Fanfics Brasil - 13 As Duas Faces (AyA)

Fanfic: As Duas Faces (AyA) | Tema: Traumada Hots


Capítulo: 13

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NataliaLeal, gracias por esta sempre comentando e entendo seu problema, mesmo não cometando, sei que vai continua nos acompanhando, assim como vairos outros leitores que por varios motivos tambem não podem comenta, mesmo assim tudo que faço são por vocês Traumadas fies.

K3 tens toda razão, Ponchito calculista são as melhores de todas, depois quando descobre seu amor parece nunca mais ter fim, é capaz de fazer ate o impossivel, simplesmente adoro.gracias pro segui aqui.

besos a todos!!!


Rory o olhou durante um bom momento.
—Isso não é certo. — disse ele finalmente.
— Nem tudo morreu, Poncho, me acredite. Toda essa estúpida testosterona e esse arrogante orgulho possessivo que sempre ocultou de Anahí ainda seguem aí, à espera. —Rory lhe dirigiu um olhar desdenhoso.
— A parte que sobreviveu é, simplesmente, a melhor.
Poncho curvou os lábios. Possivelmente, de algum jeito, seu irmão tivesse razão. Sempre tinha ocultado partes de si mesmo daqueles a quem amava, mas Rory era um Herrera, e conhecia aquela parte dele que Alfonso sempre tinha contido. Até agora. Aquela escuridão de seu coração, aquela arrogante necessidade de dominar e aquela vontade de ferro, já não podiam ser dissimuladas. Alfonso tinha sido civilizado; Poncho, não.
—Segue-os. — ordenou a Rory.
—O que? —exclamou seu irmão com os olhos brilhando de indignação.
— O que quer, que Anahí me mate ou algo assim?
—Prefere que o mate eu? —Poncho se abateu sobre ele, lhe falando em um tom rouco e exigente.
— Quem acredita que pode fazer mais mal a você?
O certo era que nunca lhe faria mal. Demônios, Rory era seu irmão mais novo. Quase não podia conter o sorriso ao ver o homem no qual se transformou. Sentia afeto por ele. Apego. Apesar de Poncho ter passado anos sem sentir nenhum tipo de emoção, agora se sentia embargado por elas. Emoções que o deixavam inverificado, que convertiam em pó os anos que tinha deixado para trás.
Rory negou com a cabeça, apoiou as mãos nos quadris e levantou o olhar para o céu.
—Rezo. Vou a missa. Respeito aos mais velhos e ajudo às velhinhas a cruzar a rua. Que demônios fiz para merecer isto?
Poncho aplaudiu o ombro do jovem.
—Respira Rory. Recorda que quando os Herrera respiram, o mundo treme. Sempre foi assim. É nosso destino.
—Esquece. — Rory fez uma careta.
— Annie me mataria.
—Mas se eu o mato, —grunhiu Poncho— doerá mais. ─Rory lhe lançou um olhar turvo.
—Não sabe o que diz. Está seguro de que conhece bem a Annie? —Seus lábios se curvaram em um sorriso travesso. Poncho recordava esse sorriso. Um sorriso que ele havia possuído uma vez e que não pressagiava nada bom.
— Está a ponto de ter uma grande surpresa.

