Fanfics Brasil - Capítulo 8 As Duas Faces (AyA)

Fanfic: As Duas Faces (AyA) | Tema: Traumada Hots


Capítulo: Capítulo 8

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gracias pelos comentarios, e desculpem-me pela demora!!!


 


Anahí não estava certa de poder manter afastado Derrick com a pobre desculpa que lhe tinha dado. Em princípio tinha pensado que não teria problemas porque ele jamais tinha protestado quando tinha tido que cancelar um encontro, ou porque a relação que mantinham era tão platônica que quase era ridícula.


Já era tarde quando ouviu seu carro parando no caminho de entrada. Estava sentada na salinha terminando a garrafa de vinho que Derrick tinha aberto alguns dias antes. Ao olhar para a janela onde se refletiam as luzes do veículo, Anahí se deu conta de várias coisas de uma vez.


Por alguma razão, os homens acreditavam que era uma pessoa fácil de dirigir. Alfonso a tinha visto como uma fraca e indefesa mulher a que tinha que proteger. Derrick se burlava freqüentemente sobre seu «passatempo favorito», a oficina. E inclusive Rory parecia questionar cada movimento que fazia ultimamente. E agora, nem sequer podia cancelar um encontro sem que alguém questionasse sua decisão.


Levantou-se do sofá, estirou a camiseta que usava sobre um short curto de seda e se dirigiu à porta com a taça na mão. Ao abri-la, olhou fixamente a expressão de irritação que manifestava o atraente rosto de Derrick enquanto levantava os nódulos para bater na porta. Estava vestido com o mesmo esmero de sempre. Uma camisa de manga curta branca, calça de cor bege e mocassim negro. Sempre o tinha visto arrumado e perfeitamente penteado, e essa noite não era uma exceção.


Derrick observou a taça e o rosto de Anahí, antes de reparar no queixo e no pescoço feminino. Sim, ela sabia que as marcas seguiam ali. Uma na mandíbula e outra no pescoço. Eram marcas diminutas, mas pensar no prazer que tinha recebido em troca fazia que se revolvesse o estômago pela culpa... e o desejo.


-Posso entrar? - perguntou ele. Sua voz suave contradizia com o que sentia.


Soava paciente, afetuoso. Não obstante, Anahí podia ver a ira que irradiavam seus olhos.


-Claro. -A jovem deu um passo para trás, tomou um gole de vinho e permitiu que ele passasse.- Já é meia-noite. Não é um pouco tarde para sair de casa?


-Não tenho toque de recolher. -Agora já não dissimulava sua fúria.


Anahí passou os dedos pelo cabelo e retornou a salinha. Esse era seu santuário, um lugar em que Derrick poucas vezes entrava. Preferia a cozinha, e nunca tinha subido ao segundo andar.


Entretanto, seguiu-a, detendo-se na soleira, frente à chaminé, e cravou os olhos no suporte desta enquanto Anahí se sentava em uma das poltronas e dobrava as pernas sob o corpo.


Havia um indício de desconforto no rosto de Derrick, um brilho de dor fez com que Anahí sentisse uma opressão no peito. Ele tinha sido um bom amigo durante anos, e teria sido um bom amante ou marido, se seu corpo e seu coração, tivessem estados dispostos a lhe aceitar.


-Não retirou suas fotos. - disse Derrick em voz baixa. - Como se pensasse que, a qualquer dia, ele voltará para casa. Que entrará pela porta com os braços abertos.


Anahí olhou o suporte da chaminé e logo a larga mesa junto à janela onde havia mais fotos. Possivelmente deveria haver-se desfeito delas antes, mas não tinha podido.


-Deixar de pensar nele não foi fácil. -encolheu os ombros com desconforto. - Mas estou segura de que não veio a esta hora da noite para falar comigo sobre se meu marido voltará ou não para casa.


-Alfonso está morto, Annie. - lhe recordou ele com impaciência. - Você jamais aceitou esse fato. Essa é a razão pela qual nossa relação não avançou. Porque você não pode aceitar que ele se foi.


Anahí tinha levado três anos para aceitar que Alfonso não voltaria nunca e durante todo esse tempo tinha tido aqueles horríveis pesadelos. No princípio tinham estado cheios de sangue e, mais tarde, de fúria e dor. Ela esteve convencida de que seu marido seguia vivo, de que estava ferido, e nesses pesadelos Alfonso lhe rogava que fosse a ele. Logo, uma noite, deixou os ter, e Alfonso desapareceu de sua vida para sempre.


-Sim. - disse ela assentindo com a cabeça. - Aceitei isso faz muito tempo, Derrick. Mas o adverti, quando começamos a sair, que não estava procurando amor.


Ele apertou os lábios com ira.


-Nem sexo. - cuspiu.


- Apenas me deixa beijar você, embora, ao que parece os rumores de que se deita com o novo mecânico são certos. -Indicou-a com o dedo.- Reconheço uma chupada quando a vejo.


