Fanfic: As Duas Faces (AyA) | Tema: Traumada Hots
adorando os comentario, besos a todos!!!
Não podia tirá-lo da cabeça. Enquanto o dia seguia seu curso, lutou com o computador de um veículo que se negava a cooperar, e aquele maldito homem não parecia capaz de fazer outra coisa que atrair seu olhar.
Em um determinado momento, ela elevou a cabeça do interior do capô em que estava trabalhando para observar, fascinada, como ele examinava as vísceras de outro veículo ao mesmo tempo em que fazia virar lentamente uma chave inglesa entre seus dedos.
O cenho franzido daquele rosto lhe resultou estranhamente familiar, como à maneira com que ele tinha de cravar o olhar no motor enquanto movia a ferramenta entre os dedos, e considerava o que quer que estivesse considerando.
Tudo nele a excitava. Com calça cinza de trabalho e uma camiseta de manga curta, mostrava uma imagem de um homem rude e forte a qual ela não podia evitar reagir.
—Ouça, Poncho. —chamou Rory, interrompendo os pensamentos de Anahí.
— Necessito que venha aqui um momento.
Poncho se virou e olhou com o cenho franzido para o escritório.
—Já vou. — respondeu antes de voltar a concentrar-se no motor.
—Agora! —A voz do Rory soou brusca.
A expressão de Poncho se tornou calma e perigosa, mas meteu a chave inglesa no bolso traseiro e se dirigiu ao escritório. Parecia um predador em busca de uma presa.
A porta se fechou silenciosamente atrás dele enquanto Rory fechava as persianas das janelas que davam à oficina. Anahí entrecerrou os olhos, tirou um trapo sujo do bolso e limpou as mãos antes de dirigir-se ao escritório. Agarrou o trinco da porta e tentou abri-la, mas se encontrava fechada com chave.
Encerraram-se em seu escritório? Isso era o cúmulo. Podia sentir como a ira lhe avermelhava o rosto quando tirou bruscamente as chaves do bolso. Estava a ponto de colocar uma na fechadura quando a porta se abriu de repente.
—Coisas de homens. —O amplo sorriso de Rory era forçado, e em seus olhos brilhava mais a preocupação que a cólera.
—Ah, sim, coisas de homens. — Sorriu tensamente enquanto entrava no escritório para ver Poncho em pé ante a mesa, com os braços cruzados sobre o peito e um duro olhar cravado em Rory.
— O que tem fez?
—Anahí poderia deixar, por favor, que eu me encarregue disto? — pediu-lhe seu cunhado com impaciência. — De verdade, prometo-lhe isso. Posso me ocupar de algumas coisas sozinho.
Rory parecia cansado. Certo, pode ser que ela estivesse sendo um pouco territorial com a oficina, possivelmente muito. Mas durante anos, tinha sido a única coisa que a tinha salvado da loucura. Rory sabia. Por que se comportava, agora, dessa maneira?
—Só senti curiosidade. — Colocou as mãos nos bolsos e dirigiu a Poncho o que esperava fosse um doce sorriso.
— Só me diga o que fez e irei. Vai despedi-lo? Posso olhar como o faz?
—Ótimo. —Rory não parecia feliz, e isso lhe resultou bastante estranho. Olhou-a com cara de desgosto, quando ele jamais se zangava com ela. E seu sorriso era forçado. Mostrava todos os dentes. Quando se tornou um adulto? Já não era seu irmãozinho.
—Estava olhando seu traseiro! E agora se encarregue você do assunto.
Virou-se e saiu do escritório dando uma portada, deixando-a paralisada antes que se virasse para enfrentar o olhar divertido de Poncho.
—Está mentindo. — disse ela.
Ele sorriu amplamente. Estava encantado com a situação. Entretanto, voltava a perguntar-se o que tinha acontecido com a Anahí que tinha conhecido fazia oito anos. Jamais mostrava as unhas e nunca, sob nenhum conceito, metia-se entre dois homens que discutiam.
—Realmente tem um traseiro estupendo. — lhe assegurou, sabendo que ela não engoliu a explicação de Rory.
Anahí entrecerrou os olhos.
—Não me vai dizer que Rory o despediu por isso?
Poncho riu entre dentes.
—Foi somente foi uma advertência. — Tinha cometido um deslize. Alfonso não estava tão morto como tinha acreditado; ainda tinha alguns costumes muito arraigados como, por exemplo, o de virar essa condenada chave inglesa entre os dedos enquanto olhava sob o capô como se tentasse decifrar algum enigma.
