Fanfic: Não era para ser assim... | Tema: gay, jovem, sexualidade, dinheiro

As férias dos garotos e garotas ricas de São Paulo não eram muito diferentes dos de Nova York que eu via pela televisão na série Gossip Girl. Orgulho-me por pertencer aquela classe. Durante as férias, as viagens, compras e gastos com todo e qualquer tipo de coisa era indispensável. O ultimo verão que passamos juntos, Rodrigo, Tamara e eu, foi na cidade luz, a maravilhosa Paris.

Naquela tarde, no maior shopping da cidade, decidimos ir para minha casa assistir à um filme em meu home theater. A escolha tinha sido: “Segundas Intenções”. Um filme antigo, mas que me inspirava sempre nos meus novos planos. E o da vez já estava decidido: conquistar o misterioso vizinho.

- Já tem o relatório, eu espero... - eu disse quando entrei em casa, subindo as escadas.

Bel, que estava na cozinha fiscalizando o jantar, ouviu minha voz, mas não moveu-se. Só quando cheguei no quarto que pude ver o relatorio em cima da cama. Eu me orgulhava da governa que possuiamos. Eficiência era seu nome. Apesar de saber que não era de sua jurisdição, ela sempre me concedia esses servicinhos extras. Talvez porque ela me amasse, ou quem sabe, o emprego.

Curioso, não tirei os sapatos nem despi a blusa. Corri diretamente ao envelope e o abri. Na primeira página, de cara encontrei o sobrenome da família: Lavieira.

- Interessante - pensei.

Devorei o relatório como se fosse um livro de Sidney Sheldon. A cada página eu me interessava mais para saber o que aquela família tinha a esconder. Eles eram excêntricos. Pertenciam a corte de Portugal, mudaram-se para o Brasil devido o novo acordo entre relações internacionais. Que lugar seria mais apropriado para hospedar uma família tão nobre do que o condomínio mais elegante da cidade mais rica do país. E era um privilégio eu morar ali e poder ser vizinho de um duque.

Fernando Guedes, era duque de Viseu. Com apenas 19 anos, vivia como um principe. Já que o titulo de principe já não fazia mais parte da corte de Portugal. Seus pais morreram cedo, acometidos por uma doença crônica. Desde então, com o ministros, coordenava o estado de Viseu. Iria ficar no Brasil por dois meses, para mim, o suficiente para fisgá-lo. Era um garoto forte, branco. Traços europeus bem acentuados.

Não demorou muito até que eu ouvi o carro de Dos Santos e Rodrigo estacionarem na frente de casa. Da sacada do meu quarto os comprimentei. Coloquei o relatório na gaveta e fui direto para a sala do home theater. Eles já sabiam onde deveriam me encontrar.