Fanfic: Sem Tempo Para Amar . d&c – adaptada

CAPÍTULO III

A sensação de Dulce era a de que um século havia se passado desde que Christopher lançara aquela bomba sobre ela. O pai de Belly! Mas na realidade apenas dois dias haviam transcorrido e aquela era a manhã da quermesse.
Quantas vezes Dulce perguntara a si mesma por que marcara aquele encontro com Christopher. Bem, não tivera alternativa. Encontrar-se com ele na sua casa seria ainda mais perturbador. Nada melhor do que um lugar público, um campo neutro.
Como pai, ele tinha todo o direito de ver Belly, nem mesmo Dulce poderia negar isso.
Quando conhecesse a filha e compreendesse que Dulce estava sendo para a garota uma mãe maravilhosa, quem sabe ele concordaria em deixar tudo como estava.
Mas fácil seria um burro voar.
A entrada de Belly no quarto tirou-a de suas fantasias.
— Estou pronta, mamãe. Podemos ir? — a garota perguntou, impaciente.
— Iremos em um minuto, querida. Já estou quase pronta.
Belly olhou para Dulce cheia de desconfiança.
— Você está usando um vestido tão bonito e deixou os cabelos cacheados. Arrumada desse jeito você não vai poder andar comigo na roda-gigante.
Dulce ajoelhou-se do lado da menina.
— É claro que andarei com você na roda-gigante. Estou bem-arrumada porque... porque hoje é dia de festa.
A si mesma Dulce disse que o fato de caprichar no visual nada tinha a ver com Christopher Uckermann.
— Você também está com um cheiro diferente — observou a garotinha, franzindo o nariz.
Abraçou Belly e inquiriu:
— Por que você é tão observadora, garota?
Pegando o batom coral, contornou os lábios e sorriu para a própria imagem. Virou-se e convidou Belly:
— Vamos, querida.
Não havia sinal de Christopher quando elas chegaram ao local da quermesse. A rua fora fechada e ali funcionavam estandes com artigos diversos. Em um terreno vago fora montado um parque de diversão.
Belly quis brincar em um castelo inflável onde outras crianças pulavam e gritavam alegremente.
— Está bem, pode ir — Dulce consentiu e foi comprar o ingresso. — Vou ficar sentada logo ali para poder observá-la.
A menina entrou no cercado e Dulce sentou-se a uma das mesas colocadas ao ar livre, entre vários vasos de plantas, e pediu um capuccino ao garçom que a atendeu.
— Dois, por favor — corrigiu uma voz grave e profunda. Dulce sentiu um súbito mal estar ao ver Christopher sentando-se na cadeira à frente dela. Estava quase convencida de que ele não iria aparecer e nada mudaria entre ela e Belly.
— Você está pálida. Convém comer alguma coisa — Christopher observou.
— Não se preocupe, estou bem — ela mentiu.
Christopher olhou ao redor.
— Onde está Isabelly?
Antes de responder, Dulce voltou-se para o castelo inflável. Seguindo o olhar dela, Christopher imediatamente reconheceu a garotinha que pulava e ria feliz. Inspirou fundo e murmurou:
— Isabelly é linda. As fotografias não revelaram plenamente sua beleza.
Contra sua vontade, Dulce ficou por um momento observando as feições tensas do homem à sua frente. Elas irradiavam o orgulho paternal que ele tinha todo o direito de sentir. Uma dor intensa pareceu traspassá-la como uma flecha. Não queria ver aquele olhar no rosto dele. Seria mais fácil suportar se Christopher Uckermann fosse um pai indiferente, descuidado e insensível como Belinda o descrevera.
— Sim, é linda — Dulce concordou suavemente. — E tem uma índole maravilhosa.
A emoção na voz dela fez com que Christopher desviasse o olhar que mantinha preso na criança tão feliz para fitar Dulce.
— Você a criou muito bem — elogiou-a, também comovido. Apesar de prometer a si mesma que não iria suplicar, ela viu-se dizendo:
— Se é o que você acha, por que não permite que eu continue com Belly?
O garçom colocou os dois capuccinos sobre a mesa e assim que ele afastou-se, Christopher retrucou em tom desafiador:
— Se os nossos papéis fossem o inverso, você abriria mão de sua filha?

; Leitoras :3

Meninas, com a euforia de ir viajar, acabei trocando as bolas e repetindo o capitulo >.< mas não se preocupem foi só um deslize meu mesmo e já esta resolvido :D
Nat, obrigado pelo aviso flor :D ♥