Fanfic: Love Story AyA (Finalizada) | Tema: Rebelde

Entrei no meio da roda de meninos. Todos me olhavam com certa malícia. Era bom me sentir desejada, principalmente na frente daquele que me fez sofrer.

- Você é muito linda sabia? – disse-me um rapaz alto, forte e de cabelos negros.

Anahí: Você também é bonito! – disse olhando-o de cima a baixo. Não me importava se depois me chamariam de fácil, queria mais era curtir a noite e, claro, me vingar. – Qual seu nome?

- Aaron – estendeu sua mão. Coloquei minha mão em cima da dele, que logo a beijou, como um perfeito cavalheiro.

Anahí: Prazer Aaron! Meu nome é Anahí!

Aaron: Tem um nome tão belo quanto você! – sorriu – Quer dançar?

Por um momento hesitei. Sabia que Alfonso estava lá, com Cláudia. Mas queria me vingar, mostrar a ele que conseguiria seguir em frente, sem precisar de seu amor. Assenti e Aaron rodeou-me pela cintura. Seguimos para o centro da pista, justamente ao lado do casal. A troca de olhares foi inevitável.

Desviei o olhar e mantive-me concentrada em Aaron. Ele dançava com sensualidade, e aos poucos aproximava seu corpo do meu. Me afastei de imediato, mas vi um sorriso de vitória estampado no rosto de Alfonso, como se percebesse que eu ainda pertencia à ele. Senti raiva e dei um passo à frente, me aproximando de Aaron.

Ele me enlaçou pela cintura e roçou o nariz em meu rosto. Fiquei sem reação, mas deixei que prosseguisse com as carícias. Em um movimento rápido, ele colou seus lábios nos meus. Olhei assustada. Não esperava algo assim. Me debati em vão. Aaron forçava meus lábios se abrirem para dar passagem à língua. Fechei os olhos com força, cerrei os punhos e bati nele como pude. Até o sentir ser separado de mim com violência. Olhei para o lado e vi Alfonso com uma expressão séria, talvez certa raiva, e com os punhos fechados.

Ver Anahí dançando com outro era o fim pra mim. Não conseguia suportar. Fiz menção de sair da pista, mas Cláudia segurou meu braço firmemente e me impediu de sair. Não tinha outra opção senão ficar e fingir que estava tudo bem.

Mas não estava! Definitivamente não! Olhei para o lado e vi o cara se aproximando de Annie. Mas ela deu um passo para trás, fugindo. Sorri, era exatamente isso que eu queria: vê-la longe desse tipo de pessoa.

Ela me olhou e mudou de expressão. Voltou atrás em sua atitude e se aproximou dele. Ele a enlaçou pela cintura e roçou o nariz em seu rosto. Senti nojo da cena, ver Annie tão entregue a um homem que não eu! Em um movimento rápido, eles estavam se beijando. Ela relutou. Vi que por mais que quisesse se mostrar forte e diferente era a mesma Anahí de anos atrás.

Corri para seu lado e empurrei o homem que a acompanhava. Ela pareceu se sentir aliviada, mas por pouco tempo, até que olhasse para mim.

Alfonso: Não precisa agradecer! – sorri irônico

Anahí: Não era minha intenção fazê-lo!

Alfonso: Onde está sua educação? Esqueceu em casa assim como seu pudor?

Anahí: Talvez tenha ficado em algum ponto da história! Há quatro anos atrás, quem sabe! 0 provocou – Agora, você não tinha o direito de fazer o que fez!

Alfonso: Está na norma de um bom cavalheiro proteger a dama indefesa!

Anahí: O que não é o meu caso!

Nesse momento o tal acompanhante de Annie se aproximou. Raivoso, olhava pra mim e estava pronto para atacar. E teria feito se Anahí não tivesse impedido.

Colocou as mãos em seu peito e disse algo a fim de acalmá-lo. Senti uma pontada de ciúmes por suas mãos estarem nos peitos de outro que não eu!

Cláudia: Posso saber o que está acontecendo? – perguntou com os braços cruzados e batendo o pé raivosamente.

Anahí: Acho que eu também mereço uma explicação! – não me deixou responder – Aliás, nós! – apontou para o homem com quem dançava.

Alfonso: Já expliquei! Está na norma de um bom cavalheiro...

Anahí: ...proteger a dama indefesa. – completou impacientemente – Isso eu já entendi, mas, como disse, esse não era o meu caso!

Alfonso: Pelo o que eu sei, quando alguém beija por vontade própria não bate naquele que está beijando, certo? – arqueei a sobrancelha, numa típica provocação.

Anahí: Você entendeu errado! – disse sem muita convicção

Cláudia: Olha, não me importa o que estava acontecendo, eu só quero saber de onde conhece essa aí. – apontou para Annie.

Anahí: Essa aí? – gargalhou – Você não se enxerga garota?

Alfonso: Chega vocês duas! – disse impedindo uma possível briga – Annie será que poderíamos conversar? A sós?

Anahí: Acho que não temos nada a conversar!

Alfonso: Por favor Annie, nós precisamos de uma conversa!

Aaron: Está tudo bem Annie? – disse o acompanhante de Annie que me fuzilava com o olhar.

Anahí: Está tudo bem, me espere com o pessoal, está bem? – disse olhando para ele - Não precisamos coisa nenhuma! – se voltou pra mim - Eu só preciso de distância de você, só isso! – disse se virando, pronta para ir embora, ou melhor, fugir.

Alfonso: Se quatro anos não mudou o que você sente por mim, sim, precisamos conversar! – a vi paralisar no mesmo instante, lentamente se virou para mim, os olhos um tanto úmidos.

Anahí: Só uma conversa e nada mais!

Alfonso: Tudo bem!

Cláudia: Conversa? Quatro anos? Alfonso, me explica isso direito!

Alfonso: Depois Cláudia, depois! – disse rápido e me voltei para Anahí. Segurei levemente seu braço – Vamos?

Ela emburrou a cara, mas nada disse. Apenas se deixou ser guiada. Eu a levava para fora da boate, para um lugar tranquilo, em que poderíamos conversar sem interrupções e ser honestos com nós mesmos. Conversar o que em quatro anos não pudemos, jogaríamos limpo dessa vez.