Jordan observou como Poncho entrava na sala de reuniões. Chegava com quase meia hora de atraso e a expressão de seu olhar fez com que Jordan entrecerrasse os olhos.
Selvagem. Perigosa. Como um felino da selva movendo-se sigilosamente, consciente de sua natureza predadora. Já não era um tubarão de sangue-frio. Inclusive os olhos haviam perdido sua frieza, embora jamais voltassem a ter o azul dos Herrera; a cirurgia a laser tinha transformado aquela azul safira — a cor dos olhos de Jordan e de Rory — em um azul brumoso.
Esses olhos tinham sido duros e frios durante cinco anos. Até essa noite. Essa noite, quando Poncho se deteve diante dele e o olhou, agora eram selvagens e ferozes.
—Temos que conversar. —Havia um matiz de violência em sua voz, como o grunhido de um animal, que fez com que Jordan arqueasse uma sobrancelha.
—Ey, Wildman. — o saudou Tehya chamando Poncho por seu codinome e dando uma palmada em seu traseiro.
Jordan esperava aquele gesto por parte de uma mulher, mas não esperava a reação do Poncho. Tehya sempre cumprimentava Poncho batendo em seu traseiro com a intenção de irritar Jordan, e Poncho sempre a ignorava. Entretanto, desta vez agarrou o pulso dele com cuidado e o olhou fixamente.
—Não volte a fazer isso. —ordenou com suavidade; suavidade suficiente para que Jordan ficasse lentamente em pé.
O sorriso descarado da Tehya bastava para conseguir com que um homem rilhasse os dentes.
—OH, quanta testosterona. — Ela fingiu um calafrio.
— Certo, Poncho, não me diga que foi reclamado por uma mulher ou algo assim.
Algo assim, pensou Jordan. Ele voltou a sentar-se enquanto a desavergonhada mulher deixava um monte de dossiês sobre a mesa, lhes dando as costas.
—Os outros chegarão em alguns minutos. Ian e Kira também se atrasaram.
Quando Tehya saiu da sala de reuniões, Poncho se virou para fechar a porta com chave enquanto seu tio se reclinava na cadeira, apoiava os cotovelos nos braços da cadeira e juntava os dedos diante dele.
—Aconteceu alguma coisa? — perguntou Jordan.
Poncho se virou lentamente e cravou um furioso olhar nele.
—Sabia que Anahí estava saindo com alguém. —acusou com violência.
Jordan conteve um sorriso e assentiu com a cabeça.
—Estava no relatório que dou a você todos os meses. Já sabe, aquele que atira no cesto de papéis depois de me perguntar se está viva e a salvo.
Poncho se aproximou dele sentindo que a fúria palpitava em seu interior. Parecia estar rodeado por uma aura de perigo.
—Anahí está saindo com alguém. — rugiu mostrando os dentes furiosamente.
Jordan se endireitou e o olhou nos olhos sem titubear.
—Acaso é seu assunto? Alfonso Herrera está morto, Wildman. Recorda?
Poncho estremeceu. Voltou-se para trás como se o tivessem esbofeteado e imediatamente seu rosto voltou a adquirir uma expressão inescrutável.
—Abra a porta. —ordenou Jordan com serenidade.
— Temos uma reunião e uma missão a cumprir. — Centrou a atenção por um momento nos documentos que Tehya havia levado e logo levantou a cabeça para enfrentar aquele furioso olhar azul.
— Seu marido a abandonou, Poncho. Acaso pensava que guardaria luto para sempre?
Possivelmente uma parte dele tinha acreditado que sim.
Poncho tomou assento lentamente, contendo as emoções e a fúria. Estava há anos tentando deixar para trás o passado, mas de algum jeito, em todos esses anos, nunca tinha imaginado que Anahí deixaria que outro homem a tocasse. Provavelmente porque ele nunca tinha sido capaz de tocar outra mulher.
Entregou-se a ela. De coração, corpo e alma. Tudo o que ele era, tudo o que seria, pertencia aquela mulher.
O homem que tinha ressurgido das cinzas do inferno não se parecia com o Alfonso Herrera absolutamente. Tinha-o sabido desde o dia em que conseguiu esclarecer a mente, meses depois do resgate. Já não era a pessoa com a qual Anahí se casou. Mas o homem em que se transformou reclamava uma parte da vida de Alfonso. Poncho Rodrigues reclamava à esposa de Alfonso Herrera.
Enquanto os outros foram entrando na sala, Poncho olhou fixamente a Jordan Herrera. Obrigou-se a esquecer que ele era seu tio. Que Rory era seu irmão, que o vovô tinha sido o pilar de sua vida. Tinha esquecido a todos, exceto, a sua esposa.
—Muito bem, isto é o que temos. —Assim que Tehya repartiu os dossiês, apagaram-se as luzes e Ian e Kira Richards ficaram de pé ao lado do grande monitor de plasma que se pendurava na parede em frente à mesa de reuniões.
