cheguei atrasada na aula. Não que eu me importasse muito em perder a primeira aula, mas eu não via a hora de ver ele...

Prof. – todos em seus lugares, Juan Pedro, pra frente... – Ouvi o professor falando ainda no corredor, e apressei o passo.
Mariana – Com licença professor... – Entrei rapidamente, ignorando o olhar frio do Professor, e fui pro meu lugar. Lá estava ele, lindo e com um sorriso iluminado no rosto.
Peter – ér... Mariana... – Virei imediatamente.
Mariana – oi... – Ele me olhou por um instante antes de continuar.
Peter – ér... Você fez o exercício de biologia? – Ele disse, balançando a cabeça como se estivesse acordando, arrancando um sorriso meu.
Mariana – fiz... Você quer? – Comecei a folhear o caderno, de certa forma orgulhosa, por emprestar a tarefa pra ele, já que ele era o nerd. Entreguei a ele, e me virei a contragosto. Escutei risos atrás da gente, vulgo: Nico e Gás, em seguida Peter riu. Sabia do que estavam rindo, mas me fiz de desentendida.
Mariana – o que foi?
Peter – nada, eu tô rindo do Gás...
Mariana – ah ta, pensei que era das minhas respostas, rs... 
Peter – não, claro não...
Mariana – é que fiz isso ontem à noite às pressas... – Acrescentei rapidamente, no caso dele encontrar muitos erros. Com nerd nunca se sabe né?

Durante a aula as meninas não pararam de mandar papelzinho, ou mensagens no celular. Estavam mais ansiosas que eu pra que chegasse o intervalo. Repeti umas mil vezes que estavam proibidas de comentar qualquer coisa. Deus me ajudasse com aquelas malucas. Quando tocou, Peter sorriu para mim antes de sair com os garotos. Em poucos minutos os encontramos na cantina.

Rochi – hello pessoas... – Disse sentando justo entre Gás e Nico. Eugenia fulminou Rochi com o olhar, e sentou entre Nico e Peter.
Euge – como estão meninos?
Nico – falaê...
Gás– estamos ótimos... – Sentei finalmente, entre Gás e Peter. Ele me seguiu com o olhar, e por um longo instante não soube o que dizer, estava tão boba...
Peter – e aí?
Mariana – oi... – Desviei o olhar pras meninas, preocupada com seus respectivos bocões.

Rochi – então, Poter, nós estávamos conversando outro dia sobre o aniversário... – Me contive pra não chutá-la por debaixo da mesa.
Euge – é, e a gente tava pensando em irmos os seis juntos... – Que vergonha...
Rochi – é, como três casais... Eu e Gás, Euge e Nico, você e Lali... – Cobri o rosto com uma mão, balançando a cabeça. Não entendia bem por que de repente tinha ficado encabulada, mas o fato é que estava.
Euge – mas é claro que como amigos né, Rochi? Não interpretem mal... – Como se alguém fosse acreditar nas boas intenções delas.
Nico – claro, pela gente tudo bem... – E nem na deles!
Gás – tudo ótimo... – Eles dois olharam pra Peter, e segui o olhar deles. Ele parecia perdido, e logo ficou vermelho.
Peter – você quer ir comigo? – Balancei a cabeça, covarde demais pra dizer "sim". De vez em quando ele me olhava, e não sabia interpretar muito bem o que lia ali. Na saída, não via a hora de ir com ele, e então o estraga-prazer do meu irmão foi me buscar na escola.

Fiquei encarando o anel no meu dedo por alguns instantes, e quando olhei pra cima vi que ainda me olhava. Parecia nervoso, e eu não sabia se o vermelho das bochechas se devia ao calor ou à vergonha. Peter era tímido e esse tipo de coisas sempre seria difícil pra ele. Ele segurou minha mão, hesitante, e olhei mais uma vez pra baixo, pras nossas mãos. A dele enorme em contraste com a minha. A dele branquinha como a de um bebê e a minha levemente bronzeada.

Peter – Lah, pode parecer louco, precipitado, e... Todas essas coisas... Mas... – Ele baixou o olhar, estava gelado, e agora eu também.
Mariana – mas...?
Peter – quer casar comigo?