Fanfics Brasil - 5 As Duas Faces (AyA)

Fanfic: As Duas Faces (AyA) | Tema: Traumada Hots


Capítulo: 5

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Três anos depois

Jordan Herrera estava em sua mesa em frente ao espelho de face dupla que lhe permitia observar o ginásio sem ser visto. Tinha as mãos metidas nos bolsos dos jeans e franzia o cenho enquanto olhava a seu sobrinho.
Alfonso, que agora respondia pelo nome de Poncho Rodrigues, era apenas cinco anos mais jovem que ele. Jordan tinha sido uma surpresa para seus pais e um choque para seus irmãos mais velhos. Tinha sido mais um irmão que um tio para o homem que suava profusamente sob os pesos na sala ao lado. A mudança operada em Alfonso durante os últimos anos tinha sido um autêntico milagre. Tão somente o mero feito de ter sobrevivido aos seis primeiros meses tinha sido um milagre. Entretanto, os últimos três anos tinham sido muito duros. Os pesadelos e os efeitos secundários do «pó de afrodite» quase tinham conduzido Poncho à loucura.
Mas, tinha sobrevivido realmente? Algumas vezes, Jordan se perguntava se o homem que tinha apresentado sua renúncia aos SEAL era o mesmo homem que tinha agora ante seus olhos.
O rosto era diferente. A cirurgia o tinha feito mais anguloso, com ossos e músculos mais definidos. Fontes, o narcotraficante, enfureceu-se com o rosto de Alfonso enquanto esteve em seu poder. Tinha-lhe destroçado os ossos e as operações para reconstruí-lo tinham sido intermináveis. Tinha sofrido uma mudança drástica. Ninguém que tivesse conhecido ao Alfonso Herrera o reconheceria agora sob sua nova identidade. Tinha uma constituição diferente. Seu corpo era muito mais fibroso, mais forte, mais duro, e agora possuía uma vontade de aço. Era mais frio, um assassino de olhos gélidos.
Já não era Alfonso Herrera. Era realmente Poncho Rodrigues, porque Poncho tinha apagado Alfonso da face da terra.
O treinamento de Poncho na unidade de Reno Chávez nos últimos, anos tinha preocupado Jordan. O SEAL Alfonso Herrera tinha sido moderado e matava só quando fosse necessário. Pelo contrário, Poncho... —Jordan negou com a cabeça— matava com uma calada e mortífera eficiência.
Jordan recordou a noite em que resgatou o homem que uma vez tinha sido Alfonso das garras de Fontes. Não havia nem um só osso intacto em seu corpo. Tinham-no deixado destroçado, quase o tinham matado com fome e lhe tinham injetado tanto «pó de afrodite» que seus olhos resplandeciam como os de um demônio. Mas tinha lutado. negou-se a violar à garota que tinham encerrado na cela com ele, lutou por protegê-la, e mesmo, tentou sair por suas próprias pernas, quando o libertaram.
Jordan tinha estado seguro de que seu sobrinho não sobreviveria à síndrome de abstinência que lhe tinha provocado a droga e aos efeitos em seu cérebro. Jamais acreditou que Alfonso se recuperaria, que seria mais forte que antes. Mais sombrio, com uma personalidade tão diferente que Jordan mal podia reconhecer o homem que foi.
—Nunca voltará a ser ele mesmo, não é? —disse o tenente Ian Richards com ar sombrio, admitindo o que nenhum deles se atreveu a dizer em voz alta durante todos esses anos.
Ian tinha formado parte da equipe dos SEAL’s que resgatou Alfonso e, como a seus companheiros, tinha passado os últimos anos com o homem ao que agora chamavam Poncho.
Aquilo tinha sido ainda mais duro para Ian, já que tinha estado mais unido a Alfonso que o próprio Jordan. Alfonso só tinha dez anos quando ouviu os gritos do Ian ressoando na desértica paisagem do rancho familiar. Tinha despertado seu pai e o tinha pressionado até que Grant Herrera saiu de casa para auxiliar o menino cuja mãe estava morrendo em seus braços.
Grant, em um surpreendente desdobramento de compaixão, tinha ajudado a jovem mãe e ao menino. Grant tinha seus momentos, pensou Jordan, mas eram contados.
—Não, jamais será o mesmo. — admitiu Jordan ante Ian e ante si mesmo.
— Esse homem não é Alfonso Herrera, Ian. É realmente Poncho Rodrigues. E devemos aceitar ele de uma vez.
—Agora é como uma máquina. —indicou Ian com pesar. Sua expressão era triste enquanto observava como Alfonso se exercitava.