Cinco homens, um americano, um russo, um australiano, um israelense e um inglês, formavam a unidade de Operações Especiais, um comando marcado pelo Renascimento e a morte. Seu símbolo era um sol negro e uma espada cor escarlate. Todos haviam «morrido». Haviam entregado suas vidas à unidade em troca do poder de vingar-se.
Jordan e Ian comandavam o grupo. A unidade de Durango, — Reno, Kell e Macey— eram seu apoio. Todos sabiam quem era Poncho, o que tinha sido, o que tinha abandonado.
—A tropa Black Colar. —Depois daquela frase, apareceu a primeira foto no monitor.
—Foram eles quem mataram Angelina Rodríguez, a esposa de um senador de Telhas de origem mexicano. Apareceu com sua marca no quadril. — Na imagem podiam ver-se as siglas «MBC» marcadas no estreito quadril.
— Emilio Rodríguez se demitiu de seu posto no Senado quando o corpo de sua esposa foi encontrado com uma nota que dizia que suas filhas gêmeas seriam as seguintes. O FBI concluiu que a morte tinha sido acidental, posto que encontraram à mulher em seu carro, no fundo de um abismo no qual tinha ido fazer turismo, nos subúrbios de Odessa.
O monitor mostrou mais imagens de Angelina Rodríguez. Tinha sido uma mulher formosa de longo cabelo negro e olhos castanhos escuros. Mas seu alegre sorriso se transformou em uma careta mortal.
—Além de seu assassinato, temos uma dúzia de caçadas e mortes. — disse Jordan.
De repente apareceram outras fotos; algumas de imigrantes ilegais cujos corpos tinham sido encontrados ao longo de Telhas e Novo México. Poncho sabia que eram vítimas de caçadas humanas. A marca da tropa Black Colar estava gravada nas nádegas e costas.
—Três agentes do FBI morreram quando investigavam uma informação que situava a base da tropa em Alpine. Dois homens e uma mulher. — seguiu Jordan.
— Seus corpos foram mutilados de tal maneira que foi impossível reconhecê-los. Tinham-lhes arrancado os dentes e os dedos e tiveram que identificá-los mediante uma análise de DNA.
As imagens eram terríveis. Os rostos tinham sido queimados e mutilados até que os traços ficassem irreconhecíveis.
—A tropa Black Colar é dirigida por um grupo de supremacia branca. De fato, poderia ser considerada como uma organização terrorista. — interveio Ian, lhes adiantando mais informação.
— Tudo o que sabemos está nos dossiês. Black Colar tem sua sede em Telhas, mas também se move pelos estados limítrofes. Rodríguez foi a única figura pública contra a qual atentaram, embora também ocorressem alguns incidentes em fábricas e empresas que empregam tanto imigrantes legais como ilegais. Os donos foram seqüestrados e torturados, e seus familiares sofreram diversos acidentes suspeitos, que às vezes terminaram em mortes.
—Ainda não se identificou a nenhum de seus membros? —perguntou Travis Caine, um antigo membro do serviço segredo britânico. Seus olhos cinza azulado se entrecerraram quando olharam para Ian e logo para Jordan.
— Não parece um pouco estranho?
—Todas as linhas de investigação que conduziam a eles acabaram em um caso fechado ou com os agentes mortos. Esta organização tem ao menos a um de seus informantes bem situado no governo, possivelmente a mais.
—O apoio público às leis contra a imigração é cada vez maior. — indicou Nikolai Steele, antigo membro das forças especiais russas.
—Não temos nada, salvo isto. — resmungou Jordan assinalando a imagem dos agentes mortos.
— Devem detê-los. Nosso trabalho consistirá em identificar e interrogar o comandante do grupo se localizado em Alpine. Todas as pistas nos conduziram até aqui.
—Nosso grupo conta entre seus membros com um israelense, um imigrante irlandês e um russo. — disse Poncho.
— Em teoria, somos um grupo interessante.
—Este é um de seus objetivos. — disse Jordan ao mesmo tempo em que aparecia na tela uma imagem por satélite da oficina que possuíam Anahí e Rory.
Poncho olhou a foto em silêncio, consciente de que todas as olhadas se centravam nele.
—Manteremos Anahí à margem de tudo isto. — vaiou.
—Não é possível, Poncho. —Jordan suspirou.
