Fanfic: Tu Amor -> DyA 1a Temporada

Dulce aos poucos foi voltando a
consciência e sentia que estava deitada em algo molhado.
Piscou os olhos e percebeu que estava deitada numa espécie de cama, ao mesmo
tempo, que sentia que algo muito grande surgia a sua frente.
"Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhh" foi o grito que ela deu ao perceber que estava
sendo lambida por esta coisa!
E foi parar no fundo da cama completamente assustada...
"O que é isso meu deus?!" perguntou perplexa.
A coisa, também assustada com o grito que ela deu, se afastou até uma porta ao
fundo da...CABANA?!
Foi então que Dulce viu onde estava.
ERa uma espécie de cabana...Não muito grande, mas ideal para duas pessoas...ou
duas crianças...
Dando um estalo na cabeça, ela percebeu que era alí que aquelas crianças
deveriam morar!
SEm tirar os olhos da criatura que estava parada na porta olhando-a, Dulce
começou a observar a cabana.
ERa divida em dois compartimento.
O primeiro, onde ela estava, era composto por uma chaminé que também servia de
fogão. Ao canto via-se uma mesa de madeira e alguns banquinhos. E do outro lado
via-se um armário.
Curiosa Dulce se perguntava o que poderia ter dentro daquele armário.
Mas seu pensamento foi interrompido pelo barulho que a coisa fez, ao se aproximar
novamente dela.
Um pouco receosa, Dulce procurou rapidamente algo para se proteger, mas não
encontrou. Então engolindo seco, disse:
"Po-pode ficar onde está!" começou.
A coisa parou e inclinou a cabeça, olhando-a com os imensos olhos.
Dulce, suspirando aliviada...Fechou os olhos.
GRANDE ERRO.

Ao abri-los novamente, a coisa
estava exatamente à sua frente e tão perto que dava para sentir sua respiração
em seu rosto.
Sem reação, Dulce apenas ficou olhando aqueles imensos olhos que a fitava com
muita curiosidade. O tempo pareceu parar. Ela pensou em tudo...Que seria
assassinada...ou devorada por aquilo!
"Ai minha virgem Maria! não deixe que isso aconteça...tenho tanta coisa
pra fazer ainda!" rezou em silêncio.
A criatura então deu mais um passo e esticou o pescoço enquanto Dulce fechava
os olhos esperando o inevitável.
"Ai meu deus é agora!” e apertou mais ainda os olhos.
Mas nada aconteceu.
Então Dulce abriu um dos olhos e viu que a criatura dava uma espécie de sorriso
e sem seguida lhe deu uma imensa lambida que deixou seu rosto todo babado!
"Ecaaaaaaaa!" Dulce disse cheia de nojo
Ao mesmo tempo em que ouvia:
"Mufaza! sai daí...!"
Então Ela olhou para a porta e viu o menino parado lá que continuava a dizer:
"Quantas vezes tenho que dizer para você não entrar aqui, quando não
estou?!"
A criatura olhou para Dulce e depois se afastou rapidamente.
Dulce estava tão perplexa com tudo aquilo!
Pior estava toda babada! Passou a mão pelo rosto e sentiu mais nojo ainda ao
ver os resíduos que a coisa tinha deixado.
O menino vendo a reação dela, disse:
"não se preocupe...é só lavar..." então olhou para a criatura e fez
um sinal para que ela saísse da cabana "mais tarde a gente conversa"
disse, quando a criatura saiu.
E saiu também. Voltou minutos depois carregando uma tijela cheia de água e
colocou sobre a mesa.
"Pronto você pode lavar seu rosto aqui" disse olhando-a.

