Fanfic: Aventuras temporais | Tema: HP

Era noite.Reza uma lenda que crianças adoram nascer de madruga.Estavam dois pares de olhos vigiando pela janela a mulher que gritava de dor dentro do quarto.O pai tranquilo esperava junto com as meninas do lado de fora seus olhos fechados, seu corpo jogado no sofazinho roxo e uma das mão afagava carinhosamente a cabeça da menina menor.

-Pai , tem certeza que não podemos entrar ?

-Menina ! Fique quieta! Estamos tão preocupados quanto você! Anabella olhe sua postura ! - repreendeu uma mulher com um vestido longo acinzentado,a menina que aparentava ser mai velho se ajeitou direito em sua cadeira- Você deve ser posicionar como uma Amélia em qualquer situação lembre-se disso.- a menina acenou com a cabeça concordando.

-Margô, deixe a menina em paz ela só tem 7 anos e a mãe dela tá tendo outra neném.

-Aposto que vai ser outra menina - disse a pequena

-E se for menino? 

-Aposto dois sorvete que é menina

-Dois ? e você vai comer os dois?

-Não um é pra mim e outro é para a Anabella- ela sorriu

-Anabella não pode comer sorvete, está de dieta.Ela precisa encontrar resistência que nem todo o legado das Amelias- disse Margô- Da aqui a uma semana você vai entender,afinal ...

Um ultimo grito.Uma mulher sai da porta,sorri.

-Vossa majestade ! - uma curvatura - É outra menina.

-É ! - pulou a pequena - ganhei sorvete.

-Ganhou, e a minha esposa como está ?

-Esta meio fraca - disse e empregada - Mas a menina nasceu saudável ...

-Senhor, com toda a vossa licença, tenho péssimas noticias !- disse o homem alto com armadura pratada com o logotipo do dragão no meio.-Os Walterbergs estão atacando a guarda foi acionada, mas devemostomar preocuções com a familia real,Senhor !

 -Claro,claro-concordou o rei - Margô, por favor fique com Elisabeth, a nova neném e as meninas e leve-as ao quarto secreto da casa.Eu vou com o general  pra frente da guerra.Não saiam até segunda ordem.

O rei saiu junto com o general, afinal de contas é tradição um rei acompanhar as tropas, ele que representa a sua nação. As meninas assustadas ficaram com a sua avó materna Margô.Quando o rei se foi ela abaixou delicadamente até Anabella:

-Anabella, você já tem sete anos, não te ensinei tudo mas sabe como se proteger.Vá até a casa dos Lourenços dentro da clareira,siga pela rota do esgoto e troque de roupas para que ninguém as reconheça.Levarei  a mamãe de vocês ao quarto secreto .

-Mas porque não podemos ir todas, vóvó? –respondeu a menina intrigada

-Por que se formos todas alguém poderá suspeitar por tudo que é sagrado menina, vá logo com sua irmã. –disse a mulher já muito aborrecida.

As meninas partiram pela porta e seguiram direto pelo corredor, passaram por duas portas e entraram na sala de reuniões, pararam em cima do grande dragão e tiraram um único tijolo   de onde se localizava o peito,entrou  primeiro a mais nova seguindo por  Anabella.O estreito buraco parecia não ter mais fim,era muito escuro e as paredes eram pegajosas.Chegaram até os esgotos do castelo,não era o  local mais bonito de se estar , mas elas não era as únicas que imaginaram que alguém poderia escapar por ali.

Elas foram andando se espreitando até uma sala que parecia guardar  materiais de limpeza.Havia muitas vassouras,panos de chão,desentupidores e um grande guarda roupas.

-Depressa,tire suas roupas.- Ela abriu desesperadamente o guarda roupas e retirou dois calças pequenas,um vestidinho e uma blusinha.Deu uma calça e o vestido para sua irmã e vestiu-se rapidamente para ajuda-lá.Terminaram e quando a menina ia abrir a porta para sair Anabella a parou e encarou profundamente.Aquilo não era normal,era um olhar de ternura e compaixão era quase um adeus:

-Daqui a uma semana você tará fazendo 5 anos,sabe da cerimônia,já decidiu o seu nome ?

-Hã ?Por que dessa pergunta agora Anabella ?

-Só me diz – disse ela retirando um pequeno colar de coração com o brasão da família real do corpinho frágil da menina.

-Lu... Lugia, Lugia Amélia Morgana Hoshiko

-Lugia? Tem algum significado?

-Se tem eu não sei mais eu achei bonitinho...

-Não! Laila é bem mais bonito e significa bela como a noite,tem tudo haver com você,nós escolhemos os nomes de acordo  com a gente.Anabella significa Amável e justa.

-Laila,bela como a noite , eu gostei.

-Prometa que no dia da sua cerimônia,você escolherá Laila.- disse ela estendendo o dedinho.

-Prometo. – As duas saíram do minúsculo quartinho.

Elas continuaram andando se esquivando pelas paredes até encontrarem outra saída, provalvemente a mesma que os soldados de Walterberg tinham entrado,  andando devagar, até subir por um tunelzinho tão estreito quanto o que tinha descido.Estava chovendo.Havia poucas tropas quanto Anabella tinha imaginado.Desta vez quem havia subido e saído primeiro havia sido ela,sujou a mãos no chão que por sua vez havia bastante lama,passou em seu rosto e no da sua irmã.

Andaram devagar se misturando a soldados, olhavam para baixo e de vez em quando corriam um pouco.Ouviu-se um grito quando já estavam perto do portão :

-É a meninas reais!

-Laila,fique perto.

-Esperem vocês duas ai – gritou um dos soldados.

Anabella escorregou os pés lentamente  pelo chão e antes dele chegar perto das irmãs uma grande parede de terra surgiu em volta dela.Um estrondo e tínhamos um novo buraco no chão.

-Vai Laila,eu vou segura-los até você chegar a casa dos Lourenços

-Mas e você ?

-Eu sou a mais velha apenas me o-be-de-ça.-Laila entrou no novo buraco,neste momento já se sentia como uma especialista em buracos pegajosos e escuros.Anabella fechou o buraco.Podia-se ouvir os berros da menina lá em cima,mas ela deveria continuar até a casa dos Lourenços.

Ela foi andando pelo esgoto,agora Laila estava sozinha e precisava chegar viva até lá,quem desconfiaria que aquela menininha de longos cabelos sujos e roupas maltrapilhas era na verdade a filha do rei Guilherme Quinto e Margareth Hoshiko ?Ela continuou andando até que encontrou uma saida paralela ao corredor de cheiro horrível que estava andando, passou por mais duas entradas  e subiu na terceira.Da Rua que saia havia menos soldados,ela saiu correndo na chuva até o bosque, andou na diagonal oposta que vinha tentando retomar o caminho de antes da sua rua paralela.Chegou a um monte de arvores,estava muito escuro deviam ser umas 3 horas da manha.Iria demorar até amanhecer e passar a noite ali não era uma idéia cogitavel.

Laila correu o maximo que pode, caiu.Já não sabia se aquela água toda no seu rosto era chuva ou lagrimas.Estava para morrer quando um barranco,provavelmente  levado pela chuva a vez cair em um buraco no meio do bosque,olhou para o céu,não havia estrelas só nuvens negras e grandes.Laila se levantou,havia um lago e um casa não era tempos para pedir ajuda para estranhos ela tinha que encontrar os Lourenços.Um menino saiu de dentro da casinha:

-Mããããããeeee ! tem uma menina aqui fora !Acho que ela tá morta!