Fanfics Brasil - 15 Um sonho de Amante AyA

Fanfic: Um sonho de Amante AyA | Tema: Traumada Hots


Capítulo: 15

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capitulo dedicado a minha leitora que mais comenta, jl besos!


Permitia-lhe concentrar-se tão só no aqui e o agora, nos prazeres efêmeros que tinha por diante.


Mas os seres humanos não viviam desse modo. Tinham famílias, amigos, um futuro e muitos sonhos.


Esperanças.


Coisas que fazia séculos que ele tinha deixado atrás. Coisas que jamais voltaria a conhecer.


- Maldito seja, Priapus! -soprou enquanto desfazia a última trança- E maldito eu seja também!


Anahí o olhou assombrada, da cabeça aos pés e de novo para cima, quando por fim Alfonso saiu do provador vestido com uns jeans que pareciam ter sido desenhados especificamente para ele.


A regata que Dulce lhe tinha emprestado, chegava-lhe à estreita e musculosa cintura. As calças lhe caíam sobre os quadris, deixando à vista uma porção de seu duro estômago, dividido em duas pela linha de pêlo escuro que começava sob o umbigo e desaparecia sob o jeans.


Anahí teve o forte impulso de aproximar-se dele e deslizar a mão por aquele sugestivo atalho para investigar até onde levava. Recordava muito bem a imagem de Alfonso nu diante dela.


Com os dentes apertados e tratando de normalizar a respiração, teve que admitir que os jeans assentavam de maravilha. Estava muito melhor que com os shorts -se é que isso era possível.


Sunshine estava no certo: tinha o melhor traseiro que um jeans tivesse abafado jamais, e em quão único podia pensar era em passar a mão por esse traseiro e lhe dar um bom apertão.


A vendedora, e a cliente a que esta atendia, deixaram de falar e olharam a Alfonso boquiabertas.


- Ficam bem? -perguntou a Anahí.


- Uf!, Sim coração -lhe respondeu Anahí sem fôlego, antes de pensar no que ia dizer.


Alfonso lhe sorriu, mas o sorriso não lhe iluminou os olhos.


Anahí deu uma volta completa a seu redor e se fixou na talha.


Ai, sim!, Um traseiro precioso!


Distraída por suas bem formada costas, passou inadvertidamente os dedos sobre sua pele enquanto pegava a etiqueta. Sentiu como Alfonso se esticava.


- Já sabe -disse ele, olhando-a por cima do ombro-, que desfrutaríamos muitíssimo mais se ambos estivéssemos nus. E em sua cama.


Anahí escutou como a vendedora e a outra mulher ofegavam surpreendidas.


Com o rosto morto de calor, endireitou-se e o olhou furiosa.


- Temos que falar com urgência sobre os comentários adequados em um lugar público.


- Se me levasse pra casa, não teria que preocupar-se por isso.


O moço era realmente implacável.


Movendo a cabeça com incredulidade, Anahí segurou dois pares mais de jeans, algumas camisas, um cinturão, uns óculos de sol, meias, sapatos e vários boxers enormes e horrorosos. Nenhum homem estaria atrativo com aquela cueca, decidiu. E o último que pretendia era que Alfonso resultasse ainda mais apetecível.


Saíram da zona dos provadores com o Alfonso vestido de cima abaixo com a roupa nova: um pólo, uns jeans e umas tênis.


- Agora parece quase humano -brincou Anahí, enquanto deixavam atrás o departamento de roupa masculina.


Alfonso lhe dedicou um olhar frio e letal.


- Só por fora -lhe respondeu com voz tão baixa que Anahí não esteve segura de ter escutado bem.


- O que disse? -perguntou-lhe.


- Que só sou humano exteriormente -disse ele falando mais alto.


Anahí captou a angústia em seu olhar. Seu coração começou a pulsar com mais força.


- Alfonso -disse com claras intenções de lhe repreender-, és humano.


Ele apertou os lábios e lhe respondeu com um olhar sombrio e precavido:


- Sério? Um humano pode viver dois mil anos? Permite a um humano caminhar pelo mundo algumas semanas cada centena de anos?


Olhou a seu redor, notando-se nas mulheres que o olhavam às escondidas por entre a roupa. Mulheres que se detinham por completo, paralisadas, assim que o viam pela extremidade do olho.


Fez um amplo gesto com a mão, assinalando o espetáculo que se desenvolvia a seu redor.


- Viu que não fazem isso com alguém mais? -o rosto de Alfonso adotou uma expressão dura e perigosa, enquanto a atravessava com o olhar- Não, Anahí, jamais fui humano.


Com o urgente desejo de reconfortá-lo, ela levou a mão até sua bochecha.


- É humano, Alfonso.


A dúvida que viu em seus olhos lhe partiu o coração.


Sem saber muito bem o que fazer nem o que dizer para que se sentisse melhor, deixou passar o tema e se encaminhou para a saída. Estava quase saindo quando se deu conta de que Alfonso não ia atrás dela.