Dulce então levantou da cama e
ainda superdesconfiada caminhou até a mesa.
E antes de começar a lavar o rosto, olhou fixamente para o menino que retribuiu
o olhar.
Então abaixou os e inclinou o corpo em direção tijela e começou a lavar o
rosto.
Minutos depois estava completamente livre daquela baba nojenta que a criatura
tinha deixado em seu rosto!
Lançou um olhar de agradecimento ao menino que lhe sorriu em troca.
Dulce ficou olhando tão atentamente o menino que ele começou a ficar vermelho.
Então para que não o deixasse, mas encabulado ainda perguntou:
"Posso fazer uma pergunta?"
"sim" o menino respondeu.
"Quem é você...?” começou "E onde estou...E quem é aquela
menininha?!"
Suspirando o menino sentou-se na mesa e disse:
"Você disse `uma pergunta`... e fez mais do que isso!"
"Ai...desculpa é que... que..."
O QUE ? pensou ela...EStava perdida em um lugar pra lá de estranho.
Onde criancinhas costumavam correr mais rápida do que a velocidade da luz!
E ainda por cima, tinha aquela criatura asquerosa!
"Mufaza não é asquerosa!" rebateu o menino assustando-a.
Agora foi a vez de Dulce ficar vermelha.
COMO? pensou. ELES TAMBÉM LEEM PENSAMENTOS? TO FERRADA!
Suspirando, Dulce pensou em algo rápido para dizer:
"hã...é que bem...ela ou ele...ai sei lá...me assustou...!" começou
"com todas aquelas lambidas!" completou indignada.
"eu sei..." disse o menino agora rindo.
Era um riso tão gostoso de se ouvir, que sua indignação foi passando, aos
poucos.

Sentando-se também na mesa
continuou:
"Mas você não respondeu a minha pergunta"
"Suas perguntas...” rebateu o menino "Qual delas você quer realmente
que eu responda?!"
Dulce fez cara de dúvida.
O menino rindo respondeu:
"Meu nome é Piedro e moro aqui com a minha irmã... Gabriela" disse
apontando para cima.
Foi só neste momento que Dulce viu a menininha, que estava no segundo andar da
cabana.
Esta, apesar do silêncio, observava tudo com muita curiosidade.
O menino então voltou a fala:
"Você tá com fome?!" perguntou indo até o armário.
Mas Dulce não o escutava agora. EStava olhando para menina enquanto algo lhe
passava pela cabeça.
Aquela garota estava todo aquele tempo lá em cima, enquanto ela quase morria do
coração com aquela criatura
babando todo o seu rosto?!!
Era isso mesmo?!!
Pensava, enquanto sentia que ficava muito quente...de raiva!
A menina então se mexeu e ficou vermelha também, mas de vergonha.
Então Dulce lembrou que eles podiam ler o que ela pensava.
E sem medir as conseqüências dos seus atos pensou "Ah é...já que vocês tem
este `poder` então presta bem atenção no que vou dizer menina... quando você
descer aqui...vai ver só uma coisa!"
A menina então abriu e fechou a boca várias vezes e então com num passe de
mágica sumiu!

Desta vez foi Dulce que abriu e
fechou a boca várias vezes.
COMO? MEU DEUS QUE LUGAR É ESSE?!
Então o menino que estava parado à porta disse:
"Em breve você vai descobrir..." começou.
Dulce olhou para ele.
"Por enquanto...é melhor você comer alguma coisa..." depois saiu
deixando-a completamente sozinha na cabana.
*.*----------------*.*

"O caso é grave,
Sr.Damián" disse o médico "É preciso que ela seja removida para o
hospital mais próximo!"
"O quê?!" disse Poncho.
"É isso mesmo...” começou o médico "Aqui não tenho o recurso
necessário que ela precisa"
"Mas" começou Poncho olhando para Pedro "Quanto tempo ela vai
ficar no hospital?!"
"O tempo necessário para ficar boa!” rebateu o médico.
"É que temos um show pra fazer e...” começou Pedro "E uma internação
a essa altura do campeonato..."
O médico terminou de examiná-la e olhou para os dois e então finalizou:
"Vocês escolhem...o show ou a saúde dela..."
*.*----------------*.*
Poncho era a verdadeira imagem da mais pura desolação.
Seu maior temor tinha se tornado realidade e agora a mulher da sua vida estava
à sua frente, lutando contra uma maldita febre que ia e vinha a todo o momento.
Ao longe se ouvia o Dr.Ramirez, estava conversando com Pedro Damián, explicando
os procedimentos para a internação.
Totalmente desanimado, se sentindo um verdadeiro inútil, ele sentou-se ao lado
dela e pegou-lhe a mão.
Não soube dizer quanto tempo se passou até que foi interrompido por Pedro.
"Alfonso, preciso avisar aos outros do que está acontecendo..."
começou, mas depois parou e o olhou por algum tempo. Logo, em seguida, disse:
"Você está bem, Alfonso...? Posso deixá-lo aqui só por algum tempo?!"
Poncho respondeu positivamente com a cabeça.
Estava tão sem saber o que fazer que não conseguia raciocinar direito.
Tinha todo seu pensamento voltado para ela!

