Fanfic: Love Story AyA (Finalizada) | Tema: Rebelde

Fui o mais direto possível e comecei a perguntar tudo o que me vinha à cabeça sobre a bela Anahí. Ucker ficou um tanto confuso com o meu súbito interesse por ela, mas, felizmente, não me questionou sobre nada. Apenas me respondeu calmamente. Eu sabia que estava pisando em terreno inimigo, mas quem se importava? Aquilo seria uma aventura e tanto!

Alfonso: Então quer dizer que Anahí é uma pessoa nada comum?

Ucker: Digamos que sim... Ela não liga muito pros negócios do pai nem se deslumbra por causa do dinheiro, apenas é ela mesma. – fez uma pausa, esperava um comentário meu, ao perceber que não falaria nada continuou – Quero dizer, nesse meio em que vivemos não é muito comum conhecer alguém assim, sabe?

Alfonso: Entendo... Mas ela não liga mesmo pros negócios do pai? Digo, em relação à nossas famílias – fui interrompido

Ucker: Ela sequer sabe disso, quer dizer, saber sabe, mas não liga – disse com a voz um pouco alterada – Já disse que ela é uma pessoa diferente! Mas não vamos falar disso aqui, né? – disse mais calmamente

Alfonso: Tudo bem. – concordei - Mas por que se alterou desse jeito?

Ucker: Desculpa, é que não gosto que duvide de Any, ela é como uma irmã pra mim, entende?

Preferi não prolongar a conversa. Já sabia o necessário sobre ela, o resto era comigo.

Sabia que papai não perderia a chance de me distanciar de meus amigos, que ele considerava uma “má influência”. Me obrigou a cumprimentar todos os seu amigos que estavam na festa e ainda por cima acompanhada por Derrick, como se fossemos namorados.

Fingia sorrir a cada pessoa que encontrava. Mas meu pensamento estava longe, mais especificamente em um mascarado de olhos verdes. Olhos, aliás, que me faziam viajar, esquecer do mundo, do tempo e do todos a minha volta, como se só existisse nós dois.

Mas olhar para a figura ao lado foi quase que um choque de realidade. Derrick me guiava animadamente pelo salão. Estava com as mãos em minha costas e cumprimentava a todos alegremente, sem nenhuma falsidade. Respirei fundo. Tinha que continuar ali, firme e forte.

Assim que tive oportunidade escapei de mansinho, sem ser notada. Meus pés me guiaram para o bar, onde eu esperava reencontra-lo. Vi Ucker, mas não o avistava.

Anahí: Ucker, onde está o seu amigo? – perguntei como se não quisesse nada.

Ucker: Por um acaso vocês se interessaram um no outro? – arqueou a sobrancelha – Ele me fez várias perguntas sobre você e a primeira coisa que você me pergunta é sobre ele! Já vou avisando que não sirvo para ser cupido, ok? – sorriu

Anahí: Para com isso! – sorri de volta – Só queria saber se ele está gostando da festa. E se é seu amigo, também é meu amigo, tenho que conhece-lo, né? – perguntei com receio da resposta que viria.

Ucker: Você não me engana Any! – estreitou os olhos de forma engraçada, me fazendo rir – Mas ele está ali – apontou para a varanda vazia – e sozinho – completou.

Anahí: Obrigada Ucker! – e saí à procura do meu príncipe.

Daquela vez fui realmente tomar um pouco de ar. Ficar em terreno inimigo não era nada confortável. Estava sozinho, talvez pelo frio que fazia do lado de fora. Mas a noite estava linda. Várias estrelas despontavam no céu, adornado por uma bela lua cheia. Não percebi quando ela chegou, mas assim que senti um perfume diferente no ar me virei. Ela estava ali, na minha frente, linda.

Esperei que caminhasse até mim. Fiquei encarando-a todo o tempo, até que a vi corar.

Anahí: Pensei que tinha ido embora Alfonso! – ela se pronunciou por fim.

Alfonso: Nunca iria embora sem me despedir da anfitriã! – sorri – Isso não seria correto.

Anahí: Pode não ser correto, mas é a forma que as pessoas acham para poderem ir embora mais cedo quando a festa está chata!

Alfonso: Se sua festa estivesse chata, com certeza já teria ido, mas não é o caso!

Anahí: Fico feliz que está gostando! Como nunca ouvi falar de você antes?

Alfonso: Ucker não fala muito de mim pros outros, sabe que eu detesto isso!

Anahí: Mas Christian fala tudo, sobre todos – riu e não pude deixar de reparar aquele sorriso lindo, que enaltecia ainda mais seu rosto delicado.

Alfonso: Talvez ele preferiu não comentar sobre mim... Não sou tão importante assim!

Anahí: Quero ver seu rosto! – disse rapidamente, certamente ela era diferente – Nunca o vi antes, quero aproveitar para te conhecer, sabe, pra não correr o risco de te encontrar na rua e não te reconhecer – tentou se explicar sorrindo.

Alfonso: Também não a conheço sem isto – apontei para a máscara – Mas tenho certeza de que é maravilhosa – ela corou violentamente.

Anahí: Façamos um trato então – propôs – Eu e você tiramos a máscara ao mesmo tempo, para que possamos nos conhecer ao mesmo tempo!

Assenti e me aproximei dela. Toquei em seu rosto e ela fechou os olhos, em um movimento automático. Como era linda! Pousei minhas mãos na fita que amarrava sua máscara no rosto e ela instantaneamente repetiu o gesto em minha máscara. Desatamos o nó ao mesmo tempo, em uma sincronia perfeita. As máscaras caíram e ela abriu os olhos lentamente. Podia ficar horas encarando aqueles olhos azuis profundos.