Fanfic: As Duas Faces (AyA) | Tema: Traumada Hots
Apertava a mandíbula com tanta força que Poncho temeu que se desencaixasse. Seus lábios, formavam uma linha tensa, moveram-se, e ele pôde observar a fúria que ardia em seu interior. Fúria e desejo. O mesmo desejo que consumia suas vísceras, e que acendeu uma faísca na escuridão que ele tentava manter sob controle, no anseia voraz que lutava por não lhe revelar com tanta rapidez.
—Rory jamais teria feito nada sem me perguntar primeiro. — seguiu Anahí. — Foi coisa sua.
Poncho encolheu os ombros.
—Só o sugeri.
—Bastardo!
—Me insulte outra vez, Anahí, e o lamentará. — lhe advertiu.
Ela jamais o havia insultado durante seu casamento. E nunca o havia amaldiçoado.
—É um inapto e um maldito arrogante. — espetou sem medir as conseqüências.
Aquilo foi tudo o que Poncho necessitou para estalar.
Sem lhe dar tempo para reagir, inclinou o ombro, colocou-a sobre ele, e se virou para a escada que levava ao apartamento, ignorando durante o percurso os pequenos punhos que lhe golpeavam as costas, os gritos de fúria, os intentos da Anahí por liberar-se.
Sua esposa não amaldiçoava. Jamais tinha amaldiçoado. Tinha-lhe dirigido esse olhar recriminatório de jovem sulina cada vez que ele o fazia, lhe perguntando se queria que seus futuros filhos ouvissem aquela suja palavra de sua boca.
Quase tinha conseguido que ele não dissesse palavrões durante dois anos. Mas agora, se ela queria dizer palavrões, ia ter que arcar com as conseqüências, porque isso tinha posto mais quente. Perguntou-se que outras coisas diria se usasse a persuasão adequada.
Fechou a porta do apartamento de um golpe e logo a deixou no chão. Apanhou-lhe os punhos com os quais pretendia lhe golpear o rosto e lhe lançou um olhar feroz.
—Já basta!
Algo brilhou no olhar de Anahí, possivelmente uma faísca de temor quando lhe soltou os pulsos e se separou dela.
—Não vai despedir o Timmy. —espetou a jovem enquanto vestia aquela maldita camisa como se fosse um escudo.
—Rory despedirá o Timmy e você voltará para o escritório que é onde pertence. — grunhiu Poncho, observando a dor repentina e entristecedora que atravessou o rosto de Anahí.
—Não, não o farei. —Endireitou os ombros, elevou o queixo em atitude desafiante e o olhou com raiva.— Nem você nem Rory poderão me obrigar, Poncho. Antes queimo a oficina a permitir que me tire dela.
A expressão de Anahí era desafiante e furiosa, muito parecida com a que tinha na noite que ele tentou obrigá-la a ficar em casa em vez de sair com suas amigas.
Poncho lhe devolveu o olhar com o cenho franzido.
—Maldita seja, Anahí, está se matando. É um trabalho duro e condenadamente sujo. Não tem sentido que trabalhe assim. Poderia ir a um Spa. Fazer as unhas. Acaso você não gostaria?
Anahí lutou por conter a ira que ameaçava afogá-la. Queria bater nele. Queria gritar e apagar, no tapa, aquela arrogante e condescendente expressão de seu rosto. Naquele momento, Anahí soube por que Derrick tinha tido a impressão de que Poncho era como Alfonso: arrogante, seguro de si e sempre disposto a sair-se com a sua. Ela havia permitido porque não tinha amadurecido o suficiente durante seu casamento para fazer frente a ele. Mas agora estava mais madura. E aquele homem não era Alfonso. Poncho não era um SEAL que pudesse ser requerido a qualquer momento para uma missão, e tampouco era o homem que uma vez tinha reclamado sua alma, assim, no que a ela concernia, podia ir ao inferno.
—Se quisesse fazer as unhas, faria isso. Se quiser me recostar em uma cadeira e me fazer de recepcionista todo o dia, também o faria. E se quisesse que um homem me dissesse como devo agir, vestir ou me arrumar, então teria um. Mas tudo isso não é parte de seu trabalho, senhor Rodrigues, e se acredita que sim, pode ir por onde veio.
Poncho a olhou fixamente, sem dar crédito ao que ouvia.
—Era seu marido quem ditava todas essas normas? —de repente sentiu que o gelo se estendia por suas vísceras, porque sabia que não o tinha feito.
Ela guardou silêncio, e Poncho observou como sua expressão relaxava, entristecia-se. Seus olhos cinza brilharam de desejo e, repentinamente, o corpo da Anahí pareceu voltar-se mais suave, mais receptivo ante o que fosse que estivesse recordando.