Ela bufou ante sua resposta.
—Ele é muito irritante e conseguirei convencê-lo para que o despeça.
Ele sorriu em resposta enquanto se dirigia à porta. Antes de passar junto à Anahí deteve-se, inclinou a cabeça e lhe murmurou ao ouvido:
—Eu também a surpreendi me olhando o traseiro. Possivelmente deveria dizer a Rory.
Anahí agarrou seu braço quando se movia para abrir a porta, segurando seu olhar com frieza.
—Está pondo minha vida pernas para o ar. — sussurrou. — E eu não gosto disso.
Poncho ficou sério. Podia ver um indício de dor, de reconhecimento, nos olhos femininos. Durante três dias haviam rondando um ao outro como dois combatentes, aproximando-se e retirando-se, tentando que fosse o outro quem iniciasse o enfrentamento que ambos sabiam que estava por vir.
—Como estou pondo sua vida de pernas cima, Anahí? — Uma vez, fazia muito tempo, teria sabido. Teria conhecido à mulher que tinha diante de si, e teria jurado que poderia antecipar cada pensamento e cada movimento que ela fizesse. Entretanto, por mais doloroso que fosse, devia admitir que realmente tinha conhecido muito pouco dela.
A esposa de Alfonso jamais teria entrado a força no escritório. Demônios, jamais ocorreria a ela, tentar arrumar um carro, nem lhe teria feito baixar a vista. A mulher que tinha pertencido a Alfonso tinha oculto partes de si mesma, como Alfonso as tinha oculto dela.
Mesmo assim, a mulher que tinha diante de si ia pertencer a Poncho.
—Crê que pode me dominar não? —perguntou-lhe brandamente Anahí.— Que pode entrar aqui e tomar tudo o que queira.
Ele entrecerrou os olhos. Tinha pensado, sim. Embora logo se tivesse desenganado dessa idéia.
—Eu só necessito de um trabalho. —Poncho forçou um sorriso e observou como a jovem escrutinava seu rosto.
—O que precisa é ter o controle sobre tudo e sobre todos. — afirmou afastando-se dele e dirigindo-se a mesa.
— Terá a todos em fila, acatando suas normas.
Poncho se virou e observou como se apoiava contra a mesa.
Usava o cabelo preso em um rabo e tinha o rosto, o pescoço e os jeans manchados de óleo. E era a imagem mais bela que ele tivesse visto. Toda uma mulher, segura de si mesma, possuidora de uma feminilidade quase entristecedora. De repente, uma quebra de onda de luxúria atravessou o controle de Poncho e fez com que ele estremecesse de pés a cabeça.
—Não vou negar que a desejo. —disse.
Ela aumentou os olhos.
—Não perguntei isso.
—Estou cansado de me esquivar do tema. — grunhiu ele.
— Estamos jogando um jogo que começa a me irritar, Anahí.
Um sorriso zombador curvou os lábios femininos.
—Não necessito de você, Poncho. Se por acaso não se deu conta, tenho uma relação estável. Não necessito de outra.
—Não se deita com ele. — afirmou aproximando-se dela.
A cólera iluminou as profundezas dos olhos cinza.
—Como sabe?
—Porque, agora mesmo, tem os mamilos duros. — espetou ele, baixando a vista aos pequenos topos que se erguiam orgulhosamente contra o tecido.
— Porque está fazendo tudo o que pode para se afastar e se aproximar de mim ao mesmo tempo. Porque sente a química que há entre nós igual como eu.
Anahí respirou fundo e desejou não havê-lo feito, porque debaixo do aroma de óleo estava o aroma de homem. O suor úmido e luxurioso, poderoso. Aqueles penetrantes olhos, a tensão que enchia seu corpo, que a envolvia, recordava-lhe que fazia muito tempo que não estava com um homem. Desde a última vez que Alfonso a havia tocado, recordou a si mesma com desespero.
—Não quero falar disso. — separou-se da mesa e se dirigiu à porta, só para encontrar-se com um corpo muito maior que o seu bloqueando seu caminho.
—Ignorar não vai fazer com que desapareça. — assegurou Poncho com suavidade, agarrando-a pelos ombros e mantendo-a no lugar.
—Não tenho que ignorar algo que não vai ocorrer e que nem sequer existe. — replicou ela com aspereza, elevando a cabeça de repente para enfrentar a ele.
—Vai ocorrer.
Anahí ficou quieta. Deveria lutar contra Poncho, correr, gritar ou algo pelo estilo. Qualquer coisa, salvo permanecer ali parada, sentindo como se afrouxavam as pernas enquanto ele baixava a cabeça para aproximar inexoravelmente seus lábios dos dela, sem deixar de lhe sustentar o olhar um só instante.