Que estava ali delirando...
"O céus!" Disse baixinho "Não suporto vê-la assim!" e então
olhou para Pedro e disse:
"Faça o que for necessário, Pedro..." começou "Mas faça
rápido!!!"
Pedro concordou com a cabeça e saiu do quarto acompanhado do médico que antes
de sair disse:
"É melhor que você fique ao lado dela e dê o máximo de líquido que você
puder"
"Sim..."
"Ela não pode ficar desidratada...E..ah!manos úmidos também são
bem-vindos..." e então saiu, fechando a porta atrás de si.
*.*----------------*.*
Poncho então se levantou e foi até o telefone mais próximo e ligou para a
cozinha do hotel, pedindo água gelada e toalhas.
Minutos depois a campanhia tocou. Era o rapaz da copa, trazendo o seu pedido.
Espero que o mesmo coloque tudo sobre a mesa e depois lhe deu uma gorjeta,
despediu-se e fechou a porta.
Pegou algumas garrafas d`água e toalhas e foi para o quarto onde estava Dulce.
Despejou a água numa bacia e afundou uma das toalhas e esperou até que a mesma
absorvesse a temperatura da água.
Depois foi até a cama onde Dulce estava deitava e começou a passar em volta de
seu rosto.Repetiu essa ação várias vezes, até perceber que o estado febril de
suas feições melhorasse.
Saiu da cama.
Minutos depois retornou com um copo d`água e uma colher. E com muito cuidado
fez com ela tomasse a água.

"TEnho que hidratá-la o máximo
possível", pensou.
Feito isso, pegou em seu braço e percebeu que estava muito quente.
Então, decidiu que também banharia não só o rosto dela como também o corpo.
No entanto, ficou um pouco indeciso. Tinha quase certeza de que quando ela
soubesse do que tinha feito, ficaria muito chateada.
Afinal, ela era muito reservada. E ele a veria de uma forma tão vulnerável...!
Suspirando fundo, foi até a mesa e jogou a água usada da bacia fora e encheu
com outra.
Repetindo o mesmo processo de molhar a toalha na água, foi até a cama e começou
a tirar-lhe a roupa.
Tentava a todo custo se concentrar no que estava fazendo.
No entanto, suas mãos não ajudavam muito, pois estavam tremendo.
E MUITO!!!
"Droga...to pareçendo um adolescente!!!" disse zangado consigo mesmo.
Estava ali por uma causa maior do que os próprios sentimentos ou desejos.
E pronto!
Pareceu levar um século e finalmente Dulce estava de calcinha e sutiã.
Poncho prendeu a respiração não conseguiu evitar o olhar de admiração.
"Como é linda..." murmurou. E ficou ali olhando...olhando...
Até que balançou a cabeça e pegando a toalha que tinha deixando ao lado da
cama, começou a banhar o corpo dela.
Era impossível não prestar atenção no cheiro que se desprendia de seu corpo.
Era um cheiro tão bom!
Poncho fechou os olhos e os apertou bem forte e um dado momento.
"Por tudo que é mais sagrado!" começou brigando consigo mesmo
"Ela está desta maneira e você pesando...em..em...Tome tento
homem!!!"
Então, levantou-se da cama.
Saiu do quarto e foi até uma das malas dela.

Depois de algum tempo, achou que
estava procurando.
Voltou para o quarto e minutos depois, Dulce estava vestida com um pijama.
Poncho foi até a varanda e suspirou aliviado.
Assim, vestida...Não tinha perigo..nem para ela...e, principalmente, nem para
ele!
Seus pensamentos foram interrompidos com a chegada dos paramédicos.
CONTINUA...
*.*----------------*.*