Fanfic: Borboletas Roxas

Finalmente eu consegui desembarcar do avião, eu só conseguia pensar se minha cara estava amassada ou não. Fazia apenas seis meses que eu havia passado por aquele incrível aeroporto, e eu lembro que naquela noite chovia muito, coisa comum aqui em Londres. Finalmente peguei minhas malas e entrei em um taxi.

-Qual o destino? - perguntou o taxista. E então eu lhe entreguei um pequeno papel onde estava escrito o local onde eu moraria dali em diante.

Chegando ao meu destino, paguei o taxista e peguei minhas malas. O prédio era muito fofo, aquele estilo de construção inglesa me fascinava, eu sempre achei aquele tipo de construção incrível. Eu não conseguia acreditar que eu iria morar ali. Peguei minhas malas e entrei no prédio, que por acaso havia um porteiro um tanto intrigante. Ele parecia ter apenas dezoito anos, de cabelos castanhos e olhos um tanto azuis. Ele era lindo, admito. Entrei naquele saguão e depois de observa-lo e também ao ambiente que me cercava pude então andar tranquilamente até ao balcão onde atrás encontrava-se o porteiro.

-Com licença? … É, minha chave estaria me esperando aqui... Apartamento 202. - E então eu pude ver o sorriso dele, era incrível. Ele pegou a chave e me entregou.

-Aqui está sua chave.

-Obrigada... - e antes que eu pudesse virar perguntei –Me desculpa, mas qual é seu nome?

-Ah, eu que peço desculpas, me chamo George.

-Obrigada George, e caso não seja pedir muito poderia segurar a porta do elevador enquanto eu coloco as malas dentro?

-Claro senhorita. - ele respondeu, e nós sorrimos um para o outro. Coloquei minhas malas no elevador e então antes que a porta do elevador se fechasse e me levasse até o segundo andar pude gritar:

-A propósito, me chamo Alice.

Cheguei ao segundo andar, peguei minhas malas, e então lá estava eu, em frente ao meu apartamento. Abri a porta.

Aquele apartamento não era lá grandes coisas, mas era o suficiente para mim. Havia uma sala, uma cozinha americana (Achei estranho a cozinha, até porque estou em Londres não em Nova York). Na sala havia um sofá, grande, e atrás dele grandes janelas. Havia uma mesa de jantar em um canto e quatro cadeiras estofadas lindas. Havia um pequeno corredor e duas portas, uma era o banheiro, pequeno, uma graça, e a outra era o meu quarto, onde havia uma cama de solteiro no canto, uma mesinha de cabeceira ao lado e do outro lado havia uma escrivaninha, tudo no mesmo tom monótomo de marrom. Dentro do quarto havia uma porta, era o closet e dentro dele havia um banheiro com uma banheira e uma pia incrível. Todas as paredes da casa eram cor de palha. Deixei minhas malas no grande closet, as abri e antes de qualquer coisa guardei todas as minhas roupas lá, coloquei minhas coisas higiênicas no meu banheiro, enfim, guardei tudo.

Ainda eram meio-dia e eu ainda tinha muito o que fazer. Tomei um banho e vesti minha calça jeans e minha blusa do The Strokes e um salto preto. Peguei minha bolsa e decidi sair pra comer algo e comprar algumas coisas para a minha casa nova.

Entrei no elevador e senti aquelas borboletas roxas se divertindo dentro do meu estômago novamente. Aquela mesma sensação que eu senti a cerca de seis meses atrás ao entrar e ao sair do avião que me deixaria em Londres com a minha melhor amiga.