Fanfic: Marcas Do Passado | Tema: Vondy
O único modo de viver
Narração POV
Era uma noite como qualquer outra para Dulce Maria Saviñón. Os flashes ofuscando seus olhos ao ser fotografado na estréia de sua segunda filial. Estava expandindo a loja aos poucos. Primeiro L.A e agora Nova York. Como de praxe, usava uma tiara com orelhas de tigresa. Sua melhor amiga, Jessica, usava uma de ursinho em seus cabelos curtos. Os cabelos longos de Dulce Maria estavam elegantemente presos por um coque alto e seus lábios sensuais com o chamativo batom vermelho. Os olhos estavam esfumaçados e eles brilhavam a cada flash.
A criação me mostrou o que fazer
Estou dançando na pista com você
E quando você toca minha mão
Eu fico maluca, sim
A música me diz o que sentir
Eu gosto de você agora
Mas será que é real na hora que dizemos boa noite?
Não sei se isso é certo
E eu te sinto vindo através das minhas veias
Estou na sua ou a culpada é a música?
Tinha conseguido se reerguer após aquele trágico dia. O buraco em seu peito ainda estava presente mesmo depois de dois anos. Levando consigo um aperto no peito ao se lembrar do maior e imensurável amor que já teve em sua vida. Ela evitava dizer seu nome, mas isso não o afastava de seus pensamentos. Não havia um dia em que não pensasse nele e aquilo acabava com a estrutura forte que havia construído durante esse tempo. Ela havia mudado o modo como agia, o modo como pensava. Há um ano viveu uma parte que não se orgulhava de sua vida. O único vício que quase a condenou a miséria. Usava o vinho para aplacar a dor e a saudade da grande perda que sofreu. Se não fosse por Pablo, não saberia o que teria acontecido com ela.
Quem é o dono do meu coração?
É amor ou é arte?
Porque o jeito que você mexe seu corpo está me deixando confusa
E eu não sei dizer se são as batidas ou as faíscas
Quem é o dono do meu coração?
É amor ou é arte?
Sabe, eu quero acreditar que somos uma obra prima
Mas às vezes é difícil de dizer às escuras
Quem é o dono do meu coração
Mas tudo o que vejo é o modo como
Os seus olhos brilham até mim
Como o fogo no escuro
Somos como uma arte viva
E isso me afeta
Como uma maré
Você está me sentido
Ou a culpada é a música?
Dulce abaixou a cabeça e pediu licença. Pablo desfez seu abraço e umedeceu os lábios lhe dando espaço. Ela foi para os fundos e abriu a janela se sentindo sufocada. Tinha claustrofobia desde pequena e tanta gente junta a incomodava. Sentiu a brisa gélida atingir seu rosto fazendo-o fechar e abrir os olhos respirando fundo.
Por mais que tentasse esquecê-lo parecia que sempre alguém ou algo o empurrava de volta a sua vida. Dulce tentava viver, tentava manter-se viva e estável por mais que quisesse acabar com toda aquela palhaçada. Ouviu a porta sendo aberta e abaixou a cabeça já sabendo de quem se tratava.
Então vamos lá, querido
Continue me provocando
Continue me laçando
Como em um rodeio
Querido, me arrasta pra perto
Vamos lá, aqui vamos nós (3x)
- Você está bem? - perguntou Alma ficando ao seu lado.
Dulce suspirou e levantou a cabeça olhando para a mãe. Sorriu tentando parecer confiante e dizer que estava tudo bem, mas ela a conhecia. Sempre foram tão unidas e era seu instinto materno agindo.
- Você não está bem. - respondeu a própria pergunta. - Sei que como mãe essa não deveria ser a minha atitude, mas eu quero que se dane. - Dulce riu e Alma sorriu. - Será nosso segredo.
Estendeu o cigarro aceso para a filha que o pegou hesitante. Aproximou-o dos lábios vermelhos dando um intenso e profundo trago. Fechou a boca e soltou a fumaça lentamente sentindo um leve alivio. Passou para Alma que fez o mesmo e o devolveu a filha.
- Eu não quero ir acampar. - disse Dulce após um tempo.
- Você tem que se distrair, querida. - Alma acariciou seu rosto. - Já faz dois anos.
E isso me afeta
Como uma maré
Você está me sentindo
Ou a culpada é a música?
Dulce abaixou a cabeça se sentindo um nada. A ferida em seu peito sendo socado fazendo seu coração sangrar diante do assunto Proibido. Respirou fundo e ajeitou sua tiara com as orelhinhas de tigresa.
- Eu não consigo tirá-lo da minha vida. - confessou derrotada. - E isso é... - suspirou balançando a cabeça. - doloroso.
- Você o amava. - Alma disse com certeza. - Sei que é muito difícil pra você, mas o melhor que tem a fazer é seguir em frente.
- Eu tento, mas é difícil.
- E Pablo? - fez a pergunta que tanto desejava.
Quem é o dono do meu coração?
É amor ou é arte?
Porque o jeito que você mexe seu corpo está me deixando confusa
Dulce arqueou as sobrancelhas e deu mais uma tragada no cigarro soltando o ar logo depois. Bebericou mais um pouco seu vinho enquanto passava o cigarro para a mãe.
- Eu não posso ficar sozinha carregando um fardo desse tamanho, mãe. - desabafou. - Pablo sabe disso e respeita minha decisão de esperar. Se for a isso a que se refere.
- Estou me referindo aos sentimentos dele por você. - declarou. - Deve ser difícil.
