Fanfics Brasil - 6 As Duas Faces (AyA)

Fanfic: As Duas Faces (AyA) | Tema: Traumada Hots


Capítulo: 6

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Um ano depois

—Não será fácil conseguir que aceite. — advertiu Ian Richards a Jordan enquanto observavam pelo espelho de dupla face aos seis homens da unidade de Operações Especiais que se exercitavam no ginásio.
Poncho era agora mais forte que nunca. Musculoso. Corpulento. Frio.
—Aceitará. — disse Jordan com suavidade.
— Não deixará que ela corra perigo.
Ian soprou e cravou os olhos no homem que agora todos conheciam como Poncho.
—Quererá ela que retorne desta maneira? —inquiriu.
Jordan se tinha feito a mesma pergunta. Anahí Herrera estava a seis anos viúva, e nos últimos três tinha começado a viver outra vez. Tinha encontros. Existia uma possibilidade de que outro homem arrebatasse de Poncho a esposa que não admitia ter.
—Suponho que não demoraremos em descobri-lo. — comentou Jordan pensativo.
—Seremos seu respaldo na missão de Alpine. — interveio então Reno.
Todos eles tinham sido atribuídos à Unidade de Operações Especiais. tratava-se de um corpo de elite experimental, financiado em parte por capital privado, e em parte pelo governo, formado por um grupo de homens com escuros e complexos passados. Nos últimos anos se converteram em uma unidade especializada que levava a cabo operações que outras agências não podiam assumir por questões políticas ou pelo alto nível de perigo que entranhavam.
Jordan assentiu lentamente antes de voltar a observar ao Poncho.
—Nos reuniremos no centro de operações, situado no parque nacional Big Bend. — lhes disse.
— Receberá as ordens em um par de dias.
Ian e Reno assentiram e se foram com rapidez para preparar-se para a operação. O único ponto que faltava era que Poncho Rodrigues aceitasse levá-la a cabo.
Jordan se sentou a mesa, recolheu o dossiê da missão e chamou a Poncho a seu escritório.
Poncho o fez esperar. Quando entrou no escritório, tinha o cabelo ainda úmido pela ducha recente e seus frios olhos azuis estavam desprovidos de emoção, de vida.
—Estamos preparados?
—Quase. — assentiu Jordan, lhe indicando que tomasse assento na cadeira que havia frente a mesa.
— O centro de operações será desmantelado esta noite e transladado à nova localização. Devemos ter tudo preparado nas próximas quarenta e oito horas.
Poncho não disse nada; só olhou a Jordan, esperando. Ao que parece, agora tinha uma paciência infinita. Mas quando entrava em ação, não havia nada que o detivesse nem ninguém que fosse mais mortífero que ele.
—Continua. — resmungou por fim Poncho com voz rouca e quebrada. Essa voz que uma vez tinha sido fluída e profunda agora era áspera, quase gutural.
—A primeira missão será em Telhas. — lhe informou Jordan. Poncho nem sequer piscou ao ouvir aquilo. Como se em Telhas não houvesse nada que lhe concernisse. Como se ali não estivesse sua família, seu avô, seu irmão, seu pai. Sua esposa.
—O centro de operações estará situado a sessenta quilômetros de Alpine.
—Não. — O tom do Poncho foi gélido.
Jordan levantou a pasta que continha a informação da missão e a deixou cair diante do Poncho.
—Lê o dossiê. Se não quer participar desta missão, respeitarei sua decisão. Pode o encarregar do assunto da Sibéria e o fazer de babá dessa cientista que seqüestraram o mês passado até que congele o traseiro. Mas antes vai ler o dossiê.
Jordan saiu do mesa fechando a porta com um forte golpe e deixando Poncho a sós com a informação recolhida.
Poncho. — ele jamais pensava em si mesmo como Alfonso. — ficou olhando o dossiê como se este fosse uma serpente. Não queria lê-lo. Não queria saber. Sibéria era um destino tão bom como qualquer outro. Demônios, aquela cientista era a missão perfeita. Ao que parece, gostava de dedicar-se a seus projetos e odiava ter companhia. Deveria ir.
Ficou em pé e logo se deteve. Olhou de novo o dossiê e quase se virou para partir. Quase. Uma foto deslizou do interior da pasta, e ele conhecia aquele queixo.
Agarrou-a lentamente. Sentia uma opressão no peito, uma dolorosa agonia enquanto levantava a fotografia e franzia o cenho.
Sim, ali estava a curva familiar da fronte e aqueles preciosos e suaves olhos cinza. Mas que o condenassem se não reconhecia à mulher a que pertenciam.
Parecia-se com Anahí. Sua Anahí. Era sua Anahí. Mas tinha mudado.
As tranças loiras como os raios do sol eram agora mais escuras, com algumas mechas quase castanhas. Usava o cabelo mais longo. Caía-lhe, espesso e pesado, por debaixo dos ombros. Tinha o rosto mais angulosa e a expressão mais serena.
E não havia nenhum sorriso em seus lábios.
A menos que estivesse zangada, Alfonso jamais tinha visto Anahí sem um sorriso nos lábios. Em algumas ocasiões sonhava com seus sorrisos, com sua risada, sua alegria. Algumas vezes era a única coisa que mantinha a raia seus pesadelos. A que se aferraria agora que seu sorriso tinha desaparecido?
Sustentou a foto em uma mão, com os olhos fixos em Annie. Negou-se a ler o informe que Jordan tinha dela e para ouvir algo referente a sua esposa nos últimos seis anos.
Só tinha querido saber a resposta a duas perguntas quando surgia seu nome.
Estava viva? Estava a salvo?
Jordan sempre assentia com a cabeça e Poncho sempre se afastava sem querer saber nada mais.
Demorou muito pouco tempo em ler o dossiê da missão; inclusive menos do que necessitou para conter o uivo de fúria que lhe ardia na garganta.
Anahí se encontrava em meio de uma operação que tinha acabado com a vida de três agentes do FBI e da esposa de um proeminente político.
Filho de uma puta. Em toda sua vida, só lhe tinha pedido uma coisa a seu pai: que se alguma vez lhe ocorresse algo, cuidasse de Anahí, e aquele mentiroso bastardo lhe tinha jurado que o faria. Mas não o tinha feito. Anahí estava indefesa.
Só seu meio-irmão estava tentando ajudá-la.
O dossiê da missão estava cheio de informação sobre Anahí, de seu meio-irmão, Rory, de seu avô, Riordan, e do pai que tinha começado a odiar naquele momento.
E também estava cheio de perigo. Perigo que podia acabar salpicando a Anahí. Podia vê-lo. Podia ver os fios que, se se moviam na direção correta, acabariam rodeando o pescoço de uma esposa que tinha sido dele, sem importar quanto o tivesse negado.
Annie podia morrer porque ele não tinha cuidado dela.
Sentou-se sem deixar de olhar a fotografia. Já era suficientemente ruim que o homem que Annie tinha amado tivesse morrido, para que além disso, que a casca vazia em que se transformou servia se nem sequer a tivesse protegido.
Passou o dedo pela foto seguindo a curva da bochecha enquanto fechava os olhos e recordava seu sorriso, o que tinha sentido ao tocá-la. permitiu-se inclusive recordar, como o fazia em sonhos, como tinha sido amá-la.
—Go síoraí. —sussurrou, aspirando o perfume dessas lembranças.
— Para sempre, Anahí. Amarei-a sempre.
Justo naquele instante, apareceu a primeira greta na couraça de Poncho Rodrigues.