—Não. — admitiu ela finalmente. — Fui eu quem quis assim, porque pensava que era isso o que ele queria. Gostava de ter uma esposa sempre arrumada. Com as unhas pintadas, bem vestida e maquiada. Uma boneca de porcelana. —A jovem sacudiu a cabeça com pesar e o coração do Poncho se encolheu ao vê-la assim. — Estava acostumado a me chamar sua pequena Annie sulina e morreu antes de saber quão diferente eu era. Antes de saber que entendia tanto de mecânica como qualquer um de seus empregados. Amava a Alfonso. Era minha vida e lhe dei tudo o que necessitava enquanto o tive comigo. —Então lhe lançou um olhar feroz.
— Mas você não é Alfonso. E não me importa absolutamente o que necessite.
Acaso pensava ela que lhe tinha importado o fodido esmalte de unhas? A cólera o atravessou; não era fúria, nem raiva, a não ser orgulho ferido. Maldita, a única coisa que tinha procurado era agradá-lo? Tinha pensado Anahí que Alfonso necessitava algo que ela não fosse?
Poncho se esticou ao sentir que uma intensa quebra de onda de desejo alagava seu ser. Antes que pudesse conter-se, abateu-se sobre ela e a sacudiu com força.
—E o que acontece com o que você necessita? —disse-lhe com voz áspera.
— Me devora vivo cada vez que nos tocamos Anahí. Você fazia amor com Alfonso como realmente necessitava ou também a tratava como uma boneca de porcelana?
—Alfonso me deu tudo o que eu necessitava. — lhe respondeu ela com um grunhido.
Mas ele viu a verdade. A pequena mentira, a meia verdade. Poncho recordou as noites em que ela se removeu inquieta na cama a seu lado, as vezes que tinha tido a sensação de que sua Anahí necessitava algo um pouco mais duro, mais escuro, do que o que lhe dava, mas logo pensava que aquele sentimento era só um produto de suas próprias fantasias e necessidades.
Entretanto, não tinha sido assim. Agora o via em seus olhos. Recordou a desenfreada luxúria da semana anterior, quando lhe tinha cravado as unhas nos ombros, e sua vida juntos antes do inferno, e então soube. Soube que Anahí tinha desejado mais do que ele se permitiu lhe dar. Pura e simples luxúria.
Um tenso e duro sorriso curvou os lábios de Poncho quando ela finalmente se precaveu de que tinha liberado à besta que havia nele.
—É uma mentirosa. — sussurrou Poncho, consciente da ardente necessidade que crescia no interior dela.— Diga-me isso Anahí. Alguma vez desejou mais? Alguma vez sonhou sendo possuída com força e rudeza? Tendo sexo selvagem com seu marido? Acaso temia ser a pequena tigresa que queria ser?
Tinha acertado. O rubor alagou o rosto de Anahí e seus olhos se obscureceram. Poncho via como a luxúria a invadia desenfreadamente, mesclada com uma emoção que lhe oprimiu o coração.
Anahí queria mais que simples sexo. Queria algo mais que ser amada grosseiramente. Queria tudo o que ele tinha sonhado lhe dar. E ia dar naquele instante.
Sua esposa lhe tinha oculto coisas; bem, ele também o tinha feito. E a necessidade de ouvir como sua Annie lhe dizia o que queria que lhe fizesse o consumia.
—Pode ter sexo selvagem comigo, pequena. —Estreitou-a com mais força contra si, lhe permitindo sentir a rugente ereção sob o jeans.
— Desafio-lhe. Sou um desconhecido, Anahí. Não se reserve. Não seja comigo a bonequinha de porcelana que foi com seu marido. Seja quão selvagem queira e em troca mostrarei quão selvagem posso ser .
E AI, ACEITA OU NÃO ACEITA?
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Autor(a): annytha
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 597
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Feponny Postado em 02/07/2016 - 14:36:28
Poxa queria maissssss
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ponnyaya Postado em 24/12/2012 - 14:18:45
n abandona n posta maissssssss logo agora vc para?voltaaaaaaaaaaaa
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k3 Postado em 02/05/2012 - 15:04:00
Ohhhhhhhhhhh!!! posta mais , como pode parar bem ai???
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k3 Postado em 02/05/2012 - 15:04:00
Ohhhhhhhhhhh!!! posta mais , como pode parar bem ai???
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k3 Postado em 02/05/2012 - 15:04:00
Ohhhhhhhhhhh!!! posta mais , como pode parar bem ai???
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k3 Postado em 02/05/2012 - 15:03:59
Ohhhhhhhhhhh!!! posta mais , como pode parar bem ai???
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k3 Postado em 02/05/2012 - 15:03:59
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k3 Postado em 02/05/2012 - 15:03:59
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k3 Postado em 02/05/2012 - 15:03:58
Ohhhhhhhhhhh!!! posta mais , como pode parar bem ai???
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k3 Postado em 02/05/2012 - 15:03:58
Ohhhhhhhhhhh!!! posta mais , como pode parar bem ai???