— É o assassino mais eficaz que conheci. Tão silencioso como os pensamentos.
Jordan se virou então para Reno Chávez, o comandante e chefe de Poncho.
—Já não é um SEAL. — afirmou Reno sacudindo sua escura cabeça.
— Questiona as ordens continuamente, segue seus próprios planos, e sempre tem outro plano reserva se o primeiro sair errado. Se sentir a necessidade de saltar as normas, as salta. Já não é um subordinado, a não ser um líder. Não cederá ante ninguém a menos que tenha deixado claro que seu plano é a única maneira de seguir adiante. Trabalha sozinho, Jordan, mas é muito eficiente. É um predador de sangue-frio, meticuloso e mortal.
Jordan inclinou a cabeça.
—Obrigado, Reno. Agradeço sua explicação.
—Tem tudo por escrito nesse relatório. —Reno indicou com a cabeça o dossiê que repousava sobre a mesa de seu chefe.
Os relatórios mensais não tinham variado ao longo dos anos, e Jordan estava seguro de que Alfonso tinha perdido grande parte de sua alma.
—Não sobreviverá a isto. — disse Ian em voz baixa, olhando pelo vidro e observando o homem que uma vez tinha sido seu melhor amigo.
— Acabará se auto destruindo. Qualquer dia meterá uma bala na cabeça.
Como se lhe tivesse ouvido, como se o houvesse sentido, Poncho se incorporou no banco de pesos e agarrou uma toalha. Seu olhar se cravou no espelho de dupla face e o olhou fixamente como se fosse capaz de ver através dele. Seus olhos eram mais escuros, mais ferozes do que tinham sido os de Alfonso Herrera. O azul brumoso destacava no rosto moreno e afiado. Seu cabelo, negro como a asa de um corvo, chegava-lhe quase aos ombros. Negava-se a cortá-lo Quando lhes deu as costas, Jordan pôde vislumbrar a tatuagem de um sol negro atravessado por uma espada vermelha na omoplata esquerda de Poncho.
Era o emblema da unidade de Operações Especiais, outro aviso de que Poncho tinha deixado para trás seu passado como Alfonso Herrera. Tinha entregado sua vida a uma unidade que realizava freqüentemente missões suicidas.
—Sobreviverá. — afirmou Jordan com tranqüilidade, apesar da inquietação que sentia em seu interior.
— Não está acabado, embora ele pense o contrário. —Alfonso não tinha retornado com sua esposa, mas Poncho, o homem que era agora, não tinha esquecido aquela mulher. Não encontraria a si mesmo até que o fizesse.
Jordan tinha enviado a seu sobrinho a aquela unidade porque sabia que o homem que queria como a um irmão jamais teria sobrevivido se tivesse tido que enfrentar ao mundo e a sua esposa depois de sair da clínica.
O psicólogo tinha estado de acordo. Alfonso teria desaparecido um dia e jamais teria retornado. Ainda não estava preparado para voltar. Pode ser que não o estivesse nunca, mas Jordan teria que pô-lo a prova de todas as maneiras.


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Autor(a): annytha

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Um ano depois —Não será fácil conseguir que aceite. — advertiu Ian Richards a Jordan enquanto observavam pelo espelho de dupla face aos seis homens da unidade de Operações Especiais que se exercitavam no ginásio. Poncho era agora mais forte que nunca. Musculoso. Corpulento. Frio. —Aceitará. — disse Jordan com suavidade. — Não deixará que ela corra perigo. Ian soprou e ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 597



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  • Feponny Postado em 02/07/2016 - 14:36:28

    Poxa queria maissssss

  • ponnyaya Postado em 24/12/2012 - 14:18:45

    n abandona n posta maissssssss logo agora vc para?voltaaaaaaaaaaaa

  • k3 Postado em 02/05/2012 - 15:04:00

    Ohhhhhhhhhhh!!! posta mais , como pode parar bem ai???

  • k3 Postado em 02/05/2012 - 15:04:00

    Ohhhhhhhhhhh!!! posta mais , como pode parar bem ai???

  • k3 Postado em 02/05/2012 - 15:04:00

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  • k3 Postado em 02/05/2012 - 15:03:59

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  • k3 Postado em 02/05/2012 - 15:03:58

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  • k3 Postado em 02/05/2012 - 15:03:58

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