Fanfic: Love Story AyA (Finalizada) | Tema: Rebelde

Despertei sem muita disposição. Telefonara para Dulce uma centena de vezes, mas ela não me atendeu. Acabei desistindo e deixando apenas um recado na caixa-postal. Mesmo assim tentaria passar em sua casa, sabia que a encontraria lá.

Vesti-me de forma casual, afinal estava indo apenas para a casa de minha amiga. Um jeans e uma camiseta resolveriam o problema. Peguei a bolsa e os óculos escuros, parte do novo look que adotara, e saí em direção à garagem.

Entrei no carro e saí cantando pneus. A casa de Dulce não era tão distante da minha, mas andar não fazia muito o meu estilo.

Cheguei à casa de Dulce em pouco tempo. Saí apressada do carro e entrei. Todos os funcionários de lá me conheciam, o que facilitava a entrada sem precisar ser anunciada. Corri para o quarto de Dul, mas ela não estava. Talvez tivesse realmente saído.

Por curiosidade entrei no quarto. Uma caixa rosa estava meio-aberta sobre a cama. Aproximei-me e a toquei. Antes não tivesse feito. Aquilo era demais. Cartas de Alfonso? Então ele se correspondia com Dulce, mas nem mandava uma única satisfação para mim? Então era por isso que ela estava um pouco estranha comigo desde que Poncho se fora! Mas então o que Alfonso me dissera não tinha o menor sentido! Como eu poderia tê-lo traído primeiro se a única chifruda era eu?

Retirei cuidadosamente uma carta da caixa em busca de respostas. Talvez entre aquele montante de cartas uma explicasse tudo aquilo.

Alisei a parte da frente da carta, onde constava o remetente. Seria possível eles manterem um caso às escondidas tanto de mim quanto de Ucker?

A minha curiosidade aumentou. Virei a carta e vi o nome do destinatário. Não era possível! Soltei-a no mesmo instante e coloquei a mão sobre o peito. O destinatário era eu!?

As lágrimas começaram a brotar. Por que Dulce escondera isso de mim? Fui até a sacada de seu quarto e avistei-a com Ucker na piscina. Com raiva saí na direção deles. Ela teria que me explicar! E pagaria caro por isso!

Aproximei-me silenciosamente e me escondi atrás de um vaso, ao que parecia estavam falando justamente sobre isso.

Dulce: Estou falando sério Ucker, acho que devemos contar toda a verdade para Annie! Ela está sofrendo muito!

Ucker: Contar o que? Dulce! Não podemos fazer mais nada, Alfonso já está com Cláudia e ponto final.

Dulce: Está com Cláudia, mas deveria estar com Anahí!

Ucker: Annie nunca nos perdoaria! E além do mais, por que está revivendo esse passado?

Dulce: Estava fazendo uma limpeza no quarto e achei uma caixa com as cartas que Alfonso enviou para Annie, todas aquelas que nós não entregamos!

Ucker: Não entregamos por um bom motivo: protegê-la!

Dulce: Grande proteção! – ironizou – Só a fizemos sofrer!

Eu não precisava ouvir mais nada para entender o que acontecera de fato. Dulce e Ucker contra o nosso amor? Grandes amigos eles eram! Impossibilitaram-me um futuro feliz ao lado de quem eu amava! As lágrimas se intensificaram e rolaram pelo meu rosto. Precisava falar com Alfonso, explicar o mal-entendido!

Levantei-me do meu esconderijo e tentei sair silenciosamente da casa. Porém, na pressa, não vi o piso solto no chão. Tropecei e cai. Ótimo! Acabava de me revelar!

Dulce: Anahí! – disse assustada – Desde quando está aqui? – se levantou e andou na minha direção, assim como Ucker.

Anahí: Estou bem Dulce! – disse ríspida – Agora, se me dão licença, tenho que ir! – levantei-me o mais rápido possível, recusando os braços que queriam me ajudar.

Dulce: Você ouviu! – acusou colocando a mão na boca assustada.

Anahí: Seria melhor se não tivesse escutado, não é? Assim o planinho de vocês de me separar de Alfonso continuasse perfeitamente!

Ucker: Annie... – Ucker tentou me tocar, mas eu desviei.

Anahí: Isso não tem explicação! Não tem! – gritei. As lágrimas corriam em meu rosto.

Ucker: Você não entendeu...

Anahí: Não entendi o que? – o interrompi – Que meus melhores amigos são uns traíras? Ou que Alfonso está me acusando de traição por culpa de vocês? Isso eu acho que entendi casalzinho!

Dulce: Por favor, Annie, não é bem assim!

Anahí: Não é? – soltei um riso – Querem saber? Eu vou embora!

Sai apressada sem me importar com eles. O que eles achavam que eram? Meus donos? Não iria permitir isso! Resolvi ir conversar com Alfonso. Ele era a única pessoa em que eu podia confiar. Ele não mentira para mim, só não ficara sabendo do que realmente aconteceu.