Fanfic: As Duas Faces (AyA) | Tema: Traumada Hots
NataliaLeal GRACIAS pelos comentarios, esse é pra vc, beijos!
—Olá, Annie. Rodrigo De La Rata acaba de ligar perguntando por seu carro e esse condenado motor ainda não está preparado. Está a caminho e parece que bebeu outra vez. Na realidade, há um homem a esperando em seu escritório. Rory ligou para dizer que é seu amigo e que o contratássemos. Odeio falar com suas pernas. Por que não sai de debaixo desse carro?
As coisas não pareciam bem. Seu recepcionista não parecia contente e sim muito irritado pelas primeiras ligações do dia. Anahí elevou o olhar para as vísceras do veículo no qual estava trabalhando. Em sua primeira inspeção tinha encontrado graxa, imundície e anos de negligência. Um reflexo de sua própria vida, pensou com uma careta de desgosto.
—Pensa me responder ainda hoje, Annie? —Toby soava cada vez mais irritado.
— Olhe, o cara do despacho parece um autêntico imbecil. Temo que me arrancará a cabeça e jogará beisebol com ela se não for falar com ele já.
Anahí quase curvou os lábios. Toby, com seu desengonçado corpo, recordava- às vezes a Rory, o irmão de Alfonso, na primeira vez que o tinha visto. E podia chegar a ser tão melodramático como seu cunhado o tinha sido.
Agarrou-se à parte inferior do motor e deslizou pelo cimento até que liberou a cabeça e olhou para Toby, o jovem que tinha contratado para que se encarregasse do escritório.
O rapaz, tinha prendido o cabelo castanho claro em um rabo, tinha os olhos cheios de preocupação e o cenho franzido.
Maldição, ela não tinha tempo para isso.
—Disse a Rodrigo que seu carro estaria preparado amanhã, não hoje. —Annie se incorporou sobre o estreito carrinho de plástico que utilizava para colocar-se debaixo dos carros quando reparava as avarias. Apoiou os braços nos joelhos e ficou olhando por um momento a seu empregado com exasperação.
—Não vamos contratar ninguém, e Rory chegará quando chegar. É tudo o que sei, assim se ocupe você do resto. —-limpou os dedos negros no jeans antes de afastar as mechas soltas do rosto e se estendeu de novo sobre o carrinho, decidida a deixar o sedan, que os mecânicos haviam esquecido de lhe dizer, pronto, pois, tinham que entregar. Rodrigo De La Rata não era o único que tinha pressa para pegar seu veículo.
—Ah, não, nada disso. —Toby negou com a cabeça quando ela começou a mover-se.
— De maneira nenhuma posso me ocupar desse cara, Annie. É o tipo de homem com o qual eu não gostaria de brigar. Isto não faz parte de meu trabalho, sabe? Terá que se encarregar dele.
Reticente, Anahí voltou a sair debaixo do carro. Estava furiosa pela impaciência mais que pela atitude de seu empregado. Toby estava acostumado a ser muito eficiente e sabia como lutar com os clientes mais intransigentes com uma facilidade invejável.
—Só tem que lhe dizer que volte amanhã. Rory estará aqui... —Exasperada, abaixou a cabeça quando ele começou a negar violentamente com a cabeça.
— Genial.
Conseguiu ficar de pé e colocou o carrinho contra a parede da oficina. Logo agarrou uma toalha suja e tentou limpar o óleo das mãos. Segundos depois, lançou o trapo ao banco e atravessou a oficina em direção ao escritório.
Não podiam permitir-se contratar um novo mecânico, por mais que necessitassem para manter a oficina em dia. Anahí era muito consciente de que estava a ponto de perder tudo. Se não conseguisse arrumar a confusão que tinha permitido que se produzisse naqueles três primeiros e horríveis anos depois da morte de seu marido, o banco ficaria com a oficina e a casa. Os benefícios que obtinha não eram suficientes para salvar tudo.
Não podia deixar que outros ocupassem a casa que Alfonso e ela tinham compartilhado. Estava a três anos tentando conservá-la. Não, não o permitiria.
Deus, não podia perder aquele último vínculo com ele. Era tudo o que ficava de seu marido.
—Diga ao Danny que quero esse carro arrumado e fora daqui nesta tarde. —ordenou ao Toby a caminho do escritório.
— E lhe diga também que temos que terminar de arrumar o Ranger dos Carlton esta tarde. Jennie necessita do carro para ir trabalhar e ainda nos falta colocar algumas peças. Terá que terminá-lo e testá-lo.
