Fanfic: O Amor é Cego.

Christopher hesitou um pouco, então jogou para o lado as cobertas e levantou. Ele estava completamente nu, mas, pensou, Dulce não enxergaria. Não que se importasse de estar nu na frente dela. Seu rosto podia estar marcado, mas seu corpo estava ileso e em perfeita forma. Em outras circunstâncias, porém, preferiria estar de pijama em respeito à virgindade dela, só que não podia imaginar que ela fosse aparecer.
    — Deixe, eu pego para você — disse ele, atravessando o quarto para chegar perto dela.
    Christopher estendeu a mão, com a intenção de ajudá-la a levantar-se, mas, não percebendo o gesto dele, Dulce levantou a cabeça para fitá-lo. Seus olhos, porém, não chegaram ao rosto do marido. Detiveram-se na virilha dele e lá congelaram. À meia-luz, Christopher observou como ela estava pálida.
    — Deus do céu! — ela exclamou. — Sua chave é enorme.
    Pelo menos é o que Christopher pensou ter entendido. Podia estar enganado, pois mal conseguira ouvir o que ela sussurrara. Mas se estava certo, o que ouvira não fazia sentido algum para ele.
    Qualquer preocupação ou curiosidade sobre o que ela havia dito morreu instantaneamente quando Dulce aproximou dele a vela que segurava, como se quisesse avaliar melhor o que via. Era óbvio que a percepção de distância dela era nula. Christopher quase teve suas partes íntimas queimadas, não com água quente, como Christian, e nem sequer tinha, como ele, a proteção de qualquer tecido entre seu corpo e o calor.
    Christopher tirou o castiçal da mão de Dulce com uma das mãos e, com a outra, a ajudou a se levantar.
    — Venha então. Se você quer mesmo consumar nossa união ainda esta noite, fico muito feliz — Christopher lhe assegurou, conduzindo-a até a cama. Pudesse ela ver, não duvidaria nem um pouco. Só a perspectiva de tê-la na cama já o deixara completamente preparado.
    Christopher colocou o castiçal na mesa-de-cabeceira enquanto Dulce subia pelo outro lado da cama. Ao olhar para ela, viu que ela esfregava as mãos como quem lava roupa.
    —Você tem que se deitar se quiser... — Christopher sugeriu inseguro. Pois na verdade, apesar de apregoar que desejava chegar às vias de fato, ela não parecia nem um pouco animada. Olhando indeciso para a esposa, Christopher não se conteve e perguntou:
    — Dulce, o que há de errado?
    Ela sacudiu a cabeça sem proferir uma palavra e continuou, com os olhos muito assustados, esfregando as mãos.
    Christopher entendeu que todo aquele nervosismo só poderia ser medo e resolveu ser paciente e carinhoso com ela. Não insistiu, por exemplo, para que ela se deitasse, mas contornou a cama para se juntar a ela, pensando em beijá-la para acalmar um pouco a ansiedade. No momento em que se aproximou, Dulce passou para o outro lado da cama.
    Christopher esboçou um sorriso e tentou subir na cama do lado onde ela se encontrava, mas Dulce se apressou em mudar para o outro lado.
    Endireitando o corpo, Christopher olhou para ela. Eles estavam cada um de um lado da enorme cama. Dulce apertava as mãos e o olhar que lhe dirigiu não poderia ser mais assustado.
    — Dulce — disse ele baixinho, mas não conseguiu falar mais nada porque ela, não agüentando mais a tensão, desabafou:
    — Acho que não quero que sua chave penetre na minha fechadura.

Amanhã sem falta rola a cena hot!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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