— Seu nome está na lista do Black Colar, sabe. A própria oficina é um objetivo para eles. foi um negócio muito rentável durante os últimos meses e poderiam utilizá-lo como cobertura. No último relatório de um dos agentes mortos se assegurava que «Serviços e Reparações Herrera», propriedade de Rory e Anahí Herrera, era um objetivo. No relatório se fazia constar que os planos eram ou casar Anahí Herrera com uma das figuras proeminentes da organização ou matá-los, tanto a ela como a Rory. Não podemos ignorar esse relatório, como não podemos manter a Anahí Herrera à margem de tudo isto.
—Por que esse interesse em um posto de gasolina? — Foi o ex-membro do Mossad israelense, Micah Sloane, quem fez a pergunta.
— Não é muito valiosa. Por que não abrir uma própria e competir com a dos Herrera?
—A dos Herrera é uma instituição. — respondeu Poncho. ─ Foi fundada por Alfonso Herrera, e a maior parte dos habitantes da cidade o apreciava e respeitava. Estaria acima de qualquer suspeita que fosse usada por um grupo armado ou para lavagem de dinheiro.
—Bingo. — Ian lhe dirigiu um olhar frio.
— Vários dos homens suspeitos de pertencerem a BC tentaram estabelecer relações com Anahí. Mas o único que parece ter conseguido algo é este homem.
Na tela apareceu de repente uma foto de Derrick James.
—Derrick James. Proprietário de um próspero negócio de eletrônica na cidade. Jamais contrata imigrantes legais ou ilegais. Sabe-se que foi amigo íntimo de Alfonso Herrera até sua morte. James, como Rodrigo De La Rata, outro amigo de Herrera, foi mencionado no último relatório. Deveria acrescentar que o dito relatório se esfumaçou das mesas de Washington DC. Alguns dias depois do desaparecimento dos agentes.
—Estamos falando de alguém com um cargo de alto nível. — indicou John Vincent, cujo codinome era Rastreador e que tinha formado parte das forças especiais australianas.
—Muito alto. — concordou Jordan.
— Alpine é a base central, assim devemos neutralizá-la, deter os cabeças e retornar a Washington. Essa é nossa missão.
—Nik e eu cobriremos a oficina. — apontou Poncho, que ainda seguia olhando a foto aérea da oficina.
— A informação inicial é que dois dos mecânicos pertencem à Tropa Black Colar. Se os Herrera forem um de seus objetivos e James for um dos dirigentes, será interessante ver como reage ante nossa presença.
James ia desaparecer. Poncho se asseguraria de que Anahí não continuasse com aquela amizade.
—Na primeira fase, só solicitaremos informação. —ordenou Jordan.
— Voltaremos a nos reunir dentro de uma semana, veremos o que conseguimos e decidiremos como atuar. Travis começará a dar aulas na universidade, como professor de história inglesa. John, você e Micah o cobrirão. Só têm que passear por aí. Vão a bares, aos clubes da universidade onde costumam recrutar pessoas, e não percam Travis de vista.
Micah e John assentiram com a cabeça. Os dois eram excelentes sombras. Todos eles, de fato, mas Micah era o melhor.
—A unidade de Durango nos respaldará se nos encontrarmos em apuros. Além disso, estamos sozinhos. —recordou Ian.
— Temos só seis semanas para completar a missão, porque nesse tempo ocorrerá isto.
A tela voltou a mudar e mostrou uma carta. Suas palavras eram simples e ia direta ao ponto. Estava dirigida ao proprietário de uma empresa de Dallas que contratava imigrantes legais de todas as partes do mundo. A mensagem era clara. Tinha seis semanas para assegurar-se de que só houvesse no quadro empregados que tivessem nascido nos Estados Unidos, ou teria que aguentar às conseqüências.
—Quem é o proprietário dessa empresa? —perguntou Micah.
—É um dos maiores patrocinadores de Mãos Amigas, uma organização que promove a harmonia e as boas relações internacionais. — Jordan sorriu ironicamente.
— Meninos, saúdem um de seus chefes.


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Autor(a): annytha

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 597



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  • Feponny Postado em 02/07/2016 - 14:36:28

    Poxa queria maissssss

  • ponnyaya Postado em 24/12/2012 - 14:18:45

    n abandona n posta maissssssss logo agora vc para?voltaaaaaaaaaaaa

  • k3 Postado em 02/05/2012 - 15:04:00

    Ohhhhhhhhhhh!!! posta mais , como pode parar bem ai???

  • k3 Postado em 02/05/2012 - 15:04:00

    Ohhhhhhhhhhh!!! posta mais , como pode parar bem ai???

  • k3 Postado em 02/05/2012 - 15:04:00

    Ohhhhhhhhhhh!!! posta mais , como pode parar bem ai???

  • k3 Postado em 02/05/2012 - 15:03:59

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