Girou-se e o localizou imediatamente. Distraiu-se no departamento de lingerie feminina, estava de pé junto a um expositor de minúsculas negligés negras. Começou a ruborizar-se de novo, juraria que podia escutar os lascivos pensamentos que passavam nesses momentos pela mente masculina.


Seria melhor que fosse rapidamente para buscá-lo, antes que qualquer das mulheres se oferecesse como modelo. Aproximou-se apressadamente e limpou a garganta.


- Vamos?


Ele a olhou muito devagar, de cima abaixo e Anahí soube por seus olhos que estava conjurando sua imagem com aquele objeto de gaze.


- Estaria deslumbrante com isto.


Ela o olhou com cepticismo. Aquela coisa era tão diáfana que a mostraria por inteiro. Ao contrário do que ocorria com ele, o seu não era um corpo que conseguisse fazer voltar a cabeça de ninguém -a menos que o tipo estivesse muito desesperado. Ou tivesse estado encarcerado alguns décadas.


- Não sei se deslumbraria a alguém, mas seguro que eu acabava congelada.


- Não demoraria muito para entrar em calor.


Anahí conteve a respiração ao escutar suas palavras, acreditou-as com convicção.


- É muito mau.


- Não, na cama não -disse baixando a cabeça para a sua- Realmente na cama sou muito...


- Aqui estão!


Anahí retrocedeu de um salto ao escutar a voz da Dulce. Alfonso lhe disse algo em uma língua estranha que não conseguiu entender.


- Vá, vá -disse com tom acusador- Anahí não entende o grego clássico. Dedicou-se a dormir durante todo o semestre -Dulce a olhou e estalou a língua- O vê? Disse-te que algum dia te serviria para algo.


- Sim, claro! -disse a gargalhadas- Como se naquela época eu me pudesse ter imaginado que foste convocar a um escravo sexual gre... -a voz de Anahí se extinguiu ao cair na conta de que Alfonso estava presente. Envergonhada, mordeu-se o lábio.


- Não passa nada, Anahí -a tranqüilizou em voz baixa.


Mas ela sabia que esse comentário o tinha incomodado. Era lógico.


- Sei o que sou Anahí, a verdade não me ofende. Em realidade, estou mais ofendido pelo fato de que me chame grego. Fui treinado na Esparta e lutei com o exército macedônio. Para mim era um hábito evitar todo contato possível com os gregos antes de ser amaldiçoado.


Anahí arqueou uma sobrancelha ante suas palavras, ou melhor dizendo ante o que não havia dito. Não fazia nenhuma referência a sua infância.


- Onde nasceu?


Começou a lhe pulsar um músculo na mandíbula, e seus olhos se obscureceram de forma sinistra. Qualquer que tivesse sido o lugar de seu nascimento, não parecia lhe prazer muito.


- Muito bem, sou meio grego, mas não estou orgulhoso dessa parte de minha herança.


Bem, um tema espinhoso. De agora em diante, apagaria a palavra «grego» de seu vocabulário.


- Voltando para assunto da negligé negra -disse Dulce-, devo dizer que ali há uma vermelha que acredito que ficaria muito melhor.


- Dulce! -gritou-lhe Anahí.


Sua amiga a ignorou e conduziu a Alfonso à prateleira onde estava pendurada a lingerie de cor vermelha. Dulce segurou um negligé de cor vermelha brilhante aberto pela parte dianteira, e sujeito por um pequeno Cordão que se atava sob o peito. Os alças eram minúsculas. Uma calcinha e uma liga de renda do mesmo tom completavam o conjunto.


- O que está pensando? -perguntou-lhe Anahí enquanto Dulce sustentava o objeto frente a Alfonso.


Ele a olhou de forma especulativo.


Se continuavam com esse joguinho acabaria morta de vergonha.


- Querem deixar já isso? -perguntou-lhes- Não penso em pôr isso. Ela olhou divertido.


- De todas as formas vou comprar -disse sua amiga com voz resolvida- Estou virtualmente segura de que Alfonso é capaz de te convencer para que lhe ponha isso.


Ele a olhou divertido.


- Preferiria convencê-la para que o tirasse.


Anahí se cobriu o rosto com as mãos e gemeu.


- Acabará animando-lhe respondeu Dulce com um gesto conspirador.


- Não o farei -lhe disse Anahí, ainda oculta depois das mãos.


- Sim o fará -disse Alfonso deixando resolvido o tema, enquanto Dulce pagava a negligé vermelha.


Usou um tom tão arrogante e crédulo, que Anahí imaginou que não estava acostumado a que lhe desafiassem.


- Equivocaste-te alguma vez? -perguntou-lhe.


A diversão desapareceu de seu rosto, e de novo ocultou seus sentimentos atrás uma espécie de véu. Esse olhar escondia algo, estava segura. Um pouco muito doloroso, tendo em conta a repentina tensão de seu corpo.


Não voltou a pronunciar uma só palavra até que Dulce retornou e lhe deu a bolsa.


- Vá -comentou-, me ocorre que podiam pôr umas velas, uma música tranqüila e...


- Dulce -a interrompeu Anahí-, agradeço-te muito o que tenta fazer, mas em lugar de falar de mim, podemos nos ocupar de Alfonso?