- Às vezes. - afirmou. - Mas conseguimos viver assim. Não sei o que seria de mim sem ele.
- Você o ama? - perguntou após um longo tempo em silêncio.
Dulce não conseguiu olhar para a mãe e Alma teve sua pergunta respondida naquele momento. Dulce amava Christopher e estava com Pablo em uma forma de agradecimento.Quando a filha estava depressiva e dependente de remédios para dormir, Pablo a salvou de um suicídio quando ela quase cortou os pulsos. Foi um milagre ele ter chegado na hora exata para salvá-la.
E eu não sei dizer se são as batidas ou as faíscas
Quem é o dono do meu coração?
É amor ou é arte?
Sabe, eu quero acreditar que somos uma obra prima
Mas às vezes é difícil de dizer às escuras
- O que está fazendo é errado. - deu uma tragada.
- Eu sei e eu já disse isso a ele. Pablo não se importa.
- Ele é um bom homem.
Ficaram em silêncio compartilhando do momento mãe e filha sentindo a brisa gélida chicotear seus rostos trazendo consigo frescor e uma sensação de alívio. Eram tão parecidas e isso era engraçado aos olhos dos outros. Alma era neurótica em relação aos filhos e era adepta a vinho e cigarros quando estava sob alta pressão ou estressada. Suspiraram em uníssono o ar de Nova York. Um pigarro as interrompeu e as duas viraram-se ao mesmo tempo dando de cara com Pablo de braços cruzados recostada a porta. Dulce escondeu o cigarro atrás das costas e Alma sorriu convincente.
- Fumando? - ele perguntou.
Dulce suspirou e sorriu de canto.
- Eu sei. - ele sorriu se aproximando delas. - Sou uma péssima pessoa.
- Você é apenas humana. - ele riu depositando um singelo selinho nos lábios de Dulce Maria que correspondeu. - Otavio está perguntado pelas duas.
- Já estamos indo. - disse Alma.
Pablo assentiu e saiu dando-lhes privacidade. Dulce jogou o cigarro no chão e pisou balançando o pé apagando-o. Ela e Alma entrelaçaram os braços e saíram do depósito voltando à festa. Fizeram uma rápida social cumprimentando a todos os convidados que as paravam para elogiar e saudá-las. Alma ao ver Otavio arrastou Dulce apressadamente para a mesa de frios. Pegaram um chiclete de Derrick e mascaram freneticamente em uma tentativa de camuflar o hálito de tabaco.
- Disfarça, disfarça! - disse Alma mascando o chiclete.
- Oi, pai. - disse Dulce fazendo o mesmo. - Estou com saudades do senhor.
Se abraçaram e Otavio aproximou a boca do ouvido da filha.
- Eu também, querida. - afastaram-se. - Sua mãe falou do acampamento.
- Sim. - balançou a cabeça. - Eu vou.
- Que bom. Assim podemos passar um tempo juntos.
- Partiremos amanhã de manhã. - disse Alma sorrindo.
Dulce retribuiu o sorriso para sua família. Seria bom para si mesma passar um tempo juntos. Mesmo que a presença da pessoa mais importante estivesse presente em seu coração por toda a eternidade, sabia que o melhor a fazer é viver. Ao seu modo.
Quem é o dono do meu coração?
Do outro lado do mundo, deitado em uma cama hospitalar estava Christopher Uckermann. O braço esquerdo enfaixada e o ombro com um curativo. Ao seu lado sentado em uma cadeira desconfortável estava Mike Biaggio olhando para o melhor amigo que estava dormindo.
- Como ele está? - perguntou a enfermeira.
- Por sorte a bala não atingiu o coração e os ferimentos estão curando. É um milagre ele ter agüentado. - informou Tânia olhando a ficha.
- Ele é forte. - disse Mike distante. - Irá voltar para nossas vidas.
-Rezemos por isso, soldado. - ela disse com pesar. - Rezemos.
Mike esperou ela se retirara e levantou da cadeira sem desviar os olhos do rosto machucado do amigo a sua frente. Lembrou-se da conversa que os dois tiveram meses atrás quando estavam no campo de batalha.
- Eu sei que você é forte e que vai vencer mais essa batalha. - ele disse. - Eu cumprirei minha promessa enquanto estiver ausente. Fique bem, cachorro. - disse sorrindo ao brincar. - O batalhão não é o mesmo sem você.
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Autor(a): Lua 1998 *-*
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 29
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bruno Postado em 15/01/2012 - 22:29:34
Olha eu aki na sua também!
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tatarbd Postado em 10/01/2012 - 17:00:56
Apostaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
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tatarbd Postado em 10/01/2012 - 17:00:19
Apostaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
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vondylary Postado em 09/01/2012 - 23:33:34
2°leitora massssssssssssssssssssssssss *-*
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vondylary Postado em 09/01/2012 - 23:33:33
2°leitora massssssssssssssssssssssssss *-*
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vondylary Postado em 09/01/2012 - 23:33:33
2°leitora massssssssssssssssssssssssss *-*
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vondylary Postado em 09/01/2012 - 23:33:33
2°leitora massssssssssssssssssssssssss *-*
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vondylary Postado em 09/01/2012 - 23:33:32
2°leitora massssssssssssssssssssssssss *-*
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vondylary Postado em 09/01/2012 - 23:33:32
2°leitora massssssssssssssssssssssssss *-*
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vondylary Postado em 09/01/2012 - 23:33:32
2°leitora massssssssssssssssssssssssss *-*