Fanfics Brasil - 16 Um sonho de Amante AyA

Fanfic: Um sonho de Amante AyA | Tema: Traumada Hots


Capítulo: 16

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— Foder! Não entendo como não aparece depois de chamá-lo desse modo.
Dulce riu.
— Muito bem —disse Anahí— De todas as formas não acredito nada deste abracadabra. Vamos deixar as sacolas em meu carro e a procurar um lugar onde comer, ali poderemos pensar algo mais produtivo que invocar ao tal «Cupido, bastardo inútil». Estão de acordo?
— Por mim tudo bem —respondeu Dulce.
Anahí lhe deu a bolsa com a roupa de seu marido.
— Aqui estão as coisas de Ucker.
Dulce olhou no interior e franziu o cenho.
— Onde está a regata?
— Logo lhe dou isso.
Dulce riu de novo.
Alfonso caminhava atrás delas, escutando suas brincadeiras enquanto saíam da loja.
Felizmente, Anahí tinha encontrado vaga no estacionamento do centro comercial.
Alfonso as observou deixar as sacolas no carro. Se pensasse um pouco, tinha que admitir que gostava do fato de que Anahí estivesse tão interessada em ajudá-lo.
Ninguém tinha estado antes.
Tinha percorrido o caminho de sua existência sozinho, apoiando-se em sua inteligência e em sua força. Inclusive antes de ser amaldiçoado estava cansado de tudo. Cansado da solidão, de não contar com ninguém neste mundo e, o mais importante, de não ter a ninguém que se preocupasse com ele.
Era uma pena que não tivesse conhecido Anahí antes da maldição. Ela teria sido um bálsamo para sua inquietação. Mas de todos os modos, as mulheres de sua época não se pareciam com as atuais, essas mulheres o tratavam como a uma lenda a que temer ou aplacar, mas Anahí o olhava como um igual.
O que tinha Anahí que a fazia parecer única? O que havia nela que lhe permitia chegar ao mais fundo de sua alma, quando sua própria família lhe tinha dado as costas?
Não estava muito seguro. Mas era uma mulher muito especial. Um coração puro em um mundo infestado de egoísmo. Nunca pensara ser possível encontrar a alguém como ela.
Incômodo diante o rumo que estavam tomando seus pensamentos, deu uma olhada à multidão. Ninguém parecia incômodo com o opressivo calor reinante naquela estranha cidade.
Captou a discussão que um casal mantinha em frente de onde eles se encontravam, a mulher estava zangada porque seu marido se esquecera de algo. Com eles havia um menino, de uns três ou quatro anos, que caminhava entre ambos.
Alfonso lhe sorriu. Não podia recordar a última vez que tinha visto uma família imersa em seus pesares. A imagem despertou um pedaço dele que apenas se recordava ter. Seu coração. Perguntou-se se essas pessoas saberiam o presente que era ter uns aos outros.
Enquanto o casal continuava com a discussão, o menino se deteve. Algo ao outro lado da rua tinha captado sua atenção.
Alfonso conteve o fôlego ao dar-se conta do que o menino estava a ponto de fazer.
Anahí fechou nesse momento o porta-malas do carro.
Pela extremidade do olho, viu uma mancha azul que cruzava a rua a toda pressa. Levou um segundo dar-se conta de que se tratava de Alfonso, atravessando como uma exclamação o estacionamento. Franziu o cenho, e então viu o pequenino que entrava rua lotada de carros.
— OH, Meu deus! —ofegou quando escutou que os veículos começavam a frear em seco.
— Steven! —gritou uma mulher.
Com um movimento próprio de um filme, Alfonso saltou o muro que separava o estacionamento da rua, segurou ao menino ao vôo e protegendo-o sobre seu peito, equilibrou-se sobre o carro que acabava de frear, deu um salto lateral e acabou no outro lado.
Aterrissaram a salvo no outro lado, um segundo antes que outro carro colidisse com o primeiro e se equilibrasse diretamente sobre eles.
Horrorizada, Anahí observou como Alfonso subia de um salto à capota de um velho Chevy, deslizava-se pelo pára-brisa e se deixava cair ao chão, rodando alguns metros até deter-se por fim e ficar imóvel, estendido de lado.
O caos invadiu a rua, que se encheu de gritos e chiados, enquanto a multidão rodeava o cenário do acidente.
Anahí não podia deixar de tremer. Aterrorizada, cruzou a multidão, tentando chegar ao lugar onde tinha caído Alfonso.
— Por favor, que esteja bem, por favor, que esteja bem —murmurava uma e outra vez, suplicando que tivessem sobrevivido ao golpe.
Quando conseguiu atravessar a maré humana e chegou ao lugar onde tinha caído, viu que Alfonso não tinha soltado ao menino. Ainda o deixava firmemente preso, a salvo entre seus braços.
Incapaz de acreditar o que via, deteve-se com o coração acelerado.
Estavam vivos?
— Nunca vi nada igual em minha vida —comentou um homem atrás dela.
Todos os congregados eram da mesma opinião.
Quando viu que Alfonso começava a mover-se, aproximou-se muito devagar e muito assustada.
— Está bem? —escutou que lhe perguntava ao menino.
O pequeno respondeu com um uivo.
Ignorando o ensurdecedor grito, Alfonso ficou em pé, lentamente, com o menino em braços.
Como tinha feito para manter pego ao pequeno?
Cambaleou-se um pouco e voltou a recuperar o equilíbrio sem soltar ao menino.
Anahí ajudou a manter-se em pé segurando-o pelas costas.
— Não deveria ter levantado —lhe disse quando viu o sangue que lhe empapava o braço esquerdo.
Ele não pareceu lhe emprestar atenção.
Tinha um estranho e lúgubre olhar.
— Shh! Já te tenho —murmurou— Agora está a salvo.
Esta atitude a deixou assombrada. Aparentemente, não era a primeira vez que consolava a um menino. Mas, quando teria estado um soldado grego perto de um menino?
A menos que tivesse sido pai.
A mente de Anahí girava a velocidades de vertigem, pesando as possibilidades, enquanto Alfonso deixava à chorosa criatura em braços de sua mãe, que soluçava ainda mais forte que o menino.
Senhor!, Era possível que Alfonso tivesse tido filhos? E se era certo, onde estavam esses meninos?
O que lhes teria acontecido?
— Steven —choramingou a mulher enquanto abraçava ao menino— Quantas vezes tenho que te dizer que não te afaste de meu lado?
— Está bem? —perguntaram ao uníssono o pai do menino e o condutor, dirigindo-se a Alfonso.
Fazendo uma careta, passou-se a mão pelo braço esquerdo para comprovar os danos sofridos.
— Sim, não é nada —respondeu, mas Anahí percebeu a rigidez de sua perna esquerda, onde lhe tinha golpeado o carro.
