Fanfics Brasil - 8 As Duas Faces (AyA)

Fanfic: As Duas Faces (AyA) | Tema: Traumada Hots


Capítulo: 8

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ana_carolina oi linda gracias pelos comentarios, capitulo dedicado a vc, e tambem a todos os outros que nos estão acompanhando!


 


Poncho tentou controlar a violenta fúria que sentia. Que lhe corroia as vísceras, que lhe nublava a mente e ameaçava seu autocontrole e sua capacidade de raciocínio.


Derrick James.


Não. Não tinha passado. Annie não tinha estado com nenhum outro homem. Ninguém mais a havia tocado. Ninguém se atreveria. Porque ele o teria sabido e o teria matado.


Poncho se deslizou na noite com o mesmo sigilo com o que tinha aparecido. Com rapidez, rodeou a casa e permaneceu nas sombras até que chegou ao cânion onde tinha deixado a Harley, a mais de um quilômetro.


Era consciente de que Rory tentaria rastreá-lo, mas o jovem não tinha a experiência necessária. Tinha-lhe perdido a pista poucos segundos depois que Alfonso tivesse saído.


Entretanto, havia outros olhos, uns olhos velhos e cheios de lágrimas que observavam cada um de seus passos com orgulho, amor e regozijo.


 


Não faltava muito para o amanhecer, mas em vez de retornar ao centro de operações para dormir umas horas e informar Jordan, Poncho conduziu a Harley em direção a sua casa.


Não podia tirar um pensamento da cabeça. Anahí estava saindo com alguém? Estava se deitando com seu velho amigo Derrick James? Tinha que sabê-lo. Tinha que vê-la com seus próprios olhos, senti-la, saber que lhe pertencia embora soubesse que não podia tê-la.


Tinham passado seis anos. Não podia voltar para a antiga vida. Alfonso Herrera estava morto, não era mais que um nome do passado. O homem que ele tinha sido e ao que Anahí tinha amado estava morto. Teria encontrado alguém com quem o substituir?


Não queria nem pensar. Estava a mais de seis anos sem as carícias de sua esposa, sem cheirar seu suave perfume. E nem sequer podia tomar outra mulher; inclusive, odiava a idéia de fazê-lo. Seus votos não o permitiam. A alma de Anahí o retinha. Mas ele não podia tê-la, e tampouco a nenhuma outra. Como poderia viver sabendo que estava nos braços de outro homem?


Tomou uma rua lateral e deteve a Harley sob o refúgio das árvores, virou a chave no contato, desligou o motor e começou a percorrer o curto trajeto que conduzia à parte traseira do que tinha sido seu lar; uma casa de tijolos de dois andares nos subúrbios da cidade. Não havia vizinhos perto que pudessem ver como entrava nos limites da propriedade. Só ia ficar ali um minuto, disse a si mesmo, enquanto se movia sob a tênue luz do amanhecer, mantendo-se sob o refúgio das árvores que bordeavam o pátio traseiro.


Estava quase entrando no pátio quando se deteve em seco e ficou petrificado ante a visão que apareceu no alpendre dos fundos.


Sentiu como se o tivessem dado um murro no estômago, fazendo dobrar-se em dois. Imediatamente, uma violenta ereção pressionou contra seu jeans. Acelerou seu ritmo cardíaco e o sangue fluiu por suas veias com uma rapidez vertiginosa. Ficou sem fôlego e fechou os punhos com tal força que doeram os ossos dos dedos.


Cravou os olhos na mulher, na branca camisa masculina que lhe caía até as coxas e que estava aberta, revelando o sutiã e a calcinha que usava. Ela levantou uma fumegante xícara de café enquanto via despontar a alvorada, que iluminava o pátio, o alpendre e a ela mesma com aqueles raios dourados e violetas.


-Anahí. - sussurrou.


Rory tinha notado seu deslize. Sempre a tinha chamado Annie a menos que a desejasse. A menos que a necessidade de enterrar-se no aveludado e embriagador calor do corpo de sua esposa fosse entristecedora. E jamais tinha sido tão entristecedora como agora.


Imaginou o aroma de seu perfume no ar, uma mescla de madressilva e essência feminina. Imaginou sentir contra a palma de sua mão a calidez de sua carne sedosa e vibrante abrindo-se para ele, enquanto aqueles lábios rosados sussurravam seu nome.


Recordou quantas vezes, -muitas, de fato - a havia possuído no alpendre traseiro da casa. Tinha-a colocado escarranchada sobre ele enquanto estava sentado no balanço ou a tinha feito inclinar-se sobre o corrimão de ferro, penetrando-a por atrás.


Uma dolorosa agonia lhe atravessou o peito e se cravou na alma como as presas de um animal selvagem. Assim, ele queria mordê-la. Queria agarrar seu pescoço entre os dentes e mantê-la segura debaixo dele como um animal. Queria possuí-la e ouvir seus gritos pedindo mais.


Mas os gritos que a jovem proferiria agora seriam muito diferentes, pensou. O homem que era agora, as ânsias escuras que o invadiam, aterrorizariam-na.


Mesmo assim, seguiu olhando-a. Observou como tomava aquela primeira xícara de café, com um prazer quase sensual que alagava seu rosto quando o líquido quente transpassava seus lábios, e se permitiu recordar aquela sensualidade que um dia tinha sentido em sua própria pele.


Recordou sua forma de rir e seus sorrisos. Como era tocá-la, abraçá-la, e teve que conter a necessidade de recordar os sonhos que tinha compartilhado com ela. Os sonhos que tinha tido então. Sonhos simples. Um cão e um filho. Possivelmente uma piscina no pátio dos fundos.


E agora estava ali, escondido entre as sombras, observando como sua esposa tinha seu rosto muito sombrio para o amanhecer. Inclusive teria podido jurar que tinha escutado como sussurrava seu nome.


Só faltavam algumas horas para voltar a vê-la, pensou. Informaria a Jordan, tomaria banho e depois de vestir-se iria à oficina.


Ao voltar para Telhas com outros membros da unidade de Operações Especiais, Poncho havia dito a si mesmo que faria o trabalho e iria de lá. Assim. Simples. Mas agora, enquanto olhava a sua esposa, teve o pressentimento de que não seria tão simples como tinha pensado.


Nesse dia, retornaria à vida de sua mulher como outro homem. Um homem cujos desejos eram tão escuros, tão intensos, que às vezes ficava paralisado. Um renegado. Um homem sem alma. Voltaria para ela. Mas não como Alfonso Herrera, mas sim como Poncho Rodrigues. E entraria na vida de Anahí como ela jamais teria imaginado que faria.


 



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Autor(a): annytha

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 597



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  • Feponny Postado em 02/07/2016 - 14:36:28

    Poxa queria maissssss

  • ponnyaya Postado em 24/12/2012 - 14:18:45

    n abandona n posta maissssssss logo agora vc para?voltaaaaaaaaaaaa

  • k3 Postado em 02/05/2012 - 15:04:00

    Ohhhhhhhhhhh!!! posta mais , como pode parar bem ai???

  • k3 Postado em 02/05/2012 - 15:04:00

    Ohhhhhhhhhhh!!! posta mais , como pode parar bem ai???

  • k3 Postado em 02/05/2012 - 15:04:00

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  • k3 Postado em 02/05/2012 - 15:03:59

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  • k3 Postado em 02/05/2012 - 15:03:59

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  • k3 Postado em 02/05/2012 - 15:03:58

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  • k3 Postado em 02/05/2012 - 15:03:58

    Ohhhhhhhhhhh!!! posta mais , como pode parar bem ai???


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