Fanfic: Love Story AyA (Finalizada) | Tema: Rebelde

Aquele momento era perfeito. Abri os olhos lentamente, na tentativa de poder desfrutá-lo por mais tempo. Aquilo foi incrível, como poderia me deixar encantar assim em tão pouco tempo por alguém que mal conhecia? Amor à primeira vista, quem diria que um dia isso aconteceria comigo!

Quando abri os olhos totalmente me deparei com o sorriso dele estampado de ponta a ponta do rosto. Ele era lindo! Sorri de volta, me sentia uma boba. Aqueles olhos me prendiam de uma forma dominadora. Ficamos um bom tempo nos encarando, até que decidi quebrar o silêncio.

Anahí: Realmente, nunca o havia visto! – disse analisando-o, minhas mãos continuavam presas em seu cabelo, assim como as mãos dele nos meus.

Alfonso: Também não a conhecia, aliás, nunca conheci alguém mais bonita que você! – corei, aquilo me deixava sem palavras.

Anahí: Você também é muito bonito! – disse sentindo minhas bochechas queimarem. – Mas – tratei de mudar de assunto rapidamente – ainda não me disse bem quem é...

Alfonso: Eu posso ser Romeu e você Julieta – sorriu.

Anahí: Não quer tentar me conquistar mostrando que sabe o nome do casal mais famoso da literatura de Shakespeare, né? – arqueei a sobrancelha.

Alfonso: Quem disse que estou tentando te conquistar? – riu.

Fiquei vermelha de vergonha, não devia ter dito aquilo. Tirei as mãos de seu cabelo instantaneamente e recuei. Ele percebeu meu distanciamento súbito. O sorriso desapareceu de seus lábios. Andou até mim e levantou delicadamente meu rosto para que eu o encarasse.

Alfonso: Ei, eu disse que não estava tentando te conquistar e era verdade – abaixei o rosto. Fiquei um pouco raivosa, com vontade de sair correndo, mas levantou novamente meu queixo – Porque eu já te conquistei!

Senti meu coração bater mais forte. Ele era um conquistador, com certeza fazia isso com todas. Mas meu coração deixou de obedecer à consciência. Eu era guiada apenas pelos meus sentimentos.

Alfonso: Não sei o que você tem, mas me conquistou logo na primeira vez que te vi! – sussurrou em meu ouvido.

Anahí: Comigo aconteceu o mesmo! – sussurrei ainda trêmula. – Sente? – peguei sua mão e levei até meu coração, que palpitava ainda mais forte. Ele fechou os olhos e sorriu.

Era incrível senti-la assim. Fechei os olhos na esperança de que aquilo se prolongasse por mais tempo. Abri os olhos e encarei aqueles azuis profundos. Sorri parecendo um bobo. Ela me sorriu de volta, mostrando os pequenos dentes brancos. Estávamos próximos demais. A atração que sentíamos um pelo outro era evidente. Como isso poderia estar acontecendo? Pela primeira vez na vida me vi obrigado a acreditar no tal “amor à primeira vista”. Talvez não, era apenas atração física, afinal, ela tinha um corpo perfeito. Sim, me recusaria a acreditar nessas bobagens de mulher e ficaria com a minha própria explicação!

Anahí: Você é um penetra da minha festa ou um convidado de papai? – cortou o silêncio.

Alfonso: Seu pai jamais me convidaria para uma festa sua! Então... – fingi pensar – Acho que sou um penetra! – ela riu.

Anahí: Ora, ora Romeu, penetras nunca são bem vindos, sabe disso, né?

Alfonso: Mas tenho certeza que não se arrependeu, não é Julieta? – disse entrando em sua brincadeira. Ela gargalhou.

Como era contagiante sua risada, logo me via gargalhando junto com ela. Quando paramos ela virou-se para o céu. Realmente a noite estava linda. Aqueles imensos olhos azuis fitavam a lua. Me aproximei mais dela. Anahí se virou e me encarou. Apontei para o céu, ela seguiu a direção dos meus dedos com o olhar.

Alfonso: Vê? – apontei para uma estrela que parecia brilhar mais que as outras. Ela assentiu de leve – É tão linda quanto você!

Anahí: Assim me deixa sem graça! – sorriu.

Alfonso: Mas em que estava pensando?

Anahí: Não sei, eu só... – parou receosa, olhei para ela de forma que continuasse a falar – Estava pensando em minha mãe – confessou – Queria tanto que ela estivesse aqui comigo!

Alfonso: E quem disse que não está? Independentemente de onde ela esteja agora, sei que está com você!

Anahí: Ela faleceu há dois anos. – desabafou – Mas ainda é difícil viver sem ela!

Alfonso: Mas ela sempre vai viver aqui. – pousei minha mão sobre seu peito

Nada mais foi dito, ela apenas sorriu e me abraçou. Apenas retribuí, a fim de consola-la. Após algum tempo o abraço se desfez, mas continuamos próximos, nos encarando. Nossos rostos se aproximavam cada vez mais, a respiração ofegante, a sentia cada vez mais perto. Nossos narizes se tocaram primeiro, para, logo em seguida, as bocas se unirem num beijo terno e apaixonado.