— Necessita que veja um médico —lhe disse, enquanto Dulce se aproximava.
— Estou bem, de verdade — lhe respondeu com um débil sorriso, e então baixou a voz para que só ela pudesse lhe escutar—, mas tenho que confessar que os cavalos faziam menos dano que os carros quando te chocava com eles.
A Anahí horrorizou seu inoportuno senso de humor.
— Como pode brincar com isto? Acreditava que tinha morrido.
Ele encolheu os ombros.
Enquanto o homem lhe agradecia profusamente por ter salvado a seu filho, Anahí deu uma olhada a seu braço, o sangue emanava por cima do cotovelo, mas se evaporava imediatamente, como se tratasse de um efeito especial próprio de um filme.
De repente, Alfonso apoiou todo seu peso sobre a perna ferida, e a tensão que se refletia em seu rosto desapareceu.
Anahí trocou um atônito olhar com a Dulce, que também se precaveu do que acabava de acontecer. Que demônios tinha feito Alfonso?
Era humano, ou não?
— Não posso agradecer-lhe o suficiente —insistia o homem—, acreditava que os dois tinham morrido.
— Me alegro de tê-lo visto a tempo —sussurrou Alfonso. Estendeu a mão para o menino.
Estava a ponto de acariciar os castanhos cachos do pequeno quando se deteve. Anahí observou as emoções que cruzavam por seu rosto antes que ele recuperasse sua atitude estóica e retirasse a mão.
Sem dizer uma palavra, voltou para estacionamento.
— Alfonso? —chamou-lhe, apressando-se para alcançá-lo— De verdade está bem?
— Não se preocupe por mim, Anahí. Meus ossos não se rompem, e estranha vez sangro —nesta ocasião, a amargura de sua voz era indiscutível— É um presente da maldição. As Parcas proibiram minha morte para que não pudesse escapar a meu castigo.
Anahí se encolheu ao ver a angústia que refletiam seus olhos.
Mas não só estava interessada no fato de que tivesse sobrevivido ao acidente, também queria lhe perguntar sobre o menino, sobre seu modo de olhá-lo — como se tivesse estado revivendo um horrível pesadelo. Mas as palavras lhe engasgaram.
— Cara, merece uma recompensa —lhe disse Dulce ao alcançar —vamos a Praline Factory!
— Dulce, não acredito que…
— O que é Praline? —perguntou ele.
— É ambrosia cajun —explicou Dulce— Algo que deveria estar a sua altura.
Contra os protestos de Anahí, Dulce lhes conduziu para a escada rolante. Subiu ao primeiro degrau e se deu a volta para olhar a Alfonso, que subia em meio das duas.
— Como fez para saltar sobre o carro? Foi incrível!
Alfonso encolheu os ombros.
— Vamos, homem não seja modesto! Parecia-te com Keanu Reeves no Matrix. Anahí, fixou-te no movimento que fez?
— Sim, vi-o — disse em voz fica, percebendo o incômodo que se sentia Alfonso diante as adulações da Dulce.
Também percebeu a forma em que as mulheres a seu redor o olhavam boquiabertas.
Alfonso tinha razão. Não era normal. Mas, quantas vezes podia contemplar um homem como ele em carne e osso? Um homem que exsudasse esse brutal atrativo sexual?
Era um saco de feronomios andantes.
E agora um herói.
Mas, sobre tudo, era um mistério, ao menos para ela. Morria por conhecer algumas coisas sobre ele. E, de uma ou outra forma, conseguiria as averiguar durante o mês que tinham por diante.
Quando chegaram ao Praline Factory, no último piso, Anahí comprou dois Pralines de açúcar e nozes e uma Coca Cola. Sem pensar duas vezes, ofereceu um praline a Alfonso. Mas em lugar de agarrá-lo, ele se inclinou e deu uma mordida enquanto ela o sustentava.
Saboreou o petisco açucarado de uma forma que fez que a Anahí subisse a temperatura, seus olhos azuis não deixaram de olhá-la enquanto degustava o doce, como se desejasse que fosse seu corpo o que saboreava naquele momento.
— Tinha razão —disse com essa voz rouca que fazia que lhe pusesse a pele arrepiada— Está delicioso.
— Uau —disse a vendedora do outro lado do mostrador— Esse acento não é de por aqui perto. Você deve vir de longe.
— Sim —respondeu Alfonso— Não sou daqui.
— E de onde é?
— Da Macedônia.
— Isso não está na Califórnia, verdade? —perguntou a garota— Parece um desses surfistas que se vêem pela praia.
Alfonso franziu o cenho.
— Califórnia?
— É da Grécia — informou Dulce à garota.
— Ah! —exclamou ela.
Alfonso arqueou uma acusadora sobrancelha.
— Macedônia não é…
— Colega —disse Dulce, com os lábios manchados de praline—, por estes contornos pode te sentir afortunado se encontrar a alguém que conheça a diferença.
Antes que Anahí pudesse responder às bruscas palavras da Dulce, Alfonso lhe colocou as mãos na cintura e a levantou até apoiá-la sobre seu peito.
Inclinou-se e apanhou seu lábio inferior com os dentes para, ato seguido, acariciá-lo com a língua. O mundo de Anahí começou a dar voltas todo depois do terno abraço. Alfonso aprofundou o beijo um momento antes de soltá-la e afastar-se dela.
— Tinha açúcar — explicou com um travesso sorriso, que fez que suas covinhas aparecessem em todo seu esplendor.
Anahí piscou, surpreendida ante quão rápido seu beijo tinha despertado sua paixão, e ao mesmo tempo o refrescante que parecia.
— podia me dizer.
— Certo, mas deste modo foi muito mais divertido.
Anahí não pôde rebater seu argumento.
Com passos rápidos, afastou-se dele e tentou ignorar o sorriso malicioso da Dulce.
— por que tem tanto medo? —perguntou-lhe Alfonso inesperadamente, enquanto ficava a seu lado.
— Não te tenho medo.
— Ah, não? E então o que é que te assusta? Cada vez que me aproximo de ti, encolhe-te de medo.
— Não me encolho —insistiu Anahí. Foder, é que havia eco?
Alfonso ergueu o braço e o passou pela cintura. Ela se afastou com rapidez.
— Encolheste — lhe disse acusadoramente, enquanto retornavam à escada rolante.
Anahí baixou um degrau na frente de Alfonso, e lhe passou os braços pelos ombros e apoiou o queixo sobre sua cabeça. Sua presença a rodeava por completo, envolvia-a e fazia que se sentisse estranhamente emocionada e protegida.
Olhou fixamente a força que desprendiam dessas mãos morenas e grandes sob as suas. A forma que as veias se marcavam, ressaltando seu poder e sua beleza. Igual ao resto de seu corpo, suas mãos e seus braços eram magníficos.
— Nunca tiveste um orgasmo, verdade? —sussurrou-lhe ele ao ouvido.