-Não estou me deitando com o Poncho Rodrigues. - Anahí teve que conter a frustração e a ira. - Não importa o que a pessoas dizem por aí.


-Pois asseguro a você que não está fazendo-o comigo. - replicou Derrick, entrando na sala. - Diga-me, Annie, todas estas fotos lhe dão calor a noite? -Levantou o braço para assinalar o suporte da chaminé e a mesa. - Darão filhos a você? A abraçarão quando chorar por ele?


Ia elevando a voz, à medida que a cólera aumentava em seu interior. Finalmente, Derrick se tinha dado conta de que as advertências que lhe tinha feito nos meses passados tinham sido sinceras. Não queria mais que sua amizade.


-Quer me abraçar enquanto choro por ele? -perguntou ela com frustração. Levantou-se da poltrona e agarrou a garrafa de vinho e o copo antes de sair da salinha. - É isso o que quer, Derrick?


Colocou a taça e a garrafa sobre o balcão em forma de L da cozinha antes de virar-se para ele.


-Acaso quando Poncho a marca no rosto e no pescoço, chora por Alfonso depois? -burlou-se Derrick de uma maneira odiosa e repulsiva, seguindo-a a bem iluminada cozinha.


-Pare. -Anahí o olhou com cautela por cima do ombro e se moveu ao outro lado do balcão, onde se sentia mais segura.


Jamais tinha visto Derrick tão furioso. De fato, não recordava sequer vê-lo ligeiramente zangado. Mas estava claro que nesse momento ele estava e muito.


Olhou-o depois do pobre amparo que lhe oferecia o balcão, observando aquela amarga cólera em seu rosto e também em seus olhos. Tinha os lábios apertados e a expressão tensa.


-Crê que não sei por que deixou que o mecânico chegasse tão longe, não é? -acusou-a com fúria. -Está se enganando, Annie. Sabe disso.


-Já é meia-noite, Derrick. -disse ela. - Não gostaria de discutir este tema agora, caso contrário, teria convidado você para vir aqui. Não esta em posição de questionar meus atos ou minhas decisões.


-Ele é como Alfonso. - afirmou fulminando-a com o olhar. - Por isso o quer. Por isso permitiste que a marque, porque recorda a Alfonso. Mas não é ele, Anahí.


Ela o olhou confusa.


-É obvio que não é como Alfonso. - respondeu ela começando a sentir-se furiosa. - Alfonso não era como ele. Alfonso me amava, Derrick.


-Amava-a tanto que nem sequer lhe passou pela cabeça deixar os SEAL. - se burlou ele. - Tem idéia de quantas vezes disse a seu marido que ia terminar morto? Que a deixaria sozinha e sofrendo por sua ausência? Diga-me, crê que se importou?


Alfonso tinha sido Alfonso. Um homem e um SEAL. Simplesmente, tinha esperado que ela seguisse adiante se lhe ocorresse algo.


-Você também poderia acabar morto escalando esses condenados escarpados, mas mesmo assim o faz. Alfonso era um SEAL, Derrick. Não só era um trabalho para ele. É o que o fazia ser quem era.


-E você não foi para ele mais que uma bela e indefesa sulina que lhe alimentava o ego cada vez que estava em casa. Punha-me tão doente que mal podia suportá-lo. -O asco se refletiu em sua voz, em sua expressão, quando ela o olhou com surpresa.


-Era sua esposa. - disse Anahí, confusa pela dimensão que estava tomando a situação. - Dava-lhe o que necessitava, como ele me deu o que eu necessitava Derrick. Não é algo que concerne a você e certamente não você não é ninguém para julgá-lo.


-OH, Alfonso, tem que me trocar o óleo do carro. - a imitou Derrick com voz furiosa. - OH, Alfonso, pode dar uma olhada nas rodas do carro? Agitava as pestanas, agindo como se ignorasse inclusive o que fosse uma chave inglesa. Logo ele morreu e você entrou na oficina e começou a trabalhar nesses carros como se fosse uma profissional. Demônios, Annie não se remói um pouco por haver mentido a ele dessa maneira?


Não. Alfonso tinha necessitado protegê-la enquanto estava com ela, e Anahí tinha necessitado ser seu mundo entre uma missão e outra. Teria mudado isso com o tempo? Sem dúvida o teria feito. Mas nos dois anos que tinham estado juntos, não tinha importado. Arrumar carros não era o trabalho de sua vida. Pode ser que gostasse, mas gostava mais de Alfonso. Enquanto ele estava em uma missão, ela trabalhava em seu próprio carro e algumas vezes o fazia inclusive no precioso Ranger de Alfonso.


-Jamais menti a meu marido. - assegurou com voz baixa. - E jamais menti a você. Disse que não queria o que você, obviamente, queria de mim. Disse-lhe faz um ano e repeti isso muitas vezes.


-Mas quer esse mecânico filho da puta que fede a graxa e óleo. - grunhiu Derrick.


Anahí voltou a olhá-lo, cada vez mais encolerizada.