—Não o faça. — sussurrou a jovem quando seus lábios estavam a um fôlego dos seus. — Não o converta em uma guerra.
—Já é uma guerra. — sentenciou ele com aquela voz rouca e áspera. Estranhamente, ela percebeu nesse momento as cicatrizes que havia sob a barba.
— Beije-Me, Anahí. Está desejando. Os dois desejamos.
Estava falando contra seus lábios e ela os separou involuntariamente. Suas mãos se aferraram à cintura masculina, enquanto algo em seu interior palpitava com desejo, com ânsia.
—Já basta. —Deu um passo para trás, mas ele a atraiu para si.
Antes que Anahí pudesse reagir, antes que pudesse escapar, alagou-a uma quebra de onda de prazer.
Os lábios do Poncho posaram sobre os seus, cobrindo-os e separando-os até que ela se sentiu perdida. O beijo fez com que vibrasse em lugares que não sabia que pudessem vibrar e se sentiu invadida por uma força escura, dominante e possessiva.
Ao cabo de alguns segundos, Poncho a empurrou contra a porta, elevou-a para seu corpo e lhe introduziu a língua na boca enquanto Anahí ouvia seu próprio grito, mescla de medo e um entristecedor prazer.
—Isto é o que quer. — a acusou levantando a cabeça de repente, com a luxúria flamejando em seus olhos e fazendo com que o sangue ardesse nas veias dela.
— Quer isto, Anahí. Assim, quente e descontrolado. Tome cuidado, carinho, tenha muito cuidado, ou pode ser que o consiga antes que esteja preparada para isso.
O olhar de Anahí se cravou no dele com surpresa. O prazer a atravessava; o escuro poder daquele beijo dominante tinha despertado algo que ela não queria admitir. Algo para o qual não estava preparada.
Afastou-se lentamente.
—Diga a Rory que o verei na hora de fechar.
—Foge? —grunhiu ele quando ela se virou, encaminhando-se para a porta que dava ao estacionamento.
Anahí se voltou para ele e o percorreu com o olhar, vendo o grosso vulto nas calças, a voracidade que brilhava em seus olhos.
—Mantém afastado de mim, Poncho. — disse em tom sombrio. — Não necessito de você. Não o desejo. Tudo o que quero é que vá embora.
Mentiras. Não eram mais que mentiras, o que ela dizia, e ela as reconheceu, enquanto saía do escritório e percorria quase correndo a distância entre a oficina e a casa da colina. A casa que tinha compartilhado com o único homem capaz de fazer o que acabava de fazer Poncho. O único homem que tinha despertado um desejo que ela não podia controlar, que não podia combater. Se não se afastasse dele já, Anahí sabia que se exporia de novo à dor e à perda. Poncho não era dos que ficavam. Não era dos que amavam para sempre. Não era seu marido.
Autor(a): annytha
Este autor(a) escreve mais 30 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
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Jl que bom te ver aqui tambem bebe, seja muito bem vinda, e que bueno que esta gostando, vamos nos diverti muito. NataliaLeal tens toda razão nisso, depois sempre vem o perdão, ou talvez não, nesse caso vamos espera e ver o que dar! besos as duas, gracias pelos comentarios, las adoros!!! Anahí conseguiu evitar Poncho por dois dias. Podia sentir seu olhar sobre ela enq ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 597
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Feponny Postado em 02/07/2016 - 14:36:28
Poxa queria maissssss
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ponnyaya Postado em 24/12/2012 - 14:18:45
n abandona n posta maissssssss logo agora vc para?voltaaaaaaaaaaaa
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k3 Postado em 02/05/2012 - 15:04:00
Ohhhhhhhhhhh!!! posta mais , como pode parar bem ai???
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k3 Postado em 02/05/2012 - 15:04:00
Ohhhhhhhhhhh!!! posta mais , como pode parar bem ai???
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k3 Postado em 02/05/2012 - 15:04:00
Ohhhhhhhhhhh!!! posta mais , como pode parar bem ai???
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k3 Postado em 02/05/2012 - 15:03:59
Ohhhhhhhhhhh!!! posta mais , como pode parar bem ai???
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k3 Postado em 02/05/2012 - 15:03:59
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k3 Postado em 02/05/2012 - 15:03:59
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k3 Postado em 02/05/2012 - 15:03:58
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k3 Postado em 02/05/2012 - 15:03:58
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