Fanfic: Love Story AyA (Finalizada) | Tema: Rebelde

A levei até o meu carro. Abri a porta do passageiro e fiz menção para que entrasse. Sem me encarar o fez. Fui para o lado do motorista, entrei e dei partida. A levaria para algum lugar calmo, que não seríamos interrompidos. Durante o caminho fez-se um silêncio torturante, parecíamos dois desconhecidos. Parei o carro em frente a uma praça. A iluminação era fraca, mas a luz da lua se mostrava presente.

Tirei o cinto e me inclinei em direção à Annie. Precisava olhar em seus olhos e conversar. Mas ela não se moveu, encarava o nada com uma expressão séria. Toquei de leve seu ombro, ela desviou bruscamente.

Alfonso: Precisamos conversar Annie!

Anahí: Annie? – perguntou incrédula – Acho que não temos mais intimidade para tais apelidos, Alfonso! – disse sem me olhar.

Alfonso: Olhe para mim! – pedi e toquei seu rosto para que nossos olhos se encontrassem. Ela se virou ainda emburrada.

Anahí: O que quer afinal? Explicar o porquê de você ter sumido por tanto tempo? Ou dar mais uma desculpa esfarrapada? Por que simplesmente não me ignora como fez agora há pouco? – se referiu ao momento em que nos cumprimentamos na boate.

Alfonso: Poderia até te ignorar! – retruquei sem paciência para joguinhos – Mas descobri que ainda existe alguma coisa entre nós que é impossível ignorar!

Anahí: Diga isso por você Alfonso! Porque pela minha parte não existe nada, entendeu?

Alfonso: Não minta! Vejo em seus olhos que ainda existe!

Anahí: Então está enxergando mal!

Soltei uma risada. Quem ela tentava enganar? Desviei meus olhos dos dela, mas minha atenção caiu sobre seu corpo bem delineado e sedutor. Corri o olhar das pernas até o busto bem marcado pelo vestido justo. O tempo a deixara ainda mais linda! Vi um leve rubor se formar em seu rosto. Instintivamente ela cruzou os braços por cima do decote, me levando a encará-la novamente. Para os olhos mais lindos que já vi!

Não entendia as intenções de Alfonso. Há pouco me ignorava e agora me olhava maliciosamente? Cruzei os braços em forma de proteção e o obriguei a me encarar novamente. Um misto de sentimentos passou por mim. Aqueles olhos verdes profundos me levavam para uma outra dimensão, uma em que a Anahí era apenas uma boba apaixonada e que acreditava em todas as promessas. Tola!

Anahí: Escute Alfonso, se não quer dizer nada, ótimo! Vou indo! – me virei e coloquei a mão na maçaneta, mas fui impedida por braços fortes.

Alfonso: Temos que conversar e quero terminar ainda hoje!

Anahí: Acho que está se esquecendo de alguém lá na boate! – me fiz de pensativa – Sua noiva, talvez.

Alfonso: Ela não irá se importar se eu não for buscá-la!

Anahí: Foi isso que pensou quando me deixou aqui? – bufei – Claro, ela não irá se importar! Como se largar uma mulher e sair com outra fosse algo perfeitamente normal! Poupe-me Alfonso!

Alfonso: Você me culpa sendo que você que mal esperou eu ir embora para me trocar? – acusou

Anahí: Como? – perguntei incrédula – Eu fiquei exatamente quatro anos, QUATRO ANOS te esperando! – minha voz falhou e meus olhos denunciavam o choro que estava por vir – Como ousa me acusar dessa forma?

No mesmo instante abri a porta e saí correndo. Não importava quantos anos tinham se passado ou se eu decidira mudar, a realidade era cruel, ainda o amava. E o pior, me acusava sem fundamentos, como se eu fosse a culpada de tudo! Céus, como queria odiá-lo profundamente!