—Alfonso. —Anahí sussurrou o nome de seu marido quando despertou. Como se não tivessem transcorrido os últimos seis anos, como se jamais o tivesse perdido. Ouviu a voz masculina na escuridão pronunciando umas palavras em irlandês cujo significado jamais tinha tido que perguntar: go síoraí.
Ficou olhando o quarto iluminado. Alfonso não estava ali nem em nenhum outro lugar. Sem lágrimas e dolorida, tombou-se de novo sobre a cama e fechou os olhos.
—Adeus, Alfonso. — murmurou desejando poder chorar ainda. Desejando poder desterrar a dor com a mesma facilidade.
— Sinto sua falta …


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Autor(a): annytha

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NataliaLeal Adoraaaaaaando seus comentarios, gracias, capitulo dedicado a vc, e tambem as outras leitoras que estão nos acompanhando nessa grande aventura!!!   A pequena cabana, assentada em meio a terrenos do rancho Rocking M, estava deteriorada pelo tempo, mas seguia sendo acolhedora e familiar apesar da escuridão que reinava naquela noite inósp ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 597



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  • Feponny Postado em 02/07/2016 - 14:36:28

    Poxa queria maissssss

  • ponnyaya Postado em 24/12/2012 - 14:18:45

    n abandona n posta maissssssss logo agora vc para?voltaaaaaaaaaaaa

  • k3 Postado em 02/05/2012 - 15:04:00

    Ohhhhhhhhhhh!!! posta mais , como pode parar bem ai???

  • k3 Postado em 02/05/2012 - 15:04:00

    Ohhhhhhhhhhh!!! posta mais , como pode parar bem ai???

  • k3 Postado em 02/05/2012 - 15:04:00

    Ohhhhhhhhhhh!!! posta mais , como pode parar bem ai???

  • k3 Postado em 02/05/2012 - 15:03:59

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  • k3 Postado em 02/05/2012 - 15:03:59

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  • k3 Postado em 02/05/2012 - 15:03:58

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  • k3 Postado em 02/05/2012 - 15:03:58

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