Fanfic: Love Story AyA (Finalizada) | Tema: Rebelde

Passou-se uma semana desde que vi Alfonso pela última vez. A minha rotina se restringia a dormir, comer e ficar trancada no meu quarto. Não tinha vontade de fazer nada, era como se minha vida tivesse acabado.

Não conversava com meu pai desde então, nem fazia as refeições com ele. O odiava profundamente. Estava mudando o canal da televisão mais uma vez. Nada de interessante passava.

- Senhorita?

Anahí: Olá Marina! – respondi sem animação à governanta da casa.

Marina: Seu pai está lhe chamando para o almoço.

Anahí: Diga a ele que almoçarei depois.

Marina: Seu pai quer que você desça, tem visitas lhe aguardando. Vista um belo vestido e vá para a sala de jantar. – deu um sorriso terno e saiu.

Era o que me faltava. Meu pai querendo me mostrar como prêmio para alguns “amigos” dele. Só esperava que Derrick não estivesse lá, assim meu pai não tentaria me vender como mais uma de suas mercadorias!

Coloquei um vestido simples e passei uma maquiagem leve, apenas para esconder as olheiras, devido às noites mal dormidas. Desci sem muito ânimo, ainda me sentia mal com a simples presença de meu pai.

Enrique: Anahí, minha querida! – disse indo à minha direção com os braços abertos – Lembra-se dos Boyers? – colocou os braços em minha cintura, me levando à sala de jantar.

Sem entender nada me deixei ser guiada. Meu pai me tratando daquela forma? Só podia ter algo por trás. Adentrei a sala e vi Angelique. Ela continuava linda! Loira, com sorriso angelical. Só quem a conhecia realmente sabia que no fundo era uma cobra peçonhenta!

Esforcei um sorriso. Falsa, sabia. Mas os pais de Angelique eram pessoas boas, ao contrário da filha!

Sra. Boyer: Any querida! Como está? – perguntou com entusiasmo

Anahí: Bem, obrigada. – sorri

Angelique: Annie, quanto tempo! Estava com saudades! – falava falsamente.

Anahí: Olá Angel, como está? – disse um tanto quanto secamente

Enrique: Sentem-se, o almoço já será servido!

Me sentei ao lado de Angel, a cobra peçonhenta. Enquanto nossos pais falavam sobre negócios eu mergulhava em pensamentos distantes. Pensava em uma maneira de me encontrar com Poncho, precisava vê-lo, conversar com ele!

Angelique: Sabe o que eu fiquei sabendo? – disse interrompendo os meus pensamentos – Que você tem um caso com o inimigo da família!

Anahí: Como? – tentei não demonstrar meu susto. Olhei disfarçadamente para os lados, mas ninguém prestava atenção em nossa conversa.

Angelique: Não se preocupe querida, não foi o seu pai que espalhou a notícia! Aliás, isso é o que ele menos quer!

Anahí: Olha Angel, não me interessa o que você sabe ou não, ok? Então, me deixe comer em paz!

Angelique: Ah, tenho certeza que está morrendo de curiosidade para saber quem me contou tudo isso, não é?

Anahí: Não tenho curiosidade nenhuma! – dei de ombros.

Angelique: Como sou uma pessoa boa vou te contar mesmo assim! – se aproximou e disse em meu ouvido – Foi Alfonso!

Anahí: Quem? – perguntei atônita. De onde ela o conhecia? Pelo o que eu sabia, as famílias que faziam negócios com os Portillas nem chegavam perto dos Herreras.

Angelique: Escutou muito bem querida! O próprio Alfonso me contou isso! E, diga-se de passagem, até que não tem um gosto tão ruim assim! Sabe, ele é um deus grego!

Anahí: O que você quer afinal Angel?

Angelique: Calma, nem cheguei na parte boa da história! Não quer saber como eu o conheci e como ele me contou tudo isso?

Anahí: Eu realmente não estou interessada nesse seu joguinho!

Angelique: Ah, mas desse você vai gostar, te garanto! Eu o conheci em uma balada, essa semana. Não sei o que você, ou melhor, seu pai fez para ele, mas o coitado estava tão tristinho, deu até dó. Ficou até bêbado, acredita? E eu, como uma boa menina que sou, fui ajudar a desafogar as mágoas, se é que me entende! – deu uma piscada.

Anahí: Não entendi. Até onde quer chegar?

Angelique: Para com isso Annie, encare os fatos, você não é tão ingênua assim! Como se não soubesse o que um homem bêbado faz com mulheres indefesas como eu! – não podia acreditar no que estava ouvindo, ela estava insinuando que Alfonso me traiu? – Annie, ele beija muito bem, hein? – riu

Não pude escutar uma palavra a mais. Saí correndo, sem pedir licença ou me desculpar. Tinha vontade de chorar. Me tranquei no quarto, sem ligar para as acusações de meu pai. Sentia uma dor insuportável. A dor de amar.

Aquela semana tinha sido horrível, Christopher tentava me levar para sair todos os dias, para que eu esquecesse um pouco Annie, mas nada adiantava.

Muito pelo contrário, voltava pior ainda, devido à bebida. E ainda com peso na consciência. Nesse tempo Ucker me falou que fiquei com várias meninas, e ainda contava à elas meus problemas. Era difícil de acreditar, já que não me lembrava de nada. Ficava com nojo de mim mesmo, Annie não merecia uma pessoa assim ao seu lado.

Sr. Herrera: Você está acabado filho! O que está acontecendo? – disse se sentando ao meu lado

Alfonso: Ainda pergunta pai? Estou sofrendo de amor, justo eu, que evitei até o último momento amar alguém! Por que pai? Por que nossas famílias têm que ser inimigas?

Sr. Herrera: Você se refere àquela Portilla? – assenti com a cabeça, ele pareceu pensar em uma resposta – Olha filho, isso vem de anos, empresas concorrentes, entende?

Alfonso: Até entendo, mas tenho certeza que toda essa inimizade não é apenas por causa de uma disputa para ver quem fica no topo!

Sr. Herrera: É, você tem razão. Acho que não podemos mais esconder isso. Eu evitei esse momento, mas pelo jeito a história pode se repetir se eu não lhe disser nada!

Alfonso: Como assim? A história se repetir? Que história pai?

Sr. Herrera: Bom, está preparado? Isso envolve muitas coisas, até o motivo de sua mãe ter ido embora há alguns anos atrás...

Alfonso: Quero saber tudo, não aguento mais tantos segredos!

Meu pai se preparou. Respirou fundo. Eu sabia, podia sentir, que havia algo muito grande por trás de toda essa rivalidade. Talvez se ele revelasse tudo eu e Annie viveríamos juntos. Apesar de ela não merecer alguém como eu...