Dulce a olhou de esguelha.


- Claro, passa-lhe algo?


- Sabe como tirá-lo do livro? De forma permanente, quero dizer.


- Nem idéia -respondeu e se dirigiu a Alfonso- Você sabe algo a respeito?


- Não deixei de repetir-lhe é impossível.


Dulce assentiu com a cabeça.


- É muito teimosa. Nunca dá atenção ao que lhe dizem, a menos que seja o que ela quer ouvir.


- Teimosa ou não -acrescentou Anahí dirigindo-se a Alfonso-, não posso imaginar uma só razão pela qual quereria permanecer preso em um livro.


Alfonso afastou o olhar.


- Anahí, não o irrite.


- Isso é o que tento, libertá-lo do esgotamento de seu confinamento.


- De acordo -disse Dulce, cedendo finalmente- Muito bem, Alfonso, que horrível pecado cometeu para acabar metido em um livro?


- Hubris.


- Ooooh! -exclamou Dulce com tom fúnebre-, isso não é nada bom. Anahí, pode ser que tenha razão. Estavam acostumados a fazer coisas como despedaçar às pessoas por isso. Deveria ter prestado atenção durante as aulas de cultura clássica. Os deuses gregos são realmente desumanos no referente aos castigos.


Anahí entrecerrou os olhos para olhá-los.


- Nego-me a acreditar que não exista nenhum modo de libertá-lo. Não podemos destruir o livro, ou convocar a um de seus espíritos, ou fazer algo para ajudá-lo?


- Vá! Agora acredite em minha magia vudu?


- Não muito na verdade. Mas arrumou isso para lhe trazer até aqui. É que não pode pensar em algo que sirva de ajuda?


Dulce se mordiscou o polegar em um gesto pensativo.


- Alfonso, que deus estava a seu favor?


Ele inspirou fundo, como se estivesse realmente cansado de suas perguntas.


- Em realidade, nenhum deles me apreciava muito. Como era um soldado, normalmente dedicava sacrifícios a Athena, mas tinha mais contato com o Eros.


Dulce lhe dedicou um sorriso travesso.


- O deus do amor e o desejo, compreendo-o perfeitamente.


- Não é pelo que acredito - lhe respondeu ele sombriamente.


Dulce lhe ignorou.


- tentaste alguma vez recorrer ao Eros?


- Não nos falamos.


Anahí pôs os olhos em branco ante o despreocupado sarcasmo de Alfonso.


- por que não tenta convocá-lo? -sugeriu-lhe Dulce.


Anahí lhe lançou um furioso olhar.


- Dulce, poderia fazer o esforço de ser um pouco mais séria? Sei que me burlei de suas crenças durante todos estes anos, mas agora estamos falando da vida de Alfonso.


- Estou falando totalmente a sério -lhe respondeu com ênfase- O melhor para o Alfonso seria invocar ao Eros e lhe pedir ajuda.


Que demônios? -pensou Anahí. A noite anterior não acreditava que pudessem invocar a Alfonso. Possivelmente Dulce tivesse razão.


- Tentará? -perguntou-lhe Anahí.


Alfonso suspirou resignado, mas dava a impressão de que estava mais que disposto sacudir as duas. Com aspecto ofendido, jogou a cabeça para trás e olhando ao teto disse:


- Cupido, bastardo inútil, invoco sua presença.


Anahí levantou as mãos.


- Foder! Não entendo como não aparece depois de chamá-lo desse modo.


 



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Autor(a): annytha

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— Foder! Não entendo como não aparece depois de chamá-lo desse modo. Dulce riu. — Muito bem —disse Anahí— De todas as formas não acredito nada deste abracadabra. Vamos deixar as sacolas em meu carro e a procurar um lugar onde comer, ali poderemos pensar algo mais produtivo que invocar ao tal «Cupido, bastardo inútil». Estão de acordo? — Por mim tudo bem —respondeu Dulce. ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 146



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  • camillatutty Postado em 20/01/2013 - 23:31:37

    Pooooooooooxaaaaaaaaaa, lí o último capítulo e gostei, mas a senhorita autora sumiu... E agora, #comofas???

  • camillatutty Postado em 20/01/2013 - 23:31:37

    Pooooooooooxaaaaaaaaaa, lí o último capítulo e gostei, mas a senhorita autora sumiu... E agora, #comofas???

  • camillatutty Postado em 20/01/2013 - 23:31:36

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  • camillatutty Postado em 20/01/2013 - 23:31:36

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  • camillatutty Postado em 20/01/2013 - 23:31:36

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  • camillatutty Postado em 20/01/2013 - 23:31:36

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  • camillatutty Postado em 20/01/2013 - 23:31:35

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  • camillatutty Postado em 20/01/2013 - 23:31:35

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  • camillatutty Postado em 20/01/2013 - 23:31:35

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  • camillatutty Postado em 20/01/2013 - 23:31:35

    Pooooooooooxaaaaaaaaaa, lí o último capítulo e gostei, mas a senhorita autora sumiu... E agora, #comofas???


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