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Autor(a): annytha

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  Anahí se engasgou com o Praline. - Este não é lugar para falar disso. - acertei, verdade? -perguntou-lhe- Por isso... - Não é isso -lhe interrompeu ela- de fato sim que tive alguns. Certo, era uma mentira. Mas ele não tinha por que averiguá-lo. - Com um homem? - Alfonso! -exclamou- O que acontece com Dulce e a ti ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 146



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  • camillatutty Postado em 20/01/2013 - 23:31:37

    Pooooooooooxaaaaaaaaaa, lí o último capítulo e gostei, mas a senhorita autora sumiu... E agora, #comofas???

  • camillatutty Postado em 20/01/2013 - 23:31:37

    Pooooooooooxaaaaaaaaaa, lí o último capítulo e gostei, mas a senhorita autora sumiu... E agora, #comofas???

  • camillatutty Postado em 20/01/2013 - 23:31:36

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  • camillatutty Postado em 20/01/2013 - 23:31:36

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  • camillatutty Postado em 20/01/2013 - 23:31:36

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  • camillatutty Postado em 20/01/2013 - 23:31:36

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  • camillatutty Postado em 20/01/2013 - 23:31:35

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  • camillatutty Postado em 20/01/2013 - 23:31:35

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  • camillatutty Postado em 20/01/2013 - 23:31:35

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  • camillatutty Postado em 20/01/2013 - 23:31:35

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