—Partindo. —Toby inclinou a cabeça antes de virar-se e correr ao outro lado da oficina.
—E não corra. — resmungou ela, sabendo que ele não acataria essa ordem embora a tivesse ouvido. Era como um cachorrinho. Todo, pernas desengonçadas e energia nervosa.
Nem sequer tinha perguntado como se chamava o homem que procurava trabalho. Negou com a cabeça e passou a mão pelo cabelo antes de abrir bruscamente a porta do escritório e deter-se de súbito.
Aquele homem desprendia arrogância. Tinha olhos azuis brumosos que ficaram gravados a fogo no cérebro de Annie; olhos que resplandeciam em um rosto bronzeado e anguloso, com maçãs do rosto planas, um nariz ligeiramente torcido e lábios sensuais embora não muito grossos. Uma barba escura e recortada lhe cobria a mandíbula e as bochechas e o fazia parecer perigoso. Usava o cabelo negro retirado do rosto em um rabo.
Anahí sentiu um calafrio, uma primitiva advertência de perigo ao cravar os olhos nele. Era alto e magro, mas apostaria qualquer coisa que os músculos que ocultavam a jaqueta de couro negra, a camiseta e o jeans, eram duros como o aço. Calçava pesadas botas negras e quando ficou em pé, olhou-a através de sedosas e cheias pestanas negras.
O primeiro pensamento de Anahí ao vê-lo foi que aquele desconhecido era um predador. Atraente, musculoso e perigoso, o tipo de homem que ela tinha aprendido a evitar depois da morte de seu marido.
Ele se reclinou despreocupadamente contra a mesa e apoiou as mãos sobre a superfície enquanto a examinava como se ela fosse sua presa. Por um momento, só um momento, Anahí teve a impressão de que retrocedia no tempo, até aquele dia em que tinha entrado na oficina com o carro superaquecido e os nervos feito migalhas porque chegaria tarde a um encontro de trabalho. Fazia calor e ela estava suada devido ao sol de finais de verão, amaldiçoando a viagem desde a Geórgia e o calor de Telhas, que parecia mais intenso que de costume.
Agora ela se encontrava no lugar de Alfonso Herrera, que então tinha sido o proprietário da oficina e mais tarde seu marido. Ele a tinha percorrido lentamente com o olhar, com um sorriso lhe curvando aqueles lábios tão excitantes enquanto seus olhos, brilhantes e sedutores olhos irlandeses, tinham-lhe roubado o coração.
Sentiu que a boca ficava seca. Tremeram-lhe as mãos e sentiu cãibras no estômago quando devolveu o olhar à aquele desconhecido. Não conhecia esse homem, não queria conhecê-lo, mas por um instante, só um instante, todo seu passado voltou para ela. Uma sensação agridoce e dolorosa de amor e perda, de tudo o que o destino lhe tinha negado.
—Não temos vagas. Por favor, vá embora.
Mais????????
Autor(a): annytha
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NataliaLeal: gracias pelos comentarios, e tambem as vezes demoro pra posta, espero que entendam, mas tou tentando ser pontual. k3 que bom que ta me acompanhando bebe, adoro saber que tenho leitores que nem sempre dar pra comenta. gracias por nos fazer companhia. ana_carolina gracias por esta aqui comentando, besos, capitulo dedicado as três. De acordo, isso tinha sido ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 597
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Feponny Postado em 02/07/2016 - 14:36:28
Poxa queria maissssss
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ponnyaya Postado em 24/12/2012 - 14:18:45
n abandona n posta maissssssss logo agora vc para?voltaaaaaaaaaaaa
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k3 Postado em 02/05/2012 - 15:04:00
Ohhhhhhhhhhh!!! posta mais , como pode parar bem ai???
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k3 Postado em 02/05/2012 - 15:04:00
Ohhhhhhhhhhh!!! posta mais , como pode parar bem ai???
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k3 Postado em 02/05/2012 - 15:04:00
Ohhhhhhhhhhh!!! posta mais , como pode parar bem ai???
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k3 Postado em 02/05/2012 - 15:03:59
Ohhhhhhhhhhh!!! posta mais , como pode parar bem ai???
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k3 Postado em 02/05/2012 - 15:03:59
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k3 Postado em 02/05/2012 - 15:03:59
Ohhhhhhhhhhh!!! posta mais , como pode parar bem ai???
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k3 Postado em 02/05/2012 - 15:03:58
Ohhhhhhhhhhh!!! posta mais , como pode parar bem ai???
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k3 Postado em 02/05/2012 - 15:03:58
Ohhhhhhhhhhh!!! posta mais , como pode parar bem ai???