Fanfics Brasil - 11 As Duas Faces (AyA)

Fanfic: As Duas Faces (AyA) | Tema: Traumada Hots


Capítulo: 11

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Poncho ainda sentia uma violenta fúria em suas vísceras, uma fúria que envolvia sua mente em uma neblina avermelhada. Ver Rodrigo, ouvir as cruéis palavras com as quais tinha insultado Anahí, tinha-o feito perder o juízo. Mesmo agora, queria matar aquele que, tinha sido seu amigo, anos atrás. Toda uma vida de amizade se esfumaçou em um segundo. Por isso no que concernia a Poncho, Rodrigo estava vivendo de favor.
Baixou o olhar para o chão e a imagem das pernas de Anahí, com os pés apoiados no chão e os joelhos dobrados contra o pára-lama do carro, fez-lhe sentir outro tipo de fúria.
Ela não devia estar ali debaixo. Não importava o condenadamente sexy que estivesse com aqueles jeans manchados com o mesmo óleo que lhe salpicava o queixo e o rosto.
Estava matando a si mesmo. Poncho tinha observado as olheiras, o peso que tinha perdido, as escuras profundidades de seus belos olhos cinza. Essa não era a mulher que tinha deixado. Não havia nem rastro de maquiagem naquele rosto tão surpreendentemente jovem, e seu cabelo antigamente loiro com mechas cor mel tinha agora uma mescla de ouro brunido e castanho claro. Nem sequer tinha sabido que o tingia. Como era possível que não se desse conta de que sua esposa tingia o cabelo?
Aquilo trouxe para sua mente a lembrança do corpo nu da Anahí. Quanto ele amado aquele corpo quente e curvilíneo que se amoldava ao seu à perfeição. Seu suave monte de Vênus tinha estado desprovido de pêlo, então não soube nunca qual era sua cor natural.
Deus, Anahí parecia muito jovem. A maquiagem que tinha usado a tinha feito parecer mais velha e mais experimentada. Sabia que tinha dezoito anos quando se casaram, mas agora se dava conta de quão jovem tinha sido na realidade.
Aos vinte e seis anos, sem os cosméticos que acrescentavam maturidade a seu rosto, parecia ainda inocente. Mas ele tinha visto a dor, densa e escuro, refletido em seus olhos, na linha apertada de seus lábios e na rigidez de seus ombros antes que ela tivesse desaparecido debaixo do carro.
Inspirou profundamente enquanto os mecânicos o viam observar como Anahí desaparecia sob o carro. Tinham expressões cautelosas, entre aliviadas e preocupadas. Não eram os mesmos homens que tinham trabalhado para ele antes que partisse. Eram desconhecidos, e os desconhecidos sempre podiam ser inimigos. Poncho jamais esqueceria que só um, o mais jovem, adiantou-se para proteger Anahí quando todos outros retrocediam.
—Já não está sozinha. — rugiu, sabendo que a fúria tornada mais áspera sua voz.
— Movam os rabos e terminem o trabalho, ou agarrem suas coisas e saiam . Quero que cada um dos veículos que há na oficina esteja pronto antes que saiam esta noite, ou o único que quererei ver amanhã será este. —Indicou Toby com o dedo.
— E se não estou enganado, o seu lugar é no escritório.
Toby engoliu em seco e seus escuros olhos piscaram indecisos ao olhar para o lugar onde Anahí tinha desaparecido. Era óbvio que estava mais interessado em protegê-la que em continuar com seu trabalho.
—Vamos, rapaz, — resmungou Poncho— discutiremos os detalhes mais tarde. —Voltou o olhar para os outros homens, observando como se moviam com nervosismo com os rostos manchados de óleo e os olhares cautelosos fixos nele.
—Escolham de uma vez, — lhes exigiu— e se assegurem de fazê-lo bem.
Não esperou para conhecer suas reações. Dirigiu-se ao fundo da oficina caminhando com segurança para a mesa onde estavam as fichas dos carros, e pegou a primeira. Tinha chegado o momento de começar a trabalhar.
Não se enganava; depois de que todos se fossem, Anahí deixaria que aquele seu temperamento entrasse em erupção. Só a tinha visto em todo seu apogeu uma vez, quando estavam casados. No dia que ele tinha cometido o engano de lhe dizer o que podia e não podia fazer, ela havia deixado bem claro o exatamente ocorria quando se tentava controlá-la.
Exercer o controle era algo inato nos SEAL’S. Era parte de sua essência e do que os fazia tão eficientes. Assim não era de se estranhar que numa noite que ela tinha ido com suas amigas jantar e beber, lhe tivesse ordenado que não fosse. Queria-a em casa com ele. Estava excitado e desejava possuir sua esposa. Não queria que estivesse em um pub local com um monte de homens cobiçando-a.
Mas Anahí o tinha olhado em silencio durante um longo momento e depois tinha seguido o informando de onde estaria e quando voltaria para casa.
«Maldita seja, Annie, deve ficar em casa esta noite. Comigo».
Apenas teve tempo de se esquivar do saleiro que lhe tinha jogado na cabeça. E logo seu pequeno e doce anjo sulino de voz suave tinha estalado.
Com o rosto vermelho e furiosa, tinha procedido a lhe ditar as leis que regeriam sua relação, antes de sair irada de casa meneando seu pequeno traseiro como uma gata enfurecida. Ele tinha terminado por ceder e lhe havia dito que passasse a noite com suas condenadas amigas. Que ficaria bem sem ela.
Às duas da madrugada, tinha ido a cidade até encontrar seu carro estacionado frente à casa de uma dessas amigas. Tinha tirado dali a sua esposa, que tinha bebido de mais, e depois de colocá-la no Ranger, tinha-a levado para casa. Jamais voltou a cometer o mesmo engano.
Agora, depois de ouvir aquele som afogado e surdo debaixo do carro, emitido pela mesma mulher, perguntou-se se alguma vez tinha conhecido bem sua esposa. Deu-se conta de que existia uma Anahí que se conteve ante ele da mesma maneira que ele se conteve ante ela.
Não tinha tido suficiente dela antes de «morrer». Não a havia tocado de todas as maneiras que tinha querido. De repente se precaveu de que a escuridão que sempre habitava nele estava procurando uma via de escape, e que agora a tinha encontrado em sua independente e pequena esposa. Uma mulher que merecia muito mais do que estava a ponto de conseguir.


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Autor(a): annytha

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ana_carolina gracias pelos comentarios, capitulo dedicado a vc, e a todos que estão lendo essa web, gracias mais uma vez!    Eram quase sete horas da noite e o sol começava a descer por detrás das montanhas quando os mecânicos começaram a partir, olhando de esguelha para Poncho, como se lhes desse medo deixar a sua chefe a s&oacu ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 597



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  • Feponny Postado em 02/07/2016 - 14:36:28

    Poxa queria maissssss

  • ponnyaya Postado em 24/12/2012 - 14:18:45

    n abandona n posta maissssssss logo agora vc para?voltaaaaaaaaaaaa

  • k3 Postado em 02/05/2012 - 15:04:00

    Ohhhhhhhhhhh!!! posta mais , como pode parar bem ai???

  • k3 Postado em 02/05/2012 - 15:04:00

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  • k3 Postado em 02/05/2012 - 15:04:00

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  • k3 Postado em 02/05/2012 - 15:03:59

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  • k3 Postado em 02/05/2012 - 15:03:58

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  • k3 Postado em 02/05/2012 - 15:03:58

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