-Se houver algo no que você e eu devemos estar de acordo é que esse é um de meus perfumes favoritos.


-Maldição. - bramou ele. - Fede a isso continuamente. Possivelmente já esteja cansado de cheirar essa merda enquanto tento jantar.


Nunca tinha visto esse lado de Derrick. De fato, jamais tinha suspeitado sequer que existisse.


-Você pensou que tinha conseguido à esposa do Alfonso. -Um sorriso amargo lhe curvou os lábios. - Viu uma mulherzinha em sua casa e acreditou que não havia mais nada. -Anahí negou com a cabeça- Não viveu nesta casa, Derrick. Não tem nem idéia das vezes em que Alfonso tentou me dar ordens. E é mais que evidente que você nunca se incomodou em olhar sob a superfície.


Derrick lhe dirigiu um olhar furioso antes de virar-se e caminhar para a janela.


-Desfaz-se dele! -voltou-se para ela e lhe falou com voz controlada, dura e fria. - Despede-o, Anahí.


A jovem arqueou as sobrancelhas.


-Foi Rory quem o contratou, assim não posso despedi-lo. Mas a verdade é que tampouco o faria seguindo as ordens de alguém, Derrick, e muito menos as suas.


-Desfaz-se desse bastardo ou acabará lamentando-se. -Seu rosto estava sulcado por linhas de amarga fúria.


- Só precisa vê-lo para saber que é perigoso. Essa é a única razão pela qual o quer, e nem sequer tem o valor de admiti-lo. É tão perigoso como era Alfonso.


-Saia. -Anahí se ergueu lentamente e se dirigiu ao telefone, seguida pelo desdenhoso olhar do Derrick. - Quero que vá agora mesmo.


-Porque não pode suportar a verdade?


Nesse momento, ele não parecia tão atraente como ela havia pensado que era, embora o fato de que fosse atraente ou não, tampouco fosse um requisito para ela. Derrick sempre tinha parecido sofisticado a ela; possuía uma elegância masculina que tinha estragado com aquele arrebatamento de ira.


-Porque está fora de si . ─ Respondeu Anahí. Agarrou o telefone e fulminou Derrick com o olhar antes de acrescentar:


-Suma.


Ele olhou o telefone.


-Vamos, chame esse filho da puta. - insistiu. - Vamos, Annie, faze-o. Estará por aí com qualquer prostituta porque você não é suficientemente mulher para prender um homem em casa. Não a um homem como Alfonso, nem, certamente, a um desgraçado como Poncho Rodrigues.


Anahí sabia que aquelas palavras deveriam lhe haver feito mal, mas, estranhamente, não foi assim. Casou-se com um SEAL, não com um contador. Sabia ao que se arriscava quando uniu sua vida a de Alfonso. Nunca existiram garantias e o perdeu com poucos anos de casamento.


-Então não se importará em ir, não é? -espetou ela friamente.


-Nem pensar! -Ele a surpreendeu ao aproximar-se rapidamente, e Anahí se deu conta de que Derrick estava muito mais furioso do que tinha acreditado a princípio.


Tinha digitado o primeiro número da emergência quando o telefone saiu voando de sua mão. Reagindo rapidamente, a jovem se voltou para trás para evitar a mão que tentava lhe agarrar o pulso.


No momento em que os dedos do Derrick se fecharam sobre ela, ouviu-se um grunhido furioso. Uma mão maior, mais larga e mais morena capturou o pulso do Derrick e, ante o olhar estupefato da Anahí, apertou-a e a retorceu até pôr a aquele bastardo de joelhos lhe obrigando a soltar um grunhido, quase feminino.


 


Pois se queriam emoção, ai esta!!! e Agora o que ocorrera???


 



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Autor(a): annytha

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Anahí olhou alarmada a Poncho, tomando nota da camiseta e do colete de couro, do jeans descolorido e as partes negras. Das botas de motorista e a expressão gélida daquele rosto que parecia cinzelado em pedra. Se ela não interviesse de algum jeito, Derrick seria um homem morto. A fúria gelada de Poncho era mais profunda desta vez que quando tinha apertado entre seus dedos o ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 597



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  • Feponny Postado em 02/07/2016 - 14:36:28

    Poxa queria maissssss

  • ponnyaya Postado em 24/12/2012 - 14:18:45

    n abandona n posta maissssssss logo agora vc para?voltaaaaaaaaaaaa

  • k3 Postado em 02/05/2012 - 15:04:00

    Ohhhhhhhhhhh!!! posta mais , como pode parar bem ai???

  • k3 Postado em 02/05/2012 - 15:04:00

    Ohhhhhhhhhhh!!! posta mais , como pode parar bem ai???

  • k3 Postado em 02/05/2012 - 15:04:00

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  • k3 Postado em 02/05/2012 - 15:03:59

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  • k3 Postado em 02/05/2012 - 15:03:58

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  • k3 Postado em 02/05/2012